Ano: 2021

Com ajuda de Bolsonaro e do Congresso, agronegócio vive boom inédito no mercado financeiro

Levantamento do Joio expõe conexão entre explosão de investimentos e medidas do Congresso e de Bolsonaro.

Os investimentos do agronegócio ligados ao mercado financeiro vivem um boom inédito. O montante aplicado em apenas seis dos principais ativos do setor já supera o Plano Safra, que até então representava a principal fonte de financiamento.

Um levantamento exclusivo do Joio mostra um crescimento vertiginoso nos últimos dois anos, resultado de uma série de medidas e promessas do governo de Jair Bolsonaro e do Congresso Nacional.

As duas commodities mais movimentadas (milho e boi gordo), as duas maiores empresas de compra e venda de terras (SLC Agrícola e Brasil Agro) e os dois principais títulos ligados ao setor (LCA e CRA) movimentaram R$ 730 bilhões no biênio 2020-2021, crescimento de 80% em relação ao período anterior.

O nosso levantamento não inclui outras commodities nem grandes empresas do agronegócio, como JBS, BRF e Cosan, que também vivem uma onda de crescimento.

Em outras palavras, os recursos totais são ainda maiores do que o estimado por nós – líderes do setor dizem que o Plano Safra responderá este ano por apenas um terço do montante total movimentado pelo agro.

O crescimento do volume de recursos é fruto tanto da atração de pessoas físicas como de grandes investidores nacionais e estrangeiros e resulta de uma série de medidas que começaram a ser formuladas no governo de Michel Temer – e foram adiante com Bolsonaro e seus ministros Tereza Cristina, Paulo Guedes e Ricardo Salles:

– Lei do Agro, que facilita a entrada de investidores estrangeiros e pessoas físicas no agronegócio.

– Normas do Banco Central que tornam as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) atrativas tanto para bancos como para consumidores.

– Criação dos Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagro).

– Transferência do processo de regularização de terras griladas aos municípios, com o programa Titula Brasil.

– Tramitação de projetos de lei que incentivam o avanço sobre terras indígenas e quilombolas.

– Desmonte das leis de licenciamento ambiental.

Esse processo pode agravar a perda de terras da agricultura familiar voltadas à produção de alimentos, com impacto sobre a inflação e a diversidade alimentar. Pode também dar ainda mais impulso ao avanço sobre terras indígenas e sobre a Amazônia e o Cerrado.

Os impactos são discutidos na série de reportagens “Muito além da porteira”, que o Joio começa a publicar hoje. Ao longo das próximas duas semanas serão publicadas cinco reportagens. O trabalho de apuração envolveu nove pessoas e se desdobrará em novas investigações que explicam por que o Brasil é o espaço central para a produção de um ciclo de acumulação de dinheiro.

Nosso levantamento expõe uma correlação entre o que acontece nos territórios, como desmatamento e queimadas, e os processos políticos de Brasília.

Os dias de pico do agronegócio na bolsa de valores claramente se relacionam ao avanço de projetos de lei ou medidas governamentais que criam novas frentes de expansão para a produção de grãos (soja e milho) e pecuária.

Um dos impactos diretos desse processo é que as terras brasileiras ficam atreladas à lógica volátil do mercado financeiro. O deslocamento repentino de investidores em busca de lucros rápidos pode causar uma forte especulação nos preços de propriedades rurais e de produtos agrícolas, com impactos sobre a inflação e a possibilidade de criar uma bolha especulativa.

O segundo texto da série explica quais foram as mudanças e por que isso causa euforia no mercado financeiro.

O levantamento do Joio ajuda a entender por que justamente o agronegócio e o mercado financeiro são dois setores importantes na sustentação de Jair Bolsonaro – a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), por exemplo, é investigada por financiar os atos golpistas de 7 de setembro.

Participação de pessoas físicas

Um dos momentos de maior movimentação de investimentos se deu na semana de 10 de maio, quando o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que dispensa o pedido de licenciamento ambiental para vários empreendimentos.

Relatado pelo deputado e ex-ministro da Agricultura Neri Geller (PP-MT), o PL 3.729, de 2004, dispensa o licenciamento para o uso de terras indígenas e quilombolas que não tenham sido demarcadas.

Tanto LCAs como as ações da Brasil Agro e da SLC Agrícola tiveram forte movimentação naquela semana. O grande número de operações envolvendo os papéis das empresas é um indício de participação de pessoas físicas no processo de especulação.

Em setembro, novamente as ações de Brasil Agro e SLC Agrícola tiveram picos de movimentação, o que chegou a causar questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários, responsável por regular as negociações no mercado financeiro.

Nos dias de alta, havia pelo menos dois fatos políticos capazes de alimentar o boom. O Supremo Tribunal Federal arrastava a discussão sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, e o PL que dispensa licenciamento ambiental avançava no Senado.

Em 2021, quatro milhões de contas da bolsa de valores, a B3 (antiga Bovespa), estão vinculados a pessoas físicas. Um crescimento de quatro vezes em relação a 2019, quando pela primeira vez se ultrapassou a marca de um milhão de pessoas. Elas já representam 24% da movimentação financeira.

