Mês: fevereiro 2023

Plano de grampear Moraes teria começado em setembro e contado com hacker

Tentativa de comprometer o ministro do STF e do TSE teria contado com envolvimento de Carla Zambelli, de Walter Delgatti e do próprio ex-presidente

Em setembro de 2022, três meses antes de Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira se reunirem com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para propor um plano de gravar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, como revelou VEJA na edição desta semana, ao que tudo indica, foi plantada a semente da trama de um grampeamento ilegal do magistrado. O objetivo seria flagrar Moraes em qualquer diálogo que pudesse pôr em xeque a sua parcialidade como juiz e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o objetivo de causar um escândalo e, a partir disso, invalidar as eleições.

Como mostrou VEJA em agosto passado, no dia 10 daquele mês Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada, fora da agenda oficial, o hacker Walter Delgatti Neto, que ficou famoso com a Vaza-Jato. Em seguida, o rapaz esteve no Ministério da Defesa. A aproximação entre Delgatti e Bolsonaro foi intermediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que era então uma das aliadas mais próximas do presidente. Na ocasião, Delgatti, Bolsonaro e Zambelli conversaram no Alvorada sobre supostas fragilidades técnicas das urnas eletrônicas.

Na primeira quinzena de setembro, Delgatti teria sido acionado por Zambelli para uma nova conversa que, como ele descobriria em seguida, seria com o próprio presidente. “Eu encontrei a outra (Zambelli) e ela levou um celular, abriu o celular novo, colocou um chip, aí ela cadastrou o chip e ele (Bolsonaro) telefonou no chip. Foi por chamada normal”, relatou Delgatti.

Nessa conversa, Bolsonaro teria proposto a Delgatti que ele assumisse a autoria de um grampeamento ilegal de Moraes que, mais cedo ou mais tarde, viria a público. “Eles precisam de alguém para apresentar (os grampos) e depois eles garantiram que limpam a barra”, confidenciou. A ideia era clara: usar o hacker para reeditar uma espécie de Vaza-Jato – o célebre vazamento de diálogos da força-tarefa da Lava-Jato que colocou sob suspeita o ex-juiz Sergio Moro e livrou Luiz Inácio Lula da Silva da Justiça –, desta vez em benefício de Bolsonaro. Nos relatos que fez, Delgatti se referia ao então presidente como Zero Um. “Ele (Bolsonaro) falou: ‘A sua missão é assumir isso daqui. Só, porque depois o resto é com nós’. Eu falei beleza. Aí ele falou: ‘E depois disso você tem o céu’”. Confira o vídeo abaixo:

Na suposta conversa com o hacker, Bolsonaro teria dito que já haviam conseguido interceptar mensagens internas trocadas entre Moraes e servidores da Justiça, nas quais o magistrado estaria discorrendo sobre supostas vulnerabilidades das urnas e uma preferência pelo candidato Lula. Esse ponto deveria ser explorado na imprensa para alegar a suspeição do ministro e tirá-lo da condução do processo eleitoral. O hacker topou de imediato a oferta e ficou de prontidão, aguardando novos contatos do núcleo duro do bolsonarismo para tratar do assunto.

À mesma época, enquanto não chegavam a ele novas informações sobre a operação, Delgatti procurou um funcionário da operadora de telefonia TIM e ofereceu a ele dinheiro para que ajudasse no grampeamento ilegal do ministro, fornecendo um chip com o mesmo número do usado por Moraes. A conversa entre o hacker e o funcionário da telefônica foi gravada sem o conhecimento de Delgatti. Nela, o hacker insinuou ao interlocutor que havia mais pessoas por trás dessa operação que resultaria em um crime. O funcionário da TIM não aceitou participar da trama.

Em 26 de setembro, ao tomar conhecimento do plano envolvendo o hacker e o Palácio do Planalto, a reportagem de VEJA registrou no 1º Ofício de Notas e Protesto de Brasília um documento que narrava a suposta articulação para grampear Moraes e fazer o hacker assumir a autoria do crime — embora grave, não havia provas sobre a história para tornar o caso público. Réu na Justiça por roubar mensagens da Lava-Jato, Delgatti é comumente descrito pelos investigadores como um mitômano, exagerando muitas vezes nas histórias e nas suas relações com os poderosos. No entanto, fatos novos ocorridos no último mês dão uma nova dimensão ao caso.

