Mês: janeiro 2023

‘Já há recados de que Anderson Torres está se sentindo abandonado por Bolsonaro’,

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de segurança do Distrito Federal foi preso no sábado (14) ao chegar dos Estados Unidos.

O comentarista Gerson Camarotti, G1, analisa a expectativa para os próximos movimentos do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preso por omissão e conivência com os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele foi detido logo que chegou ao aeroporto de Brasília, na manhã do último sábado (14). (Veja o comentário completo no vídeo acima).

Há a preocupação do núcleo em volta de Bolsonaro com o que seriam os próximos passos de Torres. Ele prestará depoimento, ainda sem data definida, mas já foi possível apurar que ele está se sentindo abandonado pelo ex-presidente da República, o que aumentaria as chances de uma possível delação.

“A preocupação maior desse núcleo mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro é que já há recados de que Anderson Torres está se sentindo abandonado. Então ninguém sabe ao certo já nesse primeiro momento como vai ser o comportamento de Torres”, afirma Camarotti

Anderson Torres viu sua situação complicar bastante no final da última semana. Além da acusação de omissão nos atos golpistas do dia 8 – uma vez que era o responsável pela segurança do DF –, foi encontrada na quinta-feira (12) a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.

Nas redes sociais, Torres afirmou que se tratava de um documento dentre vários em uma pilha de papéis que iriam ser descartados quando ele retornasse dos EUA.

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Lira fala sobre possível punição a Bolsonaro por invasão no DF: ‘Cada um responde pelo que faz’

‘Meu CPF é um, o dele é outro’, afirmou presidente da Câmara ao tratar do papel do ex-presidente em tentativa de golpe; segundo Lira, parlamentares que mentiram sobre o episódio serão ‘chamados à responsabilidade’

Estadão – Ao ser questionado nesta segunda-feira, 16, sobre a possível responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), respondeu que cada um deve responder pelo que faz. “O meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro”, declarou o deputado durante coletiva de imprensa, evitando opinar sobre o papel do ex-chefe do Executivo nos eventos do dia 8.

Na última sexta-feira, 13, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu Bolsonaro na investigação sobre os atos golpistas, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). No domingo, 8, apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram a Corte, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

“Nós temos de ter calma neste momento e investigar todos os aspectos. A nossa fala não muda: todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, disse Lira hoje. O presidente da Câmara visitou um Batalhão da Polícia Militar localizado próximo à Praça dos Três Poderes, junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.

Segundo Lira, os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques golpistas serão “chamados à responsabilidade”. O presidente da Câmara disse que deputados não podem divulgar fatos que “não condizem com a realidade”.

Lira se referia ao deputado eleito Abilio Brunini (PL-MT), que publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara e afirmou que não houve “praticamente nenhum estrago” no local. “É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade”, diz Brunini, no vídeo.

“Todos que tiverem responsabilidades vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então, esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram (a invasão), as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas”, disse.

Lira ressaltou, contudo, que a punição dos envolvidos nos atos golpistas será feita pela Justiça. “A Câmara tão somente vai contribuir para fornecer, como já fez, todas as evidências, filmagens, perícia, contribuir para a identificação dos culpados e ajudar na formulação de leis que impeçam que esses atos se repitam”, afirmou.

Após os atos de vandalismo, a preocupação agora, segundo o deputado, é com a segurança da posse de parlamentares, da eleição da Mesa Diretora do Congresso e do início dos trabalhos no Judiciário em 1º de fevereiro.

“Temos de ter a clareza de que muitas pessoas vão se deslocar, de todos os lugares do Brasil, para Brasília. É importante que todos nós estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido”, declarou.

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Ataque golpista tem digitais da Lava Jato, diz pesquisador

Para Fábio de Sá e Silva, que analisou postagens da operação, Moro e Deltan alimentaram discurso contra instituições democráticas.