Em um dos principais ativos relacionados ao agronegócio, os contratos futuros de milho, as pessoas físicas já respondem por 40%. O volume desses contratos quintuplicou de um ano para o outro. Entre janeiro e setembro de 2021, a B3 negociou R$ 103 bilhões em sacas de milho, suficiente para comprar 60% da safra brasileira estimada para o próximo ano.

Entre todos os investimentos de renda fixa, as LCAs foram justamente as que apresentaram maior crescimento nos três primeiros trimestres de 2021 e o mesmo período de 2020. A base de pessoas físicas cresceu 49% no período, chegando a quase 600 mil atreladas a esse investimento. Houve um aumento de 40% no montante investido, atingindo um estoque inédito de R$ 160 bilhões.

As LCAs são consideradas um mecanismo de captação de recursos para os bancos. De um lado, agricultores precisam de dinheiro. De outro, pessoas e empresas buscam investimentos rentáveis. Nesse caso, existe um gasto indireto do governo, já que as LCAs têm isenção de imposto de renda graças à ideia de que se trata de um investimento com resultado positivo para o país.

Na prática, como mostramos no Joio, é falsa a ideia de que o Brasil alimenta o mundo, mas essa construção retórica serve para justificar subsídios públicos e atrair investimentos privados. Nas projeções da Receita Federal, em 2022 a desoneração relativa a títulos do setor imobiliário e do agronegócio representará uma perda de R$ 6,28 bilhões – o dobro do que foi gasto no ano passado. Uma importante mudança nas LCAs se deu em 2019, quando o governo retirou o limite sobre a taxa de juros cobrada dos produtores rurais e liberou o uso das letras de crédito em operações de agroindústria – antes, o dinheiro poderia ser usado apenas para o financiamento de atividades dentro da propriedade rural.

Uma das maneiras pelas quais LCAs se transformam em dinheiro são as Cédulas de Produto Rural. Grosso modo, uma cédula significa que um produtor promete entregar parte da produção em troca de financiamento – se ele não entrega, pode perder a própria produção ou as terras. Por exemplo, ele pode firmar uma cédula com uma loja de fertilizantes para conseguir levar adiante a safra. Tanto as cédulas como as LCAs passaram por uma importante transformação com a Lei do Agro – leia a segunda reportagem da série, nesta quarta-feira (24).

1. Cédula do Produto Rural (CPR)

Regulamentada em 1994, permite ao produtor contrair uma dívida mediante a promessa de entregar parte da produção.

O que muda com a Lei do Agro:

– precisa ser registrada em uma organização financeira reconhecida pelo Banco Central

– caso o produtor não pague a dívida, a transferência das terras ao credor é praticamente automática, sem necessidade de ação judicial

2. Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)

Regulamentados em 2004, são títulos de renda fixa usados para o financiamento de produtores rurais ou cooperativas. Devem ser emitidos por uma securitizadora, em geral em parceria com uma instituição financeira.

3. Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs)

Regulamentado em 2004, é uma das maneiras utilizadas para transformar uma Cédula de Produto Rural em dinheiro. A instituição financeira oferece a LCA a empresas e investidores pessoa física. Neste momento, é o principal instrumento de financiamento privado do agro em termos de volume de recursos.

o caso dos contratos futuros de boi, a segunda commodity agrícola mais movimentada da bolsa, a participação de pessoas físicas chega a 56%. Essa entrada de investidores avulsos pode ter impactos negativos diretos e indiretos. O volume de recursos amplia o investimento nas frentes de interesse do agronegócio, intensificando a disputa por terras utilizadas para a produção de alimentos.

Segundo as projeções do Ministério da Agricultura, a soja e o milho ainda avançarão quase 30% até 2030, chegando a 70 milhões de hectares. Na soma, o arroz, o feijão e a mandioca terão perdido oito milhões de hectares desde 1994, quando o processo de atrelamento das terras brasileiras à produção global de grãos e carnes se intensificou.

Made with Flourish

Outro impacto direto da presença de pessoas físicas em investimentos do agronegócio é a possibilidade de criação de uma bolha financeira. Se em algum momento os produtores não conseguirem entregar a produção estimada ou se houver problemas climáticos, uma quantidade expressiva de famílias atreladas ao mercado financeiro será afetada. E isso pode ter um impacto indireto sobre toda a economia, já que as famílias dependentes da renda financeira terão uma redução da capacidade de consumo, afetando outras famílias.

Boi, boiada e o fim da Amazônia

As empresas-chave do agronegócio, com frequência, são denunciadas por participação direta ou indireta em crimes ambientais e trabalho escravo. A Brasil Agro, dona de 280 mil hectares (duas vezes a cidade de São Paulo), tem denúncias por compra ilegal de terras – a empresa é controlada por investidores argentinos e precisaria de autorização do Congresso e do Incra para fazer uma operação de aquisição, como registra uma reportagem da Agência Pública.

