Mês: outubro 2022

Bolsonaro dá chilique após perder debate para Lula e foge da entrevista coletiva

Ele não gostou de ser confrontado com suas mentiras e de ter sido chamado de candidato.

“Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui”, disse Bolsonaro após ser questionado sobre uma declaração sua — classificada pelo repórter como “mentira” — quanto à visita de Lula ao Complexo do Alemão.
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) interrompeu bruscamente sua entrevista coletiva após uma pergunta de um repórter do jornal Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (28), ao final do último debate presidencial do segundo turno, na TV Globo, no Rio de Janeiro.

O jornalista questionava o presidente sobre uma declaração sua quanto à visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, durante a campanha.

Ao indagar por que Bolsonaro “insiste na mentira” de que Lula teria ido à comunidade a convite de traficantes, o presidente bateu na mesa e rebateu: “Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui”.

O repórter afirmou que podia garantir que esta era uma “mentira”, e Bolsonaro se despediu e deixou a sala de imprensa, onde concedia entrevista.
Durante a coletiva, o presidente esteve acompanhado do seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que voltou a se aliar a Bolsonaro nestas eleições, após deixar o governo em abril de 2020.

Lula optou por não conceder entrevista coletiva após o debate. O ex-presidente informou que falaria com a imprensa neste sábado (29).

*Sputnik

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De “aliado” a “bandido”

A fuzilaria de Roberto Jefferson desorientou a base bolsonarista, mas ninguém deu guinada mais eloquente que a Jovem Pan.

Piauí – Os ataques de fuzil e granadas contra policiais federais, praticados pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), no domingo, desorientaram toda a base bolsonarista. Mas nenhum dos grupos apoiadores do presidente ficou tão desnorteado quanto os comentaristas do programa Os Pingos Nos Is, da emissora Jovem Pan, que funciona como câmara de eco dos discursos do presidente Jair Bolsonaro.

Quando as primeiras notícias de que Jefferson atirara três granadas e disparara 50 tiros de fuzil numa viatura da Polícia Federal que se dirigira à sua residência, em Comendador Levy Gasparian, no interior fluminense, o ímpeto inicial do bolsonarismo foi defender o ex-deputado. “O presidente já tomou a decisão de chamar as Forças Armadas para proteger o nosso Roberto Jefferson”, escreveu o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), em sua conta numa rede social.

O deputado eleito por Minas Gerais Nikolas Ferreira (PL) insurgiu-se contra a visita da PF a Jefferson, e não contra a tentativa de assassinato. “Ele xingou a ministra e pediram a prisão dele? Foi isso mesmo? Eu juro que é só uma pergunta”, disse Ferreira, referindo-se às agressões verbais feitas por Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do STF, no dia anterior, chamando-a de “prostituta arrombada”, entre outros xingamentos chulos e insultuosos. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) seguiu o mesmo caminho: primeiro, criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Depois, recalibrou e afirmou que “não se atira em polícia”.

Conforme os estragos das ações de Jefferson ganhavam tração na opinião pública, o presidente decidiu ir às suas redes sociais para dizer que “o tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido”. E, numa live gravada no domingo à noite, afirmou que não havia nenhuma foto sua com Jefferson, numa tentativa de desvencilhar-se da imagem do aliado. Logo aparecerem diversas fotos.

Depois da senha presidencial de que a ordem não era mais defender Jefferson, a guinada de opinião mais eloquente sobre o ex-deputado não foi dada pela base bolsonarista, mas por quatro dos comentaristas de Os Pingos Nos Is, programa de maior audiência da Jovem Pan. Antes da fuzilaria de Jefferson contra agentes da Polícia Federal, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, José Maria Trindade e Guilherme Fiuza se referiam a Jefferson como “um grande tribuno”, “um candidato fortíssimo” e “um aliado do presidente Bolsonaro”, um homem inofensivo, um “preso político”. Na edição da última segunda-feira, um dia depois dos ataques, o tom mudou. Jefferson passou a ser apontada como “bandido”, “homem-bomba” e “amigo de Lula”.

O comentarista Diogo Schelp também fez críticas a Jefferson, mas, no seu caso, não se pode dizer se houve ou não mudança de discurso porque o jornalista passou a integrar a bancada do programa apenas em agosto, depois que a piauí fez uma extensa reportagem sobre a bolsonarização da emissora. Antes da entrada de Schelp, que é crítico ao governo, o programa era um coro de elogios ao presidente e ataques a Lula e a todos os órgãos do Judiciário.

