Ano: 2021

Vídeo: Mamãe falhei

Ver esse sujeito chamado Mamãe Falei, confessando-se derrotado e decepcionado com o fragoroso fiasco do MBL, Vem pra Rua e outras porcarias surgidas naquela histeria bancada por Lemann, Skaf e cia, para derrubar Dilma, não tem preço.

O resultado disso é mais um reflexo de uma mentira que foi construída para estruturar o golpe contra Dilma dentro da sociedade. Não que a sociedade participasse, mas isso daria a uma minoria de derrotados nas eleições a tal fotografia que Bolsonaro queria fazer das, também fracassadas, manifestações de 7 de setembro para detonar a democracia golpeando vergonhosamente a primeira mulher presidenta do Brasil.

De lá pra cá, o Brasil se encontra absolutamente perdido. E cada um dos que fizeram parte desse processo antipolítico, que foi o discurso oficial da grande mídia, do Congresso e do judiciário, é culpado por essa verdadeira esculhambação em que se transformou o país.

Na verdade, o que estava em questão hoje não era fora Bolsonaro, a natureza era eleitoral para Ciro, Dória e outras porcarias da tal terceira via, e até mesmo faixas com um “volta Temer” foram disputar uma vaga nesse mercado especulativo da terceira via que já nasceu falido.

Por isso ver esse perturbado do Mamãe Falei chorando a miséria de público que, certamente, ele prometeu multidão para Dória, é absolutamente fantástico, porque essa gente toda junta e misturada participou da destruição da democracia que inventou Bolsonaro que, na verdade, é um terceira via sem desodorante.

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Em região onde Bolsonaro cresceu, áreas particulares ‘engolem’ 43% dos quilombos

Sobreposição de registros rurais acontece em 29 comunidades tradicionais do Vale do Ribeira.

Um levantamento inédito apontou que quase 400 propriedades privadas no Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, estão registradas em terrenos que pertencem a comunidades quilombolas.

O estudo, feito pelo ISA (Instituto Socioambiental) em parceria com o Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), mapeou os registros de CAR (Cadastro Ambiental Rural) da região e mostrou que ao menos 393 imóveis privados incluem como sua propriedade parte de 29 comunidades quilombolas reconhecidas no Vale do Ribeira.

Além disso, o documento diz ainda que quase metade das áreas dos quilombolas (43%) na região registram sobreposições com imóveis privados.

Desde 2012, quando o Código Florestal foi alterado, o CAR passou a ser obrigatório para todos os imóveis rurais do país e, apenas com ele, o proprietário tem acesso aos benefícios previstos no código, como financiamento de crédito e guia de trânsito animal.

No estado de São Paulo, a inscrição dos territórios quilombolas no CAR é de atribuição do Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo).O documento, porém, foi criado sem pensar nessas comunidades, afirma o advogado do ISA Fernando Prioste

“Com a pressão dos ruralistas, foi alterada a legislação para atender o interesse deles e não o da população geral. Os quilombos não vivem naquela porção de terras como um fazendeiro, eles usam as terras de forma coletiva”, diz.

Existe um módulo de CAR federal exclusivo para a inscrição de comunidades tradicionais, mas ele não foi adotado no estado, segundo Rodrigo Marinho, morador da comunidade de Ivaporunduva e articulador da Eaacone (Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras).

Segundo Prioste, a situação de sobreposição de registros privados com áreas quilombolas gera dois problemas.

O primeiro é de caráter fundiário, já que a presença de pessoas de fora da comunidade impede que os quilombolas façam uso desse território, criando um um impasse para o plantio e para a construção de casas. Já a segunda questão é de caráter ambiental, uma vez que as sobreposições de terras geram um conflito sobre onde ficarão as áreas de preservação daqueles territórios.

O Vale do Ribeira tem histórico de conflitos agrários. Também é na região que fica a cidade de Eldorado, na qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a maior parte da infância e da juventude. Durante uma palestra em 2017, o então pré-cadidato disse que não iria titular e nem marcar um centímetro de terra indígena ou quilombola se fosse eleito —o que gerou críticas dos quilombolas.