Um relatório do Chain Reaction Research mostra que “entre 2012 e 2017, a Brasil Agro teria derrubado mais de 21 mil hectares de matas nativas em suas fazendas”. A empresa foi multada pelo Ibama em 2012. O relatório mais recente entregue aos investidores registra uma arrastada tramitação no Judiciário, onde desde 2018 se espera por um recurso do instituto público para executar a dívida, estimada em R$ 5,7 milhões.

Os processos não impedem a Brasil Agro de estar na crista da onda. O BTG, maior banco de investimentos da América Latina, uniu-se a outro gigante do setor, a XP, para promover a venda de R$ 670 milhões em ações da empresa.

No geral, várias investigações têm exposto como os bancos são falhos na fiscalização dos efeitos decorrentes do crédito bilionário dado a frigoríficos e outras empresas do agronegócio.

Em 2020, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou um relatório no qual informa que oito conglomerados destinaram US$ 7 bilhões apenas para as grandes processadoras de carne entre 2013 e 2019. O Guia dos Bancos Responsáveis recorda que as instituições deveriam garantir o cumprimento das Políticas de Responsabilidade Socioambiental, determinadas em 2014 pelo Conselho Monetário Nacional. Porém, “a média da nota dos nove maiores bancos brasileiros no tema de proteção das florestas é somente 29% do total, e menor ainda (24%) nas políticas para o agronegócio”.

Dessa maneira, os grupos econômicos estão indiretamente financiando o desmatamento. “O volume transacionado entre os grandes bancos e os grandes frigoríficos mostra a interdependência que eles têm. Portanto, é essencial que os bancos tomem atitude para frear o desmatamento da floresta equatorial.” No entanto, o mercado seguiu no rumo contrário: o boom financeiro nos títulos ligados ao agronegócio dá uma espécie de aval a quem grilou e desmatou.

Um México pela frente

“O mercado de terras é gigante?”, perguntou Leonardo Zambolin, gestor dos fundos de investimentos de agronegócio do BTG Pactual, durante uma transmissão ao vivo. E ele mesmo respondeu: “Claro que é. Tem 70 milhões de hectares de [terra] produtiva, 200 milhões de hectares de terras degradadas ou em conversão.” Se ele estiver certo, 200 milhões de hectares adicionais são o equivalente ao México. A hipótese “pessimista” de 70 milhões de hectares representaria quase o dobro da área atualmente cultivada com soja.

Ao apresentar os fundos de investimento do BTG, Zambolin nos ajudou a entender o tamanho dos recursos que estão chegando: “O Banco do Brasil, que é o maior financiador do agro, vai fazer um bi e meio pra funding de armazenagem. Eu falei ‘tô lendo errado. Não pode ser um bi e meio’. Como que o Banco do Brasil vai fazer um bi e meio? É nada.”

O otimismo se baseia em uma nova frente de investimento aberta pela bancada ruralista. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), ex-secretário de Agricultura de São Paulo e um dos expoentes da Frente Parlamentar da Agropecuária, apresentou em 2020 um projeto para criar os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais ou, simplesmente, Fiagro.

Olhar para o Projeto de Lei 5.191 é importante por duas razões. Uma, por aquilo que propõe. Duas, porque é um case de como o Congresso Nacional deixou de lado qualquer verniz de participação democrática.

O objetivo é garantir ao agronegócio o mesmo mecanismo criado nos anos 1990 para os fundos de investimento imobiliários. Esses fundos foram parte de uma ofensiva sobre a estrutura das cidades, criando vários processos de especulação imobiliária. Esses processos, via de regra, empurram os mais pobres para cada vez mais longe das regiões centrais. E mesmo a classe média fica em situação difícil.

Nas palavras dos defensores do Fiagro, é uma maneira de garantir que se possa ser uma espécie de sócio do agronegócio, mesmo sem ser dono de terras. Afinal, as terras ficam automaticamente atreladas aos fundos. As palavras de um dos relatores, o deputado Christino Áureo (PP-RJ), são particularmente transparentes: “Essa possibilidade supera, ao menos em parte, a polêmica em torno da aquisição de terras por estrangeiros, sem reduzir os atuais níveis de proteção dos interesses nacionais.”

Foi um pulo do gato que se somou aos dispositivos da Lei do Agro que facilitam a transferência de terras para corporações estrangeiras. Do outro lado do Salão Verde, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) também tratou de ser explícito quanto aos propósitos do Fiagro. “No caso do não residente, esse modelo satisfaz a legislação vigente, afastando questionamentos relativos à segurança nacional. Assim, há novos recursos internacionais ingressando mais facilmente no setor rural, superando limites de aquisição de terras imposta a estrangeiros.”

Guilherme da Costa Delgado, pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), alertou em entrevista ao Joio que o Fiagro dá aos investidores a possibilidade de especular com as terras, sem qualquer relação com a real produtividade de uma fazenda. De quebra, deixa o país exposto a uma fuga repentina de investidores. “O Brasil vai ficar mais vulnerável a uma crise hipotecária, como a que aconteceu no mercado imobiliário dos Estados Unidos em 2008.”