Autor de estudos sobre a Lava Jato, o pesquisador Fábio de Sá e Silva enxerga as digitais do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol nos eventos do dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) avançaram sobre Brasília numa tentativa de golpe de Estado.

Primeiro, diz Silva, elas aparecem quando a operação Lava Jato começou a sofrer derrotas na Justiça e subiu o tom contra os tribunais, sobretudo contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

“A Lava Jato acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção”, diz Silva, professor de estudos da Universidade de Oklahoma, nos EUA.

Depois, num segundo momento, quando ganha força a ideia de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria legitimidade para enfrentar Bolsonaro, como se sua saída da prisão e sua habilitação eleitoral fizessem parte de uma grande trama cujo desfecho seria garantido pelas urnas eletrônicas, supostamente fraudulentas.

Em entrevista à Folha, Silva também diz que é cedo para avaliar a conduta de Alexandre de Moraes, do STF, na condução de processos contra atos antidemocráticos e fake news. Mas afirma que, em comparação com Moro, o ministro tem à disposição instrumentos jurídicos melhores e os utiliza de maneira mais inteligente.

O sr. argumenta em um estudo que o “fora STF” nasceu com a Lava Jato e que o discurso anticorrupção de membros da força-tarefa foi se transformando em ataques às instituições democráticas. Na sua visão, há relação entre isso e a intentona golpista em Brasília? Sim. Eu vejo como uma linha de continuidade. É um processo de mudança política que foi acontecendo no Brasil, com o centro de gravidade da política se movendo à direita até a consolidação de uma extrema direita. E é difícil, para mim, separar a Lava Jato disso, porque ela deu uma contribuição grande.

De que maneira? A Lava Jato se apoiava juridicamente em teses controvertidas, algumas das quais cruzavam as linhas do que é razoável na interpretação da legislação, e lidava com um histórico legislativo recente, então não tinha jurisprudência consolidada. Era uma arena de disputa.

Dentro dessa disputa, tem uma retórica muito forte do Dallagnol no sentido de envolver a sociedade no combate à corrupção. É claro que é importante envolver a sociedade no combate à corrupção, mas isso foi feito de modo a colocar a opinião pública contra os tribunais, para forçar os tribunais a acolher as teses que a Lava Jato elaborava. Eles inclusive usaram uma estratégia de comunicação pesada, em contato com a mídia e pelas próprias redes sociais.

Num primeiro momento, o sistema de Justiça cede. Cometem-se barbaridades na Lava Jato, como o grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff com o atual presidente Lula. O Moro pede escusas e não perde a jurisdição dos processos.

Mas, quando a Lava Jato sofre alguns reveses, há uma subida de tom contra os tribunais. E, com isso, ela acelera e fomenta uma indisposição de parte da sociedade contra os poderes instituídos. Ela reforça uma ideia de que todas as instituições estão contaminadas pela corrupção, de que os tribunais superiores são coniventes com isso. Não só contra o Supremo Tribunal Federal, mas também contra o Congresso.

E isso a gente observa nos dados. Estou falando antes de Bolsonaro assumir esse discurso no governo. Alguns eventos foram mais catalisadores disso. O indulto do [Michel] Temer, por exemplo, foi bastante explorado pelo Dallagnol. Ele fez diversas postagens. E o tom dos comentários sobe muito.

É quando começa a aparecer discurso de intervenção militar no STF, “vamos sitiar o STF”, “se forem 200 mil pessoas em Brasília cercar o prédio, eu duvido que eles vão continuar decidindo assim” etc.

*Com Folha

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Depois de trocar menos de 10% dos cargos do GSI, Lula agora quer mudanças

Apesar da desconfiança no entorno do petista, só sete de 80 cargos de confiança do Gabinete de Segurança Institucional têm novos ocupantes desde a posse.

