Ano: 2022

Falta ao mercado saber que Lula não foi eleito para servir à camadinha especulativa

Vozes do mercadinho reagem com ‘horror’ ao ouvir que prioridade é acabar com fome.

Janio de Freitas – Ah, que horror! Lula disse que prioritário é acabar com a fome, não a contenção de gasto social, o tal teto de gastos! A Bolsa caiu! Reação imediata do mercado (nome de guerra dos que não produzem, não se incluem na infraestrutura econômica, e ganham no jogo financeiro das Bolsas). E tome de manchetes em primeiras páginas e comentaristas do “mau passo” com que “Lula já começou”. Todos sempre reforçando a exigência reiterada pelo mercado: “Lula tem que indicar logo o novo ministro da Economia”.

Tem que? Ainda falta ao mercado a informação de que Lula foi eleito para presidir um país de mais de 215 milhões de habitantes, não para servir à camadinha especulativa. A decisão eleitoral completa neste domingo duas semanas, apenas. Nas quais o mercado se fez de inquieto porque este é um método eficaz para acionar o sobe-desce lucrativo da especulação financeira. E de quebra dizer quem manda, para ver no que isso dá. Nenhuma empresa séria depende da urgência de um nome de ministro.

Expoente dos chamados investimentos financeiros, Arminio Fraga deu a Lula, na Folha, a resposta do mercado: “Estabilidade fiscal (…) gera mais investimento e mais crescimento. Simples assim. E (…) aumenta a chance de os recursos beneficiarem os mais pobres”. Parece falar de economia, mas é de políticas que trata.

O crescimento não depende necessariamente de estabilidade financeira, e o Brasil tem no inflacionário governo Juscelino um dos seus tantos exemplos de desvario financeiro e crescimento. O governo da mediocridade desleal, de Michel Temer, até criou o “teto de gastos”, mas daí não vieram “mais investimento e mais crescimento”. Recursos, provenientes de estabilidade ou não, só “beneficiam os mais pobres” se esta for a política do governo. O que só por um breve período aconteceu no Brasil —e nem digo qual.

O batido tema da estabilidade fiscal ao gosto da especulação provocou, afinal, algo positivo. E assombroso. Em discreto pé de página, uma entrevista ao jornal O Globo (11 novembro, pág. 12) revelou uma franqueza nunca vista aqui, para divulgação pública, por parte de um economista, digamos, bem aceito.

Muito reverenciada por seus colegas destacados na imprensa brasileira, carioca que leciona na Johns Hopkins University, Monica de Bolle foi direta e clara desde o início. Sobre a reação do mercado a Lula: “O mercado (…) faz esses movimentos de Bolsa e dólar para ganhar dinheiro. Esses movimentos não querem dizer nada. Os economistas do mercado têm uma visão míope e estão com ela há muito tempo”. Eles e os jornalistas que os ecoam.

Mais: “O teto de gastos já não existe há bastante tempo, basicamente desde que foi criado. Foi modificado em praticamente todos os anos do governo Bolsonaro. (…) Foi uma regra fiscal para jogar no lixo. (…) O momento é de revogar e fazer um teto novo”.

A complacência utilitária do mercado com Bolsonaro e Paulo Guedes sufocou as reações a desatinos como a PEC Kamikaze, “a coisa mais populista e gastadora” (de Bolle), o orçamento secreto ainda vigente, o gasto eleitoreiro pró-reeleição. E tantas outras causas do rombo já estimado em prováveis R$ 400 bilhões, a ser deixado para o novo governo.

O que deveria inquietar o mercado e o empresariado bolsonarista é o risco decorrente de esperáveis investigações sobre os pagadores de atos golpistas contra o resultado eleitoral. Esses fatos que se espalham pelo país alertam para o rigor necessário à escolha dos futuros dirigentes da Polícia Federal, das demais polícias federais e da Abin. E, mais adiante, de quem restaure a moralidade na Procuradoria-Geral da República.

*Folha

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Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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IBGE mostra o tamanho da desigualdade racial no Brasil de Bolsonaro

A pobreza e o desemprego em 2021 foram mais do que o dobro para pretos e pardos no Brasil do que para brancos.

