Mês: maio 2023

Gonçalo Vecina: Elcio Franco era quem operava Ministério da Saúde e é o grande responsável por mortes na pandemia

O médico sanitarista Gonçalo Vecina afirmou nesta segunda-feira (8) no programa Boa Noite que o coronel do Exército Elcio Franco era o responsável pela gestão da pandemia dentro do Ministério da Saúde. Vecina fez a análise em um contexto no qual o militar também apareceu entre os envolvidos no plano de um golpe feito por aliados de Jair Bolsonaro (PL), diz o 247.

“O que aconteceu do ponto de vista administrativo do Ministério da Saúde é da responsabilidade do Elcio. Não ter comprado vacina é da responsabilidade do Elcio. Ter tentado comprar a vacina Covaxin com aquele um dólar a mais é da responsabilidade do Elcio”, afirmou.

“O secretário-executivo é o que maneja o ministério por dentro, enquanto que o ministro é o que maneja o ministério por fora. Como Pazuello não entendia de nada e não manejava, Elcio era o operador, que tinha a ver com a questão de dinheiro, das compras de produtos que estão vencendo. Tudo isso é de responsabilidade do Elcio, a operação da máquina”, complementou.

Em 2021, Franco foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que sugeriu a autoridades o indiciamento dele. Parlamentares da CPI fizeram outras 79 acusações por crimes relacionados à pandemia do coronavírus.

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Prerrogativas quer debate com Deltan Dallagnol sobre Lava Jato após discussão na Câmara

Grupo jurídico diz que ‘lavajatistas’ precisam ser confrontados’; deputado afirma que operação seguiu a lei e foi atacada ‘inúmeras vezes’ pelos advogados.

O grupo Prerrogativas, que é composto por advogados, juristas e defensores públicos, convidou o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para um debate sobre a Lava Jato. A iniciativa partiu do coordenador do grupo jurídico, Marco Aurélio de Carvalho, após ele e o parlamentar protagonizarem, na semana passada, uma acalorada discussão sobre as ações da operação, diz Mônica Bergamo, Folha.

Vídeos do confronto viralizaram nas redes sociais. A controvérsia ocorreu durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara dos Deputados, sobre o tema da imunidade parlamentar.

“Depois da sessão eu reiterei o convite para realizarmos o debate, mas ainda não obtive resposta. O deputado Deltan pode escolher o mediador e o local”, diz Marco Aurélio.

À coluna, Deltan disse, por meio de sua assessoria, que aceitou na hora o convite. O advogado, porém, rebateu a informação. “Ele não aceitou. Ele disse que precisava primeiro conversar pessoalmente comigo e que ele ia verificar”, afirmou o coordenador do Prerrogativas.

Para Marco Aurélio, debater o assunto é importante para que os “excessos da Lava Jato não sejam esquecidos e para evitar que voltem a ocorrer”. “Os lavajatistas precisam ser confrontados. Além dos prejuízos financeiros, eles comprometeram a credibilidade do nosso sistema de justiça”, afirma.

No evento na Câmara, o advogado disse que o presidente Lula (PT) foi vítima “da instrumentalização perversa do sistema de justiça a serviço de interesses políticos e eleitorais”.

Ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan pediu a palavra e disse que a operação sempre seguiu a lei. O deputado também afirmou que a Lava Jato foi atacada “inúmeras vezes pelo Prerrogativas, que depois estava lá na eleição, apoiando o Lula, fechando os olhos para a corrupção que foi praticada.”

Em vídeo publicado em suas redes sociais com trecho da discussão na Câmara, Deltan disse que apontou a “hipocrisia dos garantistas de ocasião que só defendem direitos pros seus amigos”.

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Vídeo: Na guerra entre grande mídia e big techs, não tem mocinho

 

No tiroteio entre cachorros grandes em que, de um lado, uma mídia monopolista e, do outro, uma caixa preta que ninguém sabe como opera no submundo digital, a sociedade acaba sendo vítima dos interesses nada republicanos dos conglomerados da comunicação.

Isso mostra que a PL das fake news, por si só, revela um buraco negro em um universo determinante para o futuro do país que está totalmente turvo e precisa de um banho de transparência.

Assista

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Áudios colocam coronel Elcio Franco no centro da trama golpista

Mensagens de áudio obtidas pela CNN colocam o coronel do Exército, funcionário de confiança do governo Bolsonaro, ex-número dois do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, no centro da trama golpista

A CNN teve acesso a novas mensagens que integram o inquérito da Polícia Federal (PF) contra o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.

As mensagens de áudio colocam um coronel do Exército, funcionário de confiança do governo Bolsonaro, ex-número dois do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, no centro da trama golpista.

O coronel Elcio Franco não só sabia, como deu sugestões de como mobilizar 1.500 homens para uma intentona golpista.

Élcio, em conversa com o ex-major, Ailton Barros, que está preso, relatou o temor do então comandante do Exército de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe.

Nos diálogos, fica evidente que Ailton e seu grupo pensaram até em suplantar a autoridade do então comandante Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.