Alvo de desconfiança do entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde antes da invasão de golpistas ao Palácio do Planalto, no último dia 8, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) passará por uma renovação dos quadros herdados do governo Bolsonaro. Dos 80 integrantes de cargos de confiança que compõem o órgão, apenas sete foram exonerados desde a posse do petista — menos de 10% do total.

A avaliação de ministros é que os militares responsáveis por zelar pela sede do Poder Executivo foram ineficientes durante os atos terroristas sem precedentes na história do país.

— O GSI está sendo mudado e será mudado quase na sua integralidade, quase 100% dele será renovado. Já começou e todas as pessoas serão renovadas para ter uma oxigenação e para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação — disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao Globo.

Hoje, o GSI é composto por cerca de 1.100 servidores — incluindo o pessoal da área administrativa —, sendo 80 integrantes de cargos de confiança. As mudanças promovidas até agora ocorreram de forma pontual na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e em departamentos ligados à logística e à capacitação.

A maioria do efetivo do GSI é composta por militares das Forças Armadas, principalmente em áreas sensíveis como na segurança de autoridades e instalações. Mas também há civis que integram, em especial, as áreas administrativa e de planejamento.

No governo Bolsonaro, o GSI era comandado pelo general da reserva Augusto Heleno, que chegou a ser cotado para ser vice na chapa do ex-presidente em 2018. O órgão é composto majoritariamente por militares, uma das categorias mais alinhadas ao bolsonarismo.

 

O GSI teve sua atuação questionada por não ter conseguido impedir que golpistas invadissem o Planalto. O episódio gerou desgaste para o general da reserva Gonçalves Dias, escolhido por Lula para chefiar a pasta formada majoritariamente por militares. O GSI não respondeu aos questionamentos do GLOBO.

— Eu não consigo imaginar a Casa Branca sendo invadida. O uso de todas as forças na última instância seria utilizado para impedir isso. Deveria ter sido utilizada a energia máxima para impedir o que ocorreu — afirmou o ministro da Casa Civil.

Na tarde de 8 de janeiro, quando os golpistas acessaram as dependências do Planalto, o contingente do órgão era de apenas 40 homens.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o responsável pela segurança do Planalto no momento da invasão, o militar José Eduardo Natale de Paula Pereira, do GSI, afirmou que só no Salão Nobre do segundo pavimento do prédio havia cerca de 700 pessoas, ou seja, o equivalente a 17 invasores para cada segurança.

“Havia por volta de 40 homens na tropa de choque do GSI para fazer a contenção dos milhares de manifestantes”, declarou Pereira. “Havia gritaria, barulho de cornetas e barulho de bombas. A maioria dos manifestantes vestia roupas verde e amarelo e outras roupas camufladas e desferiam palavras de ordem contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando que não aceitavam ele como presidente legítimo”, acrescentou.

O baixo efetivo se somou ao fato de que, na véspera da invasão, o GSI decidiu dispensar reforço no Batalhão da Guarda Presidencial. A determinação, feita por escrito, ocorreu cerca de 20 horas antes do ato golpista, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O batalhão é uma unidade do Exército, vinculada ao Comando Militar do Planalto (CMP), com atribuição de cuidar da segurança do Planalto.

*Com O Globo

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Interventor do DF afirma que invasores dos atos terroristas feriram 44 policiais e quase mataram um PM

Ricardo Cappelli disse ao ‘Fantástico’ que a noite de 8 de janeiro e que é a hora de ‘separar o joio do trigo’ na segurança de Brasília.

Ricardo Cappelli, interventor da segurança no Distrito Federal, afirmou na noite deste domingo ao “Fantástico” que 44 policiais ficaram feridos no embate com os invasores aos três poderes no dia 8 de janeiro. Ele afirmou que havia gente preparada em combate entre os manifestantes golpistas.

— Nós temos 44 policiais militares feridos em combate. Eles enfrentaram homens profissionais entre os manifestantes. Gente treinada e preparada. Gente que tinha noção de tática de enfrentamento, gente que tinha luva própria pra devolver granada e artefatos e gente que por muito pouco não ceifou a vida de um policial militar — afirmou Capelli.