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Ministro Fabio Faria se diz “profundamente arrependido” por denúncias sobre inserções

Fábio Faria diz que tentou conciliação com TSE e se ‘arrepende profundamente’ de entrevista das rádios.

Ele afirma que protestou imediatamente quando bolsonaristas passaram a defender o adiamento das eleições.

Segundo Mônica Bergamo/Folha, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirma que sua intenção ao convocar uma entrevista coletiva para denunciar que rádios estavam supostamente prejudicando Jair Bolsonaro ao não veicular a propaganda eleitoral do PL era fazer um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o problema fosse sanado.

Na segunda (24), ele e Fabio Wajngarten, que integra a campanha de Bolsonaro, reuniram jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, para falar que auditorias tinham constatado o problema.

A ideia, segundo ele, era que o TSE concedesse à campanha de Bolsonaro o mesmo número de inserções, na reta final das eleições, que supostamente não haviam sido divulgadas nas rádios.

“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto”, diz ele.

A iniciativa desandou, diz ele, quando bolsonaristas passaram a usar o fato para pedir o adiamento das eleições, que acusavam de “fraude”.

“Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar”, diz. “Isso prejudicaria o presidente Bolsonaro, que nunca defendeu o adiamento das eleições. Ele nunca quis isso”, segue. “Acreditamos que ele vai ganhar a eleição e isso nunca foi um tema da campanha”, afirma ainda.

Faria afirma ainda que, quando a situação “escalou”, protestou internamente e decidiu “sair de cena”.

E mais que isso: “Me arrependi profundamente de ter participado daquela entrevista coletiva. Se eu soubesse que [a crise] iria escalar, eu não teria entrado no assunto”.

O ministro afirma que, por manter um bom diálogo com magistrados de tribunais superiores, sempre fez a mediação entre a campanha de Bolsonaro e o TSE, “desde o primeiro turno”.

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Jornalista da CNN é espancada por usar adesivo de Lula em Curitiba

A jornalista da CNN Magalea Mazziotti foi espancada na noite de quinta-feira (27/10), nas vésperas das eleições, em Curitiba, por usar adesivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela registrou Boletim de Ocorrência (BO) no 1º Distrito Policial da capital paranaense.

Magalea é produtora de conteúdos na CNN. Ela é especializada em economia, negócios e mercado financeiro.

A jornalista contou ao Blog do Esmael que foi espancada na tradicional Rua XV de Novembro, entre 22h e 23h, e, ato contínuo, atendida no Hospital Cruz Vermelha. A profissional de imprensa levou quatro pontos no rosto.

“Tomei porrada na cabeça e quatro pontos na cara. Não levaram nada. Tudo leva a crer que o que provocou a fúria foram os adesivos do Lula“, disse, apresentado um corte na face esquerda – levantando hipótese de mais um caso de violência política no Paraná.

A Polícia Civil do Paraná, encarregada de investigar o caso, deve requisitar as imagens das câmeras da Rua XV de Novembro, que leva à Boca Maldita, ponto de encontro das manifestações e comícios nas eleições 2022.

O Paraná tem se destacado no quesito violência política no período eleitoral com assassinato, assédio eleitoral, espancamentos e tiros – a exemplo daquele que atingiu a janela de um apartamento, no bairro Ahú, que exibia uma bandeira do MST.

Boletim de Ocorrência: Magalea usava adesivos de Lula e do PT

Veja quem é Magalea Mazziotti, por ela mesmo no perfil LinkeDIn

*Blog do Esmael

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Eduardo Bolsonaro quer derrubar eleições neste domingo

Eduardo Bolsonaro estimula a ala mais radical do bolsonarismo, quer a prorrogação das eleições e faz ato hoje.

Eduardo Bolsonaro estimula a ala mais radical do bolsonarismo a derrubar as eleições neste domingo (30), defendendo a prorrogação do pleito e convocou os apoiadores a se reunirem em ato nesta sexta (28), quando os comícios já estão proibidos.

“Se a eleição for no domingo já temos uma certeza: Jair Bolsonaro foi prejudicado e não teve direito a reparação”, disse o filho do mandatário e deputado pelo PL, em aceno golpista.

