Dia: 6 de fevereiro de 2022

Campanha de Lula terá cinco mil comitês populares; o plano para eleger Lula e reconstruir o Brasil

O PT e movimentos sociais do campo progressista pretendem espalhar comitês pelas áreas populares do país, mobilizando a população antes, durante e depois das eleições, informa a Rede Brasil Atual.

Diante da crise econômica, social e política do Brasil, o campo progressista se prepara para as eleições deste ano, mas também se preocupa com o pós-eleição. Na semana passada, o PT reuniu 3,4 mil militantes para traçar as estratégias da disputa. O encontro tratou do projeto de criar, até abril, 5 mil comitês populares de luta em todo o país. A ideia é reforçar o “olho no olho”, por intermédio de uma rede que envolva movimentos sociais e a população. Além disso, envolver na construção dos comitês movimentos sociais e outros partidos do campo progressista, como PCdoB e Psol.

O objetivo dos comitês populares é atuar antes, durante e depois do período eleitoral. Desse modo, a prioridade é criar ao menos um em comunidades, favelas e bairros das periferias. Também em assentamentos rurais, comunidades quilombolas, vilas de pescadores etc. Os coletivos pretendem reunir trabalhadores das fábricas, da educação, da cultura, informais, estudantes entre outros grupos sociais.

A primeira tarefa será combater as fake news do bolsonarismo e conscientizar sobre as causas das mazelas sociais que levam sofrimento à população: a volta da fome, da inflação, a alta do desemprego. Sem falar nas mais de 630 mil mortes durante à pandemia, muito em função do negacionismo adotado por Bolsonaro e seus ministros.

Durante a campanha, a temperatura aumenta. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou sua candidatura. Mas esse é o “desejo” da maioria dos progressistas. Nesse sentido, os comitês farão a defesa do legado petista, com o objetivo de buscar a vitória de Lula já no primeiro turno. Além disso, servirão como instrumento para ampliar a bancada de deputados e senadores, garantindo sustentação política para o novo governo.

Em seguida, em caso de vitória de Lula, os comitês seguirão atuando para garantir a efetivação do programa de governo. As bases mobilizadas serão fundamentais para batalhas mais difíceis. Revisão da “reforma” trabalhista, revogação do teto de gastos, fim da dolarização dos preços da Petrobras, por exemplo.

Olho no olho

O diretor de comunicação da Fundação Perseu Abramo (FPA), Alberto Cantalice, afirma que uma das missões será alcançar uma importante parcela da população, das classes D e E, que está desconectada. De acordo com o IBGE, um em cada cinco brasileiros não tem acesso à internet. Trata-se de um dado alarmante, que revela a exclusão digital do país. No entanto, há um fator positivo – talvez o único. É um público que ainda não foi contaminado pelo discurso de ódio presente nas redes sociais. “O PT não vai chegar nesse pessoal se não for pela via do corpo a corpo”, disse Cantalice. A FPA prepara também uma sequência de cursos de formação política de militantes.

Para Cantalice, não se trata de uma “volta às bases”, mas, sim, um “reforço” dessa política. “Na minha opinião, os comitês populares vêm para suprir duas carências: primeiro, uma certa burocratização que enfrentamos a partir do momento que fomos governo. E o segundo é que, por conta da pandemia, ficamos muito deslocados para a comunicação digital. Na verdade, a gente precisa retornar ao olho no olho. Então esse é um dos motivos centrais para a criação desses comitês”.

“Precisamos retomar um massivo trabalho popular de base. Se conectar e se misturar com a massa trabalhadora”, disse o coordenador nacional do MST Roberto Baggio. Para ele, a tarefa central do campo popular é construir processos “oxigenados”, que motivem a participação política.

Comitês populares e reconstrução

Achamos que os comitês populares podem oxigenar a vida política nacional. A partir de baixo, dos territórios. Fazendo com que milhões e milhões sejam essa força política massiva capaz que entrará em movimento político”, afirmou Baggio. Ele se mostra otimista. “Pode ser até mais de 5 mil. Nas grandes cidades, 30, 50 até 100 comitês, como um novo instrumental de participação massiva, para discutir as necessidades emergenciais, pensando estratégias política de transição e para enfrentar as maiores batalhas que virão.”

