Mês: janeiro 2022

Um porco comendo farofa fora de seu chiqueirinho

Bolsonaro engole mais um frango, agora com farofa.

Se o marketing era, como disse Carla Zambelli, mostrar que Bolsonaro era um homem do povo, ficou claro como a besta do planalto enxerga os mais pobres, como imundos, nojentos, asquerosos ou coisa pior.

Bolsonaro se fantasiou de porco à pururuca com farofa e tudo, para ser fotografado e filmado comendo frango e espalhando sujeira no chão.

Fico imaginando de quem foi a brilhante sacada de associar um porcalhão psicopata com o povo para atrair eleitores das camadas mais pobres da população.

Um sujeito, que aparece sem higiene espalhando lixo nas ruas do país lixo, é a cara de Bolsonaro e da burguesia que o elegeu. O que não deixa de ser também uma homenagem a Moro, afinal, este está mais imundo que o próprio lugar que Bolsonaro resolveu transformar em protótipo de seu chiqueiro.

Só faltou o bodegueiro Véio da Havan fazendo parceria na foto com o genocida imundo.

Outro que merecia uma vaga no retrato oficial do atual presidente da república, representando os três porquinhos do clã, é o bacorinho, Carluxo, para representar a sujeira que se produz no gabinete do ódio.

Enquanto Bolsonaro acumula sujeira, lama e imundície com suas obscenidades, ele também desvia a atenção do seu novo agrado ao mercado financeiro que o manteve até aqui na cadeira da presidência, aumentando 1% taxa Selic, logo no primeiro mês do ano jurando que está combatendo a inflação quando, na verdade, está enchendo as burras dos banqueiros e rentistas que sempre foram o principal foco de privilégios da política nefasta de Paulo Guedes que mergulhou o país numa crise econômica sem precedentes.

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Partido Socialista vence eleição legislativa de Portugal

Liderado pelo primeiro-ministro António Costa, Partido Socialista conquista a maioria absoluta no parlamento português.

O primeiro-ministro socialista de Portugal, António Costa, venceu as eleições legislativas antecipadas realizadas neste domingo (30) e conquistou a maioria no parlamento, informa o G1.

Às 22h (horário de Brasília), com 99,1% das urnas apuradas, o Partido Socialista, de Costa, tinha 41,68% dos votos, o que rendia para a legenda 117 cadeiras, uma a mais do que o necessário para garantir a maioria absoluta no parlamento de 230 assentos.

Na sequência, aparecia o Partido Social Democrata (PSD), liderado por Rui Rio, com 27,8% dos votos, levando 71 cadeiras.

As pesquisas de opinião chegaram a apontar um empate técnico entre os dois partidos.

O Chega, de extrema-direita, despontava como a terceira força, com pouco mais de 7% dos votos e 12 assentos no parlamento.

Eleições antecipadas

O primeiro-ministro socialista expressa orgulho por ter “virado a página da austeridade orçamentária” aplicada pela direita após a crise financeira mundial com a aliança histórica – batizada de geringonça – formada em 2015 com os partidos da esquerda radical, Bloco de Esquerdas e os comunistas.

Mas, quando o governo minoritário também almejava “virar a página da pandemia” com uma taxa de vacinação recorde e a liberação dos fundos de estímulo econômico europeus, seus aliados rejeitaram o projeto de orçamento para 2022, o que provocou a convocação de eleições antecipadas.

Quando a data da votação foi anunciada há três meses, o PS tinha 13 pontos de vantagem nas pesquisas sobre a principal formação de oposição, o PSD.

‘Desencanto’

“Espero que todos sintam-se seguros para votar”, declarou Costa, que votou no fim de semana passado, como também fizeram 300 mil eleitores, em uma votação antecipada organizada por causa da crise de saúde.

Com um a cada 10 portugueses em quarentenas, o nível de participação nas eleições, as terceiras organizadas em Portugal durante a pandemia, foi outro fator de incerteza.

“Votei nos socialistas, pois precisamos deles neste momento difícil”, disse à AFP Manuel Pinto, um ex-marceneiro de 68 anos em Lisboa.