Um deles é o relato do senador Marcos do Val, revelado por VEJA na quinta-feira, 2. Ele contou que participou de uma reunião com Bolsonaro e Daniel Silveira no Palácio da Alvorada, em 9 de dezembro, na qual lhe pediram para agendar uma audiência com Moraes e levar um microfone escondido. O senador detalhou, em entrevistas, que a conversa seria transmitida em tempo real para um veículo que ficaria estacionado perto do STF, onde seria gravada. Em uma das mensagens que Silveira enviou a Do Val para combinar o plano, o ex-deputado garantiu que o senador não seria exposto — possivelmente, um terceiro assumiria a responsabilidade pelo ato criminoso. Após o caso vir a público, Delgatti comentou com interlocutores que viu no relato do senador a continuação do plano iniciado em setembro.

Outro episódio também mostra que o hacker esteve todo o tempo a serviço do bolsonarismo golpista. No início de janeiro deste ano, veículos de imprensa noticiaram que alguém entrou nos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e expediu um falso mandado de prisão assinado por Moraes contra ele mesmo. O texto que constava do documento falso deixa claro que ele foi escrito por um típico bolsonarista. “Sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, (…) DETERMINO a imediata remessa (…) de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, dizia o documento falso, datado de 4 de janeiro.

Falsa quebra de sigilo bancário de Alexandre de Moraes incluída no sistema do CNJ em janeiro

Quando o episódio veio a público, o CNJ o minimizou, informando que encontrou uma “inconsistência” no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões “causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, que já foi devidamente bloqueada”. O que não se sabia até agora é que a invasão hacker foi mais extensa e gerou outros dois documentos falsos inseridos no sistema do Judiciário: uma ordem de bloqueio de bens de Moraes (no valor de 22,9 milhões de reais, o mesmo de uma multa imposta pelo TSE ao PL, partido de Bolsonaro) e uma quebra do sigilo bancário do magistrado (no período de outubro de 2018 a outubro de 2022, mês da eleição), com data de requisição em 4 de janeiro e prazo para resposta dos bancos de apenas três dias – um indicativo de que um dos intentos do invasor era obter acesso às contas do ministro, e não apenas pregar uma peça, ainda que a chance de sucesso fosse remota. A invasão, contudo, foi descoberta a tempo e está sendo investigada pelo CNJ e pela Polícia Federal. Delgatti contou a pessoas próximas sobre como efetuou o hackeamento. Sua aliada, Carla Zambelli, também teria mencionado o episódio com seu entorno. Procurado por VEJA, Delgatti disse que não vai comentar o episódio da invasão do CNJ.

Na semana passada, Moraes determinou que a PF investigue os relatos feitos por Marcos do Val sobre a ideia do grampo ilegal com possível envolvimento de Bolsonaro. Diante das novas revelações sobre o suposto plano ilegal, é provável que o hacker da Vaza-Jato também seja chamado a jogar mais luzes sobre a operação aloprada.

Procurados por VEJA para comentar a operação hacker, Bolsonaro não foi localizado e Zambelli não retornou os pedidos de entrevista.

*Com Veja

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Vídeo: Time de vôlei estava em prédio que desabou após terremoto na Turquia

Terremoto com 7,8 graus de magnitude atingiu região e foi sentido em países como Grécia e Israel. Turquia e Síria têm mais de 7 mil feridos.

Um time inteiro de vôlei da Turquia estava em um prédio que desabou por conta do terremoto de grande magnitude que atingiu o país, nesta segunda-feira (6/2). Após o acidente, as 14 atletas da equipe Hatay — que disputa as divisões inferiores do campeonato turco —, entraram na lista de desaparecidos.

A Turquia e a Síria foram abaladas por um terremoto que deixou mais de 2.280 mortos e outros milhares de feridos nesta manhã. Segundo autoridades do país, as buscas pelas vítimas já foram iniciadas. As informações são da imprensa turca.

O atacante ganês Christian Atsu, ex-jogador do Chelsea e da seleção ganesa, também foi dado pela imprensa local como desaparecido após o abalo sísmico. A imprensa destacou que Atsu pode estar soterrado entre os escombros da cidade.

Há relatos de centenas de vítimas sob os escombros, principalmente em pequenas vilas nos dois países. Equipes de resgate vasculham montes de destroços em cidades e vilas em toda a área à procura de sobreviventes.

