Ano: 2021

General Etchegoyen, que conspirou para derrubar Dilma, agora tergiversa sobre risco de ruptura

“Nunca os militares se manifestaram para corrigir para lá ou para cá”.

Esta assertiva patética e risível foi feita pelo general da reserva Sérgio Etchegoyen ao jornal Valor Econômico em entrevista [8/1/2021].

Este general não é nenhum desinformado ou alienado. E, menos ainda, alguém alheio à acidentada história do Brasil no último século. Ele sabe, mais que ninguém, o quanto seu avô, seu pai, seu tio, seu último comandante [Villas Bôas] e ele mesmo conspiraram e intervieram para “corrigir” o país.

Sérgio Etchegoyen legou da família a tradição da intromissão antiprofissional dos militares na política brasileira pelo menos desde a 2ª metade dos anos 1920.

Seu avô Alcides, então 1º tenente, atuou na conspiração para derrubar Washington Luís, impedir a posse do eleito Júlio Prestes e instalar Getúlio Vargas na presidência. Duas décadas depois, em 1955, e já como general, vovô Alcides conspirou para impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart como presidente e vice eleitos.

Em 1964, o pai dele – Leo Etchegoyen – e seu tio Cyro Etchegoyen participaram do golpe que derrubou Jango. Em recompensa, ocuparam postos relevantes na ditadura.

Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, o coronel Paulo Malhães apontou o tio Cyro Etchegoyen como responsável pela Casa da Morte – um conhecido centro macabro e de tortura do Exército em Petrópolis/RJ.

O próprio Sérgio Etchegoyen, honrando tal tradição familiar, conspirou para derrubar a presidente Dilma. Como se lê no livro de um dos ideólogos golpistas do MDB, Denis Rosenfield, mesmo ele sendo Chefe do Estado-Maior do Exército nomeado pela presidente Dilma, o traidor acompanhou o então comandante do Exército, general Villas Bôas, outro traidor também nomeado pela presidente Dilma, em encontros secretos com o também traidor e conspirador vice-presidente Temer. Tais encontros começaram 1 ano antes do golpe.

Não por coincidência, em 12 de maio de 2016, no mesmíssimo dia em que o Senado afastou Dilma da presidência na farsa do impeachment, Sérgio Etchegoyen entrou para a reserva no Exército e, simultaneamente, assumiu como ministro do Gabinete de Segurança Institucional [GSI] do governo usurpador.

No GSI, Etchegoyen empoderou as Forças Armadas, recompôs as áreas de informação, controle e inteligência do Estado desde a perspectiva militar e iniciou o processo de colonização e aparelhamento do Estado por militares, que hoje se traduz em quase 10 mil postos civis de trabalho e comando do setor público ocupados por militares.

Na entrevista ao Valor, Sérgio Etchegoyen ainda tergiversou defendendo Bolsonaro e responsabilizando ministros do STF por atentados à Constituição: “Qual a atitude efetiva do Bolsonaro, em termos de desapreço à Constituição Federal, comparável a de alguns ministros do STF que não se constrangeram em agredir a gramática para dar sustentação à esdrúxula tese de apoio à reeleição, na mesma legislatura, dos presidentes das duas Casas do Congresso?”, desafiou o general.

É claro que Etchegoyen tem razão quanto à absurda discussão, pelo STF, da reeleição das presidências do Congresso. Mas, se tivesse mínimo apego à verdade, ele reconheceria que Bolsonaro já cometeu vários atentados à Constituição e ameaçou o fechamento do Congresso e do STF inclusive em frente ao Quartel General do Exército e na rampa do Planalto – com o agravante de estar acompanhado nesta escalada golpista por militares da ativa e da reserva.

Etchegoyen outra vez tergiversou ao analisar os riscos do Bolsonaro promover em 2022 o mesmo que Trump no Capitólio. E ele outra vez defendeu Bolsonaro e desdenhou da ameaça de ruptura como mera “retórica oposicionista” [“narrativa”]: “Dizer agora que a invasão do Capitólio é uma prévia do que pode acontecer aqui é antecipar o reforço a uma narrativa que hoje se opõe incondicionalmente ao governo Bolsonaro, é torcer pra isso acontecer, é trabalhar contra o país”, disse ele.