Para piorar, a soma de Lei do Agro e fundos de investimento abre a possibilidade de que títulos falsos sejam utilizados nesse processo especulativo e oferece mais um incentivo para a grilagem. Nada impede, também, que uma mesma propriedade seja utilizada para contrair várias dívidas diferentes, criando uma disputa pela titularidade. “Grandes proprietários podem oferecer como garantia não as fazendas onde está a produção agropecuária, mas outras terras que estão sob seu registro.”
Alguns riscos associados aos novos instrumentos do agro:

– contrair várias dívidas usando uma mesma propriedade;

– atrelar terras griladas ao mercado financeiro;

– estimular o avanço sobre terras públicas e áreas de indígenas e quilombolas;

– deixar o país vulnerável a uma fuga repentina de investidores estrangeiros;

– tornar volátil o mercado de terras;

– concentrar ainda mais a propriedade das terras brasileiras

– desestimular ainda mais a produção de alimentos

Uma seleção nada natural

O outro ponto importante relativo ao Fiagro é a maneira como foi aprovado. O projeto passou pelo Congresso sem a realização de qualquer audiência pública. Tanto na Câmara como no Senado, chama atenção o fato de que os relatores apresentaram pareceres no mesmo dia em que foram designados. E eram documentos completos, com mais de uma dezena de páginas.

“Era fundamental que tivesse um debate mais amplo com a sociedade, com todos os setores que acompanham esse debate”, reclamou o deputado Nilto Tatto (PT-SP), sem, no entanto, conseguir qualquer brecha para negociação. “Ele tem uma série de problemas. Ele exagera nos incentivos fiscais para a formação desse fundo, com isenções de impostos, e tem um problema mais sério que, na medida em que a gente não tem uma política de apoio para a agricultura familiar, para a produção de alimentos, vamos criar mecanismos que vão favorecer o agro exportador de commodities e a concentração de terra.”

O PL do Fiagro foi aprovado na Câmara em 22 de dezembro de 2020, último dia de sessões no plenário. Na volta do recesso, o Senado também estava com pressa, e já no segundo dia útil designou relator e aprovou o projeto, cuja tramitação foi encerrada no começo de março. Já em julho, a Comissão de Valores Mobiliários havia regulamentado os Fiagro, e as gestoras de investimentos lançaram os primeiros fundos – em outubro, já eram 12.

A carteira de investimentos do BTG começa modesta: 25 mil hectares. “Agora pense que, quando a gente desenhou o produto, você tem ali um universo de 70 milhões de hectares de terras produtivas. Esse negócio é tão grande, mas tão grande, que a gente vai começar com uma seleção natural”, disse Leonardo Zambolin.

A seleção natural, no caso, envolve um contrato “punitivo”, no jargão do mercado. As terras ficam atreladas ao fundo e o produtor só volta a ser proprietário se conseguir cobrir o valor proposto — caso contrário, o fundo passa a ser o real proprietário por um valor abaixo do mercado. “Qual o cenário no qual a terra vai ficar com o fundo? Só se esse cara quebrar”, explicou. O fundo do BTG mira, nas palavras de Zambolin, a classe B rural. A classe A tem crédito fácil, as classes C, D e E não interessam, por enquanto.

“Toda a geração de riqueza daquela propriedade vai estar com o fundo, logo o incentivo do cara em te pagar é maior, porque se ele não pagar, eu tenho que tirá-lo da propriedade e fico com a terra. Como ele sabe que ele vendeu a propriedade por menos do que ela vale, ele vai fazer de tudo para recomprá-la. Então não tem muita mágica, né?”

Os dois fundos do BTG são um exemplo, entre tantos, de uma ofensiva coordenada em busca das terras brasileiras.

*Matéria publicada no Brasil de Fato

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Sem vacinas, países pobres expõem fracasso da resposta global contra covid

Por meses, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou: a pandemia da covid-19 só vai ser controlada num país quando ela for controlada em todos os países. Mas quase ninguém ouviu. Ou optou por ouvir, revela Jamil Chade, do Uol.

Menos de um ano depois de as primeiras doses da vacina serem administradas em braços de europeus, americanos e de outros países ricos, a crise sanitária volta a assustar o planeta, derruba bolsas, obriga governos ricos a suspender voos e reabre o temor sobre o vírus.

A nova variante ômicron, identificada no sul do continente africano, apresenta duas vezes mais mutações que a variante delta, a mais perigosa até agora.

Para a OMS, o cenário de uma nova variante ainda mais perigosa sempre esteve sobre a mesa. Mas, para a agência, isso não é era inevitável e o mundo paga um preço caro por ter fracassado em distribuir vacinas de forma justa pelo planeta.

Por meses, as entidades internacionais, governos de diferentes partes do mundo e grupos de cientistas insistiram que essa distribuição não era caridade. Mas a garantia de reduzir os riscos do surgimento de novas mutações.

