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Dizer o que tem que ser dito sem vacilar

Falta autonomia, independência de verdade dos colunistas chamados progressistas na mídia, para dizer o que precisa ser dito.

O que nós brasileiros vivemos nesses últimos quatro anos com Bolsonaro, foi plantado pelos barões da comunicação, sob encomenda de seus ricos financiadores, com um único objetivo, o de criar um clima de permanente hostilidade contra Lula, Dilma e o PT.

Ou seja, o ódio fascista externado por Bolsonaro e suas hienas dos cercadinhos da vida, foi plantado, adubado e regado por quase duas décadas de ataques imorais contra os principais quadros do PT.

Tudo, nota por nota, artigo por artigo, foi pensado para, numa narrativa binária, transformar Dilma, mas sobretudo Lula, no pior dos seres humanos.

O jogo foi pesado, baixo, sem limites e munição. Tudo de grosso calibre e com mira telescópica para atirar na cabeça e não estragar o couro. Isso precisa ser grafado em nossa memória coletiva para reagirmos, de estalão, no primeiro ataque que certamente virá das mesmas redações.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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