Ano: 2021

Bolsonaro paga o dobro dos europeus pela vacina da Índia

O governo brasileiro irá pagar ao Instituto Serum, da Índia, um valor mais de duas vezes superior ao que os países ricos da UE (União Europeia) destinaram para garantir as vacinas da AstraZeneca.

Depois de um desencontro entre os governos do Brasil e da Índia, os dois países anunciaram que um carregamento de 2 milhões de doses da vacina chegará ao país. O Instituto Serum é um dos centros capacitados pela AstraZeneca para produzir sua vacina.

Num comunicado do início de janeiro, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) confirmou a negociação e indicou que o “instituto oferecerá as vacinas prontas ao mercado pelo valor de US$ 5,25 cada”.

Nas últimas semanas, um suposto erro da ministra belga do Orçamento permitiu que os preços das diferentes doses de vacinas fossem revelados ao público europeu. De acordo com uma mensagem em suas redes sociais, Eva De Bleeker indicou que a UE teria negociado um preço de US$ 2,16 por dose da vacina da AstraZeneca. Questionado, o bloco se recusou a comentar, alegando que os acordos eram confidenciais.

Procurado para comentar o preço cobrado de Brasil e África do Sul, o Instituto Serum afirmou que não poderia conversar com o UOL.

Já a sede mundial da AstraZeneca até este momento não deu uma resposta, enquanto no Brasil a assessoria da empresa indicou que eles foram apenas mediadores entre a Fiocruz e a Serum, não se envolvendo na negociação.

A Fiocruz confirmou que esses foram os valores negociados e que, de fato, a AstraZeneca tinha sido a intermediária do contato com os indianos.

Contrato do Brasil com a AstraZeneca fixou preço acima do revelado por belgas

No caso do Brasil, não serão apenas as doses indianas que podem custar mais caro. De acordo com um comunicado da Fiocruz de 26 de outubro de 2020, o contrato entre o Brasil e a AstraZeneca trata do abastecimento de mais de 100 milhões de doses.

No texto, a entidade cita o fato de o custo ter sido negociado em US$ 3,16 por dose, superior que foi divulgado pelos belgas para a UE.

O preço é mais baixo que o carregamento indiano, já que caberá aos brasileiros sua preparação para ainda poder comercializar.

O debate sobre os preços de vacinas tem dominado diferentes fóruns internacionais, entre eles a OMS (Organização Mundial da Saúde) e OMC (Organização Mundial do Comércio). As empresas, porém, insistem que seus contratos devem permanecer em algumas instâncias sob confidencialidade, mas garantem que estão oferecendo os produtos por um preço perto ou igual ao valor de produção.

A coluna revelou, no ano passado, que o contrato do governo federal com a AstraZeneca prevê que haverá uma renegociação do preço da vacina quando a pandemia terminar. Pelo contrato, fica estabelecido que é a empresa que determinará quando a crise termina.

*Jamil Chade/Uol

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Julgamento de bilionário que contratou Moro abre janela inédita para a pilhagem da África no século 21

Tribunal de Genebra condenou nesta sexta, 22, Benjamin Steinmetz, acusado de subornar mulher de ditador para explorar mina de ferro na República da Guiné depois negociada com a brasileira Vale.

Uma montanha de minérios, o ditador doente da República da Guiné e suas quatro esposas, supostas propinas, contas secretas na Suíça, um bilionário do ramo de diamantes, a gigante brasileira Vale, o ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro Sergio Moro e uma pobreza profunda. Numa sala do Tribunal de Genebra, situado no coração do bairro medieval da cidade suíça, todos esses elementos se cruzaram no julgamento do magnata Benjamin Steinmetz, que se revelou um mergulho na dimensão da pilhagem das riquezas naturais do continente mais pobre do mundo. O caso foi julgado nesta sexta, 22 e o bilionário israelense, de 64 anos, repleto de controvérsias e herdeiro de uma família de negociadores de diamantes, foi condenado por “corrupção de funcionários públicos estrangeiros”, num dos raros julgamentos de um cidadão de fora da Suíça, tido como o caso mais emblemático do setor de mineração em décadas. O esquema teria organizado a transferência de pelo menos 8,5 milhões de dólares de 2006 a 2012 para garantir o direito de explorar a mina de ferro Simandou, na República da Guiné.

Oficialmente, Steinmetz, conhecido com Beny, pagou 165 milhões de dólares ao Governo local pela concessão do que seria uma espécie de “Carajás Africana”. Mas, 18 meses depois, sua empresa causou indignação de membros do Governo do país africano ao fechar um acordo privado de parceria com a brasileira Vale, no valor de 2,5 bilhões de dólares, para explorar exatamente a mesma área.

Com o negócio, era como se tivesse ganhado na loteria. Quase sozinho. De acordo com a promotoria pública de Genebra, o executivo se envolveu em um “pacto de corrupção” com o ex-presidente da Guiné, Lansana Conté, que esteve no poder de 1984 a 2008, e sua quarta esposa, Mamadie Touré, em parte através de contas bancárias suíças e empresas de fachada.

Nesta sexta, a Justiça suíça condenou Beny a cinco anos de prisão e determinou uma multa de 50 milhões de francos suíços, o equivalente a 308 milhões de reais, por corrupção dos servidores públicos e também por falsificação de documentos. O bilionário avisou que vai recorrer da sentença. Mas sua história rocambolesca mostrou um bastidor do mundo da mineração pouco conhecido pelos reles mortais.

A meta do suborno praticado por Beny era a de retirar a mina das mãos do conglomerado anglo-australiano Rio Tinto, uma concorrente mundial da Vale, e garantir que a Beny Steinmetz Group Resources (BSGR) ficasse com uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo. A acusação aponta que, em 2008, a BSGR se aproveitou das últimas horas de vida do ditador Conté para obter a concessão dos blocos 1 e 2 da jazida de minério de ferro. No julgamento iniciado no começo deste mês, enquanto pela janela da sala do tribunal via-se a neve cair, a declaração de Steinmetz e o próprio julgamento ofereciam frestas a um mundo subterrâneo pouco acessível. No fundo, uma visão de uma tragédia geológica e sociológica.

