Ano: 2022

Ipec: Lula segue isolado na liderança e Bolsonaro cai

Em relação ao levantamento anterior, Ciro e Tebet oscilaram um ponto para cima dentro da margem de erro: ele está com 8% e ela, 4%. Felipe d’Avila segue com 1%. Pesquisa foi realizada entre 2 e 4 de setembro, com 2.512 entrevistados em 158 municípios. Margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.

Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (5), encomendada pela Globo, mostra o ex-presidente Lula (PT) com 44% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 31% na eleição para a Presidência da República em 2022.

Em relação ao levantamento anterior do Ipec, de 29 de agosto, Lula se manteve com o mesmo percentual; Bolsonaro oscilou um ponto para baixo –na ocasião, tinha 32%.

Ciro Gomes (PDT) vem em seguida, com 8% das intenções. Simone Tebet (MDB) tem 4%. Ambos oscilaram um ponto para cima em relação à pesquisa anterior do Ipec e se mantiveram empatados no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Felipe d’Avila segue com 1%, como na semana passada. Soraya Thronicke (União Brasil) também aparece com 1%.

Os nomes de Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (PROS), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Vera (PSTU) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto cada um.

Roberto Jefferson não é mais o candidato do PTB à Presidência. No sábado (3), o partido indicou Padre Kelman para substitui-lo. A alteração se deu porque o TSE cassou o registro da candidatura de Jefferson. A pesquisa Ipec foi registrada no TSE na semana passada, quando ele ainda era oficialmente candidato do PTB.

Intenção de voto estimulada

  • Lula (PT): 44% (44% na pesquisa anterior, em 29 de agosto)
  • Jair Bolsonaro (PL): 31% (32% na pesquisa anterior)
  • Ciro Gomes (PDT): 8% (7% na pesquisa anterior)
  • Simone Tebet (MDB): 4% (3% na pesquisa anterior)
  • Felipe d’Avila (Novo): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (0% na pesquisa anterior)
  • Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Pablo Marçal (PROS): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Roberto Jefferson (PTB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Branco/nulo: 6% (7% na pesquisa anterior)
  • Não sabe/não respondeu: 5% (6% na pesquisa anterior)

A pesquisa ouviu 2.512 pessoas entre os dias 2 e 4 de setembro em 158 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00922/2022.

*Com G1

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7 de Setembro: militantes fichados pela PF por atos extremistas preparam protestos; veja quem são

O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”

Estadão – Pelo menos 25 militantes e canais fichados na polícia por ações extremistas e notícias falsas estão na linha de frente da mobilização para o 7 de Setembro. Eles reúnem um total de 30 milhões de seguidores. O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”.

Há um mês o Estadão monitora os influenciadores radicais, que argumentam usar apenas “figuras de linguagem” em sua atuação nas redes. Mas eles têm um histórico de ações reais de violência política, como a invasão ao plenário da Câmara, em 2016, além de citações nos inquéritos dos Atos Antidemocráticos e das Fake News, de 2020, e o da desmonetização de canais que faturavam com mentiras, de 2021.

Atualmente, o grupo se articula em torno do discurso de ataque do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

Sem impedimentos legais, esses influenciadores estão a postos a aumentar, a todo instante, o tom dos discursos de Bolsonaro – alguns têm experiência no planejamento de ações reais de radicalismo. O ato partidário promovido pelo presidente está previsto para cidades como Brasília, Rio e São Paulo.

Candidata a deputada federal pelo PTB de Santa Catarina, Dileta Corrêa da Silva organiza a manifestação em Balneário Camboriú. Há seis anos, ela e outros 56 militantes formavam o movimento que quebrou a porta de vidro do plenário da Câmara e invadiu o local para defender a intervenção militar. “Faria tudo novamente e faria até melhor, chamaria mais pessoas, colocaria mais pessoas no plenário”, afirmou Dileta ao Estadão.

Após a invasão, ela foi proibida de entrar na Casa e teve de ir ao STF para restaurar o direito de entrar no local. Os advogados da candidata defendem a invasão, alegando que o ato foi “o mais espetacular” dos quais ela participou. E convenceram o ministro Edson Fachin que decidiu a favor dela, contrariando a opinião do Ministério Público Federal.

Não foi a primeira ação envolvendo a militante radical. Em 2017, Dileta foi decisiva nas redes sociais para propagar o motim da Polícia Militar do Espírito Santo, apoiada por Bolsonaro. Quanto ao seu comportamento no dia 7, ela diz que não fará nem mesmo discurso.