A pobreza e o desemprego em 2021 foram quase o dobro para pretos e pardos no Brasil do que para brancos. Os dados constam no estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE.

Em 2021, 22,5% da população branca estava desempregada ou com emprego insuficiente (a taxa de subutilização). Mas entre pretos e pardos, este número foi de 32% entre pretos e 33,4% entre pardos. E as taxas de desempregados no país no ano passado atingiram 35,2% dos brancos contra 12% de pretos e 52% de pardos.

A informalidade, outro fator negativo quando se trata de força de trabalho e condições de emprego, está também mais presente neste grupo: 43,5% dos pretos e 47% dos pardos estavam na informalidade, enquanto que esse tipo de trabalho atingiu 32,7% dos brancos.

Os indicadores mostram que as desigualdades raciais estão em todos os níveis: entre as pessoas com ensino superior, os brancos recebem 50% a mais do os pretos e pretos e pardos estão em somente 29,5% dos cargos gerenciais e somente 14,6% nos cargos de salários mais altos.

“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, afirmou o analista do IBGE, João Hallak.

Quando se analisa a linha da pobreza do país, também os negros são a maioria dos afetados. Em 2021, 34,5% dos pretos e 38,4% dos pardos estavam na linha da pobreza. E 9% de pretos e 11% de pardos na linha da extrema pobreza. Entre brancos, 18,6% na pobreza e 5% na extrema pobreza.

Para todos os demais enfoques registrados pelo IBGE, a população negra do Brasil é extremamente prejudicada. Brancos receberam quase o dobro do rendimento médio domiciliar; negros tem o dobro de moradia irregular e instável do que brancos; as condições de vivenda, como saneamento, número de cômodos, tamanho, etc, são superiores para brancos; brancos tem mais bens e posses de quase todos os segmentos do que negros; e quase 80% dos donos de todos os estabelecimentos agropecuários do Brasil são brancos.

*Patrícia Faermann/GGN

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MPF pede apuração de suposta exclusão de arquivos do Planalto

Órgão quer explicações sobre origem da ordem de formatação de HDs; Presidência detectou malware em computadores.

O MPF (Ministério Público Federal) pediu nesta 6ª feira (11.nov.2022) a abertura de uma investigação para apurar suposta formatação e exclusão de arquivos de computadores do Palácio do Planalto, depois de detecção de um software malicioso.

Na representação, Oliveira cita reportagem do portal Metrópoles noticiando que HDs de equipamentos da Presidência da República estariam sendo formatados por causa de uma suposta ameaça aos sistemas e aos bancos de dados do Planalto.

“Os fatos, a nosso sentir, revelam gravidade suficiente para fundamentar a instauração de procedimento apuratório”, disse a procuradora. O MPF quer que a Secretaria Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se há apuração de responsabilidades sobre eventuais causas e responsáveis pelo ocorrido.

“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, declarou.

Em nota à imprensa divulgada nesta 6ª feira (11.nov), a Secretaria Geral da Presidência disse que houve a detecção de malware (tipo comum de software malicioso) em algumas estações de trabalho, e que as ameaças foram neutralizadas.

A secretária também disse que não houve vazamento, perda de dados institucionais e nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República.

“Como procedimento padrão, as máquinas afetadas têm passado por reparo dos sistemas operacionais pela área técnica responsável”, disse o órgão.

A secretaria ainda informou que os arquivos institucionais ficaram armazenados em servidor de arquivos no Centro de Dados da Presidência da República. “A política de segurança prevê o backup regular desses dados, bem como a conscientização dos colaboradores quanto à abertura de arquivos ou links suspeitos recebidos por e-mail ou outras fontes”.

Para o MPF, a nota não esclarece:

  • se computadores foram formatados;
  • se arquivos foram danificados ou apagados;
  • se dados sensíveis foram vazados;
  • se dados públicos foram perdidos;
  • se houve investigação sobre a origem do ataque;
  • de quem teria partido a determinação de formatação de HDs;
  • se houve eventual apuração de responsabilidades sobre eventuais causas/responsáveis pela ocorrência.