Etchegoyen sabe que se o país não estivesse sob um regime de exceção com tutela militar, Bolsonaro sequer poderia ter concorrido, quanto menos eleito presidente. E ele também sabe que é graças a este garrote jurídico-militar sobre as instituições e poderes de Estado que Bolsonaro ainda não foi removido do cargo e preso.

Mas o general pensa que todo mundo é otário, e então tergiversa à vontade. Não é o caso de classificá-lo como um hipócrita ou cínico, mas sim de lembrar que Etchegoyen age assim porque tem uma mente militar adestrada para dissimular, confundir, executar operações psicológicas e promover táticas diversionistas para estontear os adversários e enganar os inimigos no campo de batalha.

E, ao final da guerra, quando se percebe a realidade concreta, que é antagônica à paisagem bucólica pintada por ele com sua fala dissimulada, aí já é tarde demais.

Não é prudente, portanto, confiar-se nas palavras dele. Afinal, como confiar num general com currículo de conspirador como Sérgio Etchegoyen, que em pleno 2021 ainda sustenta que “Nunca os militares se manifestaram para corrigir para lá ou para cá”?

*Jeferson Miola/247

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Não existe vacina para curar a tara que Cantanhêde tem pelo PT

O ataque da jornalista Eliane Cantanhêde ao PT é como o de uma serpente traiçoeira.

Do nada, a caninana enfia o PT em seus artigos ou comentários.

Lógico, sempre associando o PT a algo negativo.

Nesta terça (12), na GloboNews, a cobra deu seu bote em Olívio Dutra ao compará-lo a Bolsonaro.

Numa comparação esdrúxula, Cantanhêde disse que Bolsonaro se comportou como o PT, com Olívio Dutra, na disputa pela instalação de uma fábrica da Ford no Rio Grande do Sul.

Na sua coluna, no Estadão, a última romântica do tucanistão, ela propôs que a justiça passasse por cima dos crimes de Moro contra Lula para Bolsonaro não vencer a eleição em 2022.

Esse antipetismo obsessivo de Cantanhêde é doentio, pior, não tem vacina nem remédio para curá-lo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Um dia após a Ford abandonar o Brasil, Macron pede para a Europa abandonar a soja brasileira

Como para Bolsonaro tragédia econômica pouca, é bobagem, depois de ver a Mercedes, no mês passado, a Ford nesse mês picarem a mula do Brasil, além de outras montadoras estrangeiras inclinadas a pegarem a mesma rota, Emmanuel Macron faz pesado discurso contra o monstro amazônico, dizendo que é urgente que a Europa abandone as relações comerciais com o Brasil na compra da soja para salvar o planeta através do salvamento da Amazônia.

Como já foi dito aqui no Blog, Bolsonaro é considerado hoje no mundo um sujeito tóxico, mas principalmente contagioso do qual todos os chefes de Estado devem manter distância.

O fato é que Macron pisou no principal calo de Bolsonaro, que não é de agora, tem olho gordo tanto na Amazônia quanto no Pantanal.

E aqui não se fala do gado de Bolsonaro, para quem ele poderia converter a floresta em um gigantesco pasto para os sócios de carteirinha do gabinete do ódio, mas da exploração do garimpo ilegal, da madeira e de uma série de riquezas que envolvem subsolo dessa região.

Macron não deu meia volta, na verdade, somou voz com Biden, que já na disputa presidencial colocou Bolsonaro diante do mundo como um monstro predador que, em nome da salvação do planeta, deveria ser abatido.

Por isso, o governo Biden já anuncia abertamente que combaterá os Bolsonaros do planeta. Isso foi dito por Gregory Meeks, novo presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA.

Em vídeo postado nas redes sociais, Macron defendeu que a Europa tenha coerência com suas políticas ambientais em meio ao evento One Planet Summit” que acontece em Paris.

“Continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazônia”, disse Macron.

Mas a fala mais contundente de Macron, que é um tiro de canhão em Bolsonaro, foi essa:

“Nós precisamos de soja brasileira para viver? Então, nós vamos produzir soja europeia ou equivalente”.

