Mês: abril 2023

Com uma viagem, Lula colhe mais que Bolsonaro em 4 anos na relação com a China

A viagem do presidente Lula à China foi de êxito completo, por mais que alguns procurem cabelo em ovo, sugerindo que ao criticar a hegemonia do dólar nas transações internacionais, ou ao reconhecer a soberania da China sobre Taiwan, o presidente brasileiro tenha se arriscado a colher em troca a insatisfação dos Estados Unidos ou a má vontade do Ocidente. Com uma viagem, Lula colheu muito mais frutos da relação com a poderosa China do que Bolsonaro em seus 4 anos de mandato, em que só fez atrasar as relações bilaterais.

Aos que sugerem ter Lula se afastado da neutralidade global em direção a um maior alinhamento com o eixo China-Rússia, vale recordar que na diplomacia, mais que a retórica, contam os documentos oficiais emitidos. E, neste sentido, a Declaração Conjunta de 49 pontos (contrastando com o lacônico comunicado emitido após o encontro com Biden) não deixa fio desencapado. Nele, os dois países reiteraram “o compromisso com a defesa do direito internacional, inclusive os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas como sua pedra angular indispensável, e com o papel central da ONU no sistema internacional”. Na mesma linha, reconheceram o papel da OMC como reguladora do comércio internacional. Ou seja, tudo dentro dos conformes.

Para o Brasil, para a diplomacia de resultados de Lula, o que conta são os ganhos que o país terá com o aprofundamento das relações bilaterais, sem exclusão das outras parcerias, seja com os EUA, seja com a União Europeia, sem esquecer a prioridade nas relações com a América Latina, em busca da integração.

E, neste sentido, Lula volta ao Brasil com a cesta cheia. Os 15 acordos assinados são importantes mas o longo Comunicado Conjunto explicita muitas outras oportunidades de cooperação, que ainda não estão maduras para a assinatura de acordos ou até prescindem deles.

Um dos principais acordos assinados é o que busca incrementar, mais ainda, o comércio bilateral, assinado por Itamaraty e Fazenda com o ministério do comércio exterior chinês. Em 2022, o Brasil exportou pouco mais de US 10 bilhões para os EUA, cerca de US$ 13 bilhões para a União Europeia e pouco mais de US$ 22 bilhões para a China. O acordo busca ampliar ainda mais estes números, mencionando esforços imediatos para remover barreiras, burocracias, abrir canais para as empresas dos dois lados e a adoção de boas práticas regulatórias. Este último ponto se aplica, por exemplo, ao assunto tão excitante no Brasil neste momento, o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50. A isenção existente, apenas para trocas entre pessoas físicas, vem sendo manipulada pelos sites chineses de e-commerce. Não é uma boa prática, deve reconhecer a China. Haddad está certo.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, foi talvez a que mais usou a caneta para assinar documentos na viagem, num sinal de que a nova parceria irá muito além da exportação de produtos primários, evoluindo para a cooperação tecnológica e científica. O acordo maior com a pasta de Luciana envolve projetos em nanotecnologia, inteligência artificial, biotecnologia, cidades inteligentes, novos materiais e muitas destas áreas que estão na fronteira do futuro. O Brasil só tem a ganhar recebendo transferências nestas áreas.

Foi também assinado, nesta linha, um acordo específico na área de Tecnologia da Informação, envolvendo todo este mundo virtual/digital que ainda nos assusta com suas possibilidades, mas pautarão a vida das próximas gerações: big data, novos usos do 5-G, do armazenamento em nuvem, algoritmos e aplicações diversas da inteligência artificial. Nisso, a China está muito à nossa frente.

*Tereza Cruvinel/247

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Renan Calheiros pede ao CNJ afastamento do juiz que restabeleceu prisão de Tacla Durán, por ser amigo de Moro

O senador Renan Calheiros (MDB) disse que entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para pedir o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli, que restabeleceu esta semana a prisão de Tacla Duran. O desembargador é pai de um sócio do ex-juiz e senador Sergio Moro em um escritório de advocacia.

“Entrarei no CNJ pedindo o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli, que restabeleceu a prisão de Tacla Duran, vítima de extorsão da Lava Jato. O filho dele, João Malucelli, é sócio de Sérgio Moro em um escritório de advocacia. Espero a condenação que foi dada a Dallagnol”, afirmou Renan no Twitter.

A ordem de prisão expedida nesta terça-feira contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, que denunciou o senador e ex-juiz, Sergio Moro, e o deputado e ex-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, foi assinada por Marcelo Malucelli, desembargador recém-nomeado ao TRF-4 e pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro em um escritório de advocacia.