“Quando o presidente diz que não vai reconhecer território remanescente de quilombo, ele está dizendo para 54% da população que não nos considera passíveis de direito”, lamenta Zulu Araújo, ex-presidente da Fundação Palmares durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando a parcela da população que se identifica negrada, de acordo com dados do IBGE.

Para ele, ainda há uma falta de compreensão a respeito dos direitos quilombolas no país. “Os quilombos surgem pela necessidade de garantir o bem elementar do ser humano que é a liberdade. Eles eram afastados das cidades porque suas vidas estavam em risco.”

No total, o Vale do Ribeira reúne 33 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, sendo que 29 destas são reconhecidas pelo Itesp como um território remanescente de quilombo —no resto do estado, existem apenas outros 7 locais com essa classificação.

Procurado, o Itesp reconheceu que existem terras particulares sobrepostas a terras quilombolas, mas afirmou que a competência para a regularização fundiária é da União. O órgão também informa que oferece orientação técnica às comunidades quilombolas quanto ao CAR.

Já o Incra afirma que a sede paulista não recebeu nenhuma solicitação das comunidades remanescentes de quilombos para atuar na questão de sobreposição de CAR de imóveis privados em territórios quilombolas no Vale do Ribeira (SP).

Além disso, o Incra também disse que o estado de São Paulo possui um sistema eletrônico próprio para inscrição ambiental das propriedades rurais e que é o órgão estadual responsável pelo CAR que deve analisar as sobreposições apontadas.

*Com informações da Folha

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ONU pressionará Bolsonaro por crimes da milícia, Ditadura e polícia

Jamil Chade – O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai ser colocado sob pressão nesta segunda-feira, quando o Comitê da ONU sobre Desaparecimentos Forçados iniciar a primeira avaliação feita sobre a situação no Brasil. O exame cobrará respostas do governo sobre a violência policial, sobre as milícias e a atitude do estado em relação aos desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985), dois aspectos que Bolsonaro abriu polêmicas por defender posturas que violam o direito internacional.

A reunião contará com representantes sociedade civil brasileira e com autoridades do Itamaraty e do Ministério dos Direitos Humanos, Família e Mulher.

Do lado da ONU, porém, a cobrança será feita ainda sobre o desmonte dos mecanismos de monitoramento e prevenção da tortura e sobre o que o país tem feito para investigar os autores dos crimes cometidos durante a Ditadura Militar. O organismo ainda quer esclarecimentos sobre as investigações que tenham sido realizadas no país sobre milícias.

Os temas são alguns dos mais delicados envolvendo o comportamento do Palácio do Planalto. Por fazer parte dos mecanismos da ONU, o Brasil será obrigado a dar respostas.

Nos últimos meses, por conta da preparação à sabatina, o governo Bolsonaro submeteu um informe sobre o tema para a ONU. Mas o Comitê deixou claro que não ficou satisfeito com as explicações.

No informe, o governo de Jair Bolsonaro omitiu qualquer referência à existência de um regime militar no país entre 1964 e 1985. Tampouco houve uma avaliação ampla sobre o papel das milícias e a atuação do estado para contê-las.

A ONU contestou e, numa comunicação, fez perguntas claras sobre o que o estado está investigando sobre milícias e grupos paramilitares. A entidade quer números de quantos casos existem e quantos foram condenados.

Outro ponto destacado pelo comitê se refere à independência dos processos de investigação. A entidade quer saber o que tem sido feito para evitar que pessoas não influenciem investigações, além de garantias de que forças de ordem implicadas em um caso não participem justamente do inquérito.

O Comitê ainda cita o caso de Amarildo Dias de Souza, além de conflitos de terras e ameaças contra indígenas.

De acordo com o documento, o Comitê deixa claro que o Brasil não apresentou informações sobre quantas pessoas estariam desaparecidas no país e pede que o governo esclareça se existe a suspeita do envolvimento de algum ator do estado nesses casos.

O Comitê ainda recebeu documentações e informações do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Comissão D. Paulo Evaristo Arns de Defesa dos Direitos Humanos – Comissão Arns e da Conectas Direitos Humanos alertando para declarações do presidente Bolsonaro em apoio às operações policiais e suas atitudes.