Ao programa, ele afirma que encontrou um comando da segurança do Distrito Federal atordoado.

— Agora é a hora da gente separar o joio do trigo. Os que falharam, os que foram omissos, os que foram cúmplices e aqueles que honram a instituição, a polícia militar do Distrito Federal — afirmou. — A noite do dia 8 ainda não acabou. O dia 8 ainda não acabou. Essa noite ainda tem muita coisa pra ser… muita história por trás dela, muita investigação e a gente vai até o final.

*Com O Globo

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Legado de Bolsonaro: quem ganha um salário mínimo e meio paga imposto de renda

Levantamento do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal mostra aprofundamento da injustiça tributária. Segundo a entidade, se a tabela fosse corrigida pelo IPCA, 13 milhões de trabalhadores ficariam isentos.

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou como herança para os trabalhadores que ganham a partir de R$ 1.903,98 o desconto de 7,5% de imposto de renda. A tributação na fonte de um valor equivalente a 1,5 salário mínimo – o novo piso é de R$ 1.302 – aprofunda a desigualdade tributária no Brasil, segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

Uma injustiça sem precedentes. “Primeiro porque o Brasil tem um dos salários mínimos mais baixos dos países em desenvolvimento. E além disso não há no país tributação sobre as rendas, os lucros e dividendos. Uma espécie de paraíso fiscal”, disse à RBA o presidente do Sindifisco, Isac Falcão.

A cobrança de imposto de renda de trabalhadores com salários tão baixos é consequência da desatualização da tabela. Nos quatro anos de governo Bolsonaro foi mantida a mesma herdada do governo de Dilma Rousseff (PT). A petista foi a última a atualizar as faixas salarias para desconto do imposto, em 2015, antes de sofrer impeachment. Michel Temer também não corrigiu.
Defasagem nefasta para trabalhadores

Por causa dessa defasagem, um trabalhador que recebe R$ 6 mil tem um desconto mensal de R$ 681,94 a mais do que deveria ter. Ou seja, 690,89% maior. Já o contribuinte com renda mensal tributável de R$ 10 mil paga 177,17% a mais.

Segundo o sindicato, caso a tabela do imposto de renda fosse totalmente corrigida, estariam isentos de tributação todos que têm salário inferior a R$ 4.683,95. Bem diferente da atual situação, em que todos com renda tributável superior a R$ 1.903,98 pagam o imposto de renda. Essa diferença, de R$ 2.779,97, penaliza, principalmente, pessoas de mais baixa renda, que estariam na faixa de isenção.

Pelos cálculos do Sindifisco, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça-feira (10), a defasagem total da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) é de 148,10%, a maior da série histórica. A defasagem recorde é decorrente também do agregado de resíduos de correção insuficientes que não acompanharam as perdas inflacionárias desde 1996. Até o período, o reajuste era automático e seguia outros parâmetros.

Robin Hood às avessas

O sindicato defende reajuste na tabela por questões econômicas e sociais. Um reajuste integral da tabela traria tornaria isentos 13 milhões de trabalhadores que hoje pagam imposto. “Essas pessoas poderiam melhorar suas vidas, já que têm necessidades represadas. E poderiam assim passar a consumir produtos e serviços que hoje não podem”, disse Falcão.

Para ele, a renúncia fiscal de R$ 101,6 bilhões com a correção da tabela deve ser compensada com a tributação dos mais ricos, com parcelas elevadas de rendimentos isentos de tributação. “Essa política tributária brasileira é das mais injustas do mundo. Há 26 anos vem sendo consolidada no sentido de que os pobres pagam mais impostos e os ricos pagam menos, uma espécie de Robin Hood às avessas”, disse, referindo-se ao fim da cobrança de imposto sobre lucros e dividendos aos empresários no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Na prática, o Brasil descumpre a Constituição, que determina o princípio da capacidade contributiva. Ou seja, que quem ganha mais, deve pagar mais imposto. A falta de correção da tabela é uma maneira de aumentar a tributação para os mais pobres.