O número de feridos ainda é incerto, mas agências de notícias e órgãos de governo acreditam que passe de 3 mil em território turco e sírio.

A organização Capacetes Brancos, da Síria, mostrou um dos resgates de sobreviventes. Veja:

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Prisão e dívidas na Espanha abalam patrimônio milionário de Daniel Alves

A prisão provisória de Daniel Alves no dia 20 de janeiro teve impacto no patrimônio milionário do jogador. Acusado de agressão sexual por uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona no fim de 2022, o brasileiro planeja esperar o julgamento em liberdade, mas o pedido ainda não foi avaliado.

Enquanto o caso é investigado, Daniel Alves vai acumulando prejuízos financeiros dia a dia. Na soma apenas de valores aos quais o UOL teve acesso, são R$ 36 milhões entre salários que não serão recebidos do Pumas-MEX, a indenização pedida pelo ex-clube por rompimento de cláusulas do contrato, direitos de imagem, acordos publicitários e a não-renovação do contrato de fornecimento de material esportivo com a Adidas. Isso além de dívidas fiscais já registradas na Espanha no valor de R$ 12,5 milhões.

Perda de dinheiro vira estratégia na Justiça No pedido de prisão provisória da juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, a fortuna de Daniel Alves é mencionada como facilitadora do risco de fuga da Espanha. O documento fala do contrato com o Pumas e outros acordos publicitários, empresariais e de direitos de imagem.

“Pois bem, nem uma, nem outra forma de força econômica existem no dia de hoje”, escreve o advogado Cristóbal Martell no recurso que pede a liberdade do jogador. A ideia da defesa é mostrar que a “força econômica” de Daniel Alves diminuiu, derrubando um dos argumentos que sustenta a hipótese do risco de fuga.

Argumento da defesa não é definitivo

Embora tenha alegado que Daniel Alves não tem a “força econômica” de outros tempos, a defesa do brasileiro usa apenas as empresas e propriedades do jogador em Barcelona para justificar que ele não tem motivos para deixar a cidade.

O lateral-direito tem duas empresas ativas na Catalunha: a Cedro Esport, de gestão esportiva, responsável pelos contratos do próprio atleta; e a Bahia Ilhéus Imobiliária. Outras quatro empresas que tinham Daniel Alves como sócio foram fechadas em 2021.

No domingo, o jornal “El Confidencial” publicou que o jogador tem uma dívida de 2,25 milhões de euros (R$ 12,5 milhões) com a Fazenda por causa de uma propriedade embargada em Sant Feliu de Llobregat, cidade ao lado de Barcelona. Dois restaurantes (Boteco Fogo e Alquimia Fogo) também receberam pedidos de embargo da Prefeitura da capital catalã.

As atividades empresariais de Daniel Alves na Espanha são pequenas perto de sua participação no mercado brasileiro. Apenas no Estado de São Paulo ele está associado a 14 empresas, constituídas entre 2016 e 2022. O capital declarado de todas elas é de pouco mais de R$ 7 milhões.

Entre as companhias há franquia de academia de ginástica, empresas de produção musical e produção de filmes para publicidade, administração de cartões de crédito, consultoria financeira, agenciamento de profissionais do esporte, serviços em tecnologia da informação, comércio de artigos médicos e medicamentos e representação comercial. Não há dados sobre a receita destas firmas, o que torna incalculável o lucro de Daniel Alves não declarado no recurso entregue à Justiça espanhola.

O naufrágio financeiro

  • R$ 25,5 milhões em indenização pedida pelo Pumas;
  • R$ 10 milhões em salários que não serão recebidos do Pumas após a rescisão;
  • R$ 500 mil de direitos de imagem que não serão recebidos;
  • R$ 400 mil do contrato com a Adidas, encerrado em 18 de janeiro e não renovado.

Há ainda valores dos três contratos perdidos, mas não discriminados nos documentos de posse do advogado Cristóbal Martell. Um dos patrocinadores menciona que “a primeira parte do acordo, de 400 mil euros (R$ 2,2 milhões), já foi paga e não haverá pedido de devolução”.

*Com Uol

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Lula sobre a explicação do Copom para juros altos: É uma “vergonha” e defende que taxas caiam

“Não tem explicação” para o nível da taxa Selic, disse o presidente Lula na cerimônia de posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES.

O presidente Lula, ao discursar na cerimônia de posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES, criticou os elevados juros cobrados no País e defendeu que as taxas caiam para impulsionar o crescimento econômico.

