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Lula tratorou o bibelô do sistema financeiro, Roberto Campos Neto

Lula foi direto ao ponto na questão central da economia brasileira. Ele colocou o dedo na ferida dessa escandalosa taxa de juros tocada pela batuta do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

A princípio, a mando do baronato do dinheiro grosso, a mídia fez a leitura do que é especialista, digo, leitura de 1ª série primária, para defender a ferro e fogo essa lógica pornográfica que só tem serventia a um sistema inútil para a sociedade, descabido para o país, mas extremamente conveniente aos rentistas.

O incômodo que Lula causou foi de significativa presteza para o Brasil e o povo brasileiro, extorquidos pelo sistema que acostumamos chamar de mão invisível do mercado, mas que é tocado por pessoas de carne e osso e, por isso mesmo bambearam com a fala potente e fundamental de Lula.

Ou seja, Lula deixou bem claro que não voltou para fazer gênero, mas para governar e cobrou definição de uma política do Banco Central que tem que prestar contas à sociedade e não aos punguistas do sistema financeiro, que enxergam o brasileiro como um batedor de carteiras enxerga sua vítima.

Agora há uma aglomeração de críticos ao BC na mídia, porque ninguém aguenta mais a prática de furtos de um sistema financeiro bandalha, despudorado, que se comporta de maneira indecorosa, totalmente dissociado da realidade do país.

Pois bem, o intocável, Roberto Campos Neto, na era Bolsonaro, era recatado, do lar, um pudico, um casto para cumprir a função cínica de cupido entre os lucros estratosféricos dos urubus financeiristas com o bolso dos brasileiros sem jamais enfrentar um inconveniente.

Foi aí que Lula entrou em campo para honrar a dignidade do povo brasileiro e denunciar a política indecente do BC, que não apresenta nada de técnico de um sistema degenerado em que a lasciva presidência do Banco Central sempre cerrou fileira.

Lula quis saber o que tem no subsolo desse mundo reservado aos ricos, e foi exatamente aí que a terra de Campos Neto tremeu, mostrando que ele tem plena consciência de que os juros são obscenos.

Logo após sua entrevista no Roda Viva, Campos Neto viu as críticas a essa depravada política do BC se agigantarem, de maneira intensa e ferrenha.

O fato é que Lula teve a coragem de, num frio realismo, adotar uma fala dura cobrando do presidente do BC uma atitude nacional, não admitindo um regime de mentiras adotado como técnica de economia.

A fala de Lula teve a eficiência de um trator que deixou Campos Neto sem rumo.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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