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Política

Moro é uma unanimidade como fracasso eleitoral

Pouca coisa nesse país é tão ruim que possa virar unanimidade negativa, mas Moro conseguiu essa faceta.

Moro está saindo mais caro para a Globo do que o dólar para o Brasil. Na própria GloboNews, comentaristas de política dizem que “no balcão da chamada terceira via há quem diga que Moro é uma espécie de rolha: enquanto não sair, nada vai mexer”.

Ou seja, não satisfeita em, junto com a opinião pública, jogar Moro no limbo, a Globo agora o culpa pelo fracasso do convescote de direita chamado terceira via.

Nesse caso, a Globo terá que assumir uma parcela do fracasso, senão o todo do bate entope, não tem saída, pois tanto a terceira via quanto o próprio Moro era uma tentativa tosca de reorganizar os interesses da burguesia nacional.

Moro, ao contrário do que ele imaginou, é apontado como uma das figuras mais nefastas que organizaram o golpe parlamentar contra Dilma. Aquele seu vazamento criminoso para a Globo de um grampo da conversa da então presidenta Dilma com o ex-presidente Lula, igualmente criminoso, está tatuado na testa do conje, conje este que cada vez que abre a boca com o inacreditável vocabulário de erros gramaticais, suscita a pergunta, como esse sujeito conseguiu passar na prova para juiz?

Moro se mostra, mais do que inculto, um sujeito sem qualquer preparo intelectual, pior, mente sem nenhuma rede de suporte, como ocorreu no programa do Bial, quando disse que gostava de ler biografias, mas não conseguiu dizer uma única que tenha lindo, fato que Pedro Bial, que estendeu tapete vermelho, canhões e microfones para a celebridade, ficou desconcertado e lhe cobrar tal incoerência.

O fato é que, assim como ocorreu  em uma de suas inacreditáveis declarações como candidato a candidato em que diz que comandou a Lava Jato recebendo uma histórica espinafrada de Reinaldo Azevedo, lembrando a ele que juiz não tem que comandar operação e sim ouvir as partes, de acusação e defesa, com os ouvidos de isenção, e sentenciou, “Moro confessa que foi extremamente parcial”.

Para piorar, sua equipe lhe oferece como frase de efeito o que existe de pior no lugar comum, sem dizer que, além de tudo, falta um mínimo de carisma em um sujeito que foi vendido pela Globo como a última vaca sagrada desse país.

Resultado da fatura, Moro saiu caro para a direita, fortalecendo a ideia de que as três últimas apostas dos golpistas, Temer, Bolsonaro e Moro, somados a João Dória, produzem, em bloco ou a granel, a maior rejeição política da história registrada por todos os institutos de pesquisa.

Tudo indica que em questão de dias, quiçá de horas, Moro jogará a toalha e pulará fora dessa vexatória tentativa de se candidatar à presidência da República.

Até o presidente do Ipespe, Antonio Lavareda, diz que desempenho de Moro é decepcionante, já o de Lula, surpreendente.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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