As entidades ainda entregaram para a ONU uma lista de casos de desaparecimentos ainda não esclarecidos, como o de Anderson Henrique da Silva Rodrigues, que desapareceu depois de ter sido parado pela polícia militar do Ceará em 2019, Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, Alex Júlio Roque, Rita de Cássia Castro da Silva, Weverton Marinho e Lucas Eduardo Martins dos Santos.

Para Gabriel Sampaio, coordenador do Programa de Enfrentamento à Violência Institucional da Conectas, a mensagem que as entidades querem passar durante a sabatina é de que o governo tem sido “negligente com a violência institucional em curso” no país e que, nos últimos anos, houve um desmonte deliberado das estruturas de controle.

Omissão sobre Ditadura

Ciente da postura de Bolsonaro de elogiar os generais da Ditadura Militar e sua apologia a autores de crimes, o Comitê da ONU ainda cobrou o governo de forma ampla sobre o que o estado tem feito sobre tal período da história do país e sobre o combate à tortura.

O organismo, por exemplo, quer explicações oficiais por parte do governo sobre quais seriam os limites da Lei de Anistia e se a lei nacional criminaliza o desaparecimento forçado como um crime contra humanidade.

A ONU ainda quer esclarecimentos sobre “os esforços que tem sido feitos” para investigar desaparecimentos entre 1964 e 1985, se os responsáveis por esses atos foram levados à Justiça e se as vítimas foram alvo de reparação. Bolsonaro nega a existência de um golpe de estado em 1964 e insiste em receber torturadores.

Um dos principais documentos submetidos para a entidade veio do Instituto Vladimir Herzog, que alertou a ONU sobre o caráter “extremamente grave e problemática” de apresentar a questão da tipificação do crime de desaparecimento limitada à Lei de Anistia.

“É uma interpretação extremamente equivocada que está em absoluto desacordo com os regulamentos e tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, que postulam que as leis de anistia não podem e não devem ser aplicadas em casos de crimes como tortura e desaparecimento forçado”, alertou a entidade, em suas informações prestadas às Nações Unidas.

“Como já apresentado pela Comissão Nacional da Verdade em sua recomendação, o Estado brasileiro deve proceder com a determinação da responsabilidade criminal, civil e/ou administrativa dos agentes públicos que praticaram graves violações de direitos humanos”, destacou.

O documento da sociedade civil também revela como o governo interveio na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, “causando uma perda da representação da sociedade civil na comissão e um desvio e desmantelamento de suas funções como comissão estatal – ela deve ser orientada para os diferentes interesses da sociedade civil e não para os interesses ideológicos do atual governo”.

O Instituto Vladimir Herzog também quer saber o que o governo insinua quando diz que “investigações e pesquisas de dados” foram realizadas para que “a verdade seja efetivamente alcançada na sua extensão exata” em relação ao trabalho realizado pelo Grupo de Trabalho Perus. “É também importante esclarecer a que se refere o documento quando menciona “distorções ideológicas” no mesmo parágrafo”, diz.

“É urgente que o governo esclareça a sua posição, os seus compromissos e as políticas que pretende promover para enfrentar o desaparecimento forçado nos próximos anos”, pediu a entidade.

“O Estado brasileiro deve continuar a agir de acordo com suas responsabilidades, e o atual governo – promovendo comemorações e defendendo a revisão do golpe de Estado de 1964, tendo um líder que faz apologia pela tortura e homenagens a torturadores, e ao desmantelar as comissões e mecanismos que trabalham pela Memória, Verdade e Justiça – mostra que não cumprirá e respeitará suas responsabilidades perante a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado”, completou.

*Jamil Chade/Uol

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#CiroNaChampsElysees

Eu achei que Ciro tivesse contratado João Santana para produzir uma campanha minimamente criativa, porque pode-se falar tudo sobre Santana, menos que ele não tenha capacidade de fazer uma boa campanha de marketing. Mas nessa hora, dois fatores pesam, a qualidade da proposta do candidato e a própria orientação do repertório de quem está pagando a orquestra.