“O balanço do governo não é muito bom, mas com a Covid não se pode esperar muito mais”, afirmou Isabel Rodrigues, moradora de Lisboa, de 50 anos.

“Apesar de um certo desencanto com o Partido Socialista, a maioria dos eleitores considera que Costa tem mais competência e experiência para governar que Rio, um economista de 64 anos elogiado por sua sinceridade e autenticidade”, explica a cientista política Marina Costa Lobo.

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Até o insuspeito Josias de Souza pede quebra do sigilo e busca e apreensão contra Moro

É nítido o constrangimento de parte da mídia corporativa com as últimas revelações que envolvem Sergio Moro e a Alvarez & Marsal.

Se o Grupo Globo não coloca nem uma notinha tímida sobre o escândalo para ser lida por Bonner no Jornal Nacional, por meio de pressão da sociedade, há uma compreensão de que não dá para viver com esse mal-estar e fingir que não ocorreu nada de escandaloso envolvendo o ex-herói da mídia.

O artigo curto e grosso de Josias de Souza, que outrora foi um dos mais entusiasmados lavajatistas da grande mídia, traduz que não há mais espaço para a indiferença, muito menos tentar diminuir o tamanho da gravidade que envolve tudo isso.

O que se vê no final do texto, é que Josias usa a sua coluna para apertar as instituições de controle para que elas ajam contra Moro com a mesma rigidez com que a Lava Jato de Moro agia quando se vendia como exemplo de combate à corrupção.

Abaixo, o artigo de Josias de Souza, do Uol

Se tivesse que se explicar ao juiz Moro, consultor Moro estaria encrencado

Em Curitiba, ninguém acreditaria que o escritório americano Alvarez & Marsal, cuja clientela inclui logomarcas como Odebrecht e OAS, agiu de boa-fé ao contratar os serviços de Sergio Moro.

A tese do dono da Moro Consultoria segundo a qual recebeu o equivalente a R$ 3,5 milhões por serviços alheios às firmas que condenou quando era magistrado também seria considerada dura de roer, até porque esse tipo de consultoria inocente não costumava aparecer para a força-tarefa de Curitiba. Na capital da Lava Jato, a porta giratória que levou um juiz de mostruário a abrir uma consultoria para atuar do outro lado do balcão resultaria numa experiência desagradável.

Se tivesse que apresentar ao juiz Moro as explicações que desfiou na sua live de sexta-feira, o consultor Moro estaria em apuros. Dificilmente escaparia de uma quebra de sigilo e de uma batida de busca e apreensão.

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Carta resposta do Presidente Lula ao convite do Globo

“Agradeço o convite para uma entrevista para o jornal O Globo em uma série sobre ex-presidentes da República. Seu convite destoa da censura imposta pelas Organizações Globo. Não confundo as organizações com as diferentes condutas profissionais de cada um dos seus jornalistas.

O que me impede de atendê-lo é o notório tratamento editorial que as Organizações Globo adotam em relação a mim, meu governo e aos processos judiciais ilegais e arbitrários de que fui alvo, que têm raízes em inverdades divulgadas pelos veículos da Globo e jamais corrigidas, apesar dos fatos e das evidências nítidas, reconhecidas por juristas no Brasil e no exterior.

As próprias sentenças tão celebradas pela Globo são incapazes de apontar que ato errado eu teria cometido no exercício da presidência da República. Fui condenado por ‘atos indeterminados’.

Ao invés de ser analisada com isenção jornalística, a perseguição judicial contra mim foi premiada pelo O Globo. As revelações do site The Intercept foram censuradas, escondendo as provas de que fui julgado por um juiz parcial, em conluio com os promotores, que sabiam da fragilidade e falta de provas da sua acusação.

Enquanto não for reconhecido e corrigido o tratamento editorial difamatório das Organizações Globo não será possível acolher um pedido de entrevista como parte de uma normalidade que não existe, pelos parâmetros do jornalismo e da democracia.

Luiz Inácio Lula da Silva”

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Lula tem tudo para vencer a eleição no 1º turno pelo histórico como presidente que nenhum outro tem

Desde que o mundo é mundo, quem tem o que mostrar, mostra, quem não tem, explica. Lula tem muito o que mostrar, e Bolsonaro, muito o que explicar.

