Ano: 2022

Cármen Lúcia suspende medida provisória de Bolsonaro sobre cultura

A ministra do STF Cármen Lúcia atendeu pedido da Rede Sustentabilidade e suspendeu os efeitos da Medida Provisória nº 1.135/2022.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia suspendeu, neste sábado (5/11), a Medida Provisória nº 1.135/2022, do presidente Jair Bolsonaro (PL), que adiou o pagamento de benefícios para o setor cultural e de eventos.

O Congresso aprovou as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, que previam repasses financeiros para artistas em 2022 e 2023, respectivamente, para amenizar os efeitos da pandemia de Covid-19.

Mas em agosto deste ano, Bolsonaro editou a MP que adiou a vigência das leis para 2023 e 2024, de forma que os pagamentos ficaram para depois.

“Patenteia-se quadro de inconstitucionalidade determinante do deferimento da medida cautelar requerida, para suspender os efeitos da medida provisória n. 1.135/2022, com efeitos ex tunc”, escreveu Cármen Lúcia na liminar.

A decisão da ministra deve ser submetida a julgamento pelos outros ministros. Ou seja, não é definitiva.

Cármen Lúcia atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade. O partido apontou que Bolsonaro “sempre manifestou resistência” sobre as leis, que foram vetadas por ele. A ação do presidente foi revertida pelo Congresso, que derrubou os vetos.

A Rede disse que a “MP afetou a disposições das leis, ao transformar a obrigação legal de repasse de recursos ao setor cultural em mera faculdade e ao protelar os prazos dos repasses em um ano”.

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Bye, Bye, Bolsonaro

Bolsonaro olha para Trump e a ex-presidenta da Bolívia e percebe os riscos que vai enfrentar.

Emir Sader – Prestou-se à operação monstruosa para impedir que o PT continuasse a governar o país. Colocou-se em prática o modelo neoliberal, para garantir o apoio do empresariado, incorporou-se o apoio dos evangélicos. Ele assumiu o discurso mais violento, ameaçando a oposição, o Judiciário, a mídia, os governos de outros.

Estabeleceu no país um clima de terror, agressão, insegurança, instabilidade. O Brasil continuou sem democracia, desde o golpe contra Dilma Rousseff.

Privatizou empresas públicas, isolou o Brasil no mundo, projetando a pior imagem que um país pode ter, desenvolvendo as piores políticas de proteção contra a pandemia.

A economia passou por um ciclo recessivo profundo, com altas taxas de desemprego. A grande maioria dos brasileiros foi trabalhar de forma precária, sem carteira de trabalho, sem nenhum tipo de garantia.

Multiplicou as fake news por meio de robôs, gerando uma realidade paralela, cheia de mentiras. Ele governa o Brasil autocraticamente, sem discussões, sem debates, sem consultas. Ele se tornou um governante sem partido, sem uma liderança coletiva do país.

Ele era um personagem odiado por setores cada vez maiores da população. Ele teve que montar uma gigantesca operação para falsificar o voto na tentativa de ser reeleito.

Mesmo assim, tornou-se o primeiro presidente brasileiro que não conseguiu ser reeleito. Tem pânico da situação que enfrentará a partir de 1º de janeiro, quando não terá mais as proteções legais de um presidente, sofrerá uma série de julgamentos para ele e seus filhos. Ele olha para Trump e a ex-presidenta da Bolívia e percebe os riscos que vai enfrentar.

Preocupado com isso, Bolsonaro tenta projetar uma imagem menos belicista. Faz referência positiva aos bloqueios de estradas, mas condena o uso da violência, inerente a essas manifestações. Ele queria se projetar como líder da oposição ao governo Lula, mas nenhum setor importante que esteve com ele está disposto a se alinhar com ele, optando por se aproximar de Lula.

O bolsonarismo veio para ficar, assim como acontece em outros países onde setores da classe média e do movimento popular se radicalizaram em direção a posições de extrema direita. Eles sofreram uma derrota e passarão por um processo de isolamento, à medida que as ilegalidades cometidas pelo governo vêm à tona e à medida que o governo Lula se consolida.

Mas Bolsonaro vai sair, vai sumir da vida política brasileira. A grande maioria dos partidos que apoiaram Bolsonaro estão cada vez mais próximos de Lula. Setores do grande empresariado, os evangélicos, também se reúnem com Lula.