Ciro não tem um mínimo de carisma, ao contrário, tem uma crista acentuadíssima que marca uma personalidade arrogante que, segundo ele, é fruto de sua personalidade, mas que, na verdade, é mera grosseria e, diferente das campanhas de Lula e Dilma desenvolvidas por João Santana, Ciro quer ser o Bolsonaro 2.0, tanto que não só imita a tática de Carluxo no gabinete do ódio, criando a hashtag #CiroNaPaulista para ser levado a um número de adesão que o destaque e o leve para os Top Trending na ilusão de que a internet elege alguém ou é fator decisivo nas campanhas atuais.

Independe de Ciro apostar nessa falsa premissa, desde o princípio de sua caminhada, adotou, assim como Bolsonaro, o antipetismo olavista para construir uma marca.

Para isso, Ciro precisou atacar Lula com as maiores baixarias, tanto que as frases dirigidas por ele a Lula são vergonhosamente chupadas de Olavo de Carvalho, sempre utilizando termos estrambóticos e acusações funestas.

O fato é que ninguém esquece e jamais esquecerá é que, na hora em que o bicho pegou no segundo turno de 2018, Ciro deu uma de Xuxa, e mandou um beijinho, beijinho, tchau, tchau, virando as costas, indo passear na Champs Elysees em Paris, com sobretudo, com chapéu panamá e luvas de pelica, voltando dois dias antes da eleição e, quando perguntado sobre sua fuga, respondeu atacando Haddad e o PT.

Mas independente disso, Ciro e seu discurso piriri pororó é um rodamoínho. Ele tem uma resposta na ponta da língua para qualquer pergunta, tudo de estalão, de prima, sem deixar a bola quicar, metendo um bico que a bola vai parar lá em Paris.

Diante de uma réplica, sua tréplica passa a ser um ataque ou a tentativa de constranger quem lhe está interrogando. Resposta concreta? Nenhuma, são tão nulas quanto as de Bolsonaro que ao menos usou a tática de assumir que é um tapado de pai e mãe.

Ciro, como um adendo, faz o gênero tecnocrata fazendário, coisa que Brizola tanto detestava. Ciro é mentiroso até na mentira, chuta dados na base do palavrório, cria verdades absolutas na base da vertigem.

Quando se para e raciocina o que ele diz, depara-se com o vazio, com o nada. Ciro tem a cara de pau de se dizer orgulhoso da suposta, mas extremamente mentirosa estabilização da moeda protagonizada por FHC, através da implantação do plano real.

Em última análise, quebrou o país três vezes em oito anos, comia cada caroço de milho nas mãos do FMI. porque teve que lançar mãos de empréstimos para não ter a quarta quebradeira e, lógico, não deixou vintém de reserva nos cofres da União.

Sem falar que, proporcionalmente, aquele real que valia 1 dólar chegou fácil a 6 reais. Os juros foram a 35% pela batuta de Armínio Fraga, uma espécie de clone de Ciro Gomes. O desemprego chegou em um número bem próximo ao de Bolsonaro.

Enfim, a única coisa que Ciro tem de verdadeiro é assumir que ele é mais do mesmo do que aí está, com piriri pororó pra lá e pra cá, mas na essência, ele é um decalque do próprio Bolsonaro.

Tanto é que em sua campanha na internet não existe o fora Bolsonaro.

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Enquanto a miséria avança, 3 milhões esperam acesso ao Bolsona Família e INSS

Esse é o retrato do Brasil de Bolsonaro. Governo não consegue reduzir fila, agravando a vulnerabilidade de muitas pessoas a pouco mais de um mês do fim do auxílio emergencial.

As dificuldades de acesso agravam a vulnerabilidade de muitas famílias a pouco mais de um mês do fim do auxílio emergencial para 39,3 milhões de pessoas. Segundo estudos do pesquisador Marcelo Neri, da FGV, a pobreza já atinge 27,7 milhões de brasileiros, o equivalente a 13% da população. Em 2017, segundo sua metodologia, eram 11,2%.

Os problemas sociais, no entanto, foram ignoradas pelo presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos do Sete de Setembro. Os atos agravaram a crise política e criaram mais obstáculos para projetos como o Auxílio Brasil, que o governo pretende colocar no lugar do Bolsa Família para aumentar o alcance e o valor dos repasses. O programa não avançou no Congresso, que aprova o Orçamento.