O governo Bolsonaro nunca existiu. O vagabundo, que hoje senta na cadeira da presidência, instituiu um lockdown em sua agenda desde o primeiro dia de seu governo em que jamais trabalhou.

Ao contrário de Bolsonaro, Lula segue como favorito com todas as condições de vencer a eleição no primeiro turno, porque tem um extraordinário histórico como presidente que nenhum outro presidente teve na nossa história.

Basta analisar pragmaticamente o legado de Lula com seus programas sociais, programas de transferência de renda, a indiscutível melhora da condição de vida do povo, seguido à risca por Dilma, o que faz com que se entenda duas coisas, a primeira, porque a classe dominante deu um golpe na ex-presidenta, e a segunda, porque seguiu golpeando a democracia com a prisão política de Lula.

Dito isso, imaginar que Lula, depois de duas décadas de massacre midiático, martelado diuturnamente, não pode ser atribuído ao seu carisma pessoal, carisma, é verdade, que nenhum outro candidato tem, mas também é verdade que esse carisma tem como fonte a empatia de alguém que viveu na miséria como dezenas de milhões de brasileiros, até que Lula e Dilma os tirassem do mapa da fome.

Ao contrário disso, o retrocesso do país voltando ao mapa da fome com o governo Bolsonaro, mostra o oposto, que alguém que sempre viveu às custas das tetas do Estado e que jamais trabalhou na vida, não tem a mínima ideia do que é pobreza e, consequentemente, não tem a menor empatia com a dor de quem vive na miséria e sequer tem condições de se alimentar.

Daí, para produzir um morticínio de uma escala genocida, foi apenas um curto passo.

Por isso é bom frisar que Lula está disparado na frente porque, além de todos os seus feitos, tem linguagem do povo. Eleição não é receita de bolo de cenoura, não é uma fórmula de pão caseiro ou macete para se fazer fortuna no tik tok ou no youtube.

Fala-se muito que, no Brasil, as eleições são polarizadas desde 1989, quando Lula disputou a sua primeira eleição para presidente, mas sem dizer que Lula foi e é o maior líder de massa da história que jamais abandonou suas bandeiras históricas.

Quem não tratar esse fenômeno eleitoral a partir desses pré-requisitos, estará falseando a história política do Brasil e reduzindo a cultura de um povo que tem uma sabedoria adquirida na lida com a própria sobrevivência.

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Contrato de Moro com consultoria dos EUA pode gerar questionamento da Receita

Contratação de ex-juiz como pessoa jurídica no Brasil permitiu reduzir impostos, dizem especialistas.

Ao revelar detalhes de sua relação com a consultoria Alvarez & Marsal, o ex-juiz Sergio Moro abriu o flanco para questionamentos da Receita Federal sobre a maneira como seus rendimentos foram pagos nos meses em que trabalhou para os americanos, antes de entrar na corrida presidencial, informa a Folha.

O ex-juiz recebeu a maior parte do dinheiro no Brasil, por meio de uma empresa de consultoria que criou após deixar o governo Jair Bolsonaro. Isso permitiu que Moro recolhesse menos impostos e livrou a Alvarez & Marsal de encargos que precisaria pagar se o tivesse contratado como funcionário.

Moro e seus ex-empregadores dizem ter agido de acordo com a legislação brasileira, mas especialistas consultados pela Folha afirmam que eles podem ter problemas se a fiscalização da Receita Federal entender que o objetivo da contratação de Moro como pessoa jurídica foi pagar menos tributos no Brasil.

O ex-juiz deixou a Alvarez & Marsal em novembro para se filiar ao Podemos e se lançar candidato a presidente. Alvo de uma investigação do Tribunal de Contas da União, que ele considera abusiva, Moro divulgou seus ganhos para tentar afastar desconfianças que cercam sua relação com a empresa.

O TCU abriu investigação sobre o ex-juiz e a Alvarez & Marsal para examinar suspeitas de conflito de interesse. Moro foi responsável pelas ações da Operação Lava Jato, e a empresa hoje administra processos de recuperação judicial da Odebrecht e de outras empresas atingidas pelas investigações.