“O BNDES pode contribuir para fazer com que a taxa de juros nesse país caia do jeito que está”, disse Lula.

“Não tem explicação” para o nível da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, acrescentou.

“Como vou pedir pro Josué [Gomes] fazer com que os empresários ligados à Fiesp vão investir se eles não conseguem tomar dinheiro emprestado?”, questionou o presidente.

“O problema é que esse país tem uma cultura de viver com juros altos que não combina com a necessidade de crescimento que nós temos”, avaliou.

Lula ainda classificou como uma “vergonha” a explicação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para o atual patamar da taxa de juros.

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Vídeos: Terremoto de 7.8 graus na Turquia e Síria já conta mais de 1,6 mil mortos

São cenas desesperadoras.

Pelas redes sociais, Lula disse que o governo brasileiro está acompanhando a situação na região que fica na fronteira entre Turquia e Síria, devastada pelo terremoto de 7.8 graus.

A região de Elazig, cidade da Turquia na fronteira com a Síria, amanheceu sob um cenário de guerra após ser atingida por um terremoto de 7.8 graus na escala Richter. O número de mortos já passa de 1,6 mil, sendo mais de mil no lado turco e cerca de 600 na Síria.

O terremoto aconteceu durante a madrugada e muitas pessoas estão soterrados. A gravidade aumenta a medida que muitos edifícios que tiveram as estruturas abaladas estão desabando na manhã desta segunda-feira (6).

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram ao menos dois prédios vindo ao chão em Elazig e na cidade de Azaz, no noroeste da Síria.

Os desabamentos dificultam ainda mais o trabalho das equipes de resgate, que estão recebendo chamadas de pessoas soterrados que estavam com aparelhos celulares.

A região fica sobre várias placas tectônicas e sofre abalos constantes. No entanto, o tremor desta segunda-feira superou até mesmo o terremoto mais forte registrado em 1939.

O tremor de 7.8 graus durou mais de um minuto e meio e gerou dezenas de réplicas. O epicentro do tremor foi no povoado de Kahramanmaras, próximo à cidade de Gaziantep, no sudoeste, bem perto da fronteira com a Síria, e atingiu um raio de cerca de 250 km.

O abalo foi sentido em outros países na região como Chipre, Líbano, Israel e Iraque.

As primeiras projeções indicam que além dos mortos, milhares de pessoas estão desaparecidas e há mais de 5 mil feridos.

Segundo o governo turco, mais de 45 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca

Pelas redes sociais, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que a situação está sendo acompanhada pelo governo brasileiro.

“Olhamos com preocupação para as notícias vindas da Turquia e Síria, após terremoto de grande magnitude. O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia”, tuitou.

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https://twitter.com/Ser_Han1905/status/1622566228433727490?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1622566228433727490%7Ctwgr%5E5281687e8aac020f004f4db3a27625bd0e4f36ca%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-7121141933064037670.ampproject.net%2F2301181928000%2Fframe.html

https://twitter.com/FbTweetlerii/status/1622569850680889345?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1622569850680889345%7Ctwgr%5Ed60f1d934167f2de2ceb037e00cf34197a424ad8%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-7121141933064037670.ampproject.net%2F2301181928000%2Fframe.html

https://twitter.com/CimbomFacts/status/1622574377882595329?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1622574377882595329%7Ctwgr%5E3bd5cf7b284973506162a62aea68adcc41d7779a%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-7121141933064037670.ampproject.net%2F2301181928000%2Fframe.html

*Com Forum

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Operação para expulsar garimpo da Terra Ianomâmi começa esta semana

Planejamento inclui envio de 500 homens de diversas forças e cerco logístico para impossibilitar permanência de garimpeiros na floresta.

Segundo O Globo, o governo Lula pretende começar nesta semana, de forma gradual, uma megaoperação para expulsar mais de 20 mil garimpeiros ilegais que permanecem como invasores na reserva indígena do povo Ianomâmi — a maior do país, com 96 mil quilômetros quadrados de extensão. Antes do efetivo sair em campo as autoridades vão tentar promover o chamado “estrangulamento logístico” da atividade irregular. Isto é, bloquear os acessos e desmontar os entrepostos que abastecem os garimpos com mão de obra, combustível e alimentos.