Isso foi dito no evento que contou com a presença de trinta chefes de Estados, empresários e representantes de ONGs que participavam das discussões junto com o Secretário Geral da ONU, o presidente do Banco Mundial, a presidente da Comissão Europeia, a chanceler Angela Merkel e o chefe do governo britânico Boris Johnson.

Em outras palavras, Bolsonaro está isolando o Brasil de vez do mundo civilizado, como era previsto, já que nada avança contra ele e seu clã aqui no Brasil. O país inteiro vai pagar essa fatura.

Obs. Macron, que já queria fritar Bolsonaro anteriormente, contemporizou suas críticas e ações sob pressão de Trump, agora, além da queda do fracassado Trump, Macron, corretamente, sentiu-se turbinado na parceria com Biden para detonar de vez o imbecil.

*Da redação

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A mídia, principal fiadora da tragédia nacional, dá cambalhotas para explicar o fracasso Bolsonaro

Ora, a mídia brasileira acha mesmo que alguém perderia tempo em saber o que ela acha dessa tragédia neoliberal do governo Bolsonaro?

Não foi para isso mesmo que elegeram o monstro amazônico, jogando pra debaixo do tapete seu passado imundo?

Não é preciso quebrar a coluna com contorcionismos retóricos. Ninguém quer saber o que essa mídia de banco acha da saída da Ford do Brasil.

Agora, o empresariado paratatá sente no lombo o preço de uma política econômica falsificadora, mostrando que não aprendeu nada com as tragédias neoliberais dos governos Figueiredo, Sarney, Collor, FHC e os dois anos do rato sabotador, mais conhecido como Temer, o sócio de Cunha (mantenha isso viu!).

O tal “custo Brasil”, que tanto o empresariado reclama, é um coquetel de ganância por superlucros, pagamentos de salários miseráveis aos trabalhadores e a tentativa da revogação da Lei Áurea.

Agora, a mídia quer dar palestrinhas com o seu colunismo guedista para explicar que o problema da nossa economia começou no dia D, na hora H, e terá solução também nesse mesmo dia e na mesma hora, junto com a vacinação de Pazuello.

Vergonha alheia é pouco pra essa gente.

Como eu li numa rede social sobre o comportamento da mídia:

Thiago L. de Souza
Todo um baile para evitar falar o que precisa ser dito: o golpe, do qual a mídia fez parte, gerou uma incerteza e instabilidade e criou um descrédito internacional em relação ao Brasil, cujo preço estamos todos pagando. Ninguém venceu no final das contas, tava certa a Dilma!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por que Bolsonaro pode sofrer uma ‘tempestade perfeita’ na política e na economia em 2021

Matéria publicada em 22 de dezembro de 2020 na BBC News – Por André Shalders

Quando o calendário virar de 2020 para 2021, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá de lidar com uma conjunção de problemas em várias frentes: na economia, na política interna e na relação com os outros países.

A série de fatores negativos pode ser lida como uma espécie de “tempestade perfeita”, um período que testará a resiliência da gestão de Bolsonaro, segundo especialistas de várias áreas.

Nas relações internacionais, o governo do capitão reformado do Exército sofrerá um abalo com a chegada ao poder do democrata Joe Biden, que assumirá como o 46º presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro. Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória eleitoral do futuro mandatário americano.

Na economia, Bolsonaro terá de lidar com o fim do auxílio emergencial e dos demais programas de socorro financeiro criados durante a pandemia do novo coronavírus — e com os efeitos da interrupção dos pagamentos sobre sua popularidade.

Segundo projeção de um sociólogo ouvido pela BBC News Brasil, cerca de um terço da população brasileira estaria hoje vivendo abaixo da linha da pobreza definida pelo Banco Mundial (R$ 434 por pessoa por mês), se não fosse pelo auxílio.

No xadrez político em Brasília, o presidente enfrentará um período de incertezas: Câmara e Senado definirão no dia 1º de fevereiro seus presidentes para os próximos dois anos, o que obrigará Bolsonaro a fazer novas concessões e acordos para tentar emplacar aliados no comando das duas casas legislativas.

Para complicar, o Congresso entrará 2021 sem a Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem aprovada, o que limitará a capacidade de gastos do governo ao mínimo, pelo menos nos primeiros meses.

