Mês: janeiro 2023

A impunidade do clã Bolsonaro foi gasolina nos atos terroristas de domingo

Comecemos pelo começo. A tentativa de invasão e sabotagem dos terroristas em quatro refinarias da Petrobras deixa claro que a filosofia de Bolsonaro de promover atos terroristas há 35 anos, quando ameaçou bombardear a estação do Guandu, e explodir quartéis, atravessou mais de três décadas mecanizado em sua cabeça.

Todos, no planeta, sabem que quem está no alto da torre de comando do que ocorreu ontem no Brasil, com a invasão da Praça dos Três Poderes, chama-se  Jair Messias Bolsonaro. Agora, com o engenho e concepção de seus assessores mais próximos para a alimentação artificial de golpe de Estado que, desde o primeiro dia do seu governo, com vários ciclos, a história se repetiu, até chegar a esse nível de evolução com a legião que deflagrou os torpedos contra a democracia brasileira.

Ou seja, há 35 anos, Bolsonaro ensaiava sua guerra futura contra o país e, por isso foi expulso das Forças Armadas, sem entendermos a armação que houve para que ele fosse içado de tenente para capitão, permitindo que ele continuasse recebendo seus soldos como um soldado qualquer.

O que vimos nesse domingo é fruto das instituições que estavam dormindo enquanto Bolsonaro matava 700 mil brasileiros por covid, como se isso fosse algo banal, normal, sem dizer que tal feito era considerado épico pelos principais articulistas da Jovem Pan, que ontem, estava caminhando através de uma repórter, junto com os golpistas para a bandalha terrorista.

Não há compreensão possível, portanto, que possa brotar de um sentimento que não seja leviano que justifique a impunidade de Bolsonaro, o louco heroico dos fascistas nativos, já que a mão grande e o braço sujo do genocida, que provocou a maior chacina da história desse país sequer disfarça que foi ele o mentor e comandante do pesadelo golpista que pretendia lhe trazer de volta ao poder na marra.

Assim, o clero bolsonarista, incluindo o clã familiar, dentro de sua mais extensa amplitude, tem que ser encarcerado imediatamente, do contrário, o Brasil será visto como um país que tem instituições perigosamente representadas como as de uma colônia.

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Conivência se estende ao Exército, que tem tropas estacionadas no subsolo do Palácio do Planalto

Se a Policia Militar falhou em não barrar os quase 170 ônibus que chegaram ao Distrito Federal, o Exército não poderia ter falhado em impedir que os invasores chegassem ao gabinete presidencial.

Segundo o Valor, a invasão dos Três Poderes neste domingo não teve a conivência apenas do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, mas também do Exército Brasileiro. A Força tem dois batalhões que se revezam no subsolo do Palácio do Planalto, o Regimento de Cavalaria de Guarda e o Batalhão da Guarda Presidencial.

As duas Forças respondem ao Comando Militar do Planalto e têm, como sua função primeira, a proteção do palácio presidencial. Se a Policia Militar falhou em não barrar os quase 170 ônibus que chegaram ao Distrito Federal, o Exército não poderia ter falhado em impedir que os invasores chegassem ao gabinete presidencial. Demonstra que faltou comando para movê-los no cumprimento de suas funções.

Se a omissão da Polícia Militar do Distrito Federal pode ser resolvida com uma intervenção do Distrito Federal, que é decretada pelo presidente da República e aprovada pelo Congresso Nacional, que pode ser convocado do recesso para este fim, a inação das forças do Exército depende da ação do comandante do Exército.

Se o governador do Distrito Federal e o secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, se ausentaram de Brasília e reagem pró-forma nas redes sociais condenando as invasões, ainda não há qualquer declaração das Forças Armadas a missão já vinha patente desde as manifestações em frente aos quartéis.

Se o ministro da Justiça, Flavio Dino, se precipitou em elogiar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pela segurança da posse, quando Anderson Torres já havia sido escolhido para a Segurança, o ministro José Múcio também errou na complacência com as manifestações em frente aos quartéis.

Ele chegou a dizer que estas manifestações são democráticas e têm a participação de seus familiares. Em seu discurso de posse, deu por debelada a crise e apostou na institucionalidade da atuação das Forças Armadas.

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Moro tem que ser o primeiro a ser cassado

Neste domingo pela manhã, escrevemos aqui no Antropofagista, que o status que os fascistas estavam anunciando, com ações de ódio, havia mudado.