A ideia é que, sem os insumos, os criminosos se retirem do território sem precisar recorrer à força. Os primeiros garimpeiros saíram da região no fim de semana “espontaneamente”, divulgou o governo de Roraima. A ação de asfixia logística inclui, por exemplo, retenção de barcos que levam combustível para a região dos garimpos.

Múcio viaja na quarta

Diante do tamanho do território, que equivale a quase o estado inteiro de Pernambuco (98 mil km²), a ação deve contar com mais de 500 homens da Polícia Federal (PF), Exército, Marinha, Força Aérea Brasileira, Ibama, Funai e Força Nacional; e durar mais de dois meses. <SW>

O ministro da Defesa, José Múcio, viajará nessa quarta-feira, ao lado de comandantes militares, para marcar o início das ações.

A primeira parte deste plano já foi posta em ação na semana passada. A Força Aérea Brasileira (FAB) ativou a chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) no espaço da região. Aplicado principalmente para capturar aviões do narcotráfico, o procedimento envolve interceptar voos suspeitos que atravessem a chamada “área vermelha”. Se o piloto não atender às ordens nem aos tiros de advertência dos jatos da FAB, a aeronave pode ser abatida no ar. Situada em uma área de difícil acesso e florestas intactas em Roraima e Amazonas, boa parte dos garimpos são mantidos por aviões e helicópteros.

A outra parte do plano consiste em montar blitz nos rios para restringir o tráfego fluvial de balsas que também transportam insumos aos garimpos. O problema é que, na atual época das chuvas, a bacia amazônica se multiplica em diversos rios, igarapés e igapós que são utilizados pelos criminosos para desviar das autoridades.

A operação de estrangulamento também envolve a atuação de três agências federais: de Petróleo (ANP), de Aviação Civil (Anac) e de Telecomunicações (Anatel). A ANP fiscaliza a comercialização de combustível para as aeronaves e motores de garimpo. A Anac rastreia as rotas aéreas e aeródromos suspeitos. E a Anatel consegue mapear por monitoramento de radiofrequência a concentração dos garimpeiros no meio da selva.

Agentes de inteligência da PF, Ibama e Funai têm passado os últimos dias levantando dados sobre a localização das áreas de garimpo na reserva indígena. Eles contam com um sistema de imagens por satélite que mostra em tempo real a presença de dragas nos rios e áreas devastadas.

Em operações anteriores, a PF já mapeou mais de dez campos de garimpo espalhados pelos rios Homoxi, Uraricoera e Catrimani. Em uma das últimas incursões realizadas em 2021, os agentes se depararam com uma comunidade que mantinha mais de 2.000 pessoas, com uma infraestrutura de bares, lan house, oficina mecânica, prostíbulo, mercado e até um consultório odontológico, segundo relatório da Polícia Federal.

Um decreto do presidente Lula também permitiu “neutralizar”, ou seja, destruir o maquinário usado no garimpo, como retroescavadeiras.

As autoridades também devem tomar mais cautela em função da presença do crime organizado na região e possíveis reações por parte dos garimpeiros. Em maio de 2021, um bando munido de fuzis e balaclavas abriu fogo contra a comunidade ianomâmi de Palimiú. Desde aquela época, investigações policiais passaram detectar a iniciativa de membros de facções em se apropriar de campos de garimpo na terra ianomâmi, além de utilizarem o local para fugirem da polícia.

Fuga de garimpeiros

No fim de semana, o governo de Roraima informou que trabalhadores do garimpo ilegal começaram a deixar “espontaneamente” a terra indígena Ianomami, diante das notícias de que o governo federal deve retirar os garimpeiros da região.

Vídeos divulgados pelo governo estadual mostram trabalhadores do garimpo entrando em canoas para deixar o território, de acordo com o comunicado. Alguns, sem sucesso, ainda buscam voos clandestinos.

“São homens, mulheres e crianças que, tendo conhecimento das operações que deverão ocorrer nos próximos dias, resolveram se antecipar e evitar problemas com a Justiça”, diz o Estado.

No sábado, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que o governo federal também acompanha a saída dos garimpeiros do local.

— Temos informações que garimpeiros já estão saindo. É bom que saiam, é bom que reduz nosso trabalho. São 20 mil garimpeiros para serem retirados — disse a ministra.

