Nas últimas semanas, o clima entre integrantes da campanha de Bolsonaro mudou. Se no início de maio os coordenadores falavam abertamente a empresários que o presidente levaria as eleições já no primeiro turno, agora o discurso mudou, segundo Bela Megale de O Globo.
A avaliação que passou a ser feita a executivos com trânsito no Palácio do Planalto e na campanha é que Bolsonaro segue com chances de vencer, mas precisa “moderar o tom” de suas falas e apresentar soluções mais efetivas para baixar os preços dos combustíveis. Caso isso não aconteça, parte dos membros da campanha diz que o presidente poderia até ser derrotado no primeiro turno.
Como informou a coluna, os aliados de Bolsonaro têm feito apelos para que ele pare com o “discurso de ódio” relacionado às urnas e ao Judiciário. Pesquisas internas mostram que o presidente perde votos com a postura de confronto. Até agora, porém, Bolsonaro não ouviu esses conselhos e segue mirando o Judiciário.
Membros da campanha do presidente também não creem que a proposta do governo federal para compensar Estados para reduzir ICMS, na tentativa de conter a alta dos combustíveis, terá reflexo significativo para o consumidor. A cúpula da campanha segue colocando na conta de Paulo Guedes a crise na economia e tem dito, nos bastidores, que Bolsonaro errou ao não ter enfrentado o ministro no ano passado sobre o valor do Auxílio Brasil. Aliados do presidente defendiam que o benefício subisse para R$ 800, pois não seria consumido pela inflação, como acontece hoje. O valor médio do programa é de R$ 400.
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