Antonio Guterres, secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), chegou a alertar que a concentração de doses nas mãos de poucos países era “estúpido”.

Mas os apelos não tiveram consequências. Cientistas alertavam que a única forma de frear o surgimento teria sido por meio de uma vacinação ampla de todos os países, capaz de criar uma imunidade e reduzir as transmissões. Com a queda da transmissão, o risco de mutações também cairia.

Com isso em mente, nas salas de reuniões da OMS, especialistas em saúde pública correram para montar um plano ousado, justamente para impedir que as vacinas ficassem concentradas apenas nas mãos de poucos países.

Foi então criado um fundo que, com recursos e vacinas, garantiria a distribuição de doses a todos os países e, assim, permitiria uma imunidade para o planeta. Mas a estratégia —que ganhou o nome de Covax— fracassou e o nacionalismo e o mercado venceram.

O mecanismo, que pretendia distribuir 2 bilhões de doses de vacinas até o fim de 2021, conseguiu atingir apenas 25% de sua meta. Não faltou dinheiro. Faltaram vacinas, guardadas como tesouros nas prateleiras dos países ricos. Vários deles, como no caso do Canadá, chegaram a comprar vacinas para o equivalente a seis vezes sua população.

Todos os planos criados pela OMS também fracassaram. O primeiro deles era de ter 10% da população de cada país do mundo vacinado até o fim de setembro. Mais de 50 países ficaram abaixo da meta. Para o fim de dezembro, a meta é de 40%. Mas, de novo, nada indica que o objetivo seja atingido.

Se a ciência venceu e produziu vacinas em tempo recorde, o capitalismo também. E impediu que a lógica da saúde prevalecesse sobre a do mercado. Empresas farmacêuticas resistiram aos apelos por quebra de patentes e, um ano depois de o projeto ter sido lançado por Índia e África do Sul, europeus resistem à ideia de suspender as patentes e permitir que versões genéricas sejam produzidas.

A lógica do mercado se mostrou de forma tão clara que, em meio ao debate sobre vacinas, foi descoberto que uma das poucas fábricas na África com vacinas exportava os produtos para os países europeus.
Apartheid de Vacinas

Assim, um ano depois de a vacinação começar no mundo e de certos países terem atingido mais de 70% de suas populações com doses completas, continentes inteiros continuam esperando sua vez.

No mundo, 7,8 bilhões de doses já foram distribuídas e, por dia, são 33 milhões de pessoas imunizadas. Trata-se de 102 doses para cada cem pessoas no mundo. Nos EUA, por exemplo, já foram mais de 453 milhões de doses.

Mas isso não foi suficiente para impedir uma profunda desigualdade. Hoje, quase 40 países pelo mundo continuam com uma cobertura de vacinas de menos de 10% de suas populações.

Na República Democrática do Congo, a taxa é de apenas 0,1%, contra 1% no Haiti, 1,3% no Sudão e 1,5% na Etiópia.

A Nigéria, um dos principais centros econômicos da África e com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, a taxa de vacinação é de apenas 1,7%. Em Angola, ela não chega a 10%.

Em Botsuana, 80% da população não tem qualquer previsão de receber a primeira dose. Na África do Sul, a proteção chega a apenas 24% da população e 25 milhões de doses foram distribuídas. O volume é inferior ao que o estado da Flórida distribuiu à sua população.

Na África do Sul e em outros países da região, o temor é de que novas camadas de disparidade e de distanciamento entre países ricos e pobres estejam sendo estabelecidas. Não apenas eles não receberam as vacinas como agora, diante da nova variante, estarão impedidos de viajar ou receber turistas e investimentos.

A dupla punição contra os países mais pobres já é alvo de denúncias internacionais. “Esse é o apartheid de vacinas”, disse Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.

Para a OMS, o que mais choca é que, com as mais de 6 bilhões de doses já produzidas no mundo, haveria vacina suficiente para imunizar todas as populações mais vulneráveis, reduzindo de forma importante a taxa de mortes.

“Isso não aconteceu e, agora, corremos o risco de voltar à estaca zero”, lamentou Bruce Aylward, um dos principais conselheiros da OMS para vacinas.

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Fascismo de segunda mão: Moro recicla militares que Bolsonaro jogou no lixo

Por ora, as figuras mais proeminentes do generalato morista, chutadas pela escandalosa interferência de Carluxo na primeira parte do governo Bolsonaro, que foram Santos Cruz e Rego Barros.

Pelo menos esta é a imagem introdutória que Moro está utilizando para formar, digamos, uma onda fascista de segunda mão.

A transferência de figuras simbólicas do bolsonarismo para o morismo representa bem mais do que uma energia mecânica, a coisa tem método para atingir “aquele povo” que abandonou ou abandonará Bolsonaro até 2022 e que hoje representa, segundo estrategistas em eleição, um barril de pólvora contra Bolsonaro.

Independente do sangue que será jorrado na guerra entre criador e criatura, uma coisa é certa, em termos de fascismo, Moro recicla figuras para posar na vitrine como o próprio ouro dos camisas pretas tropicais.