O grupo de radicais incentiva a presença nas ruas no feriado e fala em mortes entre “inimigos do Brasil”, “expulsar demônios” e fim dos “discursos moderados” contra a “tirania”

Está na hora de Bolsonaro reagir. Ele está jogando limpo com homens sujos. Tem que bater da medalhinha para cima, ou perderá a confiança do povo. pic.twitter.com/8mujGkhnzZ
— BOB JEFF 14 (@Cristia64583054) September 5, 2022

Candidato à presidência da República, mas com registro cassado pelo TSE, o ex-deputado Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar, divulgou um vídeo cobrando do presidente Jair Bolsonaro uma reação dura contra o ministro Alexandre de Moraes para garantir que as pessoas se manifestem. Ele classificou o magistrado como o chefe da “milícia judicial” e disse que o presidente deveria mandar prender os atiradores de elite escalados para a segurança do ato em Brasília.

“É o Xandão que vai estabelecer o que o povo pode fazer em 7 de Setembro? Ano passado foi um fracasso, você fez um discursinho meia boca com medo de não sei o quê e agora você vai deixar eles mijarem em você? Poste não mija em cachorro, Bolsonaro. Reaje, Bolsonaro, ou acabou. Ou pede o boné e acabou.”

Sem discurso moderado

Foragido da Justiça brasileira, o blogueiro Allan dos Santos estimulou, em um e-mail a seus seguidores, mais ação. “Não dá mais para usar o ‘discurso moderado’ como ferramenta contra a tirania”, escreveu. “Por isso, 7 de setembro será um dia tão importante. Além de ser o bicentenário da Independência do Brasil, será, também, o dia em que vamos mostrar que nada pode ser maior que a força popular”. Questionado, por e-mail, ele não respondeu.

Entre os influenciadores que tiveram o faturamento de canais barrados pela Justiça Eleitoral está Camila Abdo. Ela mantém uma série de contas nas redes sociais de apoio a Bolsonaro e críticas a ministros do STF. Na última quinta-feira, 1º, promoveu uma live no YouTube com o comentarista José Carlos Bernardi, que foi demitido da rádio Jovem Pan após sugerir ‘matar um monte de judeus’ para o Brasil enriquecer – ele agora é candidato a deputado estadual em São Paulo pelo partido do presidente.

Na transmissão, Bernardi citou um trecho da Bíblia que narra uma guerra e afirmou que a manifestação da próxima quarta-feira, será um “marco de libertação”. “Esse reboliço acontecerá agora no 7 de Setembro entre os inimigos do Brasil, eles mesmo vão se matar”. Em seguida, os dois afirmaram que a declaração se tratava de uma figura de linguagem. “Só para deixar claro, figura de linguagem é tipo assim: ‘entendeu, Supremo?’ Ah, como se fosse. Ele não está incitando morte de ninguém, tá bom? É como se fosse, um exemplo”, disse Camila.

“Chegou a hora de expulsarmos estes demônios”

Blogueiro punido pelo TSE com a perda de receita por vídeos de notícias falsas, em 2021, Emerson Teixeira de Andrade se apresenta nas redes sociais como “Professor Opressor”. Os vídeos dele fazem paródias a Alexandre de Moraes. No mesmo dia em que Bolsonaro chamou o magistrado de vagabundo, ele postou uma convocação no Twitter: “Vagabundos vão comendo pela beirada e acabando com a sua liberdade aos poucos. Você vai permitir isso ou vai para as ruas dia 7 de setembro?”, publicou, seguido de uma imagem com a mensagem: “Chegou a hora de expulsarmos estes demônios”.

“Me perguntaram se eu tinha coragem de tomar o Congresso”

O Estadão identificou 14 manifestantes que participaram da invasão à Câmara para pedir intervenção militar, por meio de vídeos da época, entrevistas e redes sociais. Seis anos depois, lideranças do grupo estão firmes na defesa de Bolsonaro. Além de Dileta, outros dois lançaram candidaturas à Câmara e a Assembleias Legislativas. Era 16 de novembro de 2016. O plenário estava praticamente vazio. O deputado Capitão Augusto (PL-SP) direcionava uma mensagem a eleitores de Ourinhos, no interior de São Paulo, quando foi interrompido pelo grupo que atropelou a segurança e entrou aos gritos no espaço restrito aos parlamentares e assessores. Um servidor que cruzou o caminho dos invasores foi derrubado com uma rasteira. A invasão forçou o fim da sessão.

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Vídeo: O 7 de setembro mais macabro da história

No 7 de setembro mais macabro da história, bolsonaristas vão às ruas comemorar os quase 700 mil brasileiros mortos por covid, a hiperinflação dos alimentos, os 33 milhões passando fome, recorde de juros no crédito e os 107 imóveis do clã, sendo 61 deles comprados com dinheiro vivo.