Moro e a Alvarez & Marsal rejeitam as suspeitas, porque ele trabalhou para uma unidade do grupo voltada para disputas empresariais e investigações internas, separada da administradora judicial. Além disso, uma cláusula de seu contrato o impedia de prestar serviços para empresas como a Odebrecht.

Na sexta-feira (28), o ex-juiz disse que acertou com a Alvarez & Marsal um salário bruto de US$ 45 mil por mês, equivalente hoje a R$ 243 mil. Além disso, ele recebeu US$ 150 mil como bônus de contratação, um tipo de incentivo comum no mercado para altos executivos. A cifra corresponde hoje a R$ 809 mil.

No mesmo dia, a consultoria americana informou que pagou a Moro, por 12 meses de trabalho, US$ 656 mil em valores brutos, ou R$ 3,5 milhões pela cotação atual do dólar. A empresa de consultoria do ex-juiz recebeu 65% dos rendimentos, no Brasil. O restante foi pago diretamente, nos Estados Unidos.

De acordo com Moro e a Alvarez & Marsal, ele foi contratado inicialmente como pessoa jurídica no Brasil porque só poderia ser contratado como funcionário nos EUA após obter visto de trabalho como estrangeiro. O processamento do pedido de visto para o ex-juiz demorou meses para ser concluído.

Segundo a assessoria de imprensa da Alvarez & Marsal, o contrato com a consultoria de Moro no Brasil foi assinado em 23 de novembro de 2020 e vigorou até 2 de junho do ano passado. O contrato como empregado nos EUA foi assinado em 7 de abril do ano passado e encerrado em 26 de outubro.

Moro divulgou duas notas fiscais emitidas pela sua empresa nesse período. Segundo ele, a de maior valor se refere ao bônus de contratação, pago em fevereiro do ano passado. A outra representa o pagamento do seu salário de março, R$ 253 mil brutos, ou US$ 46 mil pelo câmbio da época.

As notas fiscais indicam que a Alvarez & Marsal e a empresa de consultoria de Moro recolheram tributos equivalentes a 19% dos valores brutos, porcentual típico para prestadores de serviço como a empresa do ex-juiz. Se ele tivesse sido contratado como pessoa física, teria que pagar 27,5% de Imposto de Renda.

Além disso, tanto ele como a empresa teriam que contribuir com a Previdência Social, e caberia à Alvarez & Marsal pagar outros encargos previstos pela legislação trabalhista. Mesmo que a redução da carga tributária não tenha sido o motivo da contratação de Moro como pessoa jurídica, é certo que ela o beneficiou.

Conforme a legislação brasileira, os dividendos recebidos pelo ex-juiz de sua empresa de consultoria são isentos do pagamento de Imposto de Renda, o que lhe permitiu usufruir dos recursos recebidos da Alvarez & Marsal no Brasil sem pagar nada ao fisco além dos tributos recolhidos pela sua empresa.

O governo Bolsonaro chegou a propor a taxação dos dividendos e mudanças no Imposto de Renda para eliminar vantagens oferecidas pela chamada pejotização para empresas e seus funcionários, mas resistências no Congresso impediram o avanço dessa e de outras propostas de reforma.

Situações em que o vínculo empregatício entre o prestador de serviço e a empresa que o contratou é evidente, como no caso de Moro, estão sujeitas a exame mais rigoroso pelo fisco, segundo os especialistas consultados pela Folha, mas eventuais sanções dependeriam de análises aprofundadas.

Em resposta a questionamentos da Folha, a Alvarez & Marsal afirmou que a contratação do ex-juiz se deu inicialmente no Brasil “por questões burocráticas”. A Folha enviou 11 perguntas à assessoria de Moro na sexta-feira, mas ele as deixou sem resposta, preferindo enviar uma declaração genérica sobre o assunto.

Nos EUA, o ex-juiz foi contratado como diretor, não mais como prestador de serviços de consultoria. O imposto de renda americano, com alíquotas de até 37% para assalariados, e outros tributos recolhidos na fonte comeram 46% dos salários de Moro, segundo dois contracheques que ele divulgou na sexta.