Leia a íntegra da Secretaria Geral da Presidência da República, divulgada às 17h25 de 11.nov.2022:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO

“A Secretaria-Geral da Presidência da República, por intermédio da Diretoria de Tecnologia da Secretaria Especial de Administração, informa que, no dia 01 de novembro, ferramentas de segurança de rede detectaram a presença de malware (tipo comum de software malicioso) em algumas estações de trabalho, tendo neutralizado suas ações.

“De imediato, a Equipe de Tratamento e Resposta a Incidentes em Redes Computacionais (ETIR) iniciou as análises para identificar a origem da infecção, e constatou que ela ocorreu por meio de phishing. Não houve vazamento, perda de dados institucionais e nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República.

“Dessa forma, como procedimento padrão, as máquinas afetadas têm passado por reparo dos sistemas operacionais pela área técnica responsável.

“Por fim, esclarecemos que os arquivos institucionais ficam armazenados em servidor de arquivos no Centro de Dados da Presidência da República e que a política de segurança prevê o backup regular desses dados, bem como a conscientização dos colaboradores quanto à abertura de arquivos ou links suspeitos recebidos por e-mail ou outras fontes.

“ASSESSORIA ESPECIAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL”

*Com Poder360

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Vídeo: Eliane Cantanhêde é rechaçada nas redes após ataques machistas: “respeita a Janja!”

Fala da jornalista gerou revolta nas redes pelo teor machista; Assunto é o mais comentado no Twitter

“Ela não é política, o que ela fica fazendo sentada junto nas reuniões? Ñ tem que dar palpite e nem ter voz. Não deveria preparar a posse e sim se limitar ao seu papel ao quarto do casal”, diz Cantanhêde.

Confira

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Apoie o Antropofagista. Apoie a democracia

O povo tem que exercer um poder de participação que vai muito além da questão eleitoral.

A democracia em si é o principal exemplo de participação cidadã e, por isso, nós do Antropofagista jamais abrimos mão de nos manter de fato do lado da democracia com a responsabilidade de quem, dentro da disputa política, busca ampliar a sua participação a partir de um lado, discutindo ideias e valores para que possa trazer um diferencial ao que, através da força da grana, os agentes econômicos, “que mandam”, encontrem uma resistência que represente a sociedade e os cidadãos.

Mas exercer esse papel nas redes sociais, como é a proposta do nosso blog, significa também enfrentar um estatuto corporativo de cartas marcadas, porque os detentores do poder da grana têm como bloquear ou, no mínimo, reduzir o que podem nosso espaço, causando um significativo estrago no mecanismo de ação através do estrangulamento econômico exercido de cima para baixo.

A participação dos nossos leitores apoiando o funcionamento do blog Antropofagista, é imperativo e contribui para a nossa participação no debate nacional, principalmente no que diz respeito às pautas progressistas.

Por isso contamos com a colaboração, mínima que seja, para continuar informando e refletindo, enfrentando o discurso de ódio financiado para que o país volte a respirar democracia de fato, como é o caso do regime político que renasce com a volta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Contamos com vocês, leitores, que podem disponibilizar qualquer valor para nos ajudar nessa jornada.

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Beluzzo: Insistência do mercado financeiro em risco fiscal é ‘ignorância interessada’ que prejudica políticas sociais’

Economista criticou a reação do mercado ao pronunciamento do presidente Lula, confirmando a prioridade da questão social no orçamento. Belluzzo fala em “invenção tosca: você só tem uma situação fiscal favorável se gerar renda”.

O economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo fez duras críticas, nesta sexta-feira (11), à reação do chamado “mercado” às indicações sobre a futura gestão econômica do Brasil pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ontem (10), em sua primeira visita ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, de onde vem atuando a equipe de transição, Lula defendeu um “novo paradigma de funcionamento” no país, em que a questão social e a população mais pobre sejam centrais para a tomada de decisões dos poderes.

Como já vinha prometendo na campanha eleitoral, o presidente eleito confirmou que dará prioridade às políticas sociais, em especial o combate à fome. O anúncio, no entanto, soou negativo para o mercado financeiro que reagiu fechando o dólar comercial com forte alta, de 4,14%, e cotação a R$ 5,39. Os juros futuros também subiram e a Bolsa terminou essa quinta em queda de 3,35%. A maior baixa desde novembro de 2021.