Lula já ocupa o centro da vida política, como se já tivesse assumido a presidência do país. Recebeu convites para importantes reuniões internacionais, ainda em novembro, antes de assumir o cargo em 1º de janeiro de 2023.

Lula passou a organizar seu governo, que terá um núcleo de ministros do PT nos cargos mais importantes. Mas, pela frente ampla que Lula apoiou, mas os setores estão se juntando agora, eles precisam participar do governo que vai ter mais de 30 ministérios, para que Lula os incorpore.

A própria posse de Lula já será uma grande demonstração do prestígio internacional do novo presidente, que já recebeu cumprimentos dos principais líderes mundiais, alguns dos quais devem vir no próximo dia 1º de janeiro.

Brasil se despede de Bolsonaro, se livra do pior governo de sua história. Como dizem, o Brasil não chegou ao paraíso, mas já saiu do inferno.

*Forum

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Veto de Bolsonaro a alimentação escolar tira R$ 1,4 bi de estados, diz estudo

O mais afetado é São Paulo, que deixa de receber R$ 247,4 milhões.

Segundo a Folha, veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reajuste dos valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) vai gerar prejuízos aos estados que chegam a R$ 1,4 bilhão por ano.

O cálculo foi feito em nota técnica conjunta do Observatório da Alimentação Escolar e da Fian Brasil (Organização pelo Direito Humano à Alimentação Adequadas), duas ONGs que defendem que o Congresso Nacional derrube o veto.

A perda varia de acordo com a população de cada estado. O mais afetado é São Paulo, que deixa de receber R$ 247,4 milhões, seguido por Minas Gerais (R$ 123,6 milhões), Bahia (R$ 89 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 87,4 milhões).

O Congresso aprovou o aumento dos recursos do Pnae na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, com o objetivo de repor perdas inflacionárias desde 2017. Com o veto de Bolsonaro, o valor se mantém em R$ 4 bilhões.

As entidades alertam que o congelamento dos recursos também deve causar impacto à agricultura familiar, uma vez que a lei determina que ao menos 30% das compras do programa beneficiem o segmento.

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Claudia Leitte é vaiada em show na Bahia e público grita ‘Lula’

Após homenagem ao presidente eleito, cantora interrompeu performance e tentou conversar com os foliões: ‘Vivemos em uma democracia’.

A cantora Claudia Leitte foi vaiada em sua apresentação na Micareta Salvador, na última sexta-feira. A cantora, que nunca declarou apoio abertamente a Jair Bolsonaro (PL), foi interrompida com gritos de apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Leitte cantava a música “Chame Gente” quando os gritos começaram. Ela interrompeu o show e tentou conversar com os foliões, que responderam com vaias. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a manifestação do público e a cantora reagindo com serenidade.

– Vocês estão na Micareta Salvador 2022, estamos na Bahia e vivemos em uma democracia”, respondeu Leitte ao público. – Eu estou aqui para servi-los com todo amor. Que Deus guie nosso trio do início ao fim, com tudo que vocês merecem.

Ao longo de toda a campanha eleitoral, Claudia Leitte não declarou voto. Mas ela passou a ser associada ao bolsonarismo por causa de diversos posts polêmicos, como a imagem de uma Bíblia ao lado de uma escultura de arma. Ela mais tarde se defendeu dizendo que a peça não tinha nenhuma referência política.

Confira

*Com O Globo

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Bolsonaro deixa rombo, e Brasil pode perder direito de voto na FAO

Jamil Chade – Um dos maiores produtores agrícolas do mundo e, até pouco tempo, líder na luta contra a fome, o Brasil vive uma situação constrangedora na FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Sem completar o pagamento de sua contribuição obrigatória, o governo brasileiro pode perder seu direito ao voto na instituição em 2023.

Dados da FAO obtidos pela coluna revelam que a última vez em que o Brasil pagou de forma plena sua contribuição foi em 2019, o primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro. Desde então, os repasses foram suspensos.

A regra na entidade estabelece que, ao completar dois anos sem fazer depósitos completos, um governo perde seu direito ao voto nas decisões da instituição. Hoje, o Brasil contribui com cerca de 3% do orçamento da FAO e, se pagasse o que lhe corresponde, seria o oitavo maior contribuinte para o orçamento da instituição.