Moro, que quando ministro, nunca mostrou qualquer traço de soberania diante de Bolsonaro, virou uma espécie de abridor de portas para militares descontentes com o ex-mito.

Dizem por aí que é impressionante o número de fardados da ativa ou da reserva que pularam de um barco para outro, ou estão com um pé em cada barco esperando o resultado dessa luta sangrenta para ver a qual império fascista vão servir.

Seja como for, Moro achou mais fácil operar na reciclagem do que na extração, daí resolveu drenar, a partir de um poço aberto, o que jorra de chorume de ex-aliados de Bolsonaro, ex-aliados que foram desprezados e humilhados.

Na verdade, é uma transfusão encanada que transporta sangue de Bolsonaro bombeado por ressentimentos diretamente aos auto tanques de Moro, abastecendo, por ora, a granel a imagem de um fascista menosprezado por outro e usa justamente esse detalhe para receber outros tantos desprezados e, com isso, sonhar em transformar a tentativa de reeleição de Bolsonaro num inferno, desgraçando sua base mais fiel.

Se essa tática é inteligente, só mais à frente saberemos, até porque Moro ainda não disse quais os verdadeiros interesses que defenderá na eleição. Por enquanto, ele é potencialmente um candidato do nada algemado na própria burrice, comprado pelo mercado através da etiqueta da Lava jato, como produto de mídia criado nos anais do Projac da Globo.

Possivelmente os interesses ocultos que estão sob rochas, em algum momento piscarão os olhos e teremos uma fotografia mais viva dos tentáculos que cavam a cova de Bolsonaro e que tentam fazer florescer Moro com essa espécie de fascismo de segunda mão.

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O que há de tão grave para os deputados temerem repercussão da divulgação dos beneficiados com o orçamento secreto?

Temor de abalo na relação com a base aliada faz cúpula do Parlamento resistir em dar transparência às emendas do relator.

A queda de braço entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso em torno das emendas do relator, que distribuem recursos do orçamento secreto, deixou ainda mais evidente a preocupação da cúpula do Legislativo com as repercussões de uma eventual divulgação dos nomes dos parlamentares beneficiados, diz reportagem do Correio Braziliense.

Na noite de quinta-feira, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediram, em documento endereçado à ministra Rosa Weber, do STF, a revogação de trecho da decisão dela que suspendeu a execução das emendas do relator, também chamadas de RP9. No despacho, a magistrada determinou, ainda, que o Executivo e o Legislativo tornem públicos os detalhes desses procedimentos nos anos de 2020 e 2021.

Ao contrário das emendas individuais e de bancada, que têm critérios, são transparentes e distribuem verbas de forma igualitária entre os parlamentares, as RP9 são negociadas nos bastidores entre o relator do orçamento e a cúpula do Congresso. Os nomes dos parlamentares beneficiados ficam ocultos, e a distribuição dos recursos entre eles é desigual.

Uma eventual divulgação dos detalhes da execução dessas emendas deve provocar ruídos na relação entre a base aliada e a cúpula do Congresso. Isso pode, por exemplo, prejudicar os planos de Arthur Lira de conquistar um novo mandato à frente da Câmara.

“Com a revelação desses nomes, vai ficar evidente que há um desnível entre os parlamentares. Parlamentar classe A, classe B e classe C. E o Lira já está em campanha. Neste momento, ele quer manter uma boa relação com todos os deputados, seja governista, seja de oposição”, avaliou o cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa”.

Para o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, “os parlamentares que controlam o orçamento secreto têm medo da transparência, pois o que fizeram é repugnante, sob o ponto de vista da democracia, já que as emendas do relator foram usadas para negociatas que ferem, frontalmente, os princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e publicidade”.

O economista afirmou que “a distribuição bilionária de recursos não obedeceu a critérios republicanos e houve, sim, a cooptação de parlamentares com recursos públicos para que votassem conforme os interesses daqueles que operacionalizam essa relação promíscua entre o Legislativo e o Executivo”. Segundo Castello Branco, “se vier à tona o nome dos verdadeiros autores das emendas do relator, associados aos respectivos valores e destinações, a cúpula do Congresso e do Executivo será implodida”.

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Moro ameaça Bolsonaro e cria problema para Ciro

Segundo Kennedy Alencar, o ex-juiz Sergio Moro é uma ameaça para o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e cria problema para Ciro Gomes (PDT), que se apresenta como opção para uma possível terceira via.

Segundo nova pesquisa Ipespe divulgada hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém na liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turno.

Dados mostram que Lula teria mais de 50% dos votos no segundo turno caso enfrentasse Jair Bolsonaro, Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes, João Doria (PSDB) ou Eduardo Leite (PSDB).

“A novidade é o Moro que agora se assume como candidato e aparece numa situação de empate técnico com Ciro, apesar de estar numericamente à frente. O Moro claramente vai disputar votos com Bolsonaro. Ele é uma ameaça ao Bolsonaro porque é um nome de extrema direita. O Moro é o bolsonarismo sem o Bolsonaro”, avaliou Kennedy.