João Eduardo integra a Wolff & Moro Sociedade de Advogados.

Segundo a assessoria de Moro, ele e a mulher, a deputada Rosângela, estão “afastados das atividades do escritório desde o início do mandato parlamentar (em fevereiro), permanecendo no quadro social somente como associados”.

Tacla Duran denunciou advogados ligados a Moro e Dallagnol de tentar extorqui-lo enquanto réu da Lava Jato. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que apenas a suprema Corte poderia analisar o caso foi desobedecida por Malucelli ao restabelecer a prisão de Tacla Duran.

*Com 247

*247

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Operação para resgatar joias milionárias começou com pedido de Bolsonaro, aponta depoimento de braço-direito de ex-presidente à PF

Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, foi ouvido pela Polícia Federal em 5 de abril, em São Paulo.

A tentativa frustrada de recuperação, por parte do governo federal, de joias recebidas da Arábia Saudita que estavam retidas na alfândega no Aeroporto de Guarulhos (SP) começou com um pedido de Jair Bolsonaro (PL), de acordo com depoimento prestado à Polícia Federal (PF) por Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente à época.

Segundo alegou Cid à PF, Bolsonaro informou a ele em meados de dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens. De acordo com Cid, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.

Segundo Cid, esta ocasião foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para pedir a incorporação de bens ao ex-presidente, mas que era comum que ele buscasse presentes para Bolsonaro em todo o país.

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Lula convida Xi Jinping a vir ao Brasil em 2024, marco dos 50 anos de parceria

O convite foi feito por Lula durante reunião com o presidente da China, em Pequim, nesta sexta-feira (14/4). Visita celebraria os 50 anos de relações diplomáticas entre os países, completados no ano que vem, segundo o Correio Braziliense.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o presidente da China, Xi Jinping, a vir ao Brasil em 2024 para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países, completados no ano que vem. Por sua vez, o presidente chinês agradeceu o convite e relatou que as nações tratarão da visita “pela via diplomática”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o presidente da China, Xi Jinping, a vir ao Brasil em 2024 para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países, completados no ano que vem. Por sua vez, o presidente chinês agradeceu o convite e relatou que as nações tratarão da visita “pela via diplomática”.

“[Lula] Convidou o presidente Xi Jinping para realizar uma visita de Estado ao Brasil em data oportuna em 2024 para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China. O Presidente Xi Jinping agradeceu o convite com satisfação, e as partes tratarão o assunto pela via diplomática”, continua a declaração.

Reaproximação

A primeira transação comercial entre o Brasil e a China ocorreu durante o governo de Ernesto Geisel. As relações foram oficializadas no ano seguinte, em 1974. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com trocas no valor de US$ 171,49 bilhões em 2022.

A viagem de Lula visa ampliar as relações e retomar o contato no âmbito diplomático, estremecido durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) devido às declarações do ex-presidente contra o país asiático.

Nesta sexta, Lula assinou cerca de 20 acordos bilaterais com Xi Jinping, em Pequim, e teve uma reunião privada com o líder chinês.

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Vídeo: Moro acusa Gilmar Mendes, do STF, de vender habeas corpus

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil-PR) voltou a atacar Gilmar Mendes e fez uma acusação gravíssima contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), seu desafeto desde os tempos de Lava Jato.

Nas imagens, Moro aparece descontraído com um copo na mão e, em tom de deboche, acusa Mendes de vender habeas corpus.

“Não… Isso é fiança do instituto. Vai comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, diz o senador a uma pessoa que está a seu lado, mas não aparece nas imagens.

https://twitter.com/pesquisas_2022/status/1646690839186341891?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1646690839186341891%7Ctwgr%5E4e53a9fa104806561e33aa1beda5fbfe1febe35f%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost.php%3Fpost%3D99384action%3Dedit

Em março, Moro deu um chilique nas redes após Mendes falar sobre a contratação dele pela consultoria Alvares & Marsal, dos EUA, após ele deixar o governo Jair Bolsonaro (PL). A empresa foi uma das principais beneficiadas pelo desmonte da indústria nacional pela Lava Jato, assumindo diversos contratos de compliance com construtoras alvos da força tarefa.

“No Brasil a gente descobre outra questão, que se mostra nessa participação do Moro, na contratação dessa empresa americana (a Alvarez e Marsal) que depois vai contratá-lo. A gente descobre o quê? Que os combatentes da corrupção gostam muito de dinheiro”, disse Mendes em entrevista.