Finalmente, há a pandemia do novo coronavírus: no fim de 2020, o país voltou a registrar um novo aumento no número de casos e de mortes, depois de meses de declínio. Segundo pesquisadores que acompanham os números da pandemia, a situação configura uma segunda onda do vírus, que voltará a tensionar os serviços de saúde e pode comprometer a retomada da economia.

“A verdade é que todo presidente, da metade para a frente do governo, o cenário começa a mudar. Aquela lua-de-mel (do começo do mandato) já passou, e as articulações (para a eleição seguinte) começam a ser feitas. A gente sabe também que o ambiente político é muito guiado pela circunstância econômica. Então, se a gente enfrentar uma crise econômica mais forte (…), pode ser que ele enfrente bem mais dificuldades”, diz o cientista político Bruno Carazza.

“Bolsonaro vai ser realmente testado no ano que vem (2021). Este ano (2020) foi um ano atípico, em que ele não conviveu com restrições fiscais (graças ao ‘orçamento de guerra’ aprovado pelo Congresso), e 2019 foi o ano do início do governo, quando ele tinha a popularidade da eleição a favor dele e conseguiu aprovar a reforma da previdência. Então, ele navegou bem em 2019, e 2020 foi um ano super atípico. Agora, ele vai ser realmente testado em 2021”, disse Carazza, que é professor do Ibmec e da Fundação Dom Cabral.

A seguir, a BBC News Brasil detalha cada uma dessas fontes de tensão para o ocupante do Planalto.

No dia 20 de janeiro, o democrata Joe Biden tomará posse como o 46º presidente dos Estados Unidos.

Para o governo brasileiro, esse cenário está longe de ser o ideal. Jair Bolsonaro e seus filhos nunca esconderam que tinham lado na disputa presidencial americana: o lado do atual presidente, o republicano Donald Trump, derrotado nas urnas.

Bolsonaro foi o último líder de um país do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, a reconhecer a vitória de Biden.

Além disso, o presidente brasileiro chegou a dizer, sem apresentar provas, que houve fraude na eleição dos EUA.

Segundo telegramas diplomáticos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro recebeu do embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster, análises baseadas em notícias falsas — o material enviado por Washington questionava a lisura do pleito.

Enquanto a maioria dos chefes de Estado e de governo parabenizou o democrata em 7 de novembro, quando a contabilização de votos permitiu que se projetasse sua vitória, Bolsonaro aguardou até 15 de dezembro, depois que o resultado foi confirmado pelo Colégio Eleitoral.

Ao reconhecer a vitória de Biden, Bolsonaro disse que estará “pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA”.

Fernanda Magnotta é coordenadora do curso de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e pesquisadora sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Segundo ela, o Brasil sempre viu os Estados Unidos como um parceiro prioritário — o que é novo, no governo Bolsonaro, é o alinhamento “ideológico” a Donald Trump.

“O que a gente vê no governo Bolsonaro até agora é mais que um alinhamento automático desses que a gente já conhecia. O que a gente assistiu foi um alinhamento ideológico. Só que não é um alinhamento ideológico com os Estados Unidos, é um alinhamento ideológico com o ‘trumpismo’, em particular”, diz ela.

“O risco de estabelecer uma política de governo, e não de Estado, é que os governos vão e vêm. E na medida em que os governos vão, a gente se torna vulnerável”, diz ela.

Segundo Magnotta, o governo brasileiro enfrentará dificuldades de três tipos num governo Biden.

O primeiro é de agenda: o próximo mandatário norte-americano estará focado em temas domésticos, como o enfrentamento à pandemia de covid-19.

“Isso já é ruim para o Brasil, porque, querendo ou não, o país vai estar no final da fila para apresentar suas credenciais e suas demandas para o governo americano. Não vai ser visto como um parceiro que merece atenção imediata”, diz ela.

Depois, há a divergência em termos de valores: Biden foi eleito defendendo pontos de vista opostos aos de Bolsonaro e de Donald Trump em várias áreas — inclusive na chamada “agenda de costumes”.

“Então, quando uma nova narrativa chega à Casa Branca, e a narrativa anterior é incompatível, vai haver a necessidade do governo brasileiro de tomar medidas para se desvencilhar da narrativa anterior. Se não fizer, vai sofrer as consequências do isolamento”, diz Magnotta.