Em entrevista ao jornalista Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual, o especialista observou que essa reação do sistema financeiro mostra o quanto ele, na prática, está “afastado das condições reais de vida da população”. Assim como “nega às pessoas o direito de comer”. O presidente eleito também rebateu que o mercado “fica nervoso à toa” e “é muito “sensível”. Até representantes do setor, como o empresário Abílio Diniz, saíram em defesa do novo governo, negando a existência de “pânico nesse momento”. Numa entrevista à CNN Brasil, ele ainda enfatizou que Lula nunca escondeu sua prioridade para o social e que o petista sabe das “dificuldades” do país.

Falácia fiscal

A justificativa para a reação seria uma preocupação com a chamada “estabilidade fiscal”. Belluzzo garante, porém, que “essas regras, que pretendem impor à economia, acarretam disfunções e desagregações sociais. A situação é muito parecida com outras que ocorreram na história desse sistema em que a economia se afasta completamente da vida das pessoas. Você vê que essa insistência no risco fiscal é uma forma de obstar as políticas que podem atender a população”, afirma.

O economista ainda diz que o argumento de equilíbrio fiscal é “na verdade uma invenção um tanto quanto tosca dos economistas, porque, no capitalismo, você só pode ter equilíbrio fiscal, uma situação fiscal favorável, se você está gerando renda. É dessa renda que você apropria os impostos. (…) Se você não gera renda, qual vai ser o resultado da cobrança do imposto de renda?”, provoca. Ele ainda completa que essa resistência do mercado em cima de um suposto risco fiscal é “uma ignorância interessada”.

De acordo com Belluzzo, o que está em jogo entre os agentes do mercado é o poder de direcionar o encaminhamento da economia. “O mercado financeiro, além de ser uma forma econômica de ‘controle da locação e distribuição de recursos’, ele também é uma forma de poder”, destaca.
Superar contradições

“Está todo mundo agora falando que o dólar foi a R$ 5,40. Isso aí não tem propósito nenhum a não ser o de valorizar a sua riqueza no âmbito financeiro. E isso significa dano para as pessoas que estão vivendo nesse país. Porque todo mundo vai dizer ‘veja só a promessa de Lula para combater a pobreza vai envolver R$ 175 bilhões’, todo esse trololó, quando esses economistas têm uma ignorância de como funciona a dívida pública. Eles ficam apavorando as pessoas sobre a dívida pública, como se ela fosse igual à dívida privada, de uma família. E não é.”

Belluzzo explica que, no caso da dívida pública, outro argumento evocado pelo mercado, ela é amortizada pela capacidade do Estado de emitir moeda numa articulação entre o Banco Central com os bancos privados. Nesse momento, de acordo com o economista, o Estado brasileiro precisa ser capaz de superar as contradições entre a economia real e a financeira, em que os interesses da financeirização, de acumulação, acabam prevalecendo sobre a economia real.

O economista também ressalta um argumento bastante utilizado por ele de que, hoje, no Brasil, não há uma elite, mas ricos. Segundo ele, o país deixou de ter uma classe de empresários, que buscavam um projeto de desenvolvimento até para obter um mercado interno consumidor, para ter rentistas. “Estamos vendo aqui no Brasil um exemplo em que a política, através da eleição do presidente Lula, está apontando na direção de desfazer esse constrangimento que as economias e as pessoas, os povos, a sociedade está

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O nome que está em alta para assumir o Ministério da Defesa de Lula

Na bolsa de apostas para os ministérios de Lula, um nome tem ganhado força nos últimos dias para comandar a pasta da Defesa: o do ministro Ricardo Lewandowski. O nome está em alta entre aliados de Lula e também é visto como um boa opção por uma ala significativa de seus colegas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Bela Megale, O Globo, após os movimentos recentes do Ministério da Defesa, com a publicação de um relatório sobre a fiscalização das urnas, e o comunicado dos comandantes das Forças Armadas sobre as manifestações, ministros do STF passaram a defender que um nome para a pasta seja anunciado em breve para ajudar a apaziguar os ânimos.