A fala foi feita nos últimos dois dias, quarta e quinta-feira. Ontem disse em duas entrevistas que “será necessário adiar as eleições desse ano”.

A tentativa de adiar as eleições pelo filho e um dos mediadores da campanha de Bolsonaro é o último dos passos da estratégia da equipe de campanha de contestar o sufrágio, que pelas pesquisas dará vitória a Lula.

O primeiro foi a denúncia protocolada pelo PL nesta segunda de que Lula foi privilegiado em propagandas em rádios do Norte e Nordeste. O caso é investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com as próprias emissoras negando as acusações e podendo configurar uma manobra do governo para prejudicar o processo eleitoral.

No dia seguinte, o álibi: um funcionário demitido do TSE vai à Polícia Federal (PF) e sustenta a denúncia da campanha de Bolsonaro. No terceiro dia da semana, Eduardo Bolsonaro aparece sustentando a tese de adiar as eleições para cumprir a suposta irregularidade nas transmissões de rádio.

“Tem um candidato que está sendo depreciado e um que está sendo favorecido. Isso está ferindo a democracia. Se fosse dado todo o direito de resposta a Jair Bolsonaro é tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição”, afirmou, em entrevista à BNews, da Bahia.

Assim como outras estratégias do atual presidente, oficialmente, a própria campanha do PL não pediu o adiamento das eleições, na denúncia protocolada nesta semana ao TSE. O pedido é, antes, testado em falas de Eduardo Bolsonaro, nas redes. Após a propagação e dependendo do endosso de apoiadores, o partido assumiria a postura oficialmente.

Ao mesmo tempo, Eduardo também convocou os aliados e bolsonaristas para um ato na Praça dos Três Poderes, em Brasília, hoje. Pela legislação eleitoral, atos como este, configurando comícios, já estão proibidos. O evento é realizado com pastores pró-Bolsonaro.

*Com GGN

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De “herói do combate à corrupção” fabricado pela mídia, Moro vira coach do clã mais corrupto da história

Numa só imagem pode-se contar a história do Brasil da última década.

Quem não sabe, consegue aprender rapidamente o que se passou nesse país para se transformar numa civilização da barbárie.

Exaltado como herói nacional pelos endinheirados que mais sonegam no Brasil, o príncipe regente da Lava Jato, Sergio Moro, como se sabia, era um herói datado, só que apodreceu antes mesmo da data de validade vencer, sobretudo com a leitura que os brasileiros fizeram de uma série de reportagens do Intercept, Vaza Jato, onde ficou claro que Moro nunca separou a condição de juiz da de promotor, procurador, polícia e chefe de departamento de marketing da Lava Jato.

Ou seja, o fardamento do indivíduo, apresentado nas festas de gala, era uma verdadeira árvore de natal cheia de penduricalhos.

Pois bem, este mesmo juiz, que teve a pachorra de, no dia da audiência com Lula, apresentar um documento apócrifo nascido nos próprios porões da Lava Jato, para tentar produzir alguma coisa que se parecesse com provas de crime de Lula, certamente tendo como autores Dallagnol e o próprio Moro, depois de se transformar na expressão nacional do mau-caratismo, por conta do seu banditismo judicial, agora forma um núcleo de apoio de Bolsonaro nos debates com Lula.

Essa imagem, por si só, mostra quem são os dois maiores corruptos da história desse país que, em conluio, difundiram a ideia de que Lula é corrupto.

A verdade é que, se não existe qualquer prova ou até algo improvisado por Moro que servisse de prova contra Lula, por outro lado, a própria conduta corrupta do juiz e o que se já levantou, com fartura de provas da corrupção do clã Bolsonaro, pode-se dizer, sem medo de errar, que essa dupla que aparece junto para tentar criar um colorido na opaca Lava Jato diante dos olhos dos telespectadores para requentar a solada operação, não faz outra coisa senão uma correção na história, mostrando quem de fato foram os bandidos que participaram do conluio que golpeou Dilma, condenou e prendeu Lula sem provas, elegeu Bolsonaro e, agora, quer levar o genocida a um segundo mandato.

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Acuado, esta noite Bolsonaro irá para o tudo ou nada contra Lula

Pedido de recontagem de votos será feito em caso de derrota.