Assista:

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Covid e HIV: PGR pede que STF retire Moraes de ação contra Bolsonaro

Vice-procuradora-geral Lindôra Maria Araújo quer que o ministro Luiz Roberto Barroso assuma a relatoria do inquérito.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro do Luiz Roberto Barroso assuma a relatoria do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar as vacinas contra a Covid-19 ao vírus HIV. O atual relator é o ministro Alexandre de Moraes.

O documento, assinado pela vice-procuradora-geral, Lindôra Maria Araújo, argumenta que Barroso é responsável por outros inquéritos semelhantes e, por isso, seria o único com competência para avaliar o caso.

“O presente inquérito versa sobre idênticos fatos de uma das petições distribuídas ao ministro Relator Luís Roberto Barroso, o único, portanto, com competência, por prevenção, para averiguar as condutas imputadas ao presidente da República”, destacou a vice-procuradora-geral.

A PGR também argumentou que a “ausência de competência por prevenção” pode levar a uma futura anulação do inquérito.

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Bolsonaro veta saque do vale-alimentação após 2 meses sem uso do crédito

Ao vetar o saque, o governo alegou que a proposta conflita com normas anteriores que permitem o gasto dos valores do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT).

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou lei que altera as regras do vale-alimentação, com veto à possibilidade de saque do benefício pelo trabalhador após 60 dias sem uso dos créditos. Porém, uma das mudanças mais criticadas pelo setor, a permissão para portabilidade gratuita do serviço, foi mantida na nova lei. Com isso, o trabalhador tem a opção de escolher por qual operadora receberá o benefício, podendo trocar a bandeira da prestadora quando quiser.

A nova lei é resultado da aprovação do projeto de conversão da Medida Provisória 1.108/2022 e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (5/9).

A norma estabelece que o auxílio-alimentação deverá ser utilizado para o pagamento de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares ou para a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais; e proíbe as empresas empregadoras de receber descontos no âmbito de contratos firmados com as emissoras de cartões de auxílio-alimentação.

Ao vetar o saque do vale-alimentação, o governo alegou que a proposta conflita com normas anteriores que permitem o gasto dos valores do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) em gêneros alimentícios, vedam expressamente o saque dos valores depositados na conta específica do trabalhador no âmbito do PAT e proíbem a conversão do auxílio-alimentação em “pecúnia”.

“Este dispositivo não foi objeto de revogação ou alteração pela proposição legislativa”, cita o governo na razão do veto encaminhada ao Congresso. “Ressalta-se que a possibilidade de saque dos valores de auxílio-alimentação poderia induzir o pagamento desse benefício como valor de composição salarial, percebidos como parcela remuneratória indistinta, desvinculada do seu propósito alimentar e sobre a qual incidiria tributação, a exemplo da dedução do lucro para fins de apuração do imposto sobre a renda da pessoa jurídica”, acrescenta, alegando ainda consequências como “insegurança jurídica” e “custos operacionais” que poderiam ser repassados ao trabalhador.

Veto contra sindicatos

Bolsonaro vetou também o trecho incluído pela Câmara dos Deputados na MP que tornava obrigatório o repasse às centrais sindicais de saldos residuais de contribuições voltadas para a categoria.

O dispositivo rejeitado previa que “o saldo residual das contribuições sindicais (…) que não foram repassadas às centrais sindicais em razão de ausência de regulamentação pelo Poder Executivo poderá ser restituído a cada central na proporção dos requisitos de representatividade previstos na legislação específica sobre a matéria.”

“A proposição legislativa contraria o interesse público, visto que incorre em potencial despesa para a União pelo fato de não apresentar a estimativa do impacto fiscal e a adequação orçamentária e financeira”, justifica o governo. “Ademais, a amplitude do conceito ‘saldo residual’ tem o potencial de gerar litígios administrativos e judiciais, o que acarretaria insegurança jurídica”, completa.

*Com Correio Braziliense

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Lula se reúne com presidente da Bolívia e promete apoio à entrada do país ao Mercosul

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta manhã com o presidente da Bolívia, Luis Arce, em hotel em São Paulo. Candidato ao Planalto, o petista prometeu apoio à entrada do país vizinho ao Mercosul (Mercado Comum do Sul), em uma proposta de reaproximação dos países latino-americanos, hoje governados em maioria por partidos de esquerda.

Segundo o Uol, o encontro, feito a convite do governo boliviano, é parte de uma agenda internacional que tem feito desde o fim de 2021. Em visita informal, o boliviano não deverá se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre agenda em Brasília.