Moro foi às redes e surtou dizendo que as declarações do magistrado “são mentiras e ofensas pessoais absolutamente desarrazoadas” e que “repudia a violação ao decoro judicial”, coisa que nunca fez quando esteve à frente das investigações da Lava Jato.

*Com Forum

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Existe um perfil de estudante mais propenso a planejar massacres em escolas? A resposta é sim

Estudo da Unicamp detecta perfil predominante e forma de cooptação entre jovens que promoveram ataques sanguinários em escolas.

Um estudo publicado pela Unicamp apurou características predominantes entre estudantes que planejam atentados de violência extrema em escolas. A pesquisa também apontou formas pelas quais os potenciais agressores são cooptados na web.

Em 21 anos, o Brasil registrou 22 ataques violentos em escolas. Do total, 9 foram executados apenas nos últimos 8 meses. Os dados ilustram a escalada de casos que têm ganhado destaque na mídia.

Ao analisar as ocorrências em escolas brasileiras, a doutora em Educação e professora da Unicamp, Telma Vinha, uma das autoras do estudo, listou em entrevista ao GGN algumas características comuns aos agressores.

O perfil predominante entre alunos que atentam contra escolas
De acordo com o estudo da Unicamp, os autores de atentados a escolas no Brasil são, em geral, jovens do sexo masculino, brancos, com “gosto pela violência”. “É muito comum eles se exibirem na internet com armas e facas”, disse a pesquisadora Telma Vinha.

A pesquisadora destacou que, em alguns casos, há claros indícios de “transtornos mentais variados” entre os agressores, sendo que o problema não é o transtorno em si, mas como ele é catalisado pela exposição ao discurso de ódio contra grupos ditos minoritários.

“Eles apresentam a característica de isolamento social, não são os meninos mais populares da escola, têm relações sociais mais restritas. Eles também têm características de misoginia, masculinidade tóxica, são racistas e homofóbicos”, pontuou a doutora em Educação e professora do Departamento de Psicologia Educacional da Unicamp.

Telma frisou que potenciais agressores cultivam um sentimento de ressentimento, “como se o mundo lhes devesse algo”. Eles acreditam que são os segmentos da sociedade “privilegiados” por políticas afirmativas que lhes retiraram oportunidades.

O ressentimento atravessa, portanto, o perfil socioeconômico da família onde esses agressores estão inseridos. “Eles não têm perspectiva de melhoria de vida, há pouca mobilidade econômica. Então, é como se não tivessem um propósito.”

Onde futuros agressores são cooptados

Telma Vinha explicou ao GGN que os agressores, geralmente, são alunos ou ex-alunos de escolas onde sofreram bullying ou situações de exclusão.

“Associado a isso, esses adolescentes agora são adeptos de discursos extremistas. Estão articulados em comunidades mórbidas, que são fóruns online de incentivo à violência e misoginia.”

“Há poucos anos atrás, eles precisavam entrar na deep web para encontrar esses fóruns extremistas. Agora isso tudo está na superfície da internet. São páginas no Twitter, fóruns de games. Geralmente, são cooptados enquanto jogam online. O problema não é o jogo ser violento em si. É, por exemplo, estar jogando e começar a xingar uma menina. Lá

eles são incentivados a fazer isso, começam a ofender, se sentem apoiados e, então, são convidados para entrar em comunidades de crimes reais no Discord, por exemplo.”

O Discord é uma plataforma voltada aos gamers e, segundo Telma Vinha, ostenta no Brasil uma das comunidades mais “radicalizadas” da web.

“Esses locais funcionam como uma câmera de eco reforçando uma tendência [à violência extrema]. Lá, eles são acolhidos, valorizados, se sentem pertencentes e compartilham ressentimentos. Eles odeiam juntos, e são incentivados a cometerem ataques para mostrar valor. Agem sozinhos, mas como se fosse uma missão.”

*Com GGN

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Reunião que gerou propina em joias a Bolsonaro tratou da entrega de ativos da Petrobras

Bento Albuquerque e representante saudita falaram sobre a venda de ativos da Petrobrás na mesma viagem em que foram dadas joias milionárias para serem entregues a Bolsonaro.

Um telegrama da embaixada brasileira em Riade, capital da Arábia Saudita, revelou que durante a viagem em que “presentes” foram dados a Jair Bolsonaro (PL) pelo governo local, dentre eles um estojo de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, uma reunião foi realizada para discutir a entrega de ativos da Petrobras e um possível convite para o Brasil integrar uma versão estendida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A revelação reforça a suspeita de que as joias teriam sido pagamento de propina a Bolsonaro pelos sauditas pela venda de ativos da Petrobras, dentre eles a Refinaria Landulpho Alves (RLAM).