O texto aqui publicado com o seguinte título “O Estado tem que dar um basta no bolsonarismo de guerra“, como pode ser lido, alertava para que novos fatos com violência visceral dos bolsonaristas, inclusive contra idosos, com risco de morte, deixava claro que, quanto menor fosse o “movimento” dos fascistas, maior seria o ódio aplicado nas ações terroristas.

Pois bem, apesar desse fato estar explícito na grande mídia, nas redes sociais e até mesmo na imprensa internacional, Moro, agora senador, que teve acesso a todas essas informações, fartamente espraiadas em todos os meios de comunicação, dobrou a aposta antilulista no caos, incentivando o terrorismo que vimos ontem, horas antes do início do ataque aos Três Poderes, dizendo que Lula não tinha que mandar reprimir ninguém.

Vendo a extrema repercussão negativa que o terrorismo provocou, dentro e fora do país, ele quis botar a viola no saco com um bilhetinho no twitter, dizendo ser contra ao que acabara de incentivar, porque ele sabia muito bem quem e o quê estava incentivando. Afinal, foi ministro da Justiça e Segurança Pública do facínora que comanda todo esse circo de horrores.

Ou seja, o agora senador, Sergio Moro, mais do que qualquer um, tinha plena consciência do que o bolsonarismo seria capaz de fazer, como fez, sem chance para, depois do leite derramado, dizer-se contrário à fervura.

Ora, se Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal, foi afastado do cargo por 90 dias, com inevitável possibilidade de impeachment, sem escrever nada que incentivasse os golpistas, mas por leniência, Moro, que textualmente convocou e apoiou a manifestação terrorista, criticando Lula pela repressão a protestos violentos, tem que ser cassado e meio. Ele próprio produziu prova de seu crime em sua conta no twitter. Não tem arrego, não tem anistia, Moro tem que ser cassado.

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Comboio com 50 ônibus deixa QG do Exército com extremistas

Um militar do Exército informou aos manifestantes que eles tinham uma hora para deixar o local de forma pacífica.

Os radicais que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército foram retirados do local de ônibus, na manhã desta segunda-feira (9/1).

Durante a madrugada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a “desocupação e dissolução total”, em até 24 horas, de acampamentos bolsonaristas montados em áreas militares de todo o país. A decisão diz, ainda, que todos os participantes sejam presos em flagrante por diversos crimes.

O comboio com 50 ônibus saiu do QG por volta das 9h desta segunda-feira. Os veículos foram disponibilizados pela Secretaria de Transporte do DF. Do lado de fora dos ônibus, é possível ver que os bolsonaristas balançam bandeiras do Brasil para fora.

Todos estão em direção ao Departamento de Polícia Especializadas (DPE) a fim de que os terroristas sejam identificados.

Um militar do Exército Brasileiro informou a extremistas acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, que eles têm 1h para deixar o local.

“Na parte de trás, existem alguns ônibus para onde todos deverão se encaminhar para lá. Não queremos confronto. Não é de interesse do Exército Brasileiro e da Polícia Militar que haja confronto. Estamos dando prazo de 1h, que é um prazo bastante razoável, para que todos entrem nos ônibus e saiam em paz”, disse.

*Com Metrópoles

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Petroleiros alertam para possíveis ataques a refinarias e golpistas fazem bloqueios; veja situação nos estados

Bolsonaristas anunciaram interdições em locais como Duque de Caxias (RJ) e Araucária (PR).

De acordo com a Folha, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) emitiu nota alertando para possíveis ataques de manifestantes extremistas a refinarias da Petrobras, o que representaria uma nova escalada dos atos golpistas que resultaram neste domingo (8) na depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).

Possíveis ataques a refinarias haviam sido anunciados por bolsonaristas nos últimos dias em redes sociais e teriam como objetivo interromper o fornecimento de combustíveis no país. A movimentação dos terroristas se intensificou em alguns estados na noite de domingo e madrugada de segunda-feira (9).

Por volta das 23h de domingo, em uma rede social, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cuja base política é o Paraná, alertava para o risco de interdição na Repar (Refinaria Presidente Getulio Vargas), em Araucária.

“Os bandidos agora estão tentando impedir as refinarias de distribuir combustíveis”, afirmou ela, destacando imagens do local. “Esse vídeo é de delinquentes lá no Paraná, que estão à frente da Repar, em Araucária. O governo do estado vai deixar? Vai ser conivente com o crime e vandalismo? Cadê a PM do Estado?”, afirmou Gleisi.