Lula não precisa vencer o último debate do segundo turno com Bolsonaro a ser travado logo mais à noite na Rede Globo de Televisão. Se empatar, sairá no lucro. Se perder de pouco, também.

Salvo um desastre de grandes proporções que cometa algum deles, um debate a 48 horas das eleições não costuma impactar no resultado final. Para o eleitor, seu candidato sempre vence.

Tanto mais no caso de uma eleição com o país rachado ao meio, onde 92% dos eleitores dizem que já sabem em quem votar e que não mudam. Os indecisos são poucos, como os nulos e em branco.

Dê-se como provável que os que responderam que votarão em branco ou que irão anular o voto confirmem seu desejo nas urnas. Seria razoável, afinal eles rejeitam os dois candidatos.

Restarão os indecisos, que ora se inclinam para um lado, ora para o outro. Esses, costumam na hora última hora se dividir entre os dois candidatos mais ou menos proporcionalmente.

A vantagem de Lula é continuar à frente nas pesquisas de intenção de voto, por uma diferença de cinco a seis pontos, em média. A mais recente lhe trouxe boas notícias.

O Datafolha mostrou que Lula ampliou sua vantagem sobre o Bolsonaro entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos. Era de 20 pontos na semana passada, passou para 28.

Entre os eleitores evangélicos, a dianteira de Bolsonaro sobre Lula caiu. Era de 38%, agora é de 30%. O caso Roberto Jefferson, que recebeu à bala agentes federais, não prejudicou Bolsonaro.

É sensato supor que um pontinho que ele perdeu no Datafolha e nas pesquisas Quaest e Poder Data tenha se devido à revelação de que, se reeleito, fará um duro ajuste na economia.

Está no plano do ministro Paulo Guedes, da Economia, desindexar o salário mínimo, permitindo assim reajustes abaixo da inflação. Os aposentados pagarão também parte da conta.

Bolsonaro sempre disse que Guedes entende de economia, mas de política não, é ele que entende. E Bolsonaro tem razão, como se tem visto ultimamente desde que Guedes voltou a falar demais.

“Eu, se fosse o Bolsonaro, diria ‘tudo que o Lula fizer, eu faço mais, porque nós roubamos menos”, disse Guedes ontem, e ao perceber o ato falho, logo corrigiu-se: “Nós não roubamos”. Era tarde.

Lula tentará fazer do debate uma discussão sobre a economia; Bolsonaro, tentará deixar de lado a economia e enveredar pelo caminho da corrupção. Sergio Moro estará com ele.

Moro não tem graça. Haveria mais graça se comparecesse como assessor de Bolsonaro o padre de festa junina de nome Kelmon, ex-candidato pelo PTB de Jefferson a presidente da República.

Na campanha de Lula, o ambiente é de trabalho e de otimismo. Na de Bolsonaro, de pessimismo e desavença. Os radicais que cercam Bolsonaro, e ele mesmo, já trabalham com o Plano B.

Em caso de derrota, baterão às portas da justiça com um pedido de recontagem de votos como fez Aécio Neves (PSDB)em 2014, depois de derrotado por Dilma Rousseff que se reelegeu.

Dará em nada. É só para tumultuar, servir de desculpa para o fracasso e manter unida a tropa de olho nas eleições de 2026.

*Noblat/Metrópoles

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Imprensa internacional destaca orçamento secreto, ataque às urnas e fake news bolsonaristas na reta final da eleição

As práticas bolsonaristas na campanha ganharam espaço em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e França.

Nesta reta final de segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a imprensa internacional tem destacado temas já amplamente debatidos internamente, como o orçamento secreto, os ataques às urnas eletrônicas e as fake news bolsonaristas.

A maioria das manchetes estrangeiras abordam as ameaças de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. O ex-presidente Lula (PT) é o favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas eleitorais.

“The Guardian”, Reino Unido

O periódico britânico afirmou que o orçamento secreto de Jair Bolsonaro (PL) para cooptar apoio no Congresso Nacional pode favorecê-lo no domingo (30), data em que os brasileiros comparecerão às urnas para votar no segundo turno.