Entrada no Mercosul: Os dois trataram sobre o retorno de um estreitamento nas relações entre os países latino-americanos, uma das principais bandeiras internacionais do governo Lula (2003-2010). Entre os assuntos debatidos, está a entrada do país no Mercosul, uma proposta que ainda precisa ser referendada pelo Brasil.

Segundo o ex-chanceler Celso Amorim (PT), que participou da reunião, Lula é a favor da integração e trabalhará para isso. “O presidente Lula se comprometeu, caso eleito, de acelerar a integração da Bolívia ao Mercosul, que é muito importante para as relações internacionais, com a Europa, com a China”, afirmou, após o encontro.

Mesmo presidente, Lula poderia prestar apoio, mas quem dá a última palavra, neste caso, é o Congresso Nacional. Nos outros três países membros — Argentina, Paraguai e Uruguai — ela já foi aprovada pelos respectivos parlamentos.

Evidentemente que o Congresso é soberano, mas não tenho a menor dúvida de que [Lula] fará esse esforço. É muito importante para a Bolívia e importante para nós, porque a Bolívia no Mercosul também nos facilita o contato com todo o conjunto da Comunidade Andina, que ela também é membro.”Celso Amorim, sobre apoio à Bolívia.

Comunidade Andina é o bloco econômico formado por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, que compõe a Cordilheira dos Andes. Atualmente, é debatida ainda a integração da Argentina e o retorno do Chile. Por isso, justifica Amorim, a importância de estreitar as relações com membros do grupo.

Soberania da Amazônia: Os dois também trataram sobre soberania e exploração da Amazônia. Uma das principais pautas do plano de governo petista, Lula defende que a floresta seja explorada de forma sustentável, com combate ao garimpo ilegal e respeito às reservas indígenas.

O ex-presidente também diz que isso tem de ser feito em união com todos os países que compõe a floresta junto ao Brasil: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru. Suriname e Venezuela.

“A Bolívia é o único país da América do Sul que participa dos três grandes ecossitemas: Amazônia, Prata e Andina —nem o Brasil, que é grande, nós não estamos nos Andes. Então, falou-se muito da integração e de trabalho na região, das possibilidades de investimento em infraestrutura.

Sem encontrar Bolsonaro: Arce é mais um chefe de Estado que vem ao Brasil e não se encontra com o presidente Bolsonaro. Como se trata de um encontro informal, não houve justificativa oficial para que não houvesse uma reunião.

No início de julho, o petista recebeu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, para uma reunião informal. Bolsonaro também ia se encontrar com o português, mas se irritou com a agenda com Lula e decidiu cancelar toda a programação.

No fim de julho, a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, foi à Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, para uma reunião com o ex-presidente e foi embora sem encontrar Bolsonaro. Ela eleita em junho junto a Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia — acontecimento não muito recebido pelo Planalto.

Agenda internacional: Desde o final do ano passado, o ex-presidente Lula tem tentado formar uma agenda internacional, com encontros com diferentes lideranças estrangeiras —com intuito também de se contrapor ao isolamento institucional ao qual atribui o governo Bolsonaro.

  • Em novembro do ano passado, ele foi recebido com protocolo de chefe de Estado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em visita a Paris.
  • Em maio, recebeu a princesa Marie-Esméralda Léopoldine, integrante da família real da Bélgica, em encontro feito a portas fechadas de “caráter particular”.
  • No início de julho, recebeu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também para uma reunião informal.
  • No fim do mesmo mês, recebeu a nova vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez.
  • Na semana passada, fez uma reunião com 13 deputados do Parlamento Europeu para debater possíveis alianças e melhoria do relacionamento entre Brasil e União Europeia em caso de vitória.

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Brigas por dinheiro e Carlos: as cartas da segunda mulher de Jair Bolsonaro

Juliana Dal Piva – A separação entre o presidente Jair Bolsonaro e a advogada Ana Cristina Valle continua representando um dos episódios mais complicados da história do candidato do PL, que tenta mais um mandato na Presidência da República do Brasil.

Cristina, como é conhecida, também se lançou como deputada distrital pelo PP, no Distrito Federal. Novos dados da separação vêm agora à tona no episódio bônus do podcast “UOL Investiga.

Seria apenas um divórcio se o processo não tivesse trazido à luz, desde a eleição de 2018, em uma reportagem da revista Veja, que Bolsonaro ocultou parte de seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados em 2006. Além disso, foi acusado pela ex-mulher de ser violento.

No novo episódio do podcast, estão cartas inéditas de Cristina, escritas em 2007, com detalhes sobre as disputas por dinheiro e o tom grave da separação entre os dois.