Baggio destaca, diante do atual cenário de destruição, Lula se transformou no “desejo coletivo” dos milhões e milhões de trabalhadores e trabalhadores que estão à margem da sociedade. O MST mantem o apoio histórico ao ex-presidente porque é o nome que mais se aproxima do projeto de reforma agrária defendido pelo movimento. Mas esse apoio, segundo ele, vem se ampliando.

“Até mesmo parte dos setores produtivos estão vendo que a única alternativa para reconstruir o país, derrotar o neofascismo recuperar a nossa democracia, é eleger o Lula. Por isso, essa é a principal batalha política desse tempo histórico”.

Ele destaca, no entanto, que os comitês devem permanecer ativos no pós-eleição, “na perspectiva de reconstruir um Brasil popular, soberano e muito mais igualitário”. Sugere, ainda mais, que os comitês podem atuar em mutirões de obras. “Para erguer um conjunto de empreendimentos comunitários, como hospitais, escolas, creches, obras. E também como perspectiva de geração de emprego”.

Na educação, “panela de pressão”

Cantalice também defende a mobilização constante. “É uma coisa que tem que ser permanente. Em vários momentos, se ganharmos as eleições, a gente vai ter que mobilizar o povo para exigir o cumprimento do programa de governo. O povo, para se mobilizar, tem que se conscientizar. Então as funções desses comitês são de organização e conscientização da população.”

A Educação é outro alvo de constantes ataques do governo Bolsonaro. Para 2022, o Ministério da Educação sofreu corte de R$ 802,6 milhões no Orçamento. Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ficou sem R$ 499 milhões, com corte que ultrapassa os 50%. Nos últimos três anos, o governo também interveio, por exemplo, na escolha dos reitores.

Não sabemos ainda qual universidade encontraremos no pós-pandemia”, disse Julia Aguiar, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante do Levante Popular da Juventude. “A única certeza que temos é que o orçamento é insuficiente, e que Bolsonaro segue atacando a autonomia universitária. Nesse sentido as universidades podem se tornar uma verdadeira panela de pressão”, acrescentou.

Assim, ela acredita que os estudantes estarão mobilizados ao longo do ano, “para defender a Educação, derrubar Bolsonaro e eleger Lula presidente”. Para Julia, “entidades estudantis, os coletivos universitários e todos que tiverem dispostos a se envolver” deverão colaborar na organização e multiplicação dos comitês populares. “O projeto Bolsonaro fracassou. Agora a juventude quer novamente um projeto alternativo, que cresça o emprego, que tire o Brasil do mapa da fome, que valorize a saúde e a educação”.

Comitês populares e diversidade

Para a disputa no Legislativo, Cantalice aposta na diversidade de candidaturas do campo progressista. “O PT é o partido que tem maior número de indígenas filiados, de mulheres, negros e negras. Temos os companheiros portadores de deficiência. E também uma grande presença no movimento LGBTQI+”. Dessa forma, os comitês populares atuarão no sentido de fortalecer essas “candidaturas renovadoras”, não apenas as do PT, mas também dos partidos aliados.

Para Baggio, ampliar a bancada no Congresso com representantes alinhados às causas populares também é tarefa fundamental. Ele disse que não basta apenas eleger Lula, mas é preciso também garantir as condições para a “governança institucional”. “A outra parte da sustentação política são as forças populares”, ressaltou.

Meu celular, meu comitê

Além de fincar o pé nos territórios, o PT e os movimentos sociais também preparam as mobilizações virtuais. Nesse sentido, os comitês populares também devem funcionar em ambientes virtuais, através de grupos de
WhatsApp, além de páginas ou comunidades nas redes. Os militantes utilizarão esses canais principalmente para a divulgação de fotos e vídeos com registros dos atos políticos realizados presencialmente.

Para Cantalice, o campo bolsonarista não tem mais o mesmo horizonte de crescimento. Assim, acredita que a campanha adversária vai trabalhar no sentido de fidelizar o apoio entre grupos mais radicais, que somam de 20% a 25%, segundo ele. Nesse sentido, devem recrudescer os ataques a Lula.