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Lula pode demitir Campos Neto se Conselho Monetário Nacional pedir

Luís Costa Pinto – O presidente Lula tem uma carta para pôr sobre a mesa do debate econômico e obrigar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a ter juízo e a parar de açular os amigos e parceiros que mantém no mercado financeiro a tentarem impor cabrestos ao Palácio do Planalto na tentativa de sabotar uma linha de administração macroeconômica mais voltada para o social e para a distribuição de riquezas e geração de empregos: o dispositivo da Lei Complementar 179/2019 que prevê as possibilidades de exoneração do presidente do BC.

A LC 179/19 foi justamente a lei que deu independência ao Banco Central. Em seu artigo 5º, item IV, ela prevê que o presidente da instituição monetária pode ser exonerado “quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”. Parágrafo 1º do mesmo artigo 5º da Lei Complementar 179/19 diz que “compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao presidente da República a proposta de exoneração, cujo aperfeiçoamento fica condicionado a prévia aprovação, por maioria absoluta, do Senado Federal”.

Ou seja, se o Conselho Monetário Nacional assim desejar, denuncia a sabotagem de Campos Neto ao presidente da República. O presidente Lula, por sua vez, tem reclamado da postura hostil de Campos Neto. Nomeado para o BC por Jair Bolsonaro, o presidente da autoridade monetária nacional jamais escondeu o orgulho de dizer “de direita”. Durante a campanha eleitoral, fazia reuniões quinzenais de avaliação de pesquisas e de cenários eleitorais (no segundo turno, semanais) e torcia abertamente por Bolsonaro. Campos Neto chegou a participar de eventos de arrecadação de fundos eleitorais para o então chefe.

No próximo dia 16 de fevereiro o CMN se reúne pela primeira vez sob a vigência do terceiro mandato do presidente Lula e já com a configuração adquirida depois da recriação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Integrado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, além do próprio presidente do Banco Central, o Conselho tem três votos.

Por 2 a 1, se Haddad e Tebet assim decidirem, ao constatarem postura antirrepublicana e sabotagem e manipulações de dados e do Conselho de Política Monetária (Copom), órgão que define a taxa de juros e dá a linha teórica a partir da qual se pode calcular as metas de inflação que orientam os índices macroeconômicos, o CMN pode denunciar formalmente Roberto Campos Neto ao presidente da República. Lula, caso acate a denúncia, informa ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o desejo de trocar o presidente do BC por prática de sabotagem (e também por incompetência). Pacheco, que deve a reeleição em larga medida ao Palácio do Planalto, não decide se acata ou rejeita a denúncia: tem de pô-la em votação. São necessários 41 votos (quórum qualificado) para que a demissão do presidente do BC seja aprovada.

Roberto Campos Neto tem se portado como inimigo do governo e personagem hostil às abordagens de Fernando Haddad, do presidente Lula e mesmo da ministra Simone Tebet que desejam debater mais a fundo com ele as razões que indicam uma necessária e gradual redução de juros a fim de reaquecer a economia brasileira. Também não encontraram disposição no BC de Campos Neto para estabelecer metas reais, críveis e atingíveis de inflação. Aos inimigos, a Lei, devem lembrar Haddad e Tebet ao presidente do Banco Central durante a reunião do dia 16 de fevereiro.

Em abril de 2003, antes do início do quinto mês de seu primeiro mandato, sob a liderança do então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, do PT, o governo Lula viu ser aprovada com seu patrocínio uma emenda constitucional que mudou o artigo 192 da Constituição e passou a permitir que o Sistema Financeiro Nacional pudesse ser regulado e regulamentado por leis complementares (quóruns menores) e não por uma Proposta de emenda Constitucional.

Por 442 votos contra apenas 13, a Câmara aprovou a PEC do artigo 192 em dois turnos e remeteu-a ao Senado, onde o então presidente da Casa, José Sarney, esforçou-se pessoalmente pela aprovação. Em razão daquele esforço legislativo, sob inspiração do Executivo liderado por Lula, pôde-se arquiva o esdrúxulo dispositivo constitucional que “tabelava” os juros em 12% ao ano e abriu-se caminho para a modernização e regulamentação do Sistema Financeiro Nacional – inclusive para a instituição dessa independência do Banco Central ser feita por Lei Complementar, e não por Emenda Constitucional (uma PEC com o tema dificilmente passaria dada a necessidade de quórum elevado para tal).