Desempregada desde o início da pandemia, C.O., de 32 anos, está entre os beneficiários do auxílio emergencial que vivem uma contagem regressiva. Ela usa o benefício para comprar comida, mas na semana passada tinha apenas um pacote de biscoito água e sal para se alimentar. Ela era garçonete e foi demitida no início da pandemia. Teve que entregar o apartamento onde morava e deixar as duas filhas com o ex-marido. Morou na rua por 18 dias e, hoje, vive de favor: um amigo pagou três meses do aluguel de uma casa, na Zona Oeste do Rio. Não há geladeira, fogão ou armários. Só uma cama e um teto. Sem perspectivas, ela só tem pouco mais de um mês para ficar ali.

— Há três dias que não como. Quando consigo fazer um bico, compro biscoito. Estou na luta. Uso a internet da venda da esquina para me inscrever nas vagas. Para mim, o importante é trabalhar, pagar meu teto, ter o que comer. Já estou ficando desesperada.

Com o clima eleitoral antecipado por Bolsonaro, aumenta a pressão sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, para viabilizar o Auxílio Brasil ou prorrogar o auxílio emergencial até o fim do ano. Mas não é uma solução simples.

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Terceira via é o fascismo de casaca

Hoje é dia do ajuntamento dos cacos dos criadores de Bolsonaro, dos que, direta ou indiretamente, ajudaram a criar essa coisa que aí está e que é chamada da presidente da República.

Sim, essas pessoas em algum momento estiveram ao lado de Bolsonaro, assim como o PSDB, que somente agora diz ter desembarcado do governo. São também os que estiveram ao lado de Moro, que exerceu o seu protagonismo nessa hecatombe econômica, social e sanitária porque passa o Brasil e sem hora pra acabar.

Essas pessoas são contra a logomarca Bolsonaro e não contra o que o seu governo pratica naquilo que é essencial para a sobrevivência do povo, sobretudo para as camadas mais pobres da população.

Assista:

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Terceira via, o fascismo cheiroso, vai às ruas para ver o seu tamanho

Os primeiros cacos do bolsonarismo vão se juntar hoje numa manifestação que tem tudo para ter um tamanho ridículo.

Partidos que apoiam as políticas nefastas de Paulo Guedes vão para as ruas contra qualquer pauta de interesse do povo brasileiro. Essa gente é parte dessa hecatombe econômica refletida no preço dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos, do desemprego recorde. Essa gente também colocou Bolsonaro no poder e, por motivos que nada tem a ver com o sofrimento do povo, rompeu com Bolsonaro, mas não com a política neoliberal nefasta, porque, afinal, foi para isso que ela colocou um fascista no poder.

Eles são os fascistas cheirosos. Na verdade, é um movimento que tem a maior simpatia da mídia, são filhotes da Lava Jato, os mesmos que até hoje não aceitam que Sergio Moro, que barganhou com Bolsonaro a cabeça de Lula em troca de um ministério, é o cretino que é, ou seja, tão culpado pelas 600 mil mortes quanto Bolsonaro.

Na realidade, nessa escória está toda junta e misturada, não dá para dizer aonde termina Bolsonaro e aonde começa Dória; aonde começa o Vem pra Rua e o MBL e aonde termina o gabinete do ódio.

O motivo que fez com que essa turma participasse do golpe em Dilma,da  prisão de Lula e da eleição de Bolsonaro continua vivo, que é a implantação de um hiper neoliberalismo pinochetista que Paulo Guedes impõe ao país, colocando toda a sociedade de joelhos, com um número assustador de pessoas que passaram a morar nas ruas sem ter o que comer.

Eles são contra a logomarca Bolsonaro e não contra o que o seu governo pratica naquilo que é essencial para a sobrevivência do povo, sobretudo para as camadas mais pobres da população.

Isso vai sim selar o destino de Bolsonaro. E se o fracasso das manifestações de hoje, como tudo indica, se confirmar, não resta dúvida, a direita brasileira, que é uma só, vai se reagrupar em torno da reeleição de Bolsonaro para 2022, Temer deixou isso claro.