Cópias manuscritas foram entregues, com exclusividade, à coluna por uma fonte que pediu anonimato. A coluna submeteu as cartas a duas pessoas que conhecem Cristina há vários anos e elas confirmaram a autenticidade da grafia. Além disso, as cartas também passaram pela análise de três peritos grafotécnicos, que constataram a compatibilidade da escrita.

Peça-chave das investigações Desde 2018

— e a partir das investigações do Ministério Público do Rio e da imprensa—, ficou evidente o papel de Cristina como peça-chave do esquema de entrega ilegal de salários, conhecido como “rachadinha”, que ocorreu nos gabinetes de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e de seus filhos.

Em especial de Flávio e Carlos, que são oficialmente investigados. Cristina foi chefe de gabinete de Carlos entre 2001 e 2008. É a partir desse período que vários integrantes de sua família foram indicados para cargos públicos durante os mandatos dos enteados e do, agora, ex-marido. Ao todo, 18 parentes dela estiveram nomeados em algum momento.

No ano passado, a coluna revelou gravações de Andrea Siqueira Valle, irmã de Cristina e ex-funcionária fantasma do clã Bolsonaro. Esteve nomeada por 20 anos entre os gabinetes de Jair, Carlos e Flávio. Nos áudios, ela admitiu que entregava até 90% de seu salário. Também contou que um de seus irmãos foi exonerado por Bolsonaro por “não devolver o dinheiro certo”. Essas gravações se somam aos dados da quebra de sigilo de Andrea que corroboram o que ela disse nos áudios.

É o processo de separação entre Cristina e Bolsonaro que mostra os primeiros indícios de irregularidades nos bens dele. No processo, Cristina disse que Bolsonaro tinha uma renda de mais de R$ 100 mil por mês, sem dizer de onde vinha todo esse dinheiro. Primeiro trecho da carta de Cristina para Bolsonaro A separação de Bolsonaro e Cristina ocorreu em julho de 2007. Na carta para Bolsonaro, ela menciona as expectativas de lucro junto às empresas que ela havia criado naquela época: um escritório de advocacia e uma seguradora.

Primeiro trecho da carta de Cristina para Bolsonaro

A separação de Bolsonaro e Cristina ocorreu em julho de 2007. Na carta para Bolsonaro, ela menciona as expectativas de lucro junto às empresas que ela havia criado naquela época: um escritório de advocacia e uma seguradora.

Na carta, Cristina escreveu ao então marido que “sabia que ele ia voltar” para que se casassem como nos “sonhos” dela. Depois acrescentou: “Valle Reguladora vai se legalizar e se livrar daquela pessoa. Vamos ter muitos e muitos processos chegando. A minha meta até o fim do ano é de mil processos/mês. Vou ganhar R$ 50 mil por mês. Vou vender esta casa muito bem. Vou comprar a casa dos meus sonhos. A Valle Advogados vai dar muito dinheiro. O meu corpo e saúde vão estar sempre assim: lindos e com saúde. O DPVAT vai dar muito dinheiro”.

Em dezembro de 2021, o Jornal Nacional fez uma reportagem revelando que as empresas dela estavam envolvidas em negociações suspeitas e fraudes do seguro obrigatório, o DPVAT.

Ao pedir a quebra de sigilo de Cristina, nas investigações sobre rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro, o MP apresentou relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que indicavam negociações suspeitas nas contas dessas firmas.

De agosto de 2007 a julho de 2015, mais da metade do que saiu da conta bancária de uma das empresas foram saques em dinheiro vivo, um total de R$ 1,1 milhão.

Segundo trecho da carta

Em outro trecho, já na página seguinte, Cristina faz reclamações. Diz que o marido era ingrato e aponta brigas entre os dois por causa do Carlos, com quem ela trabalhava. Bolsonaro mantinha enorme desconfiança em relação à ex-mulher.

Cristina escreveu: “Foram muitas as injustiças e ingratidões de sua parte. Nunca fiz nada que pudesse desabonar a minha conduta com você e nossa família. O primeiro ponto onde tudo começou: Carlos. Por 2 anos, eu o amei, amparei e socorri todos os seus medos e em troca tive o título de sedutora de menor. Ah, como dói, dói muito, fala para ele que meu amor era sincero e puro. Não pornográfico e nunca foi e, se eu desabafei, foi porque ele me passou confiança para me ajudar com você, Jair. Mas nada adiantou”.

Ao falar do patrimônio do casal, a advogada escreveu que “nunca foi a minha intenção lesar ninguém e sim crescer o patrimônio da família”. “Presto conta de tudo, pois não tirei nada de vocês. Sou honesta e tenho orgulho disso”, completou.

Ela finalizou o trecho dizendo: “Terceiro, o bendito flat. Comprei sem sua autorização e fiquei com muito medo e tinha razão. Mas você tinha mudado, não queria mais investir mais nada. Errei. Perdão”.