PORTA-VOZES DE CAMPOS NETO NA MÍDIA TRADICIONAL INCOMODAM PALÁCIO

No domingo 6 de fevereiro o presidente Lula registrou, para alguns interlocutores, a edição nada sutil do jornal Folha de S.Paulo, publicação que pertence ao banqueiro Luiz Frias (dono do PagBank e de uma empresa de administração de máquinas e métodos de pagamento). Frias está especialmente incomodado com o anúncio, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de quem ainda no primeiro semestre deste ano será possível usar a ferramenta “pix” para pagamento a crédito – isso representará uma queda de faturamento ainda não calculada naquele que, hoje, é o principal negócio de Frias: o banco.

A Folha de S.Paulo do último domingo levou a seus leitores um editorial e dois artigos de opinião tomando o partido (e as dores) de Roberto Campos Neto nas divergências (e sabotagens) que ele vem promovendo contra o Palácio do Planalto. Além disso, uma reportagem técnica assinada por um jornalista considerado do núcleo de elite da casa, Fernando Canzian, expõe eventuais dificuldades que o Brasil terá para se alinhar com “o resto do mundo” caso siga a trajetória macroeconômica desejada por Lula. Um outro texto, dessa vez assinado pela jornalista Mônica Bergamo, que dispõe de independência interna em relação aos desígnios do dono da publicação, expôs a insatisfação presidencial com a forma como Campos Neto açula o mercado financeiro contra o governo federal.

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PF encontra várias digitais em minuta do golpe apreendida na casa de Anderson Torres

A Polícia Federal encontrou diversas digitais na minuta do golpe apreendida na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

A equipe da PF está agora usando um sistema de identificação de digitais para checar a quem elas pertencem e, com isso, avançar nas investigações.

Segundo um investigador, a perícia da PF detectou “fragmentos de digitais de diversas pessoas” que manusearam o documento — batizado de “minuta do golpe” por propor a intervenção do governo federal no Tribunal Superior Eleitoral por uma comissão composta por onze pessoas, sendo oito militares.

Se a PF encontrar, no cruzamento com o banco de dados, digitais de outras autoridades além das de Anderson Torres, o depoimento do ex-ministro da Justiça seria desmentido.

Na avaliação de investigadores, a minuta do golpe ganhou maior importância depois das revelações feitas pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), porque os dois casos estariam conectados.

O senador disse que foi chamado para uma reunião com o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 9 de dezembro, quando foi convidado a fazer uma gravação ilegal do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo relatou Marcos do Val, o deputado Daniel Silveira disse que o objetivo era induzir Alexandre de Moraes a admitir que teria cometido alguma irregularidade para montar uma operação que viesse a prendê-lo.

Ou seja, segundo investigadores, o hoje ex-deputado, numa reunião com Bolsonaro e Marcos do Val, tramava criar um fato que justificaria baixar o decreto da minuta do golpe.

“É mais uma peça deste quebra cabeça, e se encaixa” no roteiro do golpe, diz um investigador envolvido no caso.

*Valdo Cruz/G1

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Em Lisboa, as feridas abertas de um Brasil abalado

Jamil Chade*

Intervalo entre debates em um hotel de luxo de Lisboa nesta semana. Na mesa do café, um empresário pergunta a outro: “qual é a distância entre Lisboa e o Brasil?”

O interlocutor fez algumas estimativas, detalhou as rotas aéreas entre os dois continentes e, depois de uma pausa, respondeu com um tom filosófico: a ex-metrópole e a ex-colônia nunca estiveram tão próximas.

Será?

Organizado pelo Lide nos dias 3 e 4 de fevereiro, o encontro entre empresários, ministros de diferentes tribunais, banqueiros e políticos em Lisboa debateu os rumos do país, sua democracia e até novas formas de governos.

Mas entre discursos com um otimismo ensaiado, a promessa de que uma nova era estava começando e convites para que estrangeiros desembarquem no Brasil, não houve como esconder a existência do mal-estar de uma nação traumatizada por anos de destruição.

Um país que ainda lida com suas feridas abertas e com as ruínas escancaradas dos ataques contra o estado de direito ou da explosão da fome. Um país que se depara com supostos planos de golpes – na forma de minutas encontradas na casa de um ex-ministro ou na denúncia surreal de um senador.

Ao tomar o microfone, Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza, insistia que não aguentava mais ouvir diagnóstico. “Todos sabemos o que fazer”, disse, em um tom de indignação.