“Eles têm medo de o Lula crescer mais do que já tem e ganhar no primeiro turno, que seria uma coisa inédita para o nosso lado. Acho que eles vão recrudescer, para fidelizar esse grupo e torna-los inexpugnável. Ou seja, uma espécie de gueto ideologicamente reacionário de ultradireita”, prevê o diretor de Comunicação da FPA. Dessa maneira, os comitês populares atuarão para desarmar as fake news, buscando isolar ainda mais os bolsonaristas radicais.

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Rússia pode atacar Ucrânia ‘a qualquer momento’ ou optar por diplomacia, diz conselheiro de Segurança da Casa Branca

Autoridades ucranianas enquanto isso sugerem para público ‘não confiar em previsões apocalípticas’ e dizem que chance de solução diplomática é mais alta que de guerra.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou neste domingo que a Rússia pode invadir a Ucrânia dentro de dias ou semanas, ou então não efetuar nenhum ataque e optar por um caminho diplomático, informa O Globo.

A qualquer momento, a Rússia pode tomar uma ação militar contra a Ucrânia, ou pode ser daqui a algumas semanas. Ou a Rússia pode optar por seguir o caminho diplomático — disse Sullivan ao programa “Fox News Sunday”.

Sullivan repetiu esses comentários em diferentes entrevistas na televisão depois que autoridades americanas informaram no sábado que a Rússia, que tomou a Crimeia da Ucrânia em 2014, tem cerca de 70% do poder de combate que seria necessário para uma invasão em larga escala da Ucrânia em prontidão.

Enquanto isso, o chanceler da Ucrânia demonstrou neste domingo desconfiar de “previsões apocalípticas”, considerando que as possibilidades de uma “solução diplomática” com a Rússia são “muito superiores” às de um “acirramento” militar.

“Não confie em previsões apocalípticas”, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, em uma rede social. “A Ucrânia tem um Exército poderoso, apoio internacional sem precedentes e está pronta para qualquer cenário”

O conselheiro chefe do governo ucraniano, Myhailo Podoliak, foi na mesma linha, e disse que “as chances de se encontrar uma solução diplomática para uma atenuação das tensões são consideravelmente maiores que a ameaça de um novo acirramento”.

De acordo com funcionários do governo dos EUA, em informes ao Congresso e a seus aliados europeus, os serviços de inteligência americanos ainda não conseguiram estabelecer se o presidente russo Vladimir Putin tomou a decisão de agir ou não.

Para a Inteligência americana, se a Rússia optar por um ataque em grande escala, a ofensiva poderia tomar a capital Kiev e derrubar o presidente Volodymyr Zelensky em 48 horas. Há analistas militares que discordam dessa previsão.

Enquanto a Rússia concentra mais de 100 mil soldados perto da fronteira, Moscou disse que não está planejando uma invasão, mas pode tomar alguma ação militar não especificada se suas exigências de segurança não forem atendidas.

A exigência inclui a promessa de que a Otan nunca admitirá a Ucrânia entre seus membros, uma demanda que os Estados Unidos e a aliança de segurança de 30 países ocidentais consideraram inaceitável.

Segundo Sullivan, possíveis ações russas incluem a anexação da região de Donbass, onde separatistas apoiados pela Rússia romperam com o controle do governo ucraniano em 2014, ataques cibernéticos ou uma invasão em larga escala da Ucrânia.

Acreditamos que há uma possibilidade muito clara de que Vladimir Putin ordene um ataque à Ucrânia — disse Sullivan ao programa “This Week” da ABC. — [A ação] Pode assumir várias formas diferentes. Pode acontecer já amanhã, ou pode levar algumas semanas ainda. Ele se colocou em uma posição com destacamentos militares para poder agir agressivamente contra a Ucrânia a qualquer momento;

Washington deixou claro que não enviaria soldados para defender a Ucrânia. No entanto, forneceu armas a Kiev e na semana passada disse que enviaria quase 3 mil soldados para a Polônia e a Romênia para proteger a Europa Oriental de possíveis repercussões da crise. Neste domingo, aviões com militares americanos chegaram à Polônia.