Procurado pela reportagem para comentar a situação, o Itamaraty explicou que os “repasses referentes a contribuições a organismos internacionais são de competência do Ministério da Economia”.

“As dívidas do Brasil junto à FAO incluem valores em dólares norte-americanos e em euros, e seu pagamento, assim como as demais ações orçamentárias, está sujeito a restrições fiscais que se impõem ao orçamento federal, dentro dos montantes previstos na Lei Orçamentária Anual”, disse.

“Atualmente, os valores devidos pelo Brasil, até 30/06/22, discriminados conforme a moeda (USD [dólar] e EUR [euro]), são, respectivamente, de USD 23.563.897,70 e EUR 16.651.071,42”, completou. No orçamento da FAO, parte dos pagamentos é na moeda americana e uma segunda parcela é feira em euro, como forma de amenizar o impacto da variação cambial para o orçamento da instituição.

O UOL pediu um posicionamento do Ministério da Economia. Assim que a resposta for dada, ela será incluída na reportagem. Para a FAO, porém, o interlocutor é o Itamaraty.

e no mundo. Mas, se não pagar sua dívida até o final do ano, o Brasil sem poder dar sua voz nas decisões. Situações de dívidas foram vividas pelo Brasil, principalmente durante o segundo mandato de Dilma Rousseff. Mas, pelo menos na FAO, o país nunca perdeu o direito de voto.

Agora, mesmo se acabar evitando a perda de seus direitos, a situação na qual o governo brasileiro se encontra é descrita por funcionários da agência como “vexame” e “reveladora” da atual política externa. Para manter seus direitos plenos na FAO, o Brasil precisava pagar os valores pelo menos relativos ao ano de 2020. Isso envolveria o desembolso de US$ 7,6 milhões e 5,5 milhões de euros, para pelo menos salvar seu direito ao voto. Ameaçados de perder o voto também estão países como a Venezuela, Irã ou Líbia.

A crise de pagamentos do Brasil não se limita à situação na FAO. Na ONU, o governo também sofre para pagar. Mas, tendo sido eleito para o Conselho de Segurança da instituição, o governo teve de encontrar recursos para garantir a transferência de dinheiro para a ONU, antes do final do ano.

A dívida do Brasil com a entidade de alimentos gerou indignação do brasileiro José Graziano da Silva, que liderou a instituição entre 2012 e 2019. Graziano foi ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e considerado como pai do programa Fome Zero.

“O Brasil não paga sua cota de contribuição obrigatória da FAO desde 2019 e corre o risco de ser excluído das decisões da entidade”, explicou. “Ele perde o direito de voto se não pagar pelo menos uma parte da dívida”, afirmou.

“Essa é uma situação inaceitável. Neste momento em que o Brasil busca se

reinserir no mundo, a FAO tem um valor simbólico. É ali que vai se debater as medidas de combate à fome no mundo. O Brasil terá muito a contribuir e muito a receber”, disse Graziano.

Ele lembrou que, em 2002, a FAO mandou uma missão especial que permaneceu por semanas no Brasil, ajudando a montar o Fome Zero.

Graziano destacou ainda como Lula voltou a colocar como sua prioridade a retirada do Brasil do mapa da fome. Para ele, portanto, é importante que se faça um movimento pata pagar essa conta. O ex-chefe da FAO ainda destacou como, enquanto a dívida se acumula no exterior, Bolsonaro distribuiu benesses a vários setores antes das eleições, inclusive aos caminhoneiros que fizeram parte dos atos golpsistas nos últimos dias.

Para a senadora Kátia Abreu, “a falta de apreço do governo Bolsonaro pelos organismos internacionais é notório, e por todos”.

A ex-ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff ainda cita a incoerência entre o discurso do presidente e suas ações no exterior. “A FAO, em especial, trata de alimentação e produção de alimentos. Portanto, deveria ser a prioridade número 1, mas Bolsonaro disse que no Brasil ninguém passa fome”, disse a ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

“Tenho a convicção que em janeiro de 2023 governo Lula quitara as dívidas do Brasil junto a FAO e demais organismos”, disse. “Brasil deve ser protagonista e não coadjuvante frente ao mundo”, insistiu. “Credibilidade se alcança nos detalhes », destacou a senadora.