Para o colunista, isso cria problema para Ciro Gomes, uma vez que o candidato do PDT ameaçava tentar tomar a posição de Lula ou de Bolsonaro.

Sobre Lula, Kennedy disse que a pesquisa do Ipespe volta a mostrar um dado que as outras pesquisas já mostraram: de que Lula é o franco favorito e com possibilidade real de vencer no primeiro turno.

“Creio que isso se deve basicamente com situação econômica do país e a condução de Bolsonaro durante a pandemia.”

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STF desbloqueia os bens de Lula derrubando mais uma decisão arbitrária de Moro

Ministros do Supremo decidiram que a Justiça Federal de Curitiba não poderia ter mantido o bloqueio após a Corte julgar a Justiça de Curtiba incompetente para julgar o ex-presidente Lula (PT) no caso do tríplex de Guarujá.

Por maioria de três votos a um, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira, 26, desbloquear os bens do ex-presidente Lula (PT) após recurso da defesa do petista. Os ministros concordaram que a Justiça Federal de Curitiba não poderia ter mantido o bloqueio após o Supremo, no início do ano, declarar o juízo incompetente para julgar e processar as ações relacionadas ao Tríplex de Guarujá (SP).

À época, foram anuladas as condenações contra Lula, mas a 13ª Vara Federal de Curitiba, com decisão do juiz Luiz Antonio Bonat, decidiu manter os bens do ex-presidente bloqueados. De acordo com os advogados do ex-presidente, o juiz estava descumprindo decisão do Supremo, que determinou que os autos dos processos fossem enviados para o Distrito Federal.

Apenas o lavajatista Edson Fachin, que contraditoriamente deferiu a liminar tornando a Justiça de Curitiba incompetente para julgar Lula no caso do tríplex, votou a favor de Bonat. Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Kássio Nunes Marques votaram contra o bloqueio dos bens. A Segunda Turma do STF está sem um ministro desde que Cármen Lúcia foi para a Primeira Turma.

*Com informações do 247

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Nova variante é a “mais significativa” já encontrada e pode ser resistente à vacina, diz Reino Unido

Cientistas temem que as mutações da B.1.1.529 façam a nova variante ser mais resistente às vacinas em uso, informa reportagem do Metrópoles.

O governo do Reino Unido informou, nesta sexta-feira (26/11), que a variante B.1.1.529 do novo coronavírus, identificada no sul da África, é “a mais significativa já encontrada”, segundo a agência de notícias Reuters.

Os especialistas da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido temem que a linhagem possa se tornar resistente às vacinas, uma vez que a proteína Spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas, sofreu diversas mutações que a tornaram diferente da versão presente no vírus original. A primeira forma da Spike foi usada para o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 – caso as mudanças sejam muito significativas, a fórmula dos imunizantes pode não ser eficaz o suficiente para evitar casos graves e óbitos.

“Estamos preocupados que esta nova variante possa representar um risco substancial para a saúde pública. A variante tem um número excepcionalmente grande de mutações”, disse o secretário de Saúde britânico, Sajid Javid.

Até o momento, casos relacionados à nova variante foram confirmados em Botsuana, África do Sul, Bélgica, Israel e Hong Kong. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu, na tarde desta sexta, promover a cepa ao patamar de “preocupação”, designando uma letra grega para identificá-la: Omicron.

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Com enorme rejeição no sudeste e nordeste, reeleição de Bolsonaro virou quimera

Não é sem motivos que o Palácio do Planalto entrou no modo desespero. Bolsonaro perde altitude de forma acelerada e, consequentemente, a corrosão da economia provocará um esvaziamento ainda maior em sua campanha em 2022.

A desaprovação a Bolsonaro é maior no Sudeste e Nordeste do que em outras regiões do país, aponta pesquisa Exame/Ideia. De acordo com o estudo, 66% dos eleitores nordestinos desaprovam a atual gestão do chefe do Executivo. No levantamento anterior, realizado em janeiro, este índice era de 40%. No Sudeste, a reprovação alcança 54%, ante 35% da pesquisa anterior.

Ou seja, a crise chegou fortemente na classe média brasileira.

Isso não significa que a candidatura de Bolsonaro está morta, se ele não terá  diploma de gestor, como bem lembrou Lula, ainda tem uma fresta na porta porque tem a caneta na mão e um orçamento que amplia suas conversas políticas.

Lógico que essas bobagens graúdas como a cretina farsa da facada sendo requentada, mostram que Bolsonaro não tem como montar algo parecido com o projeto de 2018. Para se chegar a essa conclusão, não é preciso decifrar nenhum mistério, Bolsonaro berra sozinho por sua reeleição.

Aquele homem rude que comia com faca, baforava no copo, chupava os dentes para se fingir de pai dos burros, perdeu essa pífia “excelência”. Falsear outra vez a facada terá resultado de um espirro que não modificará nada, nem mesmo a sobremesa do banquete de lambanças que será apresentado pelos demais candidatos contra seu governo.