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Estadão, que nasceu como badalhoca dos escravocratas, jamais deixará de ser limpa-trilho da burguesia

Quem no mundo civilizado, com pelo menos três neurônios, acredita que um jornal antiabolicionista que chamou o golpe militar de 1964 de revolução, se preocuparia com os rumos da esquerda brasileira que, segundo o papel higiênico chamado Estadão, faz mal à esquerda democrática brasileira, seja lá o que isso quer dizer para o jornalão que sempre odiou a esquerda, qualquer esquerda.

O Estadão está como alguém que, vendo seus aliados na larica de intenção de votos, resolve atacar Lula de forma totalmente paspalhona. Primeiro, diz que o PT faz mal à esquerda, depois, diz que Lula fez mal ao candidato do PT em 2018, Fernando Haddad. Ou seja, um artigo trôpego que tropeça na própria pena do autor do bate entope.

Não vale a pena alongar o assunto diante da charanga de quem cisma de culpar a Alemanha pela coça de 7 a 1 que ela deu no Brasil.

Na verdade, o que Estadão quer e não pode é xingar o povo que deu 87%  de aprovação a Lula, depois dos seus oito anos de governo e esse povo está retornando à felicidade só de imaginar o que cada dia se concretiza, a volta do campeão de aprovação de todos os tempos, à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O resto é trocar a “escolha muito difícil” para a “escolha inevitável do povo”.

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Renan Calheiros a Dallagnol: “Pivete conhecido por delitos e abusos”

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-procurador Deltan Dallagnol, que comandou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, trocaram ofensas e acusações nas redes sociais neste fim de semana. Renan chamou Deltan de “pivete” e disse que o ex-procurador tem uma “folha corrida cheia de transgressões, delitos e abusos”. O ex-procurador respondeu que não está na lista de “cupins que se alimentam da República”.

A resposta foi compartilhada pelo ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato à Presidência pelo Podemos, que ressaltou: “Nunca foi tão fácil escolher um lado”.

As discussões começaram depois que Deltan criticou o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu a indisponibilidade dos bens de Moro, alegando suspeita de sonegação de impostos nos pagamentos recebidos pelo ex-juiz da empresa norte-americana Alvarez & Marsal. Em vídeo publicado nas redes, o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba apontou irregularidades no pedido feito por Lucas Furtado.

Confira:

*Com informações do Congresso em Foco

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Para se distanciar do bolsonarismo, Aras usa casos de racismo e homofobia

PGR atua alinhada ao Executivo na maioria das situações, mas faz ofensiva contra bolsonaristas em outros casos.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, tem usado casos de racismo e homofobia cometidos por aliados de Jair Bolsonaro (PL) para tentar se distanciar da pecha de aliado do presidente, informa a Folha.

Omissa em relação às ofensivas de Bolsonaro contra as instituições e inerte em relação a indícios de irregularidades no governo, a PGR já pediu abertura de inquéritos contra três pessoas próximas do Palácio do Planalto: o ex-ministro Abraham Weintraub por racismo contra a China, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) por preconceito racial e, agora, o alvo foi o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia em entrevista concedida 16 meses atrás.

Nos bastidores da Procuradoria, o movimento de Aras é visto como uma forma de se afastar da fama de bolsonarista e também como uma estratégia para afirmar que manteve a linha histórica de atuação do órgão na defesa dos direitos humanos.

Na mesma semana em que denunciou Ribeiro, Aras também mandou sinais em direção ao Palácio do Planalto. Na última quarta-feira (2), pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) intime os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) para que esclareçam um suposto vazamento de dados sigilosos da CPI da Covid.

O pedido foi feito pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente. Aras, porém, não atendeu à solicitação para que fosse aberto um inquérito contra ambos.

Nas redes sociais, a família presidencial comemorou a iniciativa do procurador-geral. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por exemplo, publicou no Twitter uma notícia sobre o fato e escreveu que o ato dos parlamentares configura “crime” e que a “PGR está seguindo as leis” relativas ao contraditório e ampla defesa.