Quando Cristina e Bolsonaro foram viver juntos, em 1998, ele só tinha um apartamento no Maracanã e uma casa em Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ). Em 2007, na separação, o patrimônio do casal incluía 17 itens, entre casas, terrenos, apartamentos e automóveis, e chegava a um total de R$ 4 milhões.

A coluna apurou que o tom melancólico de Cristina tinha intenção de mexer com Bolsonaro, mas não funcionou. Apesar de os dois estarem juntos desde 1998, eles nunca formalizaram a união e Cristina teve que ir ao Tribunal de Justiça para garantir a divisão dos bens.

Além da carta para Bolsonaro, ela escreveu uma para Jair Renan, seu filho, e outra para uma amiga chamada Mariana Motta, que foi chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro (PL) na Alerj. Em ambas, também feitas em 2007, ela desabafa sobre a tristeza após a separação de Bolsonaro. A íntegra das cartas está no episódio bônus do podcast.

Cristina nega cartas, mas ex-funcionários e peritos confirmam grafia

Duas pessoas que conviveram com Cristina durante muitos anos confirmaram à coluna que a grafia das cartas é dela. Uma das pessoas pediu anonimato. A outra é Marcelo Nogueira, ex-funcionário de Cristina desde 2002.

Ele disse à coluna, após ver as cartas, que já tinha ouvido falar delas e reconheceu a letra de Cristina. “Eu reconheci a letra, sim. Não, com certeza essa letra aí é dela. Isso aí eu conheço de anos, né? E sobre essas cartas aí, alguma vez eu tinha ouvido alguém falar. Só não me lembro quem, mas também a coisa ficou por esquecida e eu nunca mais tomei conhecimento, não. Eu não me lembro se foi uma das empregadas que me falou, comentou alguma coisa comigo, entendeu?”

Cristina foi procurada durante duas semanas para falar das cartas e dos episódios. Inicialmente, não retornou aos contatos. Depois, ao ser localizada em uma atividade de campanha no Distrito Federal, ela disse que nunca havia escrito cartas e que não reconhecia sua letra nas imagens mostradas pela reportagem.

A coluna consultou três peritos grafotécnicos, sob a condição de anonimato, para análise e confronto entre as cartas e assinaturas de documentos manuscritos por Cristina referentes a suas empresas e à rescisão de um ex-funcionário.

Trechos de análise grafotécnica de caligrafia de Ana Cristina Valle, ex de Jair Bolsonaro - Reprodução - Reprodução

O primeiro perito, com mais de 30 anos de atuação em casos cíveis e criminais no Rio de Janeiro, disse que, após análise, encontrou compatibilidade entre as escritas dos documentos e das cartas. Citou coincidências nas letras “s”, “t” e “d”, devido à mesma inclinação para a escrita das letras.

Outros dois peritos em São Paulo, com experiência em diversos casos por todo o país, também encontraram compatibilidade. Estes escreveram um parecer de 19 páginas.

*Com Uol

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Carlos Fávaro: Lula, Mandela brasileiro: a 3a via da democracia

Os ataques do Bolsonaro seguem três linhas de estupidez.

Já tive a oportunidade de conversar com o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, antes do início da campanha eleitoral. E um detalhe me que chamou a atenção de pronto logo no primeiro encontro que tivemos, o seu estado de espírito, à altura da sua trajetória política e pessoal. Vi um Lula sem ressentimentos, sem sede de vingança, sem busca de revanche contra aqueles que o condenaram injustamente.

Lula poderia encerrar sua trajetória política, mas deixou claro que sentia em seu coração que tinha ainda uma missão a cumprir com os brasileiros: pacificar o país. O Brasil comprova que Lula está pronto para este gesto de pacificação nacional. Para vencer o autoritarismo, a truculência e o egoísmo de um presidente que prefere debochar dos pobres e das mulheres a trabalhar pelo bem do Brasil.

Temos hoje no país um presidente radical de extrema direita, que cultiva as sementes do ódio na ação criminosa das suas milícias digitais prontas para matar a honra daqueles que não se submetem à sua ideia única. Milícias digitais prontas para matar a verdade com mentiras de toda ordem. A figura pública que ocupa hoje a presidência da República usa e abusa politicamente da palavra de Deus para se apresentar como “cristão”, mas chegou ao absurdo de dizer que a ditadura militar “matou pouco”.