Simandou possui mais de 2 bilhões de toneladas de minério de ferro de alto grau. Para especialistas, a descoberta teria a possibilidade de mudar o destino de uma nação. De fato, a pequena Guiné já era o local da maior reserva provada de bauxita, além de minas de ouro, diamante e urânio, sem contar o petróleo em suas costas. Ainda assim, a Guiné continua sendo um dos países mais pobres do mundo: 70% de sua população vive em favelas, apenas uma minoria da população tem acesso aos serviços de saneamento e metade sequer tem água potável.

A história revelada na corte mostra que a montanha de ferro está permeada por uma sucessão de acusações e pagamentos suspeitos, golpes e traições. E que, enquanto enriqueceu alguns, deixou milhões na miséria absoluta.
Traições, Moro e disputa com a Vale

Com perfil de Indiana Jones de terno, grisalho, olhos azuis profundos, um certo bronzeado, apesar do frio de oito graus negativos, Benjamin Steinmetz era apresentado por seus advogados como uma espécie de salvador da África. Ele admitiu que o ganho para sua empresa foi grande com o acordo com a Vale pela mina de Simandou. “Mas o maior ganho é para o país, pois existem impostos, royalties. Muda tudo”, disse. “Era um sonho para a Guiné”, disse.

Não à toa a Vale, que agora trava guerra judicial com o bilionário, foi outro nome que ecoou nas audiências em Genebra. Diante das revelações de corrupção nos últimos anos contra Beny, a gigante brasileira entrou com um processo no Tribunal de Arbitragem Internacional, em Londres, contra seu ex-parceiro israelense. A mineradora venceu o processo em 2019 e Steinmetz foi obrigado a pagar 2,2 bilhões de dólares em indenização. O tribunal londrino apontou que o empresário omitiu informações da Vale ao ingressar na sociedade, entre elas o pagamento de propinas na Guiné.

No início da semana, ao ser questionado pela promotoria de Genebra em plena audiência sobre sua derrota diante do caso apresentado pela Vale, Steinmetz fez questão de dizer que sua batalha não havia terminado contra os brasileiros. “Existem novas coisas que vão sair e mostrar que a Vale mentiu durante o processo [em Londres]”, disse. Ele avisou que vai recorrer da sentença desta sexta.

De fato, Beny não desistiu da batalha. Ele contratou, no ano passado, os serviços do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro para ter mais munição contra a gigante brasileira. Em um parecer, Moro argumentou que a Vale não teria o direito de receber o dinheiro solicitado pelo tribunal londrino. Segundo o ex-juiz, se confirmada a apuração, “os executivos da Vale S/A teriam, em tese, prestado afirmações falsas e ocultado fraudulentamente do mercado e de seus acionistas as reais condições do negócio celebrado com a BSGR acerca dos direitos de exploração sobre Simandou e sobre os motivos da rescisão posterior”. Procurada, a empresa brasileira repetiu: “A Vale reitera que recebeu das cortes arbitral e judicial em Londres e nos Estados Unidos a permissão para prosseguir com a execução da sentença arbitral de 2 bilhões de dólares contra a BSGR”, declarou.

*Jamil Chade/El País

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Todos sabiam quem era Bolsonaro e dizem-se surpresos com tamanha incompetência

Eugênio Aragão

Até as pedras do Distrito Federal conhecem a jornada medíocre do capitão da reserva Jair Bolsonaro. Foi quase expulso de sua força, escapando por pouco graças à descomunal benevolência do STM.

Era, enquanto vivia nos quartéis, um indisciplinado.

Tentou o caminho da sedição.

Queria explodir dependências militares para submeter o comandante do exército a vexame público. A reserva remunerada foi um pacto fechado entre si e seus chefes, para acalmar o ambiente da caserna.

Mas Bolsonaro aproveitou sua momentânea celebridade para se lançar na política e ali ficou por trinta anos, graças aos votos de incautos nervosos.

Nada fez.

Nunca presidiu comissão, nunca fez parte da mesa da casa parlamentar, nenhum projeto de lei de sua autoria se conhece.

que provocava com colegas, usando linguagem chula e argumentos toscos, recheados de ódio e preconceito.

Homenageou torturadores da ditadura, lançou vitupérios contra colega, chamando-a de “feia” e por isso “não merecedora” de ser estuprada, chutou nas pernas de outro deputado durante votações em evidente “bullying” homofóbico e por aí vai.

Isso foi e é Jair Bolsonaro.

Por um acaso do processo político, esse cidadão indigno da farda se tornou presidente da república, com letras minúsculas mesmo.

E, como era inevitável, passou a pintar e bordar.

Nomeou para seu ministério um punhado de medíocres como ele, alguns fardados a busca de boquinhas de cargos civis, outros, atores sem nenhuma expressão, “losers” em suas respectivas formações profissionais.

Um ministério de incapazes.

Para piorar as coisas, adveio uma pandemia global que colocou a economia no chão e, obviamente, foi mediocremente enfrentada por uma equipe de militares sem nenhum conhecimento de saúde pública e muito menos de medicina.

À frente do ministério da saúde, posicionou-se um general de intendência, algo que se parece com um almoxarife da força, que se gabava e continua a se gabar de ser um “especialista em logística”.

Se tivessem nomeado um gerente de uma empresa de mudanças talvez até esse se sairia melhor.

O tal general difundiu a ideia de que a pandemia poderia ser debelada com tratamento precoce à base de hidroxicloroquina, um produto da predileção do capitão da reserva feito presidente.

Sem nenhuma base científica, sem nenhuma comprovação empírica de eficácia.

Mas fez o governo adquirir toneladas desse tônico capilar para carecas iludidos.

Jogou fora recursos tão necessários para políticas de saúde pública.

Sobreveio a vacina.

O capitão e seus subalternos sabotaram durante meses o preparo de uma campanha nacional de vacinação.

Deixaram os secretários estaduais de saúde à beira de uma crise de nervos.

Batiam boca com governadores.