Além das críticas internas na PGR, a atuação de Aras em relação a Bolsonaro também tem causado incômodo no STF. Diversos ministros já criticaram ações de Aras em decisões judiciais e o ministro Alexandre de Moraes, inclusive, já driblou a Procuradoria para levar em frente investigações contra aliados do presidente.

Isso ocorreu, por exemplo, quando a PGR pediu o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos. O magistrado aceitou o pedido, mas determinou a abertura de outra apuração muito similar.

Moraes também passou por cima da Procuradoria para investigar membros do governo, o que em tese deveria ser iniciativa do órgão, como ocorreu em relação ao ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Já a ministra Rosa Weber, uma das mais discretas do tribunal, já afirmou que Aras não pode ser um “espectador das ações dos Poderes da República” ao rejeitar pedido para que irregularidades surgidas na CPI só fossem analisadas pela PGR ao final da comissão.

A ministra Cármen Lúcia, por sua vez, iniciou uma ofensiva contra a estratégia do procurador-geral de abrir apurações preliminares contra integrantes do Executivo que são pouco transparentes, não contam com a participação do Supremo e costumam ter poucos avanços significativos.

Em outubro do ano passado, ela afirmou que a PGR não está “fora de supervisão” e mandou detalhar as medidas que adotaria em relação a um pedido para Bolsonaro ser investigado por falas golpistas em manifestações ocorridas no feriado de 7 de setembro do ano passado.

Enquanto o Supremo aperta o cerco e Aras não dá respostas consideradas convincentes pelos ministros sobre as ofensivas de Bolsonaro às instituições e sobre suspeitas irregularidades do governo, a PGR atua de maneira dura contra casos de racismo e homofobia.

Na denúncia contra o ministro da Educação, Medeiros faz duras críticas a Ribeiro. A ação da Procuradoria pegou o governo de surpresa, mas o presidente evitou reclamar publicamente.

O pedido de investigação foi motivado por uma entrevista de Ribeiro concedida ao jornal O Estado de S. Paulo em setembro de 2020. Mais de 16 meses depois, a PGR decidiu pedir a abertura de inquérito.

Ao jornal, o ministro disse que a homossexualidade não seria normal e atribuiu sua ocorrência a “famílias desajustadas”.

Na peça assinada por Medeiros, a Procuradoria destaca de maneira crítica os termos usados pelo chefe da pasta da Educação do governo federal. Cabe ao Supremo decidir agora se abre ou não uma ação penal.

Ao STF, o braço direito de Aras na PGR disse que o ministro “avilta integrantes desse grupo e seus familiares” e diz que ele desqualificou um grupo humano, “depreciando-o com relação a outros grupos em razão de orientação sexual”.

Em 2020, a PGR denunciou o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, por suposto crime de racismo contra chineses. Um dos mais radicais integrantes da Esplanada à época, Weintraub liderava um movimento contra o país asiático no início da pandemia da Covid-19.

Neste caso, porém, a PGR agiu de maneira mais ágil e não levou mais de ano para apresentar denúncia ao Supremo. Na ocasião, Weintraub havia insinuado em uma rede social que a China poderia se beneficiar da crise desencadeada pelo coronavírus.

Ele usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que troca a letra “r” pela “l”, para fazer referência ao sotaque chinês e dar a entender que a doença que havia surgido recentemente atenderia a interesses do país que teve o primeiro foco da pandemia

Na época, a China reagiu por meio do embaixador no Brasil, Yang Wanming, que chamou o ministro de racista e, depois disso, Weintraub apagou a postagem de seu perfil no Twitter.

O ministro Celso de Mello chegou a determinar a instauração do inquérito. No entanto, como ele deixou a pasta e, consequentemente perdeu o foro especial perante a corte, o inquérito foi remetido à primeira instância.

Já a investigação contra Bia Kicis ainda está aberta. Ela é uma das deputadas mais próximas de Bolsonaro e tornou-se alvo de inquérito por causa de uma postagem em que os ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta foram retratados com “blackface”, prática considerada racista.