Por fim, há a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos: o Brasil é um país agroexportador, cuja imagem na área ambiental se tornou muito ruim nos últimos anos. Se não agir para mudar esta percepção, pode acabar sendo escanteado pela administração Biden, que elegeu o meio ambiente como uma de suas prioridades.

“Caso o governo brasileiro não tome as medidas para lidar com isto com uma certa celeridade, pode acabar se tornando ‘útil’ para os Estados Unidos, em certa medida, escolher o Brasil como uma espécie de mau exemplo a ser combatido”, diz ela.

Nos últimos meses, a equipe econômica do governo apresentou várias ideias para financiar a chamada “Renda Cidadã”, um programa cujo objetivo era substituir e ampliar o atual Bolsa Família, de modo a amenizar o choque provocado pelo fim do auxílio emergencial.

Foram várias as sugestões do time de Paulo Guedes para conseguir dinheiro: uma nova CPMF, o congelamento do valor das aposentadorias e até o uso do dinheiro de emendas parlamentares. Mas, ao fim, estas ideias fracassaram, e o Bolsa Família deve continuar como está.

Junto com o auxílio emergencial, que chegou a atingir mais de 66,2 milhões de brasileiros, também devem acabar em janeiro outras iniciativas criadas para minimizar a destruição econômica provocada pelo vírus.

Um deles é o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que permitiu às empresas reduzir a jornada de trabalho e os salários dos funcionários, que passaram a ser complementados por recursos públicos. Sem a medida, há a expectativa de mais demissões.

Além disso, linhas de crédito criadas para auxiliar as empresas durante a pandemia também devem se encerrar neste fim de 2020.

O sociólogo Rogério Barbosa, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que, sem o auxílio emergencial, quase um terço da população brasileira pode cair abaixo da linha da pobreza definida pelo Banco Mundial, de R$ 434 por pessoa por mês.

Sem o benefício, a pobreza teria chegado a 35% dos brasileiros já em maio de 2020, no auge das medidas de restrição contra o novo coronavírus, acrescenta o pesquisador, que se concentrou em estudar os efeitos da pandemia sobre a pobreza no Brasil nos últimos meses. Ao longo do ano de 2020, porém, o índice foi diminuindo, graças às pessoas que voltaram a trabalhar.

“O problema é que isso tem um teto. Quando os negócios fecham, eles acumulam dívidas, eles acumulam uma série de custos, e não conseguem simplesmente abrir depois. Você vai ter custos com contador; custos com fornecedores (…). Negócios pequenos que fecham não reabrem imediatamente depois que a economia puder funcionar, depois da vacina.”

“O fim da calamidade pública, nominalmente, não vai ser o fim da calamidade econômica”, afirma o sociólogo, que é também pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da Universidade de São Paulo (USP).

“Em julho (de 2020), 7% da população vivia exclusivamente de auxílio emergencial. São 14 milhões de pessoas. São pessoas que não têm emprego, não tem nada.”

“O risco disso é muito grande. Tem um risco de curto prazo, que é a pobreza absoluta, pessoas morrendo de fome. Isso pode gerar uma fratura social importante, uma crise de legitimidade do sistema político. A pressão social sobre a política pode aumentar, em momentos assim”, afirma.

Em Brasília, incertezas na relação com o Congresso

Um terceiro foco de tensão para Bolsonaro em 2021 é a relação com o Congresso.

No dia 1º de fevereiro, Câmara e Senado elegerão seus presidentes para os próximos dois anos — e, desde o fim das eleições municipais, esta é a principal disputa de poder em Brasília.

Para Bolsonaro, é vital conseguir emplacar um aliado no comando das duas casas do Legislativo, especialmente da Câmara. Além de decidir quais projetos serão pautados, é o presidente da Casa Baixa que decide sobre aceitar ou não um pedido de impeachment — atualmente, há quase 60 demandas do tipo aguardando na fila.

No momento, a eleição mais tensa, do ponto de vista do governo, é justamente a do comando da Câmara: o deputado Arthur Lira (PP-AL) é o postulante apoiado pelo Planalto. Ele deve concorrer contra o nome a ser escolhido pelo grupo do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o atual presidente da Câmara.