E enrolavam nos processos de licenciamento dos produtos já desenvolvidos no Brasil e no exterior.

Debocharam da CoronaVac, a vacina chinesa, à qual atribuíram o nome de “Vachina” ou de “vacina xinguelingue”.

Lançaram desaforos ao embaixador da República Popular da China.

Comportaram-se feito moleques de rua, dispostos a “entrar na porrada” contra desafetos escolhidos.

Mas esqueceram-se de um detalhe também: não se prepararam para comprar seringas e nem para enfrentar ondas sucessivas de contágio que voltaram a sacudir o país.

O pico mais recente da crise se deu em Manaus. Faltou oxigênio hospitalar. E o governo (ou desgoverno) federal soube com boa antecedência do risco então iminente. Nada fez.

Um avião da FAB com cilindros de oxigênio foi, por alguma razão não explicada, impedido de decolar para a capital amazonense.

O descaso provocou a morte de dezenas de pacientes com COVID-19 e, também, de outros que padeciam de morbidades diversas.

O capitão não fez mais do que “lamentar” e atribuiu a culpa às autoridades locais, dizendo-se impedido de agir pelo Supremo Tribunal Federal. Mentira deslavada.

O STF apenas decidiu o evidente: as competências dos entes federados em matéria de saúde pública são concorrentes e o governo federal não está autorizado a desfazer a política de estados e municípios no setor.

Mas claro que não só não está impedido de executar sua própria política, de coordenar políticas nacionais mediante construção de consensos e de apoiar as políticas dos entes locais, mas, muito mais, está obrigado a tanto, pois lhe cabe, como aos outros entes, garantir o direito universal à saúde.

A atuação desastrosa de Jair Bolsonaro e de seus subalternos na crise sanitária passou a catastrófica e atores políticos, econômicos e da mídia tradicional, que até então mantinham atitude leniente para com as diatribes do capitão, passaram a cogitar de sua remoção do cargo.

Dizem-se, agora, surpreendidos com tamanha incompetência e inaptidão do chefe do executivo que, com sua ação e omissão, pôde se manter no cargo, mesmo provocando diariamente conflitos com outros poderes, com outros entes federados e com governos estrangeiros.

Chega de hipocrisia.

Todos sabiam quem era Jair Bolsonaro.

Pode mentir muito, mas não mentiu sobre o que era e o que significava sua eleição para o cargo maior da república.

Tal qual Adolf Hitler, que anunciara anos antes o que pensava e o que pretendia em seu “Mein Kampf”, Jair teve uma carreira de agressões e grosserias transparente, por quase trinta anos.

Quem, na política tradicional, o aceitou, talvez, dissesse como Franz von Papen, ao sugerir o nome do corporal austríaco para o cargo de “Reichskanzler” ao Marechal Hindemburgo: “deixe conosco, em poucas semanas vamos domar essa fera e civilizá-la!” E deu no que deu.

Jair está dando no que dá.

Uma vergonha internacional, incapaz de dialogar a nível doméstico e global.

Se o Brasil não lograr neutralizar esse risco, tornar-se-á um pária entre as nações, com um estado falido.

Ele precisa sair, mas só não diga ninguém que foi surpreendido com o tamanho do desastre!

*Eugênio Aragão/DCM

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Brasil boicotou cúpula em que China ofereceu crédito de US$ 1 bi para vacina

O governo Bolsonaro faltou a um encontro entre chanceleres latino-americanos e a China, em julho do ano passado. Na pauta: o acesso da região às vacinas que seriam produzidas no país asiático e o anúncio de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para permitir que os governos da América Latina pudessem ter acesso aos produtos.

Naquele momento, a ausência do Brasil causou indignação no meio científico nacional. No Instituto Butantan, a opção do país foi alvo de críticas internas. A coluna apurou que, entre diplomatas em Pequim, a decisão do Itamaraty de não aderir à coordenação foi recebida como um sinal de que o governo federal não estava interessado em negociar um maior acesso a vacinas ou insumos.

Do lado latino-americano, a organização ficou sob a responsabilidade do governo mexicano, que confirmou que entregou um convite ao Itamaraty. O México, porém, indicou que a chancelaria brasileira sequer explicou o motivo pelo qual não participaria do encontro. Procurado pela reportagem, o Itamaraty não respondeu.

A coordenação do México ocorria por conta de o país ser o presidente, em 2020, da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Poucos meses antes, o Itamaraty havia decidido suspender sua participação no bloco latino-americano, considerado como inadequado aos novos interesses da política externa de Ernesto Araújo.

Ainda assim, os mexicanos decidiram convidar o Brasil para a reunião sobre vacinas com os chineses. O encontro foi liderado pelo secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, e pelo chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.

Sem o maior país da América Latina, a reunião contou com os chanceleres da Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Uruguai, Barbados, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, Panamá e Trinidad e Tobago.

Governos de direita e esquerda reconheceram papel da OMS

Wang ainda indicou no encontro que a China estava disposta a enviar missões de médicos para ajudar os países da região. Um programa amplo com cinco pontos foi oferecido por Pequim.

O chanceler chinês, na ocasião, informou que o Programa Especial de Créditos entre a América Latina e China seria mobilizado para atender às necessidades da covid-19.

Na região, o governo do Equador foi outro que confirmou que o encontro serviu para que Pequim acenasse com dinheiro para vacinas. “China expressou seu desejo de contribuir de maneira direta com os países da América Latina, para os quais informou que entregará US$ 1 bilhão em créditos que irão ao acesso de vacinas e medicamentos”, explicou o Ministério de Relações Exteriores de Quito.

Ao final do encontro, uma declaração final foi assinada pelas maiores economias latino-americanas, com governos de direita ou de esquerda.

Num comunicado, o governo mexicano indicou que a reunião teve como objetivo “consolidar a cooperação internacional contra a covid-19 e enfrentar de maneira conjunta os desafios derivados da pandemia”. Já Wang agradeceu à América Latina por sua cooperação durante “o período mais difícil da pandemia”. Ele apresentou projetos de cooperação da China com países da América Latina focados no combate à pandemia.