*Uol

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Atos antidemocráticos são ‘herança maldita’ de Bolsonaro e criam novo desafio para o Brasil

Presidente estimulou manifestações a favor de golpe de Estado e país terá de lidar com isso.

Quando sair da Presidência, Jair Bolsonaro (PL) deixará como herança maldita as mobilizações de pessoas que pedem golpe de Estado, um tipo de iniciativa que, nas últimas décadas, não existia no Brasil com a força e a coordenação vistas desde o final da eleição.

Lidar com essa novidade não será fácil. Demandará tempo, porque não se constrói uma cultura democrática de uma hora para a outra; exigirá esforço, porque Bolsonaro passou anos estimulando os radicais; precisará de ação judicial, porque a impunidade incentiva atos dessa natureza.

Para a antropóloga Isabela Kalil, não há surpresa no novo cenário, com o bloqueio de rodovias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os protestos em que grupos de diferentes tamanhos cobram intervenção militar em frente a quartéis.

“Bolsonaro foi treinando seus eleitores para isso. Ele realizou atos antidemocráticos ao longo do governo. Viajou pelo país fazendo exercícios de mobilização da base”, afirma Kalil, que conduz pesquisas sobre o bolsonarismo.

“A gente conseguiu observar como isso foi se fragmentando e se interiorizando, inclusive com o financiamento de pequenos e médios empresários locais”, diz.

Professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e co-coordenadora do Observatório da Extrema Direita, Kalil sustenta que Bolsonaro ensaiou esses atos com uma multidão já predisposta a seguir um líder extremista.

“Ele construiu sua carreira a partir dessa base radicalizada, porque suas falas expressavam ideias antidemocráticas”, afirma, citando como exemplo a declaração em que Bolsonaro defende o fuzilamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Kalil diz ser difícil precisar o tamanho desse segmento extremista, mas ela afirma que está entre 5% e 15% do eleitorado, ou algo entre 7,5 milhões e 23 milhões de pessoas. O que significa dizer que se trata de um grupo com muita gente diferente.

Segundo a antropóloga, dada essa diversidade, não há como enfrentar o radicalismo com uma estratégia única, e a tarefa é ainda mais complexa porque existe um obstáculo de comunicação.

“Essas pessoas têm sido instruídas a não se informarem por canais tradicionais. Foram-se criando canais alternativos, e elas confiam apenas neles”, diz.

Um dos problemas dessa dinâmica, de acordo com Kalil, é que os mais extremistas podem se descolar até do presidente –mas, para ela, isso não o exime de responsabilidade.

“Ele pode não controlar a radicalidade, mas passou anos incitando seus apoiadores”, afirma a antropóloga. “Ele de certa forma autorizou essa conduta. Ele tirou a trava. Eliminou o constrangimento que existia na direita radical, no campo antidemocrático.”

*Uirá Machado/Folha

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Rombo de R$ 400 bi: Não foi Bolsonaro que escolheu o neoliberalismo, foi o neoliberalismo que escolheu Bolsonaro

Há uma grande diferença entre o neoliberalismo escolher Bolsonaro e Bolsonaro escolher o neoliberalismo.

Esta não é uma questão de grande dificuldade para se entender, até porque, na verdade, esse projeto já vinha se desenhando desde a farsa do mensalão. Neoliberalismo, fascismo e golpismo caminham de mãos dadas.

Para essa gente, ou o Brasil se rende à democracia de mercado e, com ele, todos os seus valores desumanos, enquanto banqueiros e rentistas enchem as burras, deixando migalhas ou resíduos para a maior parte da população brasileira, ou acontece o que aconteceu com Dilma e Lula, mas também com Zé Dirceu, Genoino, e por aí vai.

Nesse momento em que acontece a destruição de Bolsonaro pelas urnas, e é fundamental afirmar isso, porque mesmo sofrendo dois golpes seguidos, com o impeachment fraudulento de Dilma e a não menos fraudulenta prisão de Lula, o PT seguiu apostando na democracia e combinou com a própria sociedade uma luta contra tipos diferentes de golpes ou tentativa de, que aconteceram no Brasil desde 2005.