O vídeo mostra caminhões despejando terra em duas vias de acesso, nas laterais de uma guarita. Segundo a FUP, o local dá acesso a uma distribuidora próxima à refinaria, e o bloqueio foi possível porque não havia policiamento público para deter a ação.

Diante das ameaças de ataques, ao longo do domingo, a FUP acionou órgãos federais de segurança, o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência da Petrobras.

Em uma rede social, Prates disse que a grande quantidade de postagens convocando para mobilizações junto às refinarias merece atenção.

“Entrei em contato com o atual presidente interino em exercício, diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen”, escreveu Prates. “O presidente em exercício da Petrobras informou que as equipes de segurança foram acionadas, bem como a segurança pública, e que as equipes da empresa estão reavaliando a situação a cada momento.”

Segundo Prates, inspira preocupação um conjunto de refinarias que são citadas nas postagens.

Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no Rio), Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo), Revap (Refinaria Henrique Lage ou Refinaria do Vale do Paraíba, também em São Paulo) e Refap (Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul).

Prates destacou ainda que está em contato com representantes da área de segurança.

“Também estou conversando com Flávio Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e com os governadores de alguns dos estados que poderiam ser afetados por movimentações indevidas em refinarias e terminais, por parte de terroristas e vândalos na sequência dos eventos de Brasília”, afirmou Prates na postagem.

Veja a situação em refinarias, segundo informações da FUP 0h30

Amazonas

Cerca de 25 manifestantes nas vias de acesso em direção à Reman (Refinaria Isaac Sabbá). Há intenção de impedir entrada de caminhões de abastecimento e há presença de forças de segurança.

Pará
Manifestantes bloqueiam a BR-163 em Novo Progresso e Altamira. PRF presente nos dois locais, monitorando e negociando com manifestantes.

Paraná
Golpistas fizeram bloqueio com terra em duas vias na região metropolitana de Curitiba. Segundo a FUP, o local dá acesso a uma distribuidora próxima à refinaria em Araucária. A Tropa de Choque negocia a retirada do bloqueio na madrugada desta segunda, segundo a FUP.

Rio Grande do Sul
Em Canoas/RS, cerca 30 terroristas estão entre a refinaria e a base da Vibra. Funcionários acessam o local normalmente. Há forças de segurança.

Refinaria Duque de Caxias
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, na noite deste domingo, que a Tropa de Choque está em frente ao local. Federação destaca que há diversas mensagens circulando nas redes sociais convidando a presença de manifestantes na Reduc e Distribuidoras de combustíveis em Caxias. Chegada de oito manifestantes às 23h45.

Betim/MG
Cerca de 40 bolsonaristas no local, sem bloqueio. Polícia Militar no local. Há informações de que dois ônibus estariam se dirigindo para o local durante a madrugada, segundo a FUP.

São José dos Campos/SP : Todos os caminhões carregaram na Base do vale do Paraíba, Empresa Vibra (antiga BR-Distribuidora). No início da manhã a Polícia Militar precisou negociar com os manifestantes. Permanecem acampados aproximadamente 50 deles. Polícia Militar no local.

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Aliados avaliam que atos terroristas aumentam riscos de prisão de Bolsonaro

Os atos terroristas que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos três poderes da República elevaram os temores entre aliados de Jair Bolsonaro de que o ex-presidente vai acabar preso em algum momento ao longo dos próximos meses.

De acordo com Malu Gaspar, O Globo, antes de centenas de extremistas bolsonaristas invadirem e depredarem as instalações do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, interlocutores de Bolsonaro avaliavam que havia um risco médio de prisão.

Agora, a leitura compartilhada por aliados do ex-presidente e por ministros de tribunais superiores ouvidos pela equipe da coluna é de que a situação de Bolsonaro ficou delicadíssima.

“Eu acho que, a médio prazo, ele não escapa”, avalia um magistrado que acompanhou perplexo os desdobramentos em Brasília.

Esses aliados de Bolsonaro e magistrados avaliam que os protestos golpistas farão desmoronar o capital político do ex-chefe do Executivo, já desgastado pela viagem dele aos Estados Unidos enquanto centenas de extremistas ficaram acampados debaixo de chuva na frente de quartéis contra o resultado das urnas.