Na publicação, a parlamentar contestava o anúncio feito pelo Magazine Luiza de um trainee destinado exclusivamente a pessoas negras.

“Desempregado, blogueiro Sergio Moro faz mudança no visual para tentar emprego no Magazine Luiza”, dizia a publicação. “Sem emprego e cansado de errar o pico, Mandetta mudou de cor e manda currículo para Magazine Luiza”, afirmava ainda.

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Militares se afastam de Bolsonaro, observam Moro e mantêm resistência a Lula, mas o respeitam

Na busca pela reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) procura manter o apoio de uma parcela específica do eleitorado: a ala militar. As Forças Armadas, no entanto, já não se mostram mais tão adesistas ao capitão reformado. As instituições castristas evitam transparecer vínculos políticos e deixam claro que serão fieis ao chefe do Palácio do Planalto, não importa quem seja.

Na semana passada, em entrevista à Folha de S. Paulo, o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Junior, assegurou que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas de intenção de voto, saia vitorioso das eleições, receberá continência como comandante supremo das Forças Armadas. No Planalto, a declaração foi vista como “infeliz” por Bolsonaro, por ser lida como uma sinalização à oposição, apesar de não ter sido essa a intenção de Baptista Júnior.

A decepção dos militares com Bolsonaro é evidente, mas é fato também que Lula segue sendo malvisto na caserna, em razão da imagem de corrupção deixada pelos tempos da Lava-Jato. Mais do que a preferência pelo candidatos, no entanto, prevalece o respeito à ordem constitucional. É o que defende o general Paulo Chagas, militar reformado. “O atual comandante da Aeronáutica soube, com precisão, deixar claro que as instituições são órgãos de Estado, e não de governo, o que significa dizer que, seja quem for o presidente eleito, terá a lealdade constitucional das Forças. Os militares como cidadãos, em sua maioria, votaram em Bolsonaro em 2018, mas nunca estiveram ‘fechados’ com ele, como não estiveram ‘fechados’ com nenhum outro presidente”, destaca.

Chagas relata um “número significativo” de militares decepcionados com Bolsonaro. Afirma que eles não confiarão o voto ao presidente no primeiro turno e devem optar pela candidatura de Sergio Moro (Podemos). Porém reconhece que, caso a disputa do segundo turno fique entre o atual presidente e Lula, não há chances de escolherem o petista. “Essa atitude é de foro íntimo de cada um e não pode ser interpretada como coletiva. Hoje, baseado na minha percepção pessoal e na de outros militares com quem mantenho contato, vejo que há um número significativo de militares que não votará mais em Bolsonaro no 1º turno. Mas, ao mesmo tempo, desconheço quem pense em votar em Lula da Silva tanto no 1º como no 2º turno”, complementa.

O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) está confiante. Diz que, no primeiro turno, Bolsonaro pode até perder alguns votos da ala militar. Mas, na segunda votação, se o oponente for Lula, não há a menor possibilidade de isso ocorrer. “O PT sempre foi inimigo das polícias. Não há a menor possibilidade de votarem no Lula. Vão estar 100% com Bolsonaro”, afirma.

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos), ex-ministro da Secretaria-Geral do governo, também faz ressalvas ao alinhamento automático com Bolsonaro. “As instituições que compõem as Forças Armadas têm a cultura de cumprir a Constituição, e não existe possibilidade de preferência institucional por qualquer candidato. Individualmente, cada um vota em quem quiser. Não existe essa “continuação” com Bolsonaro nem aproximação com o outro candidato, o ex-presidente Lula. Isso é exclusivamente individual”, ressalta Santos Cruz.

O distanciamento da caserna com o Palácio do Planalto pode ser observado em três movimentos, segundo a analista de risco político da Dharma Politics, Raquel Borsoi. Ela lembra que, em janeiro, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, endossou as diretrizes de combate à covid-19 na Força, considerando vacinação, distanciamento, uso de máscaras e a proibição de espalhar fake news sobre a pandemia. Houve, ainda, o atrito entre Bolsonaro e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres — que é almirante da Marinha — a respeito da vacinação contra a covid. Por último, a sinalização do comandante da Força Aérea, de prestar continências a quem quer que ocupe o Poder.