Dito isso, é preciso tomar cuidado com o debate falsificado que anda por aí. Não foi só Bolsonaro, mas sim o modelo econômico neoliberal imposto a ele em troca dessa baderna econômica de Paulo Guedes, que nos trouxe um rombo de aproximadamente R$ 400 bilhões nas contas públicas.

Todos os governos neoliberais, de Figueiredo a Bolsonaro, à exceção dos dois governos de Lula e um de Dilma, porque no segundo ela foi sabotada por três vigaristas, Temer, Aécio e Cunha, levaram o país à bancarrota.

O resto é narrativa para a pilhagem destruidora tanto da democracia quanto do país, chamada privatização, que é a única coisa que os coachs neoliberais sabem martelar. Justificativa, transformar o Estado brasileiro num Estadinho, devolvendo o país à condição de província das grandes nações.

E aqui não cabe especulação sobre qual modelo é melhor para o país. Todos os governos, Figueiredo, Sarney, Collor, Fernando Henrique, Temer e Bolsonaro, quando saíram do governo, tiveram reprovação absoluta do povo, porque adotaram a receita neoliberal, a famosa privatiza tudo e “redução do tamanho do Estado”.

Pode-se dizer que nenhum desses governos anteriores a Bolsonaro, teve um boquirroto como Paulo Guedes, que é a caricatura do não menos boquirroto, Roberto Campos, que produziu apenas frases de salão inócuas e tragédia econômica para o país.

O resultado está no aprofundamento do fosso entre ricos e pobres durante a ditadura e o exponencial, melhor dizendo, o favelamento espiral que tomou conta do Brasil com as barbeiragens neoliberais dos governos militares.

Citando aqui somente algumas questões que devem ser analisadas sobre um sistema político de colaboração ao sistema financeiro em que o mercado e não o ser humano é o ponto central da administração pública, para entender que esse rombo que foi produzido no governo Bolsonaro, porque ele é um fraco, um frouxo, um intelectualmente brochado, um nulo, como sempre fez questão de deixar claro.

Ou seja, Bolsonaro é assumidamente uma genuína cavalgadura. É um campo fértil para o podridão neoliberal deitar e rolar, como Guedes fez.

Então, o que está na mesa, apresentada como fatura de R$ 400 bilhões, é resultado desse “Estado eficiente” prometido pelo deixa que eu chuto, Paulo Guedes, anunciado como o último biscoito do pacote dos chamados Chicago’s Boys, mais anacrônico, impossível.

No caso de Guedes, um despudorado neoliberal, que confessou achar um absurdo, na era de Lula e Dilma, uma doméstica com carteira assinada ir a Disney e filho de porteiro frequentar universidade, é que produziu essa esbórnia fiscal, incluindo nessa espécie de bacanal econômico uma despesa inimaginável para se comprar votos.

A nossa sorte é que, nem assim os incompetentes conseguiram comprar a eleição, porque Bolsonaro foi rechaçado nas urnas pela maioria do povo brasileiro, o que acabou revelando o que já se imaginava, um rombo fiscal de R$ 400 bilhões.

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Mãe denuncia agressão a filho de 7 anos que manifestou apoio a Lula em MG

Caso ocorreu na manhã de domingo (30), dia da eleição; Polícia Civil investiga o caso.

A mãe de um menino de sete anos diz que o filho foi agredido por um homem após dizer que era “Lula lá”, na manhã do último domingo (30), dia do segundo turno da eleição presidencial, na cidade mineira de Divinópolis (a 120 km de Belo Horizonte).

O caso só ganhou repercussão durante a semana, após postagens feita por Reisla Naiara Gomes, mãe do garoto, nas redes sociais. Testemunhas afirmam que o agressor é um policial militar da reserva de 55 anos.

Ela conta que o filho tinha ido à padaria que fica em frente à casa do pai dele, por volta das 9h. Chegando lá, a criança encontrou uma família que conversava sobre quem ganharia as eleições, Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).

“A família estava lá na padaria, o agressor, a mãe e o pai dele, discutindo sobre a eleição. Ele passou a mão na cabeça do meu menino e disse que ele tinha cara de ser [apoiador de] Bolsonaro. Meu filho conta que falou: ‘Não, eu sou Lula lá’. Não sei o que se passou na cabeça dele, mas ele se irritou e enforcou o meu menino”, diz a mãe, que não estava presente, mas ouviu os relatos do filho, do pai da criança e de testemunhas.

