Fala de Lula após os atos insanos de 7 de setembro, coloca Bolsonaro nas cordas

Bolsonaro, neste 7 de setembro, falou para o seu pasto. Pra variar, suas primeiras vítimas são sempre os cavalos.

Por isso, Bolsonaro fez questão de vestir a carapuça como representante máximo do machismo brasileiro, pilhando seu pastio com os três gritinhos, imbrochável, imbrochável, imbrochável, mostrando o que é a tal tradicional família brasileira para aquela legião de diabos que, inutilmente, foi, de maneira desesperada, tentar rebocar uma candidatura que revela um esgarçamento pesado e que, não é segredo para ninguém, anda mais trôpega do que nunca.

Depois do seu grande espetáculo de baixarias, comum às origens das trevas, Bolsonaro afundou em seu inferno, o bolsonarismo foi para sua toca e a mídia se encheu de críticas das mais variadas ao 7 de setembro particular de Bolsonaro, transformando o Brasil num estadinho sem a menor importância no planeta.

Lula, que até então, havia escrito poucas linhas no twitter, enquanto outros candidatos haviam gravado falas contra as atitudes de Bolsonaro, grava um vídeo que abriu uma verdadeira avenida na defesa de Bolsonaro e enfiou uma bola atrás da outra, num rodopio político que beira o genial.

Não só isso, a fala de Lula foi muito bem pensada, foi profissional, criando primeiro, uma linha de impedimento quando o ex-presidente deu um passo à frente e esvaziou totalmente o discurso de Bolsonaro, iniciando a partir de então, um contra-ataque fulminante que o levará às cordas até o dia 2 de outubro.

E por que podemos afirmar isso? Porque Lula conseguiu transmitir um conjunto de questões que Bolsonaro tem verdadeiro horror.

A fala de Lula não deixou espaço para Bolsonaro buscar uma saída. Foi literalmente um tratamento de choque a partir de uma ciência política muito bem manejada para, não só responder à emporcalhada fala de Bolsonaro em seu palanque, mas um contra-ataque que desaguou numa verdadeira armadura de gesso para Bolsonaro, pior, num novelo que amarrou os pés, as mãos e a boca do genocida que deve desaparecer da mídia por vários dias no momento em que mais precisará dela.

O melhor da excelente fala de Lula em que aparece sóbrio, elegante, seguro, muitíssimo bem articulado, foi desafiar o então presidente a parar de comparar o Brasil à Venezuela ou à Nicarágua, num desafio mortal de comparar o seu governo ao de Lula, coisa que sabemos, é tudo o que Bolsonaro não quer, porque o placar já vem pronto.

E se ainda existia alguma esperança de Bolsonaro tentar cinicamente utilizar o tema corrupção contra Lula, e Lula mostrou os dentes, expondo claramente a ele um arsenal inconteste de práticas de grossa corrupção e banditismo que foi reservado contra todo o clã, quando cita Queiroz e, por tabela, a própria Michelle, além os 107 imóveis, sendo que Lula carregou na ênfase dos 51 comprados com dinheiro vivo, dinheiro que Bolsonaro não tem como explicar a origem, coisa comum nos contraventores que praticam esse mesmo tipo de crime para lavar dinheiro.

Podem apostar, isso bateu como um tijolo na testa de Bolsonaro, empurrou-lhe para as cordas e dali não sai mais.

A conferir.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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