Considerando as alíquotas indicadas nos documentos divulgados, é possível estimar que Moro tenha ficado com US$ 470 mil dos US$ 656 mil pagos pela consultoria americana, ou R$ 2,5 milhões. Se tudo tivesse sido pago nos EUA, o valor líquido teria caído para US$ 354 mil, ou R$ 1,9 milhão.

O ex-juiz mudou-se para os EUA no período em que trabalhou para a Alvarez & Marsal, mas manteve seu domicílio tributário no Brasil. Isso significa que ele continuou obrigado a prestar contas ao fisco brasileiro, declarando os rendimentos recebidos no exterior para que sejam tributados no país também.

Na transmissão ao vivo que Moro fez com o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) nas redes sociais para se explicar, o parlamentar chegou a brincar com ele. “Então você ainda vai mandar um pouquinho de dinheiro para o caixa do Bolsonaro”, disse Kataguiri. “Pois é”, respondeu o ex-juiz.

O mais provável é que Moro não precise pagar nada à Receita Federal quando declarar os rendimentos recebidos nos EUA, segundo os especialistas ouvidos pela Folha. Em casos assim, a legislação tributária permite que o imposto pago lá fora seja compensado no cálculo dos tributos a serem recolhidos no Brasil.

A reportagem ouviu cinco pessoas sobre o caso do ex-juiz, incluindo dois ex-dirigentes da Receita Federal, um advogado tributarista, um especialista em programas empresariais de controle interno e um contador. Eles pediram anonimato para analisar a situação, por não conhecer todos os detalhes do caso concreto.

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Moro diz que Bolsonaro é quem dará a vitória a Lula, mas não diz que foi ele que colocou Temer e Bolsonaro no poder

Quando Moro, por linhas tortas, reconhece a superioridade política de Lula como se ela fosse um escândalo, propõe igualmente que a eleição já está ganha, o que, além de não ser uma declaração apropriada para um fascista que assumiu esse caráter em busca de seus interesses, como repete o que frequentemente faz adaptando uma realidade oferecendo como justificativa uma meia verdade.

Esse misticismo que reproduz o lugar comum da chamada terceira via que, antes, já havia lançado a também fracassada Frente Ampla para reorganizar os interesses da burguesia nacional, revela que há por trás dessa não polarização calculada uma tonelada de interesses que não são os do povo, mas dos interesses ocultos das classes dominantes que operaram para a derrubada de Dilma com golpe de Estado e a retirada de Lula do pleito de 2018 com uma condenação e prisão ilegais, numa manhosa teia de pequenos golpes na constituição para ajustar, através da Lava Jato, comandada por Moro, o material ideal para que os outros colocassem fogo no carvão.

O fraco rendimento de Moro, Ciro e Dória, soterrados pela falta de empatia com o povo, mostrou campanhas ineficientes, e esse péssimo rendimento consegue ser maior do que o de Bolsonaro que, mesmo derretendo e com potencial para derreter ainda mais, mantém-se à frente desse miolo político criado pelas redações da mídia.

Lula, ao contrário, tem potencial próprio, porque, para o povo, sua vitória significará a vitória do Brasil, mas principalmente a do povo, cada dia mais aflito com a barbárie implantada por Temer e Bolsonaro a partir de um golpe contínuo que podemos chamar sim de golpe da Lava Jato, a partir do conjunto da obra.

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Com alta rejeição e atrás nas pesquisas, Bolsonaro enfrenta apoio a Lula no centrão

Integrantes do bloco aliado ao governo já defendem abertamente o apoio ao principal adversário do presidente, Lula.

Em meio à rejeição crescente a Jair Bolsonaro (PL), integrantes do Centrão, bloco aliado ao governo, já defendem abertamente o apoio ao principal adversário do titular do Palácio do Planalto na disputa: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece à frente nas pesquisas eleitorais. Lideranças dos partidos nos estados, prefeitos e deputados avaliam que, apesar do alinhamento nacional, as costuras locais, a popularidade do petista, especialmente no Nordeste, e o negacionismo presidencial na pandemia devem decidir os rumos das alianças, informa O Globo.