No começo de dezembro, Lira lançou sua candidatura à presidência com o apoio de cinco partidos do Centrão: PP, PL, PSD, Solidariedade e Avante. As legendas somam 135 nomes.

Já o grupo reunido em torno de Rodrigo Maia conseguiu atrair os partidos de oposição e soma hoje 11 siglas: DEM, MDB, PSL, PSDB, Cidadania, PV, PT, PSB, PCdoB, Rede e PDT. São 281 deputados nestes partidos.

Apesar disso, os apoios das legendas raramente se traduzem diretamente em votos, porque o escrutínio é secreto. Além disso, o grupo de Rodrigo Maia ainda não escolheu um candidato, e a demora favorece o Arthur Lira.

Para tentar ganhar apoios para o deputado do PP alagoano, o Planalto tem negociado com os parlamentares.

Recentemente, o governo liberou R$ 1,9 bilhão para obras de infraestrutura a serem indicadas pelos deputados; e em Brasília já se fala na realização de uma reforma administrativa para liberar espaços para políticos que venham a apoiar Arthur Lira.

Um dos parlamentares a ser acomodados é o atual vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), que deixou o grupo de Maia para apoiar o candidato do Planalto.

Finalmente, quando o calendário virar de 2020 para 2021, Bolsonaro precisará da boa vontade dos congressistas para votar duas medidas extremamente importantes, que não foram apreciadas este ano.

A primeira é a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. Sem a aprovação do Orçamento, o governo seguirá funcionando à base dos chamados Duodécimos — o que impede gastos novos ou investimentos.

A segunda medida a ser aprovada é a chamada PEC Emergencial, uma proposta que traz mecanismos para tentar controlar a trajetória da dívida pública, impedindo que o governo fure o chamado teto de gastos.

*BBC News

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Vídeo: A saída da Ford do Brasil é só a primeira das tempestades perfeitas que cairão na cabeça de Bolsonaro

A saída da Ford do Brasil é somente um aperitivo do que vem pela frente. E vem aí a tempestade perfeita, com muitas trombas d’água que cairão na cabeça de Bolsonaro e, consequentemente, nas nossas cabeças, já que somos as principais vítimas de um país sem governo e a caminho do precipício. É pra isso que deram o golpe numa mulher honrada, honesta? Não dá para descrever o caos nos espera.

Assista:

*Da redação

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Yes, nós temos o Véio da Havan

Esse senhor vestido de banana d’água, é a cara do Brasil de Bolsonaro.

Suas lojas são marcadas por três itens estratégicos. Dois de imagem e um de conteúdo.

Uma réplica carnavalesca da Estátua da Liberdade e o próprio carro alegórico com a réplica da fachada da Casa Branca. Dentro desse recinto americanóide de gosto provinciano, o que se tem é uma verdadeira feira de bugigangas da China.

Esse é o empresário modelo do governo Bolsonaro. O Brasil foi reduzido a esse troço.

O Véio da Havan é a própria reprodução do desastre em que vive o Brasil depois do golpe em Dilma.

Para se ter uma ideia do empobrecimento comercial brasileiro depois do golpe, é preciso saber que 80% da produção da Ford no Brasil eram destinados ao mercado interno.

Mercado que foi aniquilado pelo golpe contra Dilma e que teve sua aposta dobrada com a condenação e prisão de Lula em 2018.

Na verdade, já em 2015, comandado por Aécio, Temer e Cunha, a direita, com a ajuda estratégica da Globo e o lavajatismo golpista de Moro, já tinha estrangulado o governo Dilma com todo o tipo de sabotagem e retaliação com a intenção de quebrar o Brasil para matar o PT.

Das cinzas desse inferno, surgiu essa figura gnômica que usa sua própria estampa para designar que tipo de imagem tem hoje o empresário brasileiro.

Por isso também a Ford picou a mula para a Argentina. A mesma Argentina que, no chiqueirinho dos abestados, Bolsonaro disse a seu gado que se Fernández vencesse a eleição, o Brasil teria que receber refugiados argentinos. O gado, claro, acreditou e espalhou isso aos quatro cantos, impregnando as redes com essa fala bufônica do mito da tragédia anunciada.

Estimativas preveem que, com a saída da Ford do Brasil, a perda será próxima de 5.000 empregos.