No cálculo político de fiéis aliados, quanto mais vulnerável Bolsonaro estiver e menos apoio popular reunir, maiores as chances de ele se tornar uma “presa fácil” para o Judiciário e acabar na cadeia.

O maior temor no círculo bolsonarista é com duas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), ambos nas mãos de Alexandre de Moraes: o inquérito das fake news e o das milícias digitais.

Foi no âmbito desses dois inquéritos que a Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, pediu a Moraes a prisão de todos os envolvidos na invasão de prédios públicos federais, inclusive a do ex-secretário de segurança pública do DF Anderson Torres.

“Depois de hoje, Alexandre vai ter todo o respaldo de que precisar”, afirma um colega de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O sinal de alerta soou mais forte entre bolsonaristas nos últimos dias, depois que Moraes determinou a quebra de sigilo telefônico e de dados de apoiadores de atos antidemocráticos e permitiu a extensão da medida a todos os que tiveram contato com eles, conforme revelou o site Metrópoles.

Só na noite de domingo, depois de horas de quebra-quebra e tumulto em Brasília, Bolsonaro rompeu o silêncio e escreveu no Twitter que “depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”.

Antes disso, ainda, os canais e redes sociais do ex-presidente seguiam fazendo publicações sobre sua gestão, como se nada de anormal estivesse acontecendo.

Ao comparar os protestos de agora com os do passado, Bolsonaro buscou uma falsa equivalência. Nos atos do passado, ao contrário dos deste domingo, a polícia estava presente para conter os invasores, o que não se viu desta vez.

“Multidão sem líder vira turba, vão surgir ‘lideranças’ mais malucas. Este sempre foi o meu medo”, avalia um influente interlocutor de Bolsonaro, temeroso sobre o futuro do ex-chefe. “Se Bolsonaro virar um avestruz e fingir que nada disso que está acontecendo é com ele, vai ter problemas.”

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Moraes afasta Ibaneis Rocha, governador do DF, do cargo por 90 dias

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afastou o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha por 90 dias.

A decisão foi proferida no início da madrugada de hoje, horas após invasões de terroristas bolsonaristas à sede do Tribunal e aos edifícios do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Procurado pelo UOL por meio de sua equipe, Ibaneis ainda não se manifestou.

Com o afastamento de Ibaneis, assumirá a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

Em nota, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a decisão de Moraes é “necessária e indispensável ao restabelecimento da normalidade institucional”.

“Descaso e conivência”

Na decisão, Moraes aponta o descaso e a conivência do governo Ibaneis com a organização dos atos golpistas, mencionando diretamente o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, exonerado hoje do cargo.

Segundo Moraes, a responsabilidade de Torres está sendo investigada em uma apuração separada.

Para ele, “o descaso e conivência” de Torres “com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem” no Distrito Federal “só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha”.

Ibaneis, escreveu Moraes, “não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ —mesmo sabedor por todas as redes que ataques às instituições e seus membros seriam realizados— como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro, em especial, com a proibição de ingresso na esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”.

Absolutamente NADA justifica a existência de acampamentos cheios de terroristas, patrocinados por diversos financiadores e com a complacência de autoridades civis e militares em total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal. Absolutamente NADA justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”
Alexandre de Moraes, ministro do STF

Outras determinações

Além de afastar o governador, Moraes determina ainda:

  • A desocupação e dissolução total, em 24 horas, dos acampamentos nas imediações dos quartéis-generais e outras unidades militares e prisão em flagrante de seus participantes;
  • A apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela PF que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal;
  • A desocupação em até 24 horas de todas as vias e prédios públicos estaduais e federais de todo o país;
  • A proibição imediata, até o dia 31 de janeiro, de ingresso de qualquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal;
  • Manda a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) manter e enviar os registros de todos os veículos, inclusive telemáticos, que entraram no Distrito Federal entre 5 a 8 de janeiro;
  • Manda a PF obter todas as câmeras de segurança do Distrito Federal que possam auxiliar na identificação dos terroristas e obter, junto a hotéis e hospedarias, a lista e identificação de manifestantes que chegaram a Brasília desde quinta-feira passada (5);
  • Requisita ao TSE que utilize o acesso a dados de identificação civil mantidos no tribunal para contribuir na identificação e localização dos envolvidos nos atos terroristas;
  • Manda o Facebook, TikTok e Twitter bloquearem cerca de 18 perfis nas redes sociais.