Bolsonaro não consegue nem sorrir em meio a um banho de água fria que dobra de intensidade a cada dia sobre sua reeleição.

Na verdade, sua imagem não tem estar mais saturada, ele está de fato na grota funda afogado em diversas crises, a sanitária, que matou mais de 614 mil brasileiros, a econômica, que está num poço três palmos abaixo do fundo sem tubo de respiração. e a moral, em que a samambaia já dobrou os seus cabelos revelando a cascata de crimes que envolvem todo o clã familiar.

Mas na realidade, a matéria que lhe trará fumo forte na asa será o preço do combustível e a política criminosa da Petrobras iniciada por Temer e continuada por Bolsonaro que, em última análise, é o que está devolvendo o Brasil à condição de roça, ou seja, abaixo da condição de fazendão.

Nada adianta o cabresto eleitoral que a bancada BBB, (bala, bíblia e boi). Isso é o mesmo que coçar cabeça de milho, porque não se vê nem toucinho baixar de preço, ao contrário, o brasileiro vive um inferno, muitos sobrevivendo de quebra galho, disputando com morcegos o esterco da coruja.

O Palácio do Planalto hoje é um palhão de milho seco e nada vale os argumentos que Bolsonaro tem gravado. Nesse sujeito, para a população, tudo fede a enxofre. E se para ser salvo do barranco que se enfiou, precisa repetir que não vai se opor ao mercado, mantendo a pornográfica política de preços da Petrobras, colocando-se como o próprio pai da tragédia brasileira.

Assim, sua candidatura à reeleição, se não pode ser considerada falecida, é por obra da cautela que se deve ter com o “já perdeu”. Mas a degradação de sua imagem é proporcional ao aumento dos preços das coisas, sobretudo dos alimentos.

Claro, sem dizer que, durante seus três anos de governo, o Brasil não ficou parado, andou para trás em velocidade máxima, principalmente no que diz respeito a desemprego, bico, miséria e fome, fazendo com que a palavra de Bolsonaro tenha tanto valor quanto a moeda brasileira diante do dólar.

Todos sabem que, em política, a palavra acaso não existe. Bolsonaro só foi eleito em 2018 através de uma trama macabra de dois punguistas, ele e Moro, que combinaram de encarcerar Lula para Bolsonaro vencer a eleição e Moro ser ministro e, em seguida, candidato à presidência.

Desta vez o atirador de plantão que, de tocaia, operou contra Lula, não está escondido, não é mais juiz e, para piorar, ainda é candidato.

Diante de toda essa mistura, não há general, que bufe golpe na boca da onça contra Lula. Bolsonaro está atolado até o pescoço e, quanto mais mexe, mais fede e afunda.

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Pesquisa Ipespe confirma vitória folgada de Lula

Agenda do Poder – Pesquisa eleitoral Ipespe (ex-Ibope), divulgada nesta sexta-feira, confirma a liderança absoluta do ex-presidente Lula no primeiro e segundo turnos. Segundo o instituto, Lula tem 42%; Bolsonaro, 25%; Moro 11%; Ciro, 9%; Doria, 2%; e Mandetta e Rodrigo Pacheco, 1%

Os números mostram que Moro cresceu três pontos percentuais e já ultrapassou Ciro Gomes, do PDT.

Veja o cenário 1:

Veja o cenário 2 do primeiro turno:

No segundo turno, Lula vence com folga todos os adversários.

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O insuperável Mainardi diz que, “sem Lula e Bolsonaro, Moro vence”

O inacreditável Mainardi fez suas contas e chegou à brilhante conclusão de que, sem Lula e Bolsonaro, Moro fica com o resto da onça. Cada um que ajeite os óculos na altura do seu nariz.

A sabidíssima conclusão a que Mainardi chegou para alfabetizar os moristas, tem que ser lida com aquele maravilhoso paladar de quem está disposto a ter câimbra na barriga de tanto gargalhar.

A confecção da vitória de Moro calculada por Mainardi, é um obra prima. Ele recolhe os dois candidatos que estão na frente, Lula com possibilidade de vitória no primeiro turno e oferece para o paladar do incautos moristas que Moro venceria a fatura.

E se Moro estivesse lá na rabeira junto com Pacheco, com 1%, ele diria que, sem Lula, Bolsonaro, Dória, Ciro, Pacheco e Tebet, Moro, segundo seu capataz do Antagonista, venceria de braçada e comeria sozinho o resto da onça.

Um sujeito veterano na picaretagem jornalística, ser recrutado por Moro para uma pobreza com essa, que fica entre o drama e a comédia, entre a gelatina e o concreto, é a própria confissão de falência do chiqueirão de plantão que Mainardi sempre viveu.

Se no futuro alguém contar uma história dessa e não provar, será detonado e considerado bêbado.

O que Mainardi quis dizer é que naquele fatídico 7 a 1, se a Alemanha não tivesse entrado em campo, o Brasil venceria por 1 a 0.

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