No texto conjunto assinado por todos os governos, os chanceleres reconheceram “a liderança da OMS [Organização Mundial da Saúde] na coordenação da cooperação global contra a covid-19”.

*Jamil Chade/Uol

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Eduardo Cunha diz que golpe contra Dilma foi arquitetado no apartamento de Rodrigo Maia

O ex-deputado federal Eduardo Cunha, condenado a 14 anos e seis meses de prisão no âmbito da Lava Jato, relata no livro “Tchau Querida, o Diário do Impeachment”, que deverá ser lançado em abril, que o golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, foi tramado no apartamento do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e contou com o apoio do PSDB.

De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, Cunha relata, ainda, que o primeiro pedido de afastamento foi feito pelo então deputado Jair Bolsonaro.

Segundo Cunha, a reunião que resultou na trama que desaguou no afastamento da presidente Dilma Rousseff teria sido realizada no apartamento do Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro. Além deles, os deputados Carlos Sampaio, à época líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo, atual presidente nacional da legenda tucana, teriam participado do encontro.

No livro, Cunha também diz que o deputado baleia Rossi (MDB-SP), que atualmente é o candidato de Maia e conta com o apoio do PT na disputa pela presidência da Câmara, também teria atuado nas articulações do impeachment. Michel Temer, então vice-presidente, também teve um papel fundamental no processo.

Segundo o ex-parlamentar, Temer “simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta”. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido impeachment”, assegura.

Sobre a participação de Jair Bolsonaro, ele afirma que “o primeiro pedido de impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados, Bolsonaro foi o único que recorreu”.

*Com informações do 247

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Pesquisa revela que Bolsonaro executou uma “estratégia institucional de propagação do coronavírus”

Ao analisar 3.049 normas federais produzidas em 2020, a Faculdade de Saúde Pública da USP e a Conectas Direitos Humanos mostram por que o Brasil já superou mais de 212.000 mortes por covid-19.

A linha de tempo mais macabra da história da saúde pública do Brasil emerge da pesquisa das normas produzidas pelo Governo de Jair Messias Bolsonaro relacionadas à pandemia de covid-19. Num esforço conjunto, desde março de 2020, o Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos, uma das mais respeitadas organizações de justiça da América Latina, se dedicam a coletar e esmiuçar as normas federais e estaduais relativas ao novo coronavírus, produzindo um boletim chamado Direitos na Pandemia – Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil. Nesta quinta-feira (21/1), lançam uma edição especial na qual fazem uma afirmação contundente: “Nossa pesquisa revelou a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo Governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República”.

Obtida com exclusividade pelo EL PAÍS, a análise da produção de portarias, medidas provisórias, resoluções, instruções normativas, leis, decisões e decretos do Governo federal, assim como o levantamento das falas públicas do presidente, desenham o mapa que fez do Brasil um dos países mais afetados pela covid-19 e, ao contrário de outras nações do mundo, ainda sem uma campanha de vacinação com cronograma confiável. Não é possível mensurar quantas das mais de 212.000 mortes de brasileiros poderiam ter sido evitadas se, sob a liderança de Bolsonaro, o Governo não tivesse executado um projeto de propagação do vírus. Mas é razoável afirmar que muitas pessoas teriam hoje suas mães, pais, irmãos e filhos vivos caso não houvesse um projeto institucional do Governo brasileiro para a disseminação da covid-19.

Há intenção, há plano e há ação sistemática nas normas do Governo e nas manifestações de Bolsonaro, segundo aponta o estudo. “Os resultados afastam a persistente interpretação de que haveria incompetência e negligência de parte do governo federal na gestão da pandemia. Bem ao contrário, a sistematização de dados, ainda que incompletos em razão da falta de espaço na publicação para tantos eventos, revela o empenho e a eficiência da atuação da União em prol da ampla disseminação do vírus no território nacional, declaradamente com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível e a qualquer custo”, afirma o editorial da publicação. “Esperamos que essa linha do tempo ofereça uma visão de conjunto de um processo que vivemos de forma fragmentada e muitas vezes confusa”.

A pesquisa é coordenada por Deisy Ventura, uma das juristas mais respeitadas do Brasil, pesquisadora da relação entre pandemias e direito internacional e coordenadora do doutorado em saúde global e sustentabilidade da USP; Fernando Aith, professor-titular do Departamento de Política, Gestão e Saúde da FSP e diretor do CEPEDISA/USP, centro pioneiro de pesquisa sobre o direito da saúde no Brasil; Camila Lissa Asano, coordenadora de Programas da Conectas Direitos Humanos; e Rossana Rocha Reis, professora do departamento de Ciência Política e do Instituto de Relações Internacionais da USP.

A linha do tempo é composta por três eixos apresentados em ordem cronológica, de março de 2020 aos primeiros 16 dias de janeiro de 2021: 1) atos normativos da União, incluindo a edição de normas por autoridades e órgãos federais e vetos presidenciais; 2) atos de obstrução às respostas dos governos estaduais e municipais à pandemia; e 3) propaganda contra a saúde pública, definida como “o discurso político que mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais, além de notícias falsas e informações técnicas sem comprovação científica, com o propósito de desacreditar as autoridades sanitárias, enfraquecer a adesão popular a recomendações de saúde baseadas em evidências científicas, e promover o ativismo político contra as medidas de saúde pública necessárias para conter o avanço da covid-19”.

Os autores assinalam que a publicação não apresenta todas as normas e falas coletadas e armazenadas no banco de dados da pesquisa, mas sim uma seleção que busca evitar a repetição e apresentar o mais relevante para a análise. Os dados foram selecionados junto à base de dados do projeto Direitos na Pandemia, à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União, além de documentos e discursos oficiais. No eixo que definem como propaganda, foi também realizada uma busca na plataforma Google para a coleta de vídeos, postagens e notícias.