Terrorismo

Na decisão, Moraes classifica as invasões às sedes dos Três Poderes como “ataques terroristas à democracia e às instituições” e diz que os envolvidos serão responsabilizados, assim como financiadores e organizadores dos atos.

Segundo o ministro, a “omissão e a conivência” de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficam demonstradas em diversos momentos, como:

  • A ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar;
  • A autorização para mais de 100 ônibus ingressarem livremente por Brasília, sem qualquer acompanhamento policial;
  • A total inércia no encerramento do “acampamento criminoso” nas imediações do QG do Exército, “mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas”.

Escolta da PM

Moraes também cita que os terroristas foram escoltados pela Polícia Militar, que não ofereceu resistência à tentativa do grupo de invadir as sedes dos Três Poderes. Alguns agentes, inclusive, teriam fotografado e filmado as cenas “de forma jocosa”.

“Diversos e fortíssimos indícios apontam graves falhas na atuação dos órgãos de segurança pública do Distrito Federal, pelos quais é o responsável direto o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha”, disse o ministro.

Em momento tão sensível da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país, e em Brasília, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela OMISSÃO DOLOSA e CRIMINOSA

A omissão das autoridades públicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira ‘tragédia anunciada’, pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram

A Democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas
Alexandre de Moraes, ministro do STF

Quem estiver em acampamento, será preso em flagrante. Pelos termos da decisão de Moraes, as forças de segurança poderão prender em flagrante de participantes de acampamentos nas imediações de quartéis.

O ministro também reforça a manutenção da segurança no perímetro da Praça dos Três Poderes e das residências oficiais de agentes políticos da União.

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Deputados dos EUA pedem que Bolsonaro seja extraditado ao Brasil

O deputado democrata Joaquin Castro, do estado americano do Texas, defendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja extraditado ao Brasil, após milhares de manifestantes bolsonaristas invadirem e atacarem na tarde deste domingo, 8, os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

“Bolsonaro não deve receber refúgio na Flórida, onde está se escondendo da responsabilidade de seus crimes”, disse em publicação no Twitter. “Me posiciono junto a Lula e ao governo democraticamente eleito do Brasil. Terroristas domésticos e fascistas não podem usar o roteiro de Trump para enfraquecer a democracia”.

Em entrevista à rede CNN, o deputado também mencionou extradição do ex-presidente brasileiro.

“No programa de hoje, o deputado democrata Joaquin Castro pediu a extradição do ex-presidente Bolsonaro (…) visto na Flórida nos dias recentes”, escreveu Jim Acosta, âncora da emissora, no Twitter.

Um pouco mais tarde, a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, também do Partido Democrata, afirmou que “os EUA devem parar de garantir refúgio a Bolsonaro na Flórida”.

Bolsonaro chegou em Orlando, no estado americano da Flórida, em 30 de dezembro, após deixar o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira. Lá, ele está hospedado em uma casa de veraneio do ex-lutador de MMA José Aldo, um de seus mais fiéis apoiadores. O imóvel conta com oito quartos e cinco banheiros, além de cozinha ampla, quartos com decoração temática do Mickey Mouse, salão de jogos e uma sala privativa de cinema. Os valores da diária começam em US$ 519, cerca de R$ 2.743.

Neste domingo, após as cenas em Brasília, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reiterou apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e condenou a violência aos prédios públicos brasileiros.

“Condenamos estes ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal do Brasil hoje. Usar violência para atacar instituições democráticas é sempre inaceitável. Nos juntamos a @lulaoficial em instar um fim imediato a estas ações”, escreveu o secretário americano, marcando a conta oficial de Lula no Twitter.

+ Líderes estrangeiros condenam invasão ao Congresso, Planalto e STF

Em uma dura condenação ao “atentado à democracia e à transferência pacífica de poder”, o presidente dos EUA, Joe Biden, reforçou “as instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada”.

Já o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que o mandatário “acompanha de perto a situação e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável”.

“A democracia brasileira não será abalada por violência”, escreveu Sullivan.

*Com Veja

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Moro acusa Lula de ‘reprimir protestos’ e não condena ataques em Brasília

Juliana Dal Piva – No início da tarde deste domingo, o senador Sergio Moro (União Brasil- PR) escreveu em sua conta no Twitter que o governo Lula está “preocupado em reprimir protestos”. Horas depois, disse que os protestos têm que ser “pacíficos” e não condenou os ataques e a destruição ao patrimônio público em Brasília.