O documento, enviado pelo embaixador Marcelo Della Nina em 15 de novembro de 2021, foi obtido pelo g1 por meio da Lei de Acesso à Informação.

Embora Bolsonaro não estivesse presente na viagem, a comitiva brasileira recebeu as joias como “presente” a ser entregue ao então chefe do governo brasileiro. O telegrama não menciona os supostos presentes, mas destaca a discussão sobre a Petrobras e a Opep+.

Durante a reunião, Albuquerque destacou a importância da parceria entre o Brasil e a Arábia Saudita no setor de energia e solicitou à parte saudita uma comunicação oficial sobre o convite ao Brasil para integrar a Opep+, comprometendo-se a submeter o assunto à consideração do presidente e demais órgãos de governo implicados.

*Com 247

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Lula encontra Xi, assina 15 acordos e diz que ninguém proibirá Brasil de aprimorar elo com China

Estimativa é que pactos totalizem R$ 50 bilhões em investimentos; petista fala em ‘equilibrar geopolítica mundial’.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou com sua comitiva ao Grande Salão do Povo, em Pequim, às 16h30 no horário local (3h30 em Brasília), sendo recebido pelo líder chinês, Xi Jinping. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro divulgou a relação de 15 acordos entre os dois países, segundo a Folha.

A projeção no Ministério da Fazenda é que os pactos totalizem cerca de R$ 50 bilhões de investimento. Na lista se destacam memorandos de entendimento entre o ministério chinês das Finanças e a Fazenda, para infraestrutura e parcerias público-privadas, e um protocolo para fabricar e operar satélites CBERS-6.

Nas áreas de interesse da agropecuária brasileira, há um plano para a certificação eletrônica de carnes e um protocolo para a abertura aduaneira do mercado chinês para farinhas de suínos e aves.

Alguns dos acordos ainda têm pendências, caso do estabelecimento da montadora de carros elétricos BYD na Bahia, que ainda espera um acordo com a americana Ford para aquisição de sua antiga fábrica.

Na cerimônia de chegada, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva —a Janja—, ministros e assessores acompanharam uma caminhada de Xi e Lula diante da praça da Paz Celestial enquanto uma banda tocava os hinos nacionais de ambos os países e canções como “Novo Tempo”, de Ivan Lins. Um grupo de crianças com bandeiras dos dois países gritou “bem-vindo!”. Janja, aliás, reuniu-se com a mulher de Xi, Peng Liyuan.

Em seu discurso, já no prédio, Lula afirmou ter ficado “emocionado com o espetáculo das crianças” e destacou querer ir além do comércio na relação entre os dois países. “A compreensão que o meu governo tem da China é a de que temos que trabalhar muito para que a relação Brasil-China não seja meramente de interesse comercial”, disse. “Queremos que a relação Brasil-China transcenda a questão comercial.”

Pela manhã, no encontro com o presidente do Congresso Nacional do Povo, Zhao Leji, Lula já havia dito querer “elevar o patamar da parceria estratégica e, junto com a China, equilibrar a geopolítica mundial”.

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Desembargador que mandou prender Tacla Duran, além de pai do sócio de Moro, também é pai do namorado da sua filha

Autor de uma ordem de prisão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, o desembargador Marcelo Marlucci, do TRF-4, tem conexão dupla com Sergio Moro por meio do filho, o advogado João Eduardo Malucelli. O jovem de 28 anos é sócio do escritório de advocacia do senador e, além disso, é namorado de Júlia Wolff Moro, de 22 anos, filha mais velha do ex-juiz, segundo Lauro Jardim, O Globo.

O namoro de João e Júlia, que vivem em Curitiba, posiciona Marcelo Marlucci no ciclo de relações familiares de Moro, a quem Tacla Duran acusou na Justiça. Em março, o advogado afirmou num depoimento que foi alvo de tentativas de extorsão por pessoas ligadas a Moro enquanto representava empreiteiras na Lava-Jato.

Acusado de lavagem de dinheiro na operação, Tacla Duran vive em Madri e permanecia solto enquanto o STF, por decisão do ministro Ricardo Lewandowski (agora aposentado), analisava o imbróglio judicial envolvendo ele e Moro. O desembargador Malucelli resolveu mandar prendê-lo mesmo assim.

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