A análise mostra que “a maioria das mortes seriam evitáveis por meio de uma estratégia de contenção da doença, o que constitui uma violação sem precedentes do direito à vida e do direito à saúde dos brasileiros”. E isso “sem que os gestores envolvidos sejam responsabilizados, ainda que instituições como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União tenham, inúmeras vezes, apontado a inconformidade à ordem jurídica brasileira de condutas e de omissões conscientes e voluntárias de gestores federais”. Também destacam “a urgência de discutir com profundidade a configuração de crimes contra a saúde pública, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade durante a pandemia de covid-19 no Brasil”.

Os atos e falas de Bolsonaro são conhecidos, mas acabam se diluindo no cotidiano alimentado pela produção de factoides e de notícias falsas, no qual a guerra de ódios é também uma estratégia para encobrir a consistência e persistência do projeto que avança enquanto a temperatura é mantida alta nas redes sociais. A publicação provoca choque e mal estar ao sistematizar a produção explícita de maldades colocadas em prática por Bolsonaro e seu governo durante quase um ano de pandemia. Um dos principais méritos da investigação é justamente articular as diversas medidas oficiais e falas públicas do presidente na linha do tempo. Dessa análise meticulosa emerge o plano, com todas as suas fases devidamente documentadas.

Também torna-se explícito contra quais populações se concentram os ataques. Além dos povos indígenas, a quem Bolsonaro nega até mesmo água potável, há uma série de medidas tomadas para impedir que os trabalhadores possam se proteger da covid-19 e fazer isolamento. O governo amplia o conceito de atividades essenciais até mesmo para salões de beleza e busca anular o direito ao auxílio emergencial de 600 reais determinado pelo Congresso a várias categorias. Ao mesmo tempo, busca implantar um duplo tratamento aos profissionais de saúde: Bolsonaro veta integralmente o projeto que prevê compensação financeira para aqueles trabalhadores que ficarem incapacitados em consequência de sua atuação para conter a pandemia e tenta isentar os funcionários públicos de qualquer responsabilidade por atos e omissões no enfrentamento à covid-19. Em resumo: o trabalho duro e arriscado de prevenção e combate numa pandemia é desestimulado, a omissão é estimulada.

Através de retenção de recursos destinados à covid-19, o Governo prejudica a assistência aos doentes na rede pública de Estados e municípios. A guerra contra governadores e prefeitos que tentam implementar medidas de prevenção e combate ao vírus é constante. Por meio de vetos, Bolsonaro anula mesmo as medidas mais básicas, como obrigatoriedade de máscaras dentro de estabelecimentos com autorização para funcionar. Muitas de suas medidas e vetos são depois derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou pelo próprio Legislativo.

Esse é outro ponto importante: a análise dos dados mostra também o quanto a situação do Brasil poderia ser ainda mais trágica caso o STF e outras instâncias não tivessem barrado várias das medidas de propagação do vírus produzidas pelo Governo. Apesar da fragilidade demonstrada pelas instituições e pela sociedade, é visível o esforço de parte dos protagonistas para tentar anular ou neutralizar os atos de Bolsonaro. É possível fazer o exercício de projetar o quanto todos esses esforços, somados e associados a um governo disposto a prevenir a doença e combater o vírus, poderiam ter feito para evitar mortes em um país que conta com o Sistema Único de Saúde (SUS). Em vez disso, Bolsonaro produziu uma guerra em que a maior parte da energia de parte das instituições e da sociedade organizada foi dissipada para reduzir os danos produzidos por suas ações, em vez de se concentrar em combater a maior crise sanitária em um século.

Quase um ano depois do primeiro caso de covid-19, resta saber se as instituições e a sociedade que não estão acumpliciadas com Bolsonaro serão fortes o suficiente para, diante do mapa de ações institucionais de propagação do vírus, finalmente barrar os agentes de disseminação da doença. O uso da máquina do Estado para promover destruição tem sido determinante para produzir a realidade atual de mais de 1.000 covas abertas por dia para abrigar pessoas que poderiam estar vivas. Na gaveta de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, há mais de 60 pedidos de impeachment. No Tribunal Penal Internacional, pelo menos três comunicações relacionam genocídio e outros crimes contra a humanidade à atuação de Bolsonaro e membros do governo relacionadas à pandemia. As próximas semanas serão decisivas para que os brasileiros digam quem são e o que responderão às gerações futuras quando lhes perguntarem onde estavam quando tantos morreram de covid-19.

A seguir, os principais pontos da linha do tempo das ações de Jair Bolsonaro e seu Governo:

MARÇO
(semana epidemiológica 10: 1º-7/03/2020)
Casos acumulados: 19 – Óbitos acumulados: 0

“Pequena crise”

Uma portaria da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) tenta abrir uma brecha para o acesso de não indígenas, “em caráter excepcional”, com o objetivo de realizar “atividades essenciais” em territórios de povos isolados. A medida busca usar a covid-19 para criar uma porta de acesso a comunidades que nunca tiveram contato com não indígenas (nem com seus vírus e bactérias) ou que decidiram viver sem contato.
O que Bolsonaro diz:

“Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia. A questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo.

ABRIL
(semana epidemiológica 15: 5-10/4)
Casos acumulados: 20.818 – Óbitos acumulados: 699

Troca de ministro

Bolsonaro demite o ministro da Saúde durante a pandemia. Luiz Henrique Mandetta, além de político, é médico. A principal razão da demissão é a discordância sobre o uso da cloroquina e sobre a atuação pautada pelas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao final de março, segundo Mandetta, o presidente passou a buscar assessoria para se contrapor aos dados e à estratégia do Ministério da Saúde: “O Palácio do Planalto passou a ser frequentado por médicos bolsonaristas. (…) Ele [Bolsonaro] queria no seu entorno pessoas que dissessem aquilo que ele queria escutar. (…) Nunca na cabeça dele houve a preocupação de propor a cloroquina como um caminho de saúde. A preocupação dele era sempre: ‘Vamos dar esse remédio porque, com essa caixinha de cloroquina na mão, os trabalhadores voltarão à ativa, voltarão a produzir’. (…) O projeto dele para o combate à pandemia é dizer que o governo tem o remédio e quem tomar o remédio vai ficar bem. Só vai morrer quem ia morrer de qualquer maneira”.