Pesquisa Datafolha divulgada em dezembro apontou que a atual gestão é rejeitada por 53% da população, o patamar mais alto desde o início do mandato. Na ocasião, Lula apareceu com 48% das intenções de voto, contra 22% de Bolsonaro. Há duas semanas, o mesmo instituto revelou que 58% dos brasileiros acreditam que o presidente atrapalhou a vacinação de crianças contra a Covid-19. Em função dos reflexos negativos da conduta, aliados vêm tentando demovê-lo das críticas insistentes à imunização — por ora, a iniciativa não alcançou sucesso.

Os exemplos de debandada vêm se avolumando pelo país. Prefeito de Nova Iguaçu, quarto maior colégio eleitoral do Rio, Rogério Lisboa (PP) vai apostar na dobradinha entre Lula e o governador Cláudio Castro, que tentará a reeleição pelo PL, sigla do presidente. À vontade no desalinho com o comando nacional do PP, o mandatário diz que nunca houve pedido de sustentação ao atual ocupante do Planalto.

— No meu carro, a bandeira não vai ser do PT, mas do Lula. Não vou com Bolsonaro de jeito nenhum. O PP e Ciro Nogueira estão no coração do governo, mas nunca houve uma orientação de quem eu deveria apoiar. Bolsonaro não consegue sair dos extremos. Não usa a razão tempo algum. Isso de negar vacina, protocolos… Precisamos de consenso, equilíbrio, de um líder — afirma.

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Moro agora é juiz ladrão em português e francês? Que chique hein!

Sergio Moro, neste sábado (29), conseguiu o título de “a nossa maior caricatura”.

Moro, hoje, representa o próprio brasileiro “culto”, saído de uma casa de ensino superior que não distingue sequer o papel de um juiz com o de comandante de uma força-tarefa policial.

O fundamental, segundo o ansioso ex-juiz, é o objeto da ação. Essa meia cultura dos nossos “cultos”, sobretudo dos entendidos que tratam as regras mais básicas da lei a partir da estética, é como se fosse uma forma superior de entender a chamada grande arte. Assim educam o gosto da população a partir de uma ótica de espetáculo e não da constituição.

Talvez esteja aí o grande erro do orgulho de Rosângela Moro. O conje tomou os pés pelas mãos tirando a armadura togada para mergulhar no mundo político que, segundo ele, essa vontade irrefreável de se transformar no chefe da nação, nasceu por exigência do meio, ou seja, da sociedade, do povo. E a partir daí ficou estabelecido que, perfeitamente radicado no mundo do qual ele não tinha o menor conhecimento, que uma legião de anônimos jogaria por terra o novo artista da bola da vez que entrou em campo com pose de craque, antes do jogo começar a ser jogado.

O tempo foi curto demais para a coisa evoluir para uma das maiores tragédias políticas da história desse país. Moro, a cada dia, fala de um a dez degraus abaixo do coliseu que a mídia o elevou. Isso explica por que o nosso homem de preto, que encarnava o espírito fascista, desabou de forma quase instantânea quando menosprezou a própria bola e todo o eldorado criado pela mídia corporativa, foi ao chão.

Moro, definitivamente não caiu no gosto popular, daí o efeito planador que sua campanha sofre, assim como a de Bolsonaro, com um adendo, ele começou sobrevoando, impulsionado pelos holofotes da Globo, com 15%, o que o fez supor, assim como seus aliados, que já estava com meio caminho andado.

Pois bem, Moro virou a maior chacota nacional e piorou ainda mais a sua imagem quando escolheu pela segunda vez Lula para lhe servir de muleta. Uma estratégia absolutamente suicida, antipopular, porque é, em última análise, antipovo. Querer disputar com Lula no campo em que ele é o próprio Pelé, quando seus objetivos deveriam ser o de detonar o ex-patrão Bolsonaro, é um grande erro. Mas aí complica, porque qualquer ataque que ele fizer ao genocida, imediatamente as pessoas lembram que foi ele, Moro, que o colocou no poder prendendo Lula sem provas para participar governo e, consequentemente, dividir com ele uma parcela desse poder.