“Esses três movimentos são um sinal de que, para alguns — não podemos generalizar —, o “pedágio” de seguir alinhado ao presidente tem se tornado caro. Não entendo que o cálculo seja feito devido à situação social, nem que as Forças irão se alinhar a Lula por acreditarem ser o candidato a solucionar os problemas do país. As Forças Armadas têm conversado com todos os candidatos. O elemento-chave da questão é que, independentemente do resultado eleitoral, as Forças Armadas são um ator importante no debate e na dinâmica política atual e não poderão ser ignoradas por quem ascender ao Planalto”, analisa

Alcides Costa Vaz, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), aponta que a resistência a Lula no meio militar responde ao aspecto ideológico. “Bolsonaro ainda tem um grande apoio entre integrantes da corporação. No segundo turno, o que vai determinar é a forma que cada militar avalia a expectativa em Bolsonaro e uma eventual mudança de governo. O fator ideológico dentro das Forças tem peso significativo, o que favorece mais a candidatura de Bolsonaro do que Lula”, conclui.

*Com informações do Correio Braziliense

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Cega, surda e muda: assim é a justiça com Bolsonaro, assim é a mídia com Moro

Quando se para e pensa como anda a disputa eleitoral, observa-se que há um jogo casado entre Bolsonaro e Moro para não dar dor de cabeça um para o outro. Ou seja, se um passa mal, o outro adoece.

Essa relação por osmose tem muitos mistérios e, provavelmente, os dois têm muita munição na agulha para que optem por costurar um pacto tácito que estabeleça limites bem claros e estreitos em ataques que um possa fazer ao outro.

É uma espécie de deixa que eu deixo, comum em briga de bêbados.

Isso está explícito para a sociedade, como também está explícito o “não vai dar em nada” quando não se escuta por todo o canto que, mais uma vez, a justiça salvou Bolsonaro.

Essa frase vale para Moro no que diz respeito à mídia. O rapaz não pode ser tocado com um dedo na gola de sua camisa, a ordem é refrescar tudo o que sai de assunto prejudicial à imagem de Moro, como? Ignorando solenemente.

Moro é uma espécie de comadre Candoca dos Marinho no sentido amplo da palavra mídia. A mesma Globo, por exemplo, que parou sua programação para dar um furo a partir de um grampo criminoso de um vazamento ainda mais criminoso contra a presidência da República ocupada por Dilma, é a mesma que fez discurso contra o site Intercept por ter vazado um balaio de conversas criminosas entre os procuradores e o dono da Lava Jato, como o próprio ex-juiz Moro se classifica, como vimos dias atrás em seu café com frango, na entrevista com Monark sobre o TCU e sua sonegação e o caso escabroso da consultoria americana Alvarez & Marsal, nem uma linha, nem uma fala nos telejornais.

Blindagem é blindagem, este é o trato.

Vez por outra, Moro até toma um pito cercado de limitações prévias de um programa de entrevistas, mas nada do que Moro fala na mídia deixa de passar pela peneira de uma edição. Tudo é filtrado.

Bolsonaro é aquilo que todos perguntam, qual a instituição de controle ele não controla? E lógico, ele escancara a fragilidade institucional desse pais e já tinha deixado claro que as instituições sempre estiveram e sempre estarão contra o povo, que é quem paga a conta, em defesa dos interesses de uma oligarquia perpetrada no Brasil desde a escravidão colonial.

Bolsonaro pode não entender nada de economia, que pode ser considerada até um grande palavrão no meio do dinheiro grosso, mas Bolsonaro entende a língua dos ricaços e como fazê-los dormir o sono dos justos com a política nefasta de Paulo Guedes que detona a renda dos trabalhadores e o desenvolvimento do próprio país e fermenta o bolo dos abutres que comandam as entranhas do Estado brasileiro.

Assim, Bolsonaro, essa espécie de FHC sem modos, pode não servir para o salão do mundo dos endinheirados, mas serve, e muito, à mão invisível do mercado que é gerida pelos mesmos especuladores milionaríssimos.