O objetivo final não é deixar que o PT volte ao poder, e sim não deixar que os pobres voltem a fazer parte do orçamento do Estado brasileiro. O resto é mera maquiagem verborrágica.

No fundo, é um ajuntamento de picaretas perfumados que, até ontem, vestiam verde e amarelo berrando ao lado de Bolsonaro contra mulheres, negros, índios e pobres, com a mesma ira e com os mesmos pulmões.

Essa gente acha que engana a quem? Foi ela quem criou o bolsonarismo para, em seguida, criar Bolsonaro.

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Vídeo sensacional de Felipe Castanhari mostrando com muito humor quem é rico e quem é pobre

Esse vídeo é pra você que tem um conhecido, um parente ou mesmo um amigo nas redes sociais, ou seja, pessoas que, por terem uma casa própria, um carro importado na garagem e podem, vez por outra, viajar para São Lourenço e se hospedar numa pousada, se acham ricas e que são parte da elite econômica do Brasil e, por isso, votou e apoia Bolsonaro, mostre isso pra elas.

O vídeo é tão genial que vale a pena perder o amigo e até ser limado pelo parente.

 

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Vídeo: Na lógica do general Heleno, o Brasil goleou a Alemanha por 1 x 7

Quando alguém quiser falar de otimismo para levantar o moral da tropa, é só colocar esse vídeo cômico do general Augusto Heleno.

Se não servir para dar um up no espírito de alguém, certamente, o humor da pessoa muda imediatamente.

A tentativa frustrada de golpe que fez Bolsonaro ajoelhar no milho e vestir chapéu de burro perante o STF e de frente para o país inteiro, foi vista pelo visionário Heleno como uma derrota da esquerda.

Isso mesmo, na tese do gênio do xadrez de guerra, se tivesse golpe, a esquerda estaria com a razão, mas como as manifestações foram mixurucas perto dos dois milhões que Bolsonaro pretendia somar em Brasília e São Paulo, dando, se muito, 50 mil em cada uma, porque a outra metade era enxerto pago por aliados do agroterrorismo ou agromilícia, como queira, em que forjaram até uma greve de caminhoneiros feita por empregados obrigados pelos patrões e mais meia dúzia de mercenários que atacaram vários caminhoneiros tentando obrigá-los a cerrar fileira com os vigaristas. Mas a coisa também flopou e todo o resto talhou.

Mas o general Heleno viu nisso uma grande vitória de Bolsonaro sobre a esquerda e, possivelmente, deve estar até hoje comemorando a goleada do Brasil de 1 x 7 na Alemanha.

Até o Zé Trovão virou piada, porque, além de não ter caminhão, sequer tem habilitação para tanto, ou seja, nunca foi caminhoneiro na vida. O máximo que se pode dizer é que ele é um holding de golpe de Sergio Reis, agora conhecido como a grávida de Taubaté.

O que o general, gênio que é, está dizendo é que Bolsonaro teve uma espécie de diarreia eleitoral antes mesmo do pleito, com uma evacuação inédita de bolsonaristas, pior para o mito, bolsonaristas raiz, os que mais cospem ódio, rancor e fel.

São eles que andam fazendo vídeos por aí espinafrando o farsante que tem como especialidade trair seus aliados quando se encontra em bola dividida, como ocorreu agora com Alexandre de Moraes, que tudo indica, tem a chave da cadeia que pode guardar Carluxo ou Eduardo Bolsonaro, ou os dois, envolvidos até o pescoço no esquema criminoso tanto das fake news quanto da armação de um golpe que babou.

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Uma verdade nos põe ao lado de Bolsonaro: estamos todos na beira do abismo

Janio de Freitas – Bolsonaro se desfaz como pessoa, pelas mentiras desavergonhadas, pela covardia, rasteja em fuga como um inseto repugnante.

Uma intervenção insuspeitada levou Bolsonaro a modificar, quase de última hora, o pronunciamento destinado a incitar a multidão da av. Paulista, no 7 de Setembro, com insinuações para insurgência.