Certamente, nada disso foi pensado por ele ou pelos idealizadores de sua campanha. O fato é que o significado da desmoralização de Moro está justamente na principal aposta dele e da mídia, que era a condenação e prisão de Lula.

Lógico que isso, para quem entende minimamente de política, sabe que seria um suicídio imperdoável, pois a vítima de sua estratégia não foi ninguém menos que o mais bem avaliado presidente da história do Brasil, com 87% de aprovação e míseros 3% de reprovação.

Para piorar, Moro, vendo-se esganiçado pelas mãos do TCU, que quer saber com detalhes sua relação com a consultoria Alvarez & Marsal, tentou fazer linha de impedimento, antecipando-se aos fatos, apresentando um cadico do que de fato ganhou na barganha com a empresa da qual se tornou sócio, revelando um valor alto para o padrão brasileiro, sobretudo para os milhões de trabalhadores que ele ajudou a jogar na rua ao perder o emprego e, consequentemente produziu uma artilharia contra si, incluindo a história que virou piada do “juge voleur”, juiz ladrão.

Talvez o tolo, agora, comece a raciocinar que ele foi um mero parafuso de uma engrenagem muito maior que, de tão gasta pela burguesia, acabou espanando. E como não tem serventia para mais nada além de ser citado como juiz ladrão em português e francês, tudo indica que, em poucos dias, o gabola, que achou que tinha o mundo a seus pés, jogará a toalha antes mesmo do jogo de fato começar.

Na verdade, Moro acreditou que, pendurando Lula numa cruz, tudo estaria resolvido.

Não foi por falta de aviso, Lula, em seu primeiro depoimento, deixou claro a Moro que isso aconteceria.

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“Juge voleur”: ‘Juiz ladrão’ ganha versão em francês após recibos de Moro

O ex-juiz Sergio Moro virou piada nas redes sociais por conta dos recibos milionários divulgados na sexta-feira.

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) protagonizou mais uma situação curiosa nas redes sociais neste sábado (29). Durante live realizada ao lado do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), Moro divulgou um recibo com rendimentos milionários que recebia da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal. Nesse documento havia um e-mail que acabou virando alvo de piada nas redes sociais.

O correio eletrônico usado pelo ex-ministro era “[email protected]”. O termo “juge” foi ironizado nas redes. Muitos viram ali um erro ortográfico. Em inglês, juiz se escrever “judge”, com um d. Tendo em vista que Moro trabalhava para uma empresa estadunidense, o erro parecia óbvio.

Após a repercussão negativa nas redes, o ex-magistrado alegou que o termo, na verdade, está grafado em francês.

“Para quem não entendeu: juge é juiz em francês. Voleur é ladrão. Importante diferenciar uma coisa da outra”, escreveu Moro no Twitter.

A mensagem foi uma deixa para que a combinação “juge voleur” viralizasse e ocupasse os Assuntos do Momento do Twitter. Moro foi considerado como juiz suspeito por quebra de imparcialidade na condução dos processos da Lava jato contra o ex-presidente Lula (PT), seu adversário nas eleições de outubro.

Moro chegou a ser chamado de “juiz ladrão” pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) durante audiência pública com a participação do ex-ministro na Câmara dos Deputados em 2019.

Moro multiplicou salário de ministro por oito na Alvarez & Marsal

A repercussão do e-mail vem na esteira das investigações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o contrato de Moro com a consultoria Alvarez & Marsal.

Moro recebeu um total de US$ 656 mil, o equivalente a R$ 3,537 milhões, nos 12 meses em que atuou na consultoria estadunidense. O contrato foi firmado em 23 de novembro de 2020 e terminou em 26 de novembro de 2021. Esse salário milionário representa um soldo de cerca de R$ 10 mil por dia.

Apesar de dizer que não enriqueceu ao trabalhar na Alvarez & Marsal, Sergio Moro multiplicou o salário bruto que recebia do Governo Brasileiro por oito ao ingressar no escritório estadunidense.

*Com informações da Forum

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