O jornal afirma que Bolsonaro ainda é competitivo por causa da verba que utiliza para ‘comprar pessoas’. “Quando os historiadores escreverem livros a respeito de por que tantos brasileiros votaram para a extrema direita, eles vão, justificadamente, focar em temas ideológicos, políticos e sociais. Mas há outra razão importante pela qual o presidente Jair Bolsonaro ainda é competitivo à medida que o segundo turno se aproxima: ele está distribuindo bilhões de um fundo para ‘comprar’ pessoas. O fundo é conhecido como ‘orçamento secreto’ porque não há supervisão da aplicação do dinheiro depois que é entregue aos legisladores”.

“The New York Times”, EUA

O jornal estadunidense focou nos ataques que Bolsonaro – sem provas – tem feito ao sistema eleitoral brasileiro desde antes do início da campanha eleitoral.

A reportagem lista acusações de Bolsonaro em seguida esclarece: “essas alegações são falsas, de acordo com autoridades eleitorais do Brasil, agências de verificação de fatos e especialistas independentes em segurança eleitoral que estudaram o sistema de votação eletrônica do país”.

Segundo o NYT, a campanha de Bolsonaro contra as urnas “torpedeou a fé de milhões de brasileiros nas eleições que sustentam uma das maiores democracias do mundo”.

“El País”, Espanha

O jornal espanhol publicou reportagem também falando sobre os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e destacando o crescimento de denúncias de assédio eleitoral, inclusive por parte de empregadores. “As denúncias registradas, 1.633 até agora na campanha, cresceram 670% em relação às eleições de 2018, segundo dados do Ministério Público até o meio-dia desta quarta-feira. O número de empresas processadas também é doze vezes maior do que há quatro anos”.

“Libération”, França

O periódico francês foi mais um a tratar das acusações de Bolsonaro contra a Justiça Eleitoral, pontuando o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater as fake news espalhadas nas redes. “Antes do segundo turno, em 30 de outubro, o tribunal eleitoral busca limitar a disseminação de notícias falsas e difamação nas redes sociais. Um exercício praticado mais por apoiadores de Bolsonaro do que por apoiadores de Lula”

“Clarín”, Argentina

No jornal argentino ganhou destaque a possibilidade de Bolsonaro, junto de seus apoiadores, tentar um golpe em caso de derrota para Lula. Segundo o jornal, os brasileiros temem que o chefe do governo federal tente aplicar no país “experiências tumultuosas” como as que ocorreram nos Estados Unidos na última eleição presidencial, quando Donald Trump foi derrotado por Joe Biden.

“La Nación”, Argentina

O La Nación também abordou a possibilidade de um golpe bolsonarista, além das fake news a respeito de países latino-americanos.

*Com 247

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O levante das minorias contra Bolsonaro nas urnas

Grupos que presidente tentou subordinar darão resposta a ele domingo.

Quando o domingo de segundo turno chegar ao fim, o líder que assentou discursos e atos na supremacia de uns contra outros terá recebido dos grupos que tentou subordinar, no mínimo, um recado robusto; se as pesquisas se confirmarem, uma derrota retumbante. Jair Bolsonaro passou carreira política e mandato presidencial subvertendo o fundamento constitucional da igualdade ao declarar, e repetir, que “as leis existem para proteger as maiorias; as minorias têm de se adequar” — esse exemplo é de julho passado, em ato da campanha à reeleição, em Imperatriz (MA). A Carta de 1988 consagra o direito à diferença; proíbe discriminação por sexo, raça, etnia, religião. A corrida eleitoral de 2022 foi também sobre isso. Minorias feridas, quando juntas marcham, maiorias se tornam.

Ao longo da interminável campanha, muito se criticou a falta de profundidade das propostas sobre mazelas que envergonham e oprimem filhas e filhos do Brasil. Em diferentes ocasiões, o debate sobre saúde, educação, trabalho e renda, habitação, meio ambiente, desenvolvimento, relações internacionais, de tão raso, coube num pires. A defesa do sistema eleitoral e do Estado Democrático de Direito e o repúdio à violência política marcaram pronunciamentos e declarações de voto — precoces ou tardios — de personalidades e instituições. Máscaras caíram. A esta altura, todos sabemos quem são os democratas, quem flerta com a autocracia.

