De olho na expressiva votação de Romeu Zema, Jair Bolsonaro deixou para trás a mágoa pelo fato de o governador de Minas Gerais não ter feito campanha aberta para o presidente no primeiro turno e depositou seu futuro nas mãos do mineiro nesse segundo turno. O estado é uma das apostas na corrida presidencial, segundo coluna de Lauro Jardim.
Porém, na primeira missão dada a Zema – a de reunir um número expressivo de prefeitos do norte de Minas para um encontro com Bolsonaro, em Montes Claros, o governador falhou.
O norte de Minas historicamente reúne a maior concentração de eleitores de Lula no estado. Derrotado na região ao final da apuração do primeiro turno, Bolsonaro encomendou a Zema um grande evento na região. E impôs uma condição: antes de subir no palanque para o comício, gostaria de se reunir, a portas fechadas, com o maior número de prefeitos possível para reforçar a necessidade empenho.
Zema então iniciou uma série telefonemas e chegou a gravar um vídeo convocando os prefeitos para o encontro. O esforço foi em vão. Pelo telefone, prefeitos relataram que não teriam como atender o governador sob o risco de comprometerem sua reeleição daqui a dois anos, uma vez que Lula mantém forte influência nos seus municípios.
Ao se deparar com um auditório esvaziado, Bolsonaro não escondeu a irritação e deixou o encontro no norte de Minas sem cumprir a previsão de falar com a imprensa.
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