Internacionalmente o presidente é uma ameaça ao desenvolvimento brasileiro. Por exemplo, atacou a China e fez a guerra contra as vacinas, causando problemas na relação do Brasil com seu maior parceiro comercial, em especial o agronegócio. Demorou a reconhecer a vitória do presidente Biden, apoiando a tentativa de golpe nos Estados Unidos e mais recentemente, contrariando o sentimento nacional e mundial posicionou-se favoravelmente a Putin em uma guerra sem sentidos que prejudica a economia mundial, além da catástrofe humana que representa.

Os ataques do atual presidente seguem três linhas de estupidez: a primeira atacar a prisão de Lula como verdade processual. A segunda linha, risível, é a de que o ex-presidente representaria a esquerda radical, a implantação do comunismo no Brasil. E a maior estupidez: atacar o Poder Judiciário e as urnas eletrônicas, que na verdade trouxeram segurança jurídica às eleições no Brasil. Isso tudo é confissão da derrota e, pior, de que pode não aceitar o resultado. Por isso precisamos de instituições fortes e dirigentes comprometidos com o país e sua população.

O comportamento de Lula é de compromisso com o Brasil, bem diferente do atual presidente. Lula escolheu o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como seu candidato a vice. O gesto é tão simbólico quanto real: mostra, na prática, seu firme propósito de pacificar o país ao convidar um adversário do passado para ser seu aliado na reconstrução nacional. Não existe figura mais representativa do conservadorismo e do centro democrático que o governador Alckmin, católico fervoroso, que demonstrou enorme capacidade administrativa em todas as oportunidades que governou São Paulo. O gesto de atrair Alckmin e celebrar a composição com ele mostra que Lula está longe, muito longe, de ser a extrema esquerda radical como prega seu adversário.

Qual brasileiro normal consegue imaginar Alckmin na linha de frente do comunismo? O ex-governador de São Paulo tem a coerência de um político comprometido com os valores da democracia e está pronto para ajudar Lula a levantar a economia do Brasil; a abrir oportunidades a todos e de voltarmos a respirar o ar puro de uma vida em paz, decente e de respeito às diferenças. Quem compara escolhe o melhor para o país: enquanto Lula escolheu um vice civil, democrata, o atual presidente Bolsonaro escolheu, de novo, um general como vice, colocando o povo sob a sombra das baionetas, ameaça típica da extrema direita.

Lula é o Mandela brasileiro. Tem a consciência da dimensão dos desafios que tem pela frente: pacificar o Brasil e melhorar a vida dos brasileiros. Entre a extrema direita e a extrema esquerda, duas ervas daninhas da polarização insana, Lula é a verdadeira terceira via da democracia. É fato: a terceira via é Lula, para colocar o país novamente no rumo do desenvolvimento para todos.

*Carlos Fávaro (PSD/MT) é Senador da República, coordenador das campanhas em Mato Grosso de Lula à presidência e de Neri Geller ao Senado.

*Blog do Noblat/Metrópoles

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As perguntas que a mídia nunca quis fazer para Moro

Se Lula comandou o maior esquema de corrupção da história, por que Sergio Moro não sequestrou os frutos desse roubo?

Faltou competência, ou pior, Moro prevaricou?

Jornalistas do Uol fizeram uma reportagem investigativa durante 7 meses e desvendaram as transações de 107 imóveis do clã Bolsonaro, sendo que 51 deles negociados com grana viva.

Tudo regiamente documentado em cartório.

Moro, com aquele batalhão formado pela Força-tarefa da Lava Jato, monitorou, por anos, cada respiração de Lula e não apresentaram nada, nenhum documento como os dois jornalistas da Uol apresentaram da família Bolsonaro.

Onde Lula teria enfiado tal fortuna e como Moro fez esse monitoramento?

Se Moro localizou a suposta fortuna de Lula, ele tem a obrigação de revelar.
Imóveis, Iates, jatinhos, mansões, ilhas, dentro e fora do país?

Contas na Suíça ou outros paraísos fiscais?

Com o padrão de qualidade que dizia ter, a Força-tarefa da Lava Jato, mostraria isso com os pés nas costas.

Por que não fez?

Não é possível que Lula tenha conseguido esconder tantos bens e Moro o acusar de gigantesco roubo e não devolver aos cofres públicos um único centavo dessa montanha babilônica que o ex-juiz afirma que Lula se apropriou.

Para ele acusar Lula de um roubo de tal monta, ele deve saber onde essa grana toda está investida.

Por que não sequestrou judicialmente esse tesouro mágico que Moro acusa Lula de ter roubado?

Ao menos Moro deveria dar o mapa da mina, mas ele não mostra nada que prove o que ele acusa Lula, porque isso não existe e nunca existiu, do contrário, o idiota não teria acusado Lula sem provas de ser dono de uma porcaria de apartamento no Guarujá, sendo que ele, segundo Moro, de posse de tanto dinheiro, moraria em um ilha, numa fazenda gigantesca ou coisa que o valha.