Isso revela a urgência do país trabalhar por um mínimo de democracia, porque, na verdade, a escória do dinheiro grosso comanda tanto as instituições do Estado quanto a grande mídia, fazendo da nação brasileira um mero distrito comandado pelo grande capital, nacional e internacional.

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“Não nos preocupamos em agradar a Faria Lima”, diz economista de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não apontou um nome que dará o tom da política econômica a ser desenvolvida em um eventual governo. O petista, no entanto, já tem um grupo com cerca de 90 pessoas para auxiliar no desenho de uma proposta que ainda deve passar por negociações com partidos da aliança em torno da candidatura do ex-presidente ao Planalto, informa o Metrópoles.

Sob a coordenação de Guilherme Mello, que já comandou a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad à Presidência da República, em 2018, o grupo conta com a participação de ex-ministros, tanto de Lula como da ex-presidente Dilma Rousseff.

Mello ressaltou o quanto a ideia do teto de gastos é ultrapassada, em sua visão, no sentido de garantir um equilíbrio fiscal e desenvolvimento econômico e social para o país.

Nesse contexto, dificilmente Lula repetirá o movimento de “acalmar o marcado” com uma reedição da Carta ao Povo Brasileiro, editada em 2002, em plena campanha, que o levou ao poder, com apoio da elite financeira do país.

“A nossa preocupação não é agradar ou desagradar o mercado financeiro. Não falo pelo Lula, mas estou pensando no debate dos economistas do partido e ligados à Fundação Perseu Abramo“, disse Mello, referindo-se ao espaço de formulação do PT, que abriga o núcleo.

“Nossa preocupação é construir propostas alternativas que possam ser úteis e importantes para um novo modelo de desenvolvimento e que dialogue com o que há de melhor e mais atual sendo discutido no mundo, que dialoguem com as necessidades do Brasil, com a realidade do país, onde o povo está passando fome. A gente não está preocupado com uma proposta que agrade ou desagrade a Faria Lima”, destacou, com a denominação usualmente destinada às grandes instituições financeiras.

Teto inadequado

Em vigor desde 2017, o teto de gastos foi proposto em 2016 pelo então presidente Michel Temer, quando a área econômica era chefiada por Henrique Meirelles. A mudança na Constituição foi aprovada pelo Congresso e estabelece um limite para gastos públicos com base na inflação.

Segundo Mello, entre os economistas ligados ao PT, já existe um consenso de que o atual arcabouço fiscal brasileiro é inadequado para as necessidades do país.

“A realidade mostra que reduzir o investimento se tornou inadequado, na verdade, você tem que recuperar a capacidade de o país crescer, gerar emprego formalizado para seus trabalhadores, gerar receitas. Aí você consegue, a partir desse movimento, encontrar formas, com investimentos corretos e de boa qualidade, com alto impacto na geração de emprego e renda com efeito multiplicado”, observou.

“Desta forma é que se conseguirá encontrar um equilíbrio fiscal mais adequado que combine estabilização da dívida pública e, até mesmo, redução de dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), com crescimento econômico, geração de emprego, distribuição de renda. Foi o que aconteceu no período do Lula. Agora, para isso, tem que ativar o circuito de investimento público”, recomendou Mello.

Fazem parte do núcleo de discussão nomes como Aloísio Mercadante, atual presidente da Fundação Perseu Abramo, a dupla que conduziu a política econômica petista nos governos passados, Guido Mantega e Nelson Barbosa, além de Luiz Gonzaga Belluzzo e Marcio Pochmann, que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) no governo petista.

“Obviamente, quem poderia responder o que esperar de um futuro governo do Lula é o próprio Lula. Até porque é ele que vai ser o novo presidente e vai comandar um movimento político, uma coalisão política ampla para que tenha sustentação. Agora, o que eu posso dizer é que há também um consenso, um acordo generalizado sobre a necessidade de recuperação do investimento público e do papel do Estado como indutor do crescimento”, apostou.

“Se o mercado financeiro tiver um pouco de memória, vai lembrar o quanto ganhou no governo de Lula”, enfatizou.

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