Mas, qual problema? Afinal, nós temos o Véio da Havan que vai nos salvar com suas bugigangas chinesas.

*Da redação

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Cientistas encontram variante inédita do novo coronavírus no Amazonas

Pesquisas em andamento na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia apontaram que a nova variante do novo coronavírus encontrada em pacientes japoneses tem origem no estado do Amazonas. As mutações achadas no vírus, até então inéditas, criaram o que será uma provável nova linhagem brasileira.

Segundo os cientistas, ainda é cedo para ter certeza, mas as mutações achadas podem significar que essa nova linhagem tem maior poder de transmissão, visto que duas importantes mutações foram descritas simultaneamente na proteína Spike — que faz a ligação do vírus às células e está é relacionada a capacidade de transmissão do SARS-CoV-2 (como é conhecido o novo coronavírus).

Os dados apontam que a linhagem B.1.1.28, que está presente em todo o país e que é a mais frequente no Amazonas, sofreu uma série de mudanças.

Os japoneses colocaram os dados do sequenciamento no banco de dados internacional, e as amostras colhidas agrupam com as nossas aqui. É o mesmo vírus, mas com muitas mutações.”

Calamidade

Manaus vive uma nova calamidade por uma segunda onda de casos e hospitalizações, com números maiores e crescimento mais acelerado que na primeira fase. O prefeito David Almeida (Avante) anunciou que o sistema público está novamente em colapso.

O governador Wilson Lima (PSC) afirmou que há carência de oxigênio para pacientes internados. Diante do cenário, ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, visitou Manaus e prometeu ajuda ao estado para suprir a carência da rede.

Segundo o pesquisador da Fiocruz Amazônia que coordena os estudos, Felipe Naveca, o sequenciamento do vírus feito no Japão foi comparado com as amostras existentes no banco de dados do Amazonas coletadas entre abril e novembro do ano passado. Amostras locais de dezembro ainda estão em fase final de análise no estado, e vão ajudar a entender melhor a atuação das mudanças do vírus na nova onda de casos.

“Um grupo de pesquisadores da USP-Oxford me procurou para mostrar os resultados das análises deles a partir de material enviado por um laboratório privado do Amazonas. Essas análises também observaram sequências com mutações semelhantes às japonesas. São dois laboratórios completamente independentes, que chegaram à mesma conclusão simultaneamente, sem se comunicarem. O fato de o grupo ter nos mostrado esse resultado foi uma atitude louvável”, explica.

Naveca explica que uma “coincidência” reforçou ainda mais a convicção de que o vírus passou por mutações preocupantes no Amazonas.

Acredito que essas mutações possam ser parte da explicação para essa explosão de casos aqui no Amazonas. Mas nós sabíamos que o número de casos iria aumentar porque as pessoas não estavam fazendo distanciamento; nos dias 26 e 27 de dezembro houve protesto porque o governador mandou fechar o comércio, houve as festas de fim de ano. E o sistema de saúde do estado já estava fragilizado, é uma situação multifatorial a meu ver.”

Ontem, Manaus atingiu o recorde de enterros já registrados na cidade: 150 em apenas um dia (57 confirmados de covid-19). O número de hospitalizações também explodiu na capital do Amazonas: somente ontem foram 250, recorde em apenas um dia até aqui desde o início da pandemia. No início do mês passado, essa média era de 40.

Eram 1.994 pacientes internados com a doença ou suspeita dela, sendo 545 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Não há mais vagas disponíveis, e pessoas doentes precisam esperar por uma desocupação por morte ou alta nos hospitais.

*Com informações do Uol

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Lula lembra do investimento 4 bilhões da Ford em seu governo e escancara que Bolsonaro está isolando o país do mundo

É preciso ler a notícia da saída da Ford no Brasil em seu contexto mais explícito.

O Brasil foi posto à parte pela comunidade internacional. Enquanto Bolsonaro for presidente, quando ele próprio mistura o Estado com a pessoa, o Brasil viverá isolado do resto do mundo.

Não há uma determinação explícita desse isolamento.

O que há é o afastamento do mundo de alguém que governa um país de forma criminosa que precisa ser isolado do convívio com outros chefes de Estado, porque é um doente contagioso.