A documentação faz parte do inquérito que embasa a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Também embasa a prisão de Ailton Barros, ex-major que circulava pela cúpula do Palácio do Planalto.

A CNN entrou em contato com as defesas de Elcio Franco e Braga Netto e aguarda retorno.

Ailton e o coronel Elcio vinham falando sobre golpe de Estado e sobre a resistência do comandante do Exército da ocasião, Freire Gomes, de aderir ao plano golpista.

Em um trecho, o coronel Elcio fala com Ailton:

“Olha, eu entendo o seguinte: é Virgílio. Essa enrolação vai continuar acontecendo” – Virgílio era um comandante de um batalhão importante do Exército.

Ele então começa a elucubrar sobre o que o comandante do Exército poderia dizer para se defender.

“O Freire não vai. Você não vai esperar dele que ele tome à frente nesse assunto, mas ele não pode impedir de receber a ordem. Ele vai dizer, morrer de pé junto, porque ele tá mostrando. Ele tá com medo das consequências, pô. Medo das consequências é o que? Ele ter insuflado? Qual foi a sua assessoria? Ele tá indo pra pior hipótese. E qual, qual é a pior hipótese?”.

Elcio diz: “Ah, deu tudo errado, o presidente foi preso e ele tá sendo chamado a responder. Eu falei, ó, eu , durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente, pô, falei que não, não deveria fazer, que não deveria fazer, que não deveria fazer e pronto. Vai pro Tribunal de Nurenberg desse jeiro. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu comandante, da Força, tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então, sinceramente, é dessa forma que tem que ser visto.”

Em outro trecho, Ailton Barros diz a Franco: “[É preciso convencer] o general Pimentel. Esse alto comando de m… que não quer fazer as p…, é preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens.”

Transcrição dos áudios enviados entre coronel Elcio Franco e Ailton Barros, nos quais os dois tratam de um possível golpe de Estado. / Reprodução/ CNN Brasil.

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PF inicia perícia em celulares de Bolsonaro e seu ex-ajudante Mauro Cid

Os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, apreendidos na semana passada, já foram enviados aos peritos criminais para análise do conteúdo, segundo O Globo.

Bolsonaro e Cid tiveram os aparelhos recolhidos durante operação da Polícia Federal para investigar supostas fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente, familiares e assessores.

A suspeita é que o grupo tenha inserido dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde, em 2021 e 2022, a fim de gerar certificados de que eles estavam imunizados contra a Covid-19, mesmo sem terem tomado vacina. A fraude serviria para que pudessem entrar em países e locais que exigem comprovante de vacinação.

O celular de Bolsonaro foi apreendido durante o cumprimento de um mandado de busca em sua casa, em um condomínio de Brasília. Já o equipamento de Cid foi recolhido quando o oficial do Exército foi preso. As determinações partiram do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em atendimento a um pedido da PF.

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Documentos confirmam: Torres foi à Bahia em avião da FAB para debater apoio da PF e da PRF em ações contra eleitores de Lula

Documentos comprovam que Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Bahia, seis dias antes da realização do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, para discutir o apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) visando prejudicar o acesso de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação, segundo o 247.

Torres, que está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, prestará depoimento nesta segunda-feira (8) no âmbito do inquérito que apura as ações da PRF que dificultaram o transporte de eleitores em diversos estados do Nordeste.

Segundo a CNN Brasil, “o primeiro documento mostra que Torres pegou o voo da FAB no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no dia 24 de outubro, às 17h30, e chegou a Salvador duas horas depois. A relação nominal mostra que Torres foi acompanhado do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Antônio Lorenzo, do diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, de um assessor especial do gabinete e dois agentes da PF”.

Um outro documento trata da reunião entre Torres e o superintendente da PF na Bahia, o delegado Leandro Almada, realizada no dia 25 de outubro, uma terça-feira da semana pré-eleição. Ainda conforme a reportagem, o secretário-executivo do MJ, o diretor-geral da Polícia Federal, e os delegados da PF na Bahia Marcelo Werner e Flávio Marcio Albergaria Silva também teriam participado do encontro.

Na ocasião, “Torres teria pedido apoio da PF nos bloqueios que a Polícia Rodoviária Federal faria no segundo turno das eleições presidenciais. A conversa foi confirmada à reportagem por fontes ligadas à PF e à PRF. A PF na Bahia, no entanto, não participou da ação. Torres e comitiva voltaram para Brasília logo após o encontro, às 16h30, conforme a agenda”.

A viagem de Torres à Bahia aconteceu após um relatório elaborado pela Diretoria de Inteligência do MJ apontar em quais municípios Lula teve mais votos que Bolsonaro no primeiro turno. Segundo a PF, que investiga o caso, o documento teria embasado as ações da PRF que visavam dificultar o acesso de eleitores do petista aos locais de votação.

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Estudo indica que Covid-19 acelera sintomas de demência, alzheimer e parkinson

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, neurologistas notaram síndromes neurológicas agudas e de longo prazo, além de sequelas neuropsiquiátricas dessa doença infecciosa, segundo o