*Com RBA

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Quando o desespero toma conta

Mensagem de Michelle Bolsonaro nas redes sociais mostra desespero.

Ex-primeira-dama já nem tenta mais esconder a preocupação em relação ao futuro da família.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou suas redes sociais neste domingo (15) para enviar uma mensagem aos céus. O desabafo mostra uma clara preocupação com o futuro da família uma vez que seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não vive seus melhores dias desde que perdeu as eleições presidenciais para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de outubro de 2022.

E após sua fuga para os Estados Unidos, em 30 de dezembro, e a posse do novo presidente, aparentemente as coisas têm piorado. Bolsonaro é investigado por diversos crimes relacionados à sua gestão e foi apontado como culpado pela Polícia Federal no processo que investiga uma live em que comparou as vacinas de Covid-19 à contaminação por Aids.

Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que ele seja investigado como mentor e incentivador dos ataques que seus apoiadores realizaram em Brasília no último final de semana. Ainda é especulado na imprensa que Moraes esteja preparando um pedido de prisão do ex-presidente e, para piorar, o governo dos EUA já acenou, em paralelo ao seu apoio a Lula (PT), que não teria problemas em extraditar o ex-presidente caso solicitado pela Justiça brasileira.

Para piorar, Bolsonaro ainda recebeu um escracho no condomínio de brasileiros em Miami, na Flórida, onde se encontra, horas do antes da publicação. Com tudo isso em mente, Michelle soltou seu desabafo em formato de ‘stories’ no Instagram. “Senhor, tenha misericórdia de nós. Nós te amamos, pai”, clamou a ex-primeira-dama.

Na mesma publicação ela ainda postou uma frase do evangelista norte-americano Billy Graham. Uma possível interpretação pode apontar o descontentamento de Michelle em relação a fuga com o marido para os EUA. “Têm descansos que acontecem quando o corpo se deita, outros quando o joelho se dobra”, diz a frase.

*Com forum

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Carta ao cartão de crédito de Jair Bolsonaro: conte-nos tudo!

Jamil Chade*

Prezado senhor Cartão de Crédito de Jair Bolsonaro

Ao longo de quatro anos, o senhor foi usado e abusado. Foi escondido, passado sem vergonha, transformado em máquina de fazer dinheiro. Trabalhou como ninguém naquela família.

Descobrimos nesta semana que o senhor foi instrumentalizado para comprar R$ 8.600 em sorvetes. Calculando pelo preço médio de um picolé mais sofisticado que está à venda no mercado, isso representaria 661 sorvetes. Um a cada três dias, durante quatro anos.

Também fiquei muito impressionado com o quanto o senhor foi usado em padarias: R$ 581 mil. Haja sonho. Isso, claro, sem contar com gastos elevados de mais de R$ 100 mil em apenas um dia em um restaurante modesto do Norte do Brasil. Lá, o prato custava 17 reais.

Hoje começo a entender tanto sigilo. E tantas internações por problemas estomacais.

Mas fiquei confuso com todas essas informações. Certo dia, em São Paulo, encontrei por acaso com uma das secretárias mais fiéis ao governo Bolsonaro. E ela me fez uma confissão emocionante: o presidente era uma pessoa “simples” e que “comia arroz e feijão”.

Claro, quando descobrirmos que ele gastou em quatro anos R$ 27 milhões, fico só pensando: alguém está mentindo. Ou o presidente, ou ela ou o senhor.

Também não entendi os gastos de 1,4 milhão de reais em um só hotel. Numa conta rápida, daria para pagar por oito anos de estadia. Mas ele não tinha casa? Aquela das emas que fugiram da cloroquina?

Escrevo esta carta para pedir um favor: conte-nos tudo.