O Congresso aprova o auxílio emergencial de 600 reais, medida parlamentar que seria equivocadamente associada a Bolsonaro por grande parte dos beneficiados, resultando em aumento de popularidade para o presidente.
O que Bolsonaro diz:

“E daí? lamento, quer que faça o quê? Eu sou ‘Messias’, mas eu não faço milagre”.

MAIO
(semana epidemiológica 19: 3-9/5)

Guerra com Estados

Bolsonaro usa decretos para boicotar as determinações de prevenção e combate à covid-19 de estados e municípios. Para isso, amplia o entendimento do que é atividade essencial durante uma pandemia e que, portanto, pode seguir funcionando apesar do agravamento da emergência sanitária. Assim, a área de construção civil, salões de beleza e barbearias, academias de esporte de todas as modalidades e serviços industriais em geral passam a ser “atividades essenciais”.

O presidente tenta ainda isentar os agentes públicos de serem responsabilizados, civil e administrativamente, por atos e omissões no enfrentamento da pandemia. Bolsonaro também veta o auxílio emergencial de 600 reais mensais instituído pelo Congresso a pescadores artesanais, taxistas, motoristas de aplicativo, motoristas de transporte escolar, entregadores de aplicativo, profissionais autônomos de educação física, ambulantes, feirantes, garçons, babás, manicures, cabeleireiros e professores contratados que estejam sem receber salário. Pela lei aprovada pelo parlamento, essas categorias seriam contempladas pelo auxílio emergencial, para que pudessem fazer isolamento para se proteger do vírus.

O novo ministro da Saúde, médico Nelson Teich, se demite: “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”. Assume o posto, interinamente, o general da ativa Eduardo Pazuello. Em solenidade oficial, o militar afirmou que, antes de assumir o cargo, “nem sabia o que era o SUS”. A militarização do ministério se amplia ainda mais. Um protocolo do Ministério da Saúde determina o uso de cloroquina para todos os casos de covid-19, medicamento comprovadamente sem eficácia para combater o novo coronavírus.

Bolsonaro abre guerra contra governadores. O Conselho Nacional da Saúde denuncia que mais de 8 bilhões de reais destinados ao combate à pandemia deixaram de ser repassados aos estados e municípios, que sofrem com a falta de insumos básicos, respiradores e leitos. O CNS lança a campanha “Repassa já!”.

O que Bolsonaro diz:

“Se for isso mesmo, é guerra. Se quiserem eu vou a São Paulo, vocês têm que lutar contra o governador”.

JUNHO
(semana epidemiológica 24: 7-13/6)

Casos acumulados: 850.514 – Óbitos acumulados: 42.720
Apagão de dados.

Bolsonaro incita seus seguidores a invadir hospitais e filmar, com a justificativa de que os números de doentes e de ocupação de leitos estão inflacionados. Em 3 de junho, o Governo divulga dados sobre a covid-19 com atraso, após as 22h. Em 5 de junho, o site do Ministério da Saúde sai do ar e retorna no dia seguinte apenas com informações das últimas 24 horas. A tentativa de encobrir os números de doentes e de mortos por covid-19 é denunciada pela imprensa. A sociedade perde a confiança nos dados oficiais e seis dos principais jornais e sites de jornalismo —G1, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e UOL— formam um consórcio para registrar os números da pandemia.
O que Bolsonaro diz:

“Arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tá fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”.
10/6, em transmissão ao vivo no Facebook

JULHO
(semana epidemiológica 28: 5-11/7)
Casos acumulados: 1.839.850 – Óbitos acumulados: 71.469
Vetos de maldade.

Bolsonaro veta a obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, escolas e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas. Também veta a multa aos estabelecimentos que não disponibilizem álcool em gel a 70% em locais próximos às suas entradas, elevadores e escadas rolantes.

Bolsonaro veta a obrigação dos estabelecimentos em funcionamento durante a pandemia de fornecer gratuitamente a seus funcionários e colaboradores máscaras de proteção individual. Veta ainda a obrigação de afixar cartazes informativos sobre a forma de uso correto de máscaras e de proteção individual nos estabelecimentos prisionais e nos estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas.

Bolsonaro veta medidas de proteção para comunidades indígenas durante a pandemia de Covid-19. Entre elas: o acesso a água potável, materiais de higiene e limpeza, leitos hospitalares e de UTIs, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, materiais informativos sobre a covid-19 e internet nas aldeias. Veta também a obrigação da União de distribuir alimentos aos povos indígenas, durante a pandemia, na forma de cestas básicas, sementes e ferramentas.

O Exército paga 167% a mais pelo principal insumo da cloroquina, com a seguinte justificativa: “produzir esperança para corações aflitos”.

Ao criticar a militarização do Ministério da Saúde, o ministro do STF Gilmar Mendes define a resposta do governo federal à pandemia como “genocídio”: “Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. (…) É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso por fim a isso”.
O que Bolsonaro diz:

“Lamento as mortes. Morre gente todo dia, de uma série de causas. É a vida.

AGOSTO
(semana epidemiológica 32: 2-8/8)
Casos acumulados: 3.012.412 – Óbitos acumulados: 100.477
Ataque à vacina

Bolsonaro veta integralmente o projeto de lei que determina compensação financeira paga pela União a profissionais e trabalhadores de saúde que ficarem incapacitados por atuarem no combate à covid-19.

O Governo Bolsonaro ignora a proposta da Pfizer, que garante a entrega do primeiro lote de vacinas em 20 de dezembro de 2020.

O Ministério da Saúde rejeita a doação de pelo menos 20 mil kits de testes PCR para covid-19 da empresa LG International, dois meses após a oferta.

O que Bolsonaro diz:

“Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Militar na Saúde

Uma resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibiliza ainda mais a prescrição de ivermectina e nitazoxanida, dispensando a retenção de receita médica para a venda em farmácias. Os medicamentos são propagandeados pelo governo como eficazes para a covid-19, mas estudos científicos mostram que não diminuem a gravidade da doença nem impedem a morte de pacientes. O general da ativa Eduardo Pazuello é efetivado como ministro da Saúde.
O que Bolsonaro diz:

“Estamos praticamente vencendo a pandemia. O Governo fez tudo para que os efeitos negativos da mesma fossem minimizados, ajudando prefeitos e governadores com necessidades na saúde”.