Reisla conta que o menino chegou a ficar sem ar e quase desmaiou e tem marcas da agressão no pescoço.

Ainda segundo a mãe, o menino só foi solto quando o pai chegou ao local e pediu que o agressor o soltasse, pois estava machucando a criança. O suspeito, então, teria dito que era só uma brincadeira, e o pai levou a criança para casa.

Reisla conta que soube do ocorrido apenas à noite, quando foi buscar o filho na casa do pai, e ligou para a polícia.

A Polícia Militar confirmou, por meio de nota, que foi acionada na noite de domingo. Segundo a PM, policiais se deslocaram para a residência do suposto agressor, mas ele não foi encontrado —o nome dele não foi revelado. Os policiais prestaram assistência à família e a levaram a criança para receber atendimento médico na UPA.

A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil, que informou, também em nota, que instaurou um inquérito para apurar a ocorrência de lesão corporal. O caso segue em investigação.

Reisla diz querer justiça. Segundo ela, o filho está traumatizado.

“Meu menino está com trauma, ele não dorme direito, acorda chorando de madrugada, falando que está sem ar. Tem hora que ele acorda gritando: ‘Me solta, me solta’. E o agressor está aí, sem punição.”
Marcas no pescoço da criança agredida em Divinópolis (MG)

*Com Folha

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Ele implodiu o Brasil: O escandaloso rombo de R$ 400 bilhões deixado por Bolsonaro

“Brincadeira” do presidente derrotado para se reeleger é o assunto do dia. Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, revelou tamanho da destruição fiscal largada pelo radical de extrema direita.

Em 2018 e nos primeiros momentos de 2019 os farialimers e liberais dos mais diferentes matizes adoravam exortar uma suposta responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) e de seu então futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Agora, derrotado em seu intento de se reeleger e após quatro anos de um “governo” caótico e de baderna institucional e financeira generalizada, o rombo fiscal do despreparado e irresponsável presidente de extrema direita veio à tona: R$ 400 bilhões.

Numa entrevista dada nesta sexta-feira (4) à rádio CBN, o ex-presidente do Banco Central no governo Lula e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles, que está cada vez mais próximo da equipe de transição da futura gestão petista, informou que o prejuízo deixado por Bolsonaro com sua criminosa e sistemática violação ao teto de gastos públicos atingiu não “apenas” R$ 150 bilhões, como sua equipe anuncia, tentando abrandar o problema, mas sim R$ 400 bilhões.

“Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, falou Meirelles.

Algumas mudanças no teto, que naturalmente implicavam em furá-lo, até seriam justificáveis, como a realizada em março de 2021 que abriram espaço para a manutenção e ampliação do Auxílio Emergencial, já que milhões de brasileiros enfrentavam os horrores e agruras da pandemia.

No entanto, outras mexidas, como de setembro de 2019 que possibilitou ao governo federal não contabilizar as transferências de recursos federais para estados e municípios beneficiados pela chamada repartição da cessão onerosa do pré-sal, assim como a aprovação em dezembro de 2021 da PEC dos Precatórios, que trouxe impacto de R$ 105 bilhões, e principalmente a PEC Kamikaze, de julho deste ano, que numa manobra ilegal e criminosa permitiu a Bolsonaro comprar votos às pressas por meio de benefícios sociais, a um custo de R$ 41 bilhões a mais do que previa o teto, foram determinantes para atolar o país num rombo fiscal sem precedentes.

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Simone Tebet é ameaçada de morte e pede escolta policial

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reforço de segurança e escolta da Polícia Legislativa após receber ameaças de morte.

A informação foi publicada nesta sexta-feira (4) por Veja. “Depois de entrar de cabeça na campanha de Lula, a senadora Simone Tebet passou a ser alvo de ataques raivosos de bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais. As ameaças, inclusive de morte, aumentaram drasticamente nos últimos dias e obrigaram a parlamentar a agir”, diz um trecho da reportagem.

A emedebista pediu um tipo de escolta que geralmente serve para senadores em viagens e eventos públicos fora de Brasília (DF). No caso de Simone, a polícia ficará 24 horas na escolta dela, onde quer que ela esteja.

*Com Veja

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