Todos aqueles sorvetes foram ou não consumidos? Aquelas noites de hotel foram ou não usadas? E como comer 6.000 pratos num só dia naquele restaurante modesto?

Afinal, quem era o teu chefe? Um homem simples ou um mentiroso?

Peço perdão por tirá-lo de um sono de cem anos. Mas, sabe, só estou cobrando isso por ser meu o dinheiro que pagou essas contas. Meu e dos demais brasileiros.

Como estamos reconstruindo uma democracia e como ainda lidamos com a herança de 33 milhões de famintos, você tem o potencial de ser uma peça chave nesse processo.

Foram anos de uma destruição profunda do país. E, numa democracia, existem coisas que o dinheiro não compra.

Aparentemente, o presidente de plantão achou que, para todas as outras, existia o cartão de crédito.

Saudações democráticas,

Jamil

*Uol

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A bandalha do governo militar de Bolsonaro assombra o planeta

Imagina um leitor dos EUA lendo, como leu sobre o Brasil, no Whasington Post, que comandante do exército norte-americano havia se associado aos trumpistas para promover atos terroristas nas sedes dos poderes daquele país.

Não dá sequer para pensar, mesmo o mais sábio dos engenhos conseguiria formular um plano que tivesse apoio dos militares contra a sua democracia.

E não me venham explicar bobagens sobre essa disciplina férrea que domina a filosofia das Forças Armadas americanas. Isso é matéria disciplinar primeira.

Como o norte-americano vai imaginar que ele, que paga pesados impostos para manter um pesadelo a cada dia, vai pensar que um soldado, que lhe custa um preço alto de trabalho, de sol a sol, pode apontar o dedo e as armas para quem lhe garante sustento e ainda ser condecorado por tal “heroísmo”?

A questão que não quer calar é, como brotou o bolsonarismo dentro de uma instituição que expulsou Bolsonaro por bandalha e terrorismo e, agora, o mesmo quer abalar a República, comandando, de Orlando, atos terroristas no Brasil a partir de acampamentos em território militar?

Agora, imagine um general dos EUA, negar ao Ministro da Justiça e ao Ministro da Defesa, acesso para que a polícia prendesse os golpistas logo após o ato.

É disso que se trata a crítica que se espalha pelo país sobre o comportamento dos oficiais ligados a Bolsonaro, que agiram para salvar os golpistas que vilipendiaram as sedes dos três poderes da República.

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Anderson Torres, Preso em Brasília, voltou para o Brasil sem o celular

Sputnik Brasil – O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres desembarcou em Brasília, onde foi preso, no último sábado (14), sem trazer consigo o telefone celular.

A informação foi noticiada pela TV Globo. Segundo a emissora, Torres veio de Miami, na Flórida, para Brasília, para se entregar à Polícia Federal (PF), em uma operação discreta e sem imagens. Porém, segundo apurou a emissora, ele deixou seu aparelho celular nos EUA.

Anderson Torres teve a prisão decretada no dia 10 de janeiro. O pedido de prisão foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF), e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.

A AGU acusa Torres e outros agentes de segurança pública de terem uma atuação omissa no episódio da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, promovido no dia 8 de janeiro, por bolsonaristas radicais.

A situação de Torres se agravou após uma busca realizada por agentes da PF na casa do ex-ministro. Na operação, os agentes encontraram uma minuta que permitiria ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.

A investigação aponta que a minuta seria uma tentativa de golpe de Estado. Torres diz, em sua defesa, que o documento “foi vazado fora do contexto”. Na quinta-feira (12), um dia após a minuta ser encontrada, ele publicou em sua conta no Twitter, uma postagem na qual afirmou que, no cargo que exercia, “recebia propostas dos mais diversos tipos”.

Segundo ele, a minuta encontrada estava em uma pilha de documentos que seriam destruídos. A PF investiga quem seria o autor da minuta, e os responsáveis podem responder por crime contra as instituições, previsto na Lei nº 14.197/2021.

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