*Do El País

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Aprovação de Bolsonaro despenca para 26%

A crise em Manaus e a falta de perspectiva sobre cronograma de vacinação colaboraram para a queda de popularidade do presidente.

Com a crise de saúde pública em Manaus e desencontros sobre o cronograma de vacinação, a aprovação à gestão do presidente Jair Bolsonaro caiu de 37% para 26%, a maior queda semanal desde o início de seu governo. Agora, está no mesmo nível de junho de 2020, um dos momentos mais críticos da pandemia. A queda acentuada fez com que a desaprovação ao governo saltasse para 45%.

É o que mostram os novos resultados de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Clique aqui para ver o relatório completo.

A desaprovação do presidente é maior nos estratos de maior renda e de maior escolaridade: entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, 58% não aprovam a gestão do presidente. No grupo dos que têm ensino superior, 64% desaprovam o governo federal.

Já em relação à aprovação do presidente, ela segue maior entre os que moram no Centro-Oeste e os evangélicos. Entre os que moram no Centro-Oeste, 36% aprovam o governo Bolsonaro — nas outras regiões do Brasil, esse índice varia de 22% a 27%.

Entre os evangélicos, 38% apoiam o governo Bolsonaro, ante 20% dos católicos e 23% dos que declaram seguir outra religião.

O levantamento foi realizado por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 18 e 21 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

“A dinâmica dos sérios problemas em Manaus junto a falta de perspectivas sobre um cronograma de vacinação e o fim do auxílio emergencial constituem os principais fatores que levam à queda de popularidade do presidente”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Os dados de avaliação do governo mostram um desempenho similiar: o percentual de pessoas que considera o governo ótimo ou bom passou de 38% para 27%. Do mesmo modo, o grupo que avalia a gestão Bolsonaro como ruim ou péssima subiu de 34% para 45%.


Manaus

A pesquisa também perguntou se a crise de saúde pública em Manaus, que vive uma deficiência no fornecimento de oxigênio para os hospitais e um aumento substancial de casos de covid-19, poderia influenciar a avaliação do governo. Para 60% dos entrevistados, o quadro atual na capital amazonense deve impactar o modo como analisam o trabalho do presidente. Para outros 22%, não deve fazer diferença

Quando se observa o aspecto regional, 66% dos que moram no Nordeste dizem que a avaliação do governo deve ser influenciada pela crise em Manaus, enquanto que 57% dos que moram no Sudeste e no Norte – epicentro da atual crise – compartilham da mesma opinião.
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O impacto dos acontecimentos em Manaus também repercute mais na população de alta escolaridade e renda: 71% dos que têm ensino superior dizem que a avaliação do governo deverá ser impactada, assim como 67% das pessoas com rendimentos superiores a cinco salários mínimos têm a mesma opinião.

“As classes média e alta, que poucas vezes usam o sistema público de saúde por ter plano particular, está insatisfeita porque as vacinas, a cargo do governo, não chegam e não há, até agora, uma definição sobre o calendário da campanha de imunização”, diz Moura. “Ao mesmo tempo, o fim do auxílio é visto negativamente por boa parte da população.”

Pazuello

A pesquisa EXAME/IDEIA também perguntou sobre como a população avalia o trabalho do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Enquanto 28% dos entrevistados consideram o trabalho do ministro como bom ou ótimo, outros 32% consideram a gestão de Pazuello ruim ou péssima. Outros 33% avaliam como regular.

Os dados mostram que a avaliação do ministro é melhor do que a do presidente Bolsonaro (27% consideram bom ou ótimo; 45% acham ruim ou péssima).

“A população com menos instrução geralmente não sabe quem são os ministros, mas conhecem o presidente. Por isso, o governo federal tende a ser mais responsabilizado em momentos de grave crise”, diz Moura, do IDEIA.

*Com informações da Exame

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Release e vídeo desmentem tese de Pazuello sobre hacker

Ministro da Saúde terceiriza culpa sobre aplicativo que indicava cloroquina, mas registros mostram que TrateCov buscava estimular o “tratamento precoce”.

O ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello, afirma que o aplicativo TrateCOV, que indicava o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19, foi invadido e lançado de maneira antecipada.

Contudo, uma pesquisa simples mostra que não foi bem assim. No dia 13 de janeiro, o próprio Ministério da Saúde publicou um release oficial anunciando o lançamento do TrateCov, o anunciando como um “aplicativo para auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19”.

“Seja presencialmente ou por tele consulta, a plataforma traz autonomia aos profissionais de saúde habilitados para encaminhar o atendimento e resposta adequados para o paciente de acordo com cada caso. Assim, o diagnóstico sai mais rápido e o tratamento tem início precocemente, contribuindo na redução de internações e óbitos por Covid-19”.

“Diante de um fato epidemiológico como é a Covid-19, que você já tem sintomas e sinais muito bem definidos para caracterizar a doença, a adoção do protocolo é segura. Para muitas doenças em todo o mundo, a gente adota protocolo. Se o paciente preenche três critérios para a doença, ele tem a doença. Estamos apenas validando um protocolo científico, mostrando que ele é um forte indicador da doença, que ele pode ser usado para tomada de decisão”, destacou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde da pasta, Mayra Pinheiro, no release divulgado.

Confira abaixo as imagens do release em questão, divulgado no dia 13 de janeiro no site do Ministério da Saúde.

Na verdade, o aplicativo TrateCOV exigia que o paciente efetuasse o preenchimento de um formulário com os sintomas apresentados, e sugeria a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina em qualquer idade, seja para covid-19 ou para outras doenças, o que gerou reação de entidades médicas inclusive mais alinhadas ao governo Jair Bolsonaro.

Um detalhe a ser mencionado: a secretária Mayra Pinheiro ficou famosa por hostilizar a chegada de médicos cubanos ao Ceará em 2013, onde chegou a mandar os profissionais “voltarem para a senzala”. E a secretaria que ela atua no ministério é justamente responsável pelo programa Mais Médicos.