Para ser mais claro sobre o significado desse distanciamento que a Ford quer manter do Brasil, depois de quase 100 anos atuando aqui, é preciso primeiro entender duas coisas, a pauta ambiental que será, como disse Biden, a diretriz de um desenvolvimento sustentável no mundo no século XXI e a revolução que as indústrias de automóveis do mundo estão produzindo com carros autossustentáveis, não poluentes, que determina uma divisão entre a era do petróleo e a era da tecnologia de ponta a serviço de um outro mundo inversamente proporcional àquele dependente de energias fósseis.

Isso está diretamente ligado também à construção da imagem de uma empresa do século XXI, considerada absolutamente estratégica para o enfrentamento das novas disputas comerciais.

É essa indústria automobilística que triunfa hoje no mundo. E se a Ford está se reestruturando para enfrentar esse desafio já definido pelo próprio mercado, neste momento, não há lugar pior no planeta para se vender uma imagem de respeito ao meio ambiente do que o Brasil.

Bolsonaro, conhecido no mundo como o incendiário da floresta amazônica, por ter comandado, de dentro do Palácio do Planalto, o que ele próprio classificou como o dia do fogo, foi visto imediatamente pela comunidade internacional como um monstro planetário, tanto que foi assunto no debate entre Biden e Trump, mostrando, com a vitória de Biden, que seu discurso, mesmo numa sociedade americana viciada e estruturada em emissão de carbono, que o mundo caminha a passos largos na direção contrária de quem tocou fogo na Amazônia e no Pantanal, produzindo uma mortandade nunca vista de animais silvestres, tornando-se a maior ameaça predatória do planeta.

É bom lembrar não só do investimento de R$ 4 bilhões da Ford no Brasil durante o governo Lula, é preciso acrescentar que o país, nos governos Lula e Dilma, era a maior referência mundial de respeito ao meio ambiente com políticas sólidas, claras de combate ao desmatamento, ao comércio ilegal de madeira e, sobretudo à grilagem, valorizando os povos da floresta e sendo reconhecido como exemplo a ser seguido.

Bolsonaro, seus jagunços, sua milícia e um bando de grileiros que têm por ele enorme devoção, com o apoio dos militares em troca de boquinhas e cargos num governo criminoso, meteu o pé na porta achando que usaria um falso conceito de soberania para produzir os piores desastres ambientais para atender à ganância e à depravação ambiental.

É preciso ficar claro que a saída da Ford do Brasil é apenas um dos muitos capítulos de retaliação internacional que o Brasil sofrerá por conta do governo Bolsonaro. E as consequências serão cada vez mais duras por ter instituições de controle cooptadas pelo capitalismo desenfreado e predatório que, hoje, é visto com péssimos olhos até pelos maiores capitalistas do mundo, porque os grandes negócios mundiais têm como locomotiva as grandes empresas de tecnologia digital. Ou seja, o governo Bolsonaro, que está no período do extrativismo do pau-brasil e do ouro, será cuspido cada vez mais do mundo civilizado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Luis Roberto Barroso entrevistou FHC. Foi o encontro do ego com a vaidade

Foi o encontro do ego com a vaidade, regado a uma gigantesca hipocrisia moralista.

Vaidade latente, ego levado ao último grau e muitos, mas muitos gases verborrágicos na rasgação de seda, com falsos elogios e um desprezo absoluto pela sinceridade.

Podem até me acusar de falta do que fazer para perder tempo assistindo a um troço desses. Mas tapei o nariz e encarei a parada.

A determinação de Barroso em tentar fabricar um personagem místico do boquirroto tucano, foi coisa para os fortes, porque não deve ser fácil fingir que leva FHC a sério.

Mas Barroso, o entrevistador, persistia com a cena para conseguir o que  desejava, ecoar sua vaidade no ego de FHC.

E não é que Barroso provou que a determinação é a chave do sucesso!

No final da entrevista com valor histórico para o nada, Barroso sacou aquele monte de inutilidades publicadas em livros por FHC, e recebeu como retribuição ensaiada FHC mostrando no vídeo que tinha os livros de Barroso. Lógico, nenhum dos dois teve saco para ler a bobajada que o outro escreveu.

Mas a pessoa, cega de vaidade, expõe sua pior ferida, o ego como o grande guia dos tolos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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