A exibição na manhã de Brasília, com cerimonial de posse em novo poder presidencial, e, já à tarde, a visão da massa que se aglomerava na avenida agravaram preocupações militares com o ato paulistano.

Se a exaltação degenerasse, a PM não bastaria para conter a multidão desatinada e as Forças Armadas seriam chamadas a agir, com decorrências muito graves para todos os lados.

Um exemplo de situação dramática, se a manifestação degenerasse, poderia ser a insurgência violenta com a condição, para desmobilizar-se, da renúncia de Alexandre de Moraes no Supremo. Como desejado por Bolsonaro.

Na fala em São Paulo, evaporaram as ameaças do “creio que chegou a hora, no dia 7, de nós nos tornarmos independentes pra valer”, “nunca outra oportunidade para o povo brasileiro foi tão importante quanto esse nosso 7 de setembro”, “agora o povo vai ter liberdade pra valer”.

O povo foi devolvido à exclusão histórica. E Bolsonaro mal conseguiu repetir frases esparsas, com acréscimo só de citações pessoais. Ao que se seguiu o encerramento abrupto, com a fisionomia aflita por não encontrar outras frases. Houve até certa demora para a percepção geral do encerramento.

O recuo primordial de Bolsonaro não foram as negações do que disse, tantas vezes, contra o Supremo, contra o Tribunal Superior Eleitoral, contra os ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, com a sobra de um ultimato para Luiz Fux. O recuo surgiu na fala em São Paulo.

O que está considerado como o (segundo) recuo é, na verdade, uma saída traiçoeira do desastre, sob a forma de carta ao país. Michel Temer e o marqueteiro Elsinho Mouco, seus autores, ou foram perversos ou se comprovaram no limite intelectual de Bolsonaro.

Antes que se questionasse a validade da moderação escrita, já no início a carta ofereceu a resposta: “nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha (…)”. A mentira é enriquecida pelo mau texto que confessa a repulsa à harmonia entre os Poderes.

No mais, a carta não é de moderação, vista na sempre precipitada interpretação midiática. É de humilhação.

Bolsonaro se desfaz como pessoa, pelas mentiras desavergonhadas, pela covardia, rasteja em fuga como um inseto repugnante. Michel Temer levou Bolsonaro para a beira do abismo, chamado agora de traidor e frustrante por apoiadores de todos os momentos até então.

E, com a ideia do telefonema ao ministro Alexandre de Moraes, Temer não atenuou a indignação no Supremo com os ataques de Bolsonaro. Tornou ainda mais insultuosa a agressão ao tribunal e seus integrantes. O telefonema foi de pedido de desculpas a um ministro, mas os ataques, como disse a ministra Cármen Lúcia, foram a todos. Até por isso, além do protocolo, o telefonema providenciado por Temer deveria ser a Luiz Fux, presidente do tribunal.

Mas, traidor por traidor, Bolsonaro-Temer fazem boa dupla. Tal como Rodrigo Pacheco-Arthur Lira, que usam as cadeiras de presidentes do Senado e da Câmara. Não viram nem ouviram nenhuma transgressão de Bolsonaro, limitando-se a notas perfumadas, com corações pressentíveis nas entrelinhas. Faltam mulheres no Congresso. E faltam homens também.

Mas nenhuma pusilanimidade excederá a de Augusto Aras. Viu, e o disse ao lado de Luiz Fux no plenário do Supremo, uma “festa cívica” nos pedidos de fechamento dos tribunais superiores e do Congresso, de intervenção militar, de prisão de magistrados e impulsionadores da CPI da Covid, de volta ao sistema eleitoral fraudulento. Augusto Aras, procurador dos piores meios de alcançar objetivos pessoais. Como um lugar no Supremo a que também agride com sua festa cínica.

É preciso registrar que Luiz Fux fez um pronunciamento enfim firme, em defesa da Constituição e do Judiciário. Mas Luis Roberto Barroso, que brinda as ideias com um estilo valioso, deu ainda mais do que o devido.

Na loucura trágica do país, uma verdade nos põe ao lado de Bolsonaro. Falta de governo, golpismo, aumento da pobreza, corrupção, pandemia, violência: estamos todos na beira do abismo.

*Janio de Freitas/Folha

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