E apresentou à audiência dados reveladores da situação social do Brasil:

  • 79% das casas não tem aspirador de pó;
  • 79% das casas não tem aspirador de pó; 83% das famílias não tem cafeteira; Só
  • 15% das residências têm máquina de lavar roupa automática.

Instantes depois, foi a vez do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, admitir que sua gestão descobriu que não havia sinal de internet para 120 mil alunos em bairros de um dos maiores polos de riqueza do continente.

Instantes depois, foi a vez do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, admitir que sua gestão descobriu que não havia sinal de internet para 120 mil alunos em bairros de um dos maiores polos de riqueza do continente.

Por videoconferência, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, alertou que 125 milhões brasileiros vivem algum tipo de insegurança alimentar, um escárnio para um país que se gaba em dizer que alimenta 1 bilhão de pessoas pelo mundo.

Claudio Castro, governador do Rio, ainda citou ações para tentar impedir que o crime organizado se transformasse em fonte de empréstimos para uma parcela das comunidades mais pobres da capital carioca. Uma nova versão de “shadow-bankin.

Bancos que cobraram dos administradores da Americanas uma nova postura e que permitam que a Justiça elucide o rombo bilionário em suas contas.

Não faltou sequer o ex-presidente Michel Temer dizendo que o impeachment era um “trauma”. Sim, ele mesmo.

O contraste entre a realidade apresentada e a cidade onde a conferência estava sendo realizada ecoava em silêncio pelos salões sofisticados. Bastava abrir as janelas para se deparar com uma uma sociedade que apostou na coesão e distribuição de renda como armas para a paz social.

Para se deslocar de um local da cidade a outro, o grupo contou com batedores abrindo caminho pelas ruas de Lisboa, enquanto atiradores também foram chamados para que fossem colocados em pontos estratégicos. No total, mais de cem agentes de segurança foram mobilizados.

Um excesso de zelo dos portugueses depois dos acontecimento em Nova York contra ministros do Supremo Tribunal Federal ou simplesmente mais um sintoma do que se transformou o Brasil onde o ódio se instalou como estratégia política legítima?.

Ao longo de dois dias, ficou evidenciado que a distância entre Lisboa e Rio não pode ser medida em quilômetros ou em quantidade de voos que ligam dois países. Mas em direitos.

E, por essa régua, há uma verdadeira fossa tectônica entre Brasil e Portugal.

*Uol

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Banco Central, independente de quem?

Ora, não é segredo para ninguém que Roberto Campos Netto se informa com banqueiros sobre o humor do mercado. Isso foi dito pelo banqueiro André Esteves em uma palestra.

Agora mesmo, com o Banco Central independente a partir de Temer e, depois, Bolsonaro, gerou mais riqueza ao país? Não. Gerou prosperidade para os ricos nutridos por juros que produziram a miséria de 33 milhões de brasileiros.

Para quem construiu impérios, certamente, os feitos do BC independente fizeram história. Mas para a imensa maior parte da população não há nada a se reconhecer de melhoria com essa independência, tão propalada pela mídia.

Na verdade, o que vimos foram dois governos se solidarizando com os ricos, fazendo caridade com o dinheiro dos pobres.

Então, embora a revelação de que Campos Netto integra um grupo de Whatsapp de ministros de Bolsonaro e, portanto, pode estar sabotando o governo federal, mantendo a maior taxa de juros real do mundo, o que deixa Lula profundamente irritado, segundo a mídia, não é, nem nunca foi novidade para ninguém.

Na realidade, no entendimento dos neoliberais, a responsabilidade da economia brasileira tem que estar nas mãos não de quem toca o país, mas dos banqueiros para imporem taxas de juros que, na vida real, cobram até 1000% ao ano.

Afirmação que pode perfeitamente ser aferida por qualquer um fazendo, online, uma simulação de empréstimo no seu banco.

Ou seja, o BC independente não tem qualquer responsabilidade com a sociedade brasileira, não trouxe nenhum benefício ao país ou aos brasileiros.

Lula não apenas tem que endurecer o discurso contra o presidente do Banco Central, que tudo indica, ajuda a colocar o Brasil na rota de recessão, como tem que devolver o controle ao governo eleito com mais de 60 milhões de votos.

Isso é para ontem, evitando assim que esse BC independente continue causando hecatombe na economia brasileira e ajudando a produzir ainda mais miséria, redução de investimento e emprego.

Sabotagem, em última análise, é ter o BC independente das necessidades do povo brasileiro.

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