Outra prova que contraria o discurso de Pazuello é um vídeo que está em circulação nas redes sociais, onde o ministro – que diz que o sistema foi lançado de forma antecipada – participa de cerimônia realizada em 11 de janeiro para o lançamento do aplicativo. E, inclusive, fala sobre o funcionamento do mesmo.

“Hoje, a gente lança aqui em primeira mão, o Estado do Amazonas é o primeiro Estado do Brasil que recebe o aplicativo TrateCov. Nós estamos apresentando para a sociedade um aplicativo que permite, como eu disse, com forte valor preditivo, dizer se o doente diante das suas manifestações clínicas tem ou não covid-19. E assim nós podemos, em um período de cinco minutos com a utilização desse aplicativo, que já pode ser através das páginas do Ministério da Saúde, nós poderemos ofertar imediatamente, para milhões de brasileiros, o tratamento precoce”, disse a secretária Mayra Pinheiro, em cerimônia que foi aberta pelo próprio ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello.

“Hoje (11 de janeiro) vai ser lançado (sic) uma plataforma (…) que vai permitir que o próprio prefeito cobre o protocolo de atendimento”, diz Pazuello. “A medicação… ela pode e deve começar antes desses exames complementares. Caso o exame lá na frente, por alguma razão, dê negativo, ele reduz a medicação e está ótimo. Não vai matar ninguém, pelo contrário”. Confira o vídeo abaixo:

Três dias após o lançamento do aplicativo, o sistema público de saúde de Manaus entrou em colapso e pessoas morreram sufocadas por falta de oxigênio.

*Com informações do GGN

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Marqueteiro Markinhos Show é nomeado assessor especial do trapalhão Pazuello

Atuando na pasta desde dezembro, marqueteiro Marcos Eraldo foi oficializado no cargo na quarta-feira (20/1). Nos perfis das redes sociais, ele se define como master coach e hipnólogo.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, oficializou a nomeação de Marcos Eraldo Arnoud como assessor especial. Conhecido como Markinhos Show, o marqueteiro e hipnólogo, como se define nas redes sociais, já atuava desde dezembro de 2020 na chefia de comunicação da pasta e permanece no cargo a fim de auxiliar na imagem do ministro general.

Na descrição pessoal no site “venda para o cérebro”, Markinhos se auto denomina ‘Palestrante Motivacional, Master Coach, Analista em Neuromarketing, Especialista em Marketing, SEO, Hipnólogo, Mentalista, Practitioner em PNL, Músico, Empreendedor e Especialista em Marketing Político’.

No Ministério da Saúde, a função de Markinhos é reposicionar a figura de Pazuello, que sofre críticas desde que foi nomeado para o cargo de chefe da pasta, mesmo desconhecendo a engrenagem do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os episódios que enfraqueceram a imagem de Pazuello está, também, a contradição em publicizar a cloroquina e o “kit-covid”, mas dizer que não defende o uso de medicamentos no tratamento contra a doença. Outra polêmica recente foi a crise de oxigênio em Manaus, na qual Pazuello, apesar de prometer e trabalhar para assistir à capital amazonense, admitiu que a situação saiu do controle.

Repaginada

Em meio ao cenário marcado por contradições, a repaginada na imagem de Pazuello deve estar alinhada com os direcionamentos do presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, Markinhos posa ao lado do mandatário, reforçando que o objetivo não é entrar em conflito com os ideais de Bolsonaro e, sim, conectar a atuação do Ministério da Saúde mais diretamente ao governo federal.

Campanha frustrada

Markinhos prepara uma campanha publicitária em relação à vacinação contra a covid-19. Uma das primeiras ações seria o evento no Palácio do Planalto no último dia 19 que, simbolicamente, marcaria o início da imunização. No entanto, a cerimônia foi cancelada após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se antecipar em ação semelhante, logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da Coronavac. Em resposta, o governo federal realizou uma coletiva que marcou o início da distribuição das doses aos estados, sem a presença de Dória.

*Correio Braziliense

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Por questão de princípios, Dilma recusa convite de Dória para ser vacinada e responde: “É inaceitável furar fila”

Receber um convite para se vacinar, aos 73 anos idade, tendo tratado um câncer e ficar de frente a uma questão como essa, de se vacinar antes dos demais brasileiros, Dilma optou pelos princípios, e respondeu que seria “inaceitável furar fila”.

Ou seja, ela buscou o caminho da ética, da decência, daquilo que seus golpistas nunca tiveram, mas que a pessoa carrega ou não com ela. E Dilma sempre foi uma mulher honrada, mostrando isso desde a época em que foi torturada pelos ditadores monstruosos para que entregasse seus companheiros de luta e que jamais cedeu às dores físicas e aos traumas que essa monstruosidade causa no ser humano.

Por isso é exemplar a atitude da ex-presidenta Dilma que foi sabotada pelo seu vice para, junto com outros lixos humanos, como Aécio, Cunha e demais golpistas, apunhalá-la pelas costas.

Sua atitude expressa a verdade que sempre carregou consigo e a dignidade dos grandes que os ratos não têm a mínima ideia do que seja.

Segundo nota publicada em seu site, “por razões éticas e de justiça” ela recusou o convite, porque “o Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada”.

Leia a íntegra da nota publicada pela ex- presidenta Dilma Rousseff:

21/01/2021 5:07

Recebi o convite do governador de São Paulo para ser vacinada com a Coronavac no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Agradeço, mas diante das circunstâncias tenho o dever de recusar a oferta, por razões éticas e de justiça. O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada. É inaceitável “furar a fila”, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescindível que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a Coronavac.

Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas.

Enalteço o trabalho dedicado dos epidemiologistas, biólogos, infectologistas, pesquisadores e servidores do sistema SUS, em especial da Fiocruz e do Butantan, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Estendo estas homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta pandemia que, por desleixo e desumanidade do governo federal, já roubou a vida de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio. Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo.

DILMA ROUSSEFF

*Da redação

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