Três magistrados ouvidos pela coluna afirmaram apoiar a ida de Lewandowski para o cargo, caso seja seu desejo. O ministro tem que se aposentar da corte até maio, quando faz 75 anos. Membros da transição de governo, dizem, no entanto, que não há pretensão de acelerar o anúncio de ministros devido aos movimentos recentes dos militares.

Interlocutores de Lula ligados à área jurídica também veem Lewandowski como boa opção para o posto e afirmam que hoje o magistrado estaria mais aberto para conversas do que estava meses atrás. A leitura entre eles e integrantes da alta cúpula das Forças Armadas é que o ministro pode colaborar para pacificar e restabelecer o caráter institucional das relações.

Lewandowski tem formação militar como segundo-tenente da reserva do Exército, da Arma de Cavalaria, e sempre manteve bom relacionamento com a caserna.

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O que assombra no bolsonarismo é a defesa intransigente de alguém culpado pela morte de 700 mil brasileiros

Essa patetice de se fantasiar de verde e amarelo para fingir um patriotismo que nunca tiveram com o Brasil fora de copa do mundo, é irrelevante. Não é isso que faz de um pateta um ser anômalo, muito menos chucro e provinciano. Isso é uma questão cultural impregnada no alto escalão da burguesia nacional que decanta para os andares abaixo o complexo de inferioridade diante do mundo que nunca conseguiram esconder.

Bolsonaro retrata essa classe dominante brasileira. Não é sem motivos que essa gente faz ouvidos moucos quando se lembra que não se trata de uma guerra ideológica entre a suposta extrema direita, representada por Bolsonaro, e a esquerda, representada por Lula.

Independente do que se sabe que existe em termos de corrupção, que se desenvolveu antes e depois da carreira política de Bolsonaro, que virá à tona a partir do dia 1º de janeiro com provas robustas, Bolsonaro, que sempre enalteceu a tortura e torturadores, assim como sempre negou vacina aos brasileiros, lógico, agora nega que negou, mesmo com tantos vídeos documentando o que descreve a alma monstruosa do sujeito.

Ou seja, cada um dos participantes dessa obra prima orquestrada por empresários, com cenas patéticas em frente a quartéis, mostra que a burguesia brasileira pensa e age com a mesma frieza humana de Bolsonaro.

Diante desse fato não há motivos para se compreender esse ambiente como manifestação política, mas de uma bando de selvagens que, fardados de verde e amarelo, saiu dos salões para defender o maior genocida da história do país.

Esse é o modo perversamente ideológico que produziu esse tipo de gente à margem do povo brasileiro por uma questão de formação de caráter nenhuma que essa gente tem.

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O Brasil de volta: Casa Branca confirma tratativas para encontro de Biden e Lula

Presidente dos EUA deve ser reunir com o chefe de Estado brasileiro eleito, sinal claro de retomada do prestígio internacional perdido com o governo pária de Jair Bolsonaro.

Mais uma notícia vinda do exterior nesta sexta-feira (11) mostra que o Brasil voltou ao mundo. A Casa Branca confirmou, por meio do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, que uma tratativa para que Joe Biden, presidente dos EUA, encontre o presidente eleito Lula está em curso.

Sullivan disse que, neste momento, é indispensável que haja um “engajamento face a face” entre o líderes norte-americano e brasileiro, sobretudo para falarem sobre as expectativas em torno de temas relacionados à Amazônia.

“O presidente Biden vai procurar uma oportunidade antecipada para se sentar com o novo presidente (Lula), que expressou um compromisso real e motivação para proteger a Amazônia, e falar sobre uma série de formas de assistência que podemos dar, e não apenas assistência técnica, mas também ajuda financeira, porque isso é algo que o presidente Biden vê como uma prioridade real”, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.

Embora o anúncio das negociações para uma reunião tenha sido feito, não há ainda uma data definida para que Lula e Biden se encontrem. O que se sabe é que a intenção de Washington é que isso ocorra ainda antes da posse do novo chefe de Estado brasileiro.

*Com Forum

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