O primeiro post de Moro dizia que o governo Lula não faz um bom começo ao não aceitar opinião divergente. “O novo Governo Lula iniciou mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados. De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa “reconstrução” sem qualquer rumo. Não é um bom começo”, escreveu.

O novo Governo Lula iniciou mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados. De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa “reconstrução” sem qualquer rumo. Não é um bom começo.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 8, 2023

Três horas depois, Moro tuitou novamente.”Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave”.

Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave. Sergio Moro (@SF_Moro) January 8, 2023.

Questionado pela coluna se tinha conhecimento da destruição do patrimônio público e se condenaria os ataques, Moro não respondeu. Depois da publicação, Moro enviou uma nova nota à coluna:”Como manifestei-me mais cedo, reprovo invasões, depredações ou qualquer forma de violência. Protestos precisam ser pacíficos, do contrário, perdem credibilidade. Peço que a matéria seja retificada, fazendo constar minha posição já expressada”

*Uol

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Bolsonaro, generais e governo do DF estimularam terrorismo

Três Poderes pareciam barata tonta, polícia e Exército largaram a capital; Lula tomou a decisão certa.

Vinicius Torres Freire – Os terroristas da camisa amarela passeavam à vontade pelo Palácio do Planalto às 16h. Tiravam fotos diante do gabinete do presidente, riam, quebravam coisas. Depredavam também o Supremo, arrombaram armários de ministros e roubavam as togas. Invadiram o plenário do Senado, ao menos. Pichavam paredes. Era mistura de anarquia com o terrorismo bolsonarista.

Às 17h53, Luiz Inácio Lula da Silva tomou a atitude devida: intervenção no Distrito Federal. Chamou os fascistas de fascistas e prometeu investigação e punição, inclusive para os omissos do seu próprio governo.

Era o mínimo. Não havia governo, não havia ordem. Brasília era terra sem lei. Sem polícia, a horda destruíra a Praça dos Três Poderes. Onde estava o Exército? Para que serve o Batalhão da Guarda Presidencial? Para fazer figuração com fantasia. As autoridades cúmplices, no mínimo por negligência, devem ser processadas.

As autoridades do novo governo, do Congresso e do Supremo pareceram perdidas, por horas. Ninguém aparecia em público para dizer que havia autoridade e governo. O comando dos Três Poderes parecia barata tonta. No final da tarde, o Congresso ainda apenas discutia a criação de um “gabinete de crise”.

Os responsáveis imediatos pela facilitação da baderna subversiva são Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, e seu chefe de polícia, Anderson Torres, ministro da Justiça do governo golpista de Jair Bolsonaro. Ibaneis demitiu Torres depois que a imundície estava derramada. De resto, onde estavam as polícias federais? Ninguém notou que caravanas com milhares de subversivos estavam a caminho da capital da República? E o Gabinete de Segurança Institucional? É uma piada.

Apenas por volta das 16h30 chegavam policiais de choque e cavalaria ao centro da baderna. Por volta das 17h, havia notícias vagas de que apareceria a Força Nacional, uma centena e meia de tropas, de que polícias começaram a tirar a horda da praça e de que havia sido retomado o controle da sede do STF. Pelas imagens, os terroristas eram retirados das sedes do poder federal, mas não eram presos. Era como se apenas tivessem pisado na grama. Apreenderam pelo menos os ônibus e seus responsáveis? É cadeia fácil para milhares.

Pouco antes do tumulto, policiais do DF batiam papo e tiravam fotos com gente da horda. Muitos dos bandidos golpistas saíram do acampamento terrorista diante do Quartel-General do Exército para fazer incursões contra os Três Poderes, escoltados PELA POLÍCIA. Outros comemoravam a baderna criminosa com fogos de artifício e atiravam coisas contra carros da polícia. Logo depois, policiais seriam espancados pelos terroristas bolsonaristas.

Ibaneis Rocha e seu chefe de polícia bolsonarista entregaram o centro do poder federal à horda criminosa; o governador chamou os bandidos de “manifestantes”. É o principal responsável.

Mais grave, por quase cumplicidade, há José Múcio, ministro da Defesa, que em sua posse chamou a reunião de bandos golpistas diante de quartéis de “manifestações democráticas”, nas quais tinha amigos e parentes, como ele mesmo contou.

*Folha

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