Tudo isso deveria ser perguntado a Moro pela nossa gloriosa mídia, mas ela não pergunta porque sabe a resposta. Lula não tem centavo que não seja declarado e absolutamente compatível com seus ganhos. Por isso o silêncio canalha dos barões da imprensa industrial sobre esse detalhe tão simples para colocar toda essa história em pratos limpos.

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Carlos Bolsonaro mantém núcleo paralelo de campanha para as redes sociais

Filho do presidente ignora comunicação da equipe oficial, comandada pelo irmão, o senador Flávio Bolsonaro.

Apontado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos principais responsáveis por sua chegada ao Palácio do Planalto, o vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro mantém uma espécie de núcleo de comunicação paralelo ao comitê de reeleição do pai. Crítico do trabalho feito pela equipe de marketing contratada pelo partido, o parlamentar ignora grande parte das estratégias e até a identidade visual adotada pela campanha, coordenada por seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Segundo O Globo, antes das eleições de 2018, Carlos já detinha a senha do Twitter de Bolsonaro, rede social em que o presidente é mais ativo e por meio da qual propagou a maior parte da narrativa que ajudou a elegê-lo chefe do Executivo federal. Apesar do aumento da estrutura disponível para a campanha de Bolsonaro, ainda hoje Carlos mantém o método que deu certo quatro anos atrás: publicação de peças com aparência de produção caseira e fotos do pai com pouco tratamento. As diferenças entre o trabalho comandado pelo vereador e as ações elaboradas pelo comitê são visíveis.

O filho do presidente ignorou, por exemplo, as imagens oficiais produzidas para estampar as peças publicitárias de Bolsonaro. Nelas, o presidente aparece diante de uma bandeira do Brasil, sorridente, numa imagem em que mal se vê as manchas de sua pele. Esse material poderia ser usado a partir de meia-noite do dia 16 de agosto, quando a campanha começou efetivamente. Carlos só atualizou as redes cerca de 24 horas depois, acrescentando o nome e o número do presidente na urna, assim como a identificação do candidato a vice, o ex-ministro Braga Netto. Ele manteve, porém, a foto de baixa qualidade que ilustra o perfil de Bolsonaro há anos.

O vereador também administra um Flickr, uma plataforma que armazena fotos, onde posta materiais que exaltam realizações da gestão Bolsonaro. Essas peças são disparadas tanto na rede social do presidente administrada por Carlos como nos grupos de WhatsApp e Telegram em que ele dissemina informações que considera favoráveis ao pai.

Os parceiros de Carlos

No núcleo paralelo, Carlos conta com o apoio de servidores da Presidência, entre eles os assessores Filipe Martins, José Matheus Sales e Mateus Matos Diniz. Outro que deve se juntar ao quarteto é Tércio Arnaud Thomaz. Ele deixou o cargo que ocupava no governo para concorrer como suplente do candidato a senador pela Paraíba Bruno Roberto (PL). Thomaz, Sales e Diniz formam o chamado “gabinete do ódio”, grupo capitaneado por Carlos responsável por disseminar o discurso bolsonarista nas redes.

O Globo apurou que o vereador ainda é o único que opera o Twitter de Bolsonaro. Já no Facebook e no Instagram, usados para transmissões ao vivo, assessores do Planalto também administram as contas.

Para se dedicar integralmente à campanha do pai, Carlos se licenciou do cargo de vereador no início de agosto e tem passado praticamente todo o período eleitoral em Brasília. Apesar disso, ele não frequenta o QG da campanha e não vai às reuniões da equipe oficial. Quando necessários, os contatos são feitos com Flávio. Eventualmente, segundo interlocutores, os irmãos conversam sobre estratégias, embora procurem não interferir no trabalho do outro. Ainda assim, já houve rusgas entre eles.

Carlos criticou publicamente a campanha, ao comentar um post que anunciava o slogan “sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração, seremos uma grande nação”. “Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing”, desdenhou. À época, Flávio foi questionado:

— Olha, para mim as inserções do partido foram perfeitas. Isso foi fruto de muito trabalho, de muito estudo. Não foi um achismo.

Integrantes da campanha minimizam o embate e preferem dizer que “as redes sociais do presidente têm vida própria”. Já a campanha do PL, responsável pela propaganda na televisão e no rádio, tem a missão de alcançar outros públicos.

A equipe de comunicação da campanha é formada pelo ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, o marqueteiro Duda Lima e o publicitário Sérgio Lima. O Globo tentou contato com Carlos Bolsonaro, mas não houve resposta.

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