A eleição de 2022 foi sobre repúdio ao autoritarismo e restituição da democracia. Mas foi também sobre identidade — ou sobre os identitários, como repetia Ciro Gomes, candidato do PDT, quarto colocado no primeiro turno (3,04% dos votos). O levante das minorias não pode passar em branco. A candidatura de Jair Bolsonaro enfrentou, do início ao fim, a resistência firme de segmentos da população desprezados ou secundarizados, por convicção ou gestão, pelo mandatário e por seu campo político. Mesmo despejando recursos em ajuda financeira de última hora, o presidente nunca liderou entre mulheres, pretos, pardos, pobres, beneficiários de políticas sociais. As pesquisas não foram capazes de medir, mas é certo que tampouco foi o preferido de indígenas, pessoas LGBTQIA+ e religiosos de matriz africana.

Bolsonaro passou a campanha atrás do eleitorado feminino. Usou a mulher, Michelle, e a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves. Em palanques e púlpitos de igrejas, a dupla apelou à retórica de guerra espiritual, à demonização do adversário, ao assédio religioso e até à submissão conjugal.

— A mulher é uma ajudadora do esposo — disse a primeira-dama num evento da campanha do marido, no Rio Grande do Norte.

Michelle e Damares esqueceram que as brasileiras somos trabalhadoras, mães solo, provedoras do lar, alvos da misoginia, de abusos, do feminicídio, da desigualdade salarial. A senadora Simone Tebet e a ex-ministra e deputada eleita Marina Silva entraram na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigindo-se às mulheres da vida real. Ontem, penúltima edição da pesquisa Datafolha, o petista liderava, como em toda a corrida de 2022, entre as mulheres, maioria do eleitorado, com 52% das intenções de voto, ante 41% de Bolsonaro. O ex-presidente também mantinha preferência entre autodeclarados pretos (60% a 34%), pardos (51% a 42%). Negras e negros brasileiros não esquecemos o racismo contido nas referências ao peso medido em arrobas, o esfacelamento da Fundação Palmares, os ataques às políticas de cotas, a ausência de titulação de territórios quilombolas.

Bolsonaro ousou depreciar nordestinos, encampando a associação entre taxa de analfabetismo na região e o voto no candidato do PT. Ofendeu favelados ao declarar num debate que, na visita ao Complexo do Alemão, o adversário desfilou com traficantes. Desagradou católicos, ao fazer da festa de Nossa Senhora Aparecida evento político. Não condenou apoiadores que, Brasil afora, andam interrompendo missas e ofendendo sacerdotes. Se lidera entre evangélicos (62% a 32%), eleitores do Sul (58% a 36%), do Centro-Oeste (53% a 40%) e entre quem ganha acima de dois salários mínimos (54% a 40%), Lula está à frente entre católicos (55% a 39%), no Nordeste (67% a 28%), no eleitorado de baixa renda (61% a 33%) e de menor escolaridade (60% a 34%). Bolsonaro teve a preferência dos autodeclarados brancos (54% a 40%) e dos homens (48% a 46%), em linha com um modelo de sociedade incompatível com a diversidade dos novos tempos.

— Há muita identificação com uma ideia de masculinidade forte, heteronormatividade, hegemonia cristã. No bolsonarismo, assim como na branquitude, não cabe a diversidade, porque eles se consideram universais — explica Thales Vieira, coordenador executivo do Observatório da Branquitude.

Fabiana Dal’Mas Paes, promotora de Justiça no MP-SP, especialista em direitos das mulheres, diz que posições políticas mudam à medida que as minorias tomam consciência da própria condição:

— Os grupos que alcançam essa consciência, principalmente as mulheres, reconhecem que não podem escolher candidatos que as subjuguem, que as mantenham em subordinação.

No último domingo, a liturgia católica apresentou aos fiéis o Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (18, 14):

— Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado — repetiu numa rede social o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

É por aí.

*Flávia Oliveira/O Globo

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Vídeo: Fernando Henrique pede voto pra Lula no 2º turno

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou um vídeo nas redes sociais onde pede votos para o ex-presidente Lula (PT) no 2° turno da disputa pelo Palácio do Planalto, que ocorrerá no próximo domingo, 30.

“Você melhorou de vida com o plano Real e acredita no Brasil? Não tem dúvida. Vote no 13. Vote no Lula. Ele vai melhorar mais ainda sua vida”, diz FHC.

Vale lembrar que no 1° turno, o tucano declarou seu apoio a Lula e justificou dizendo que a candidatura do petista e ex-adversário era “uma história de luta pela democracia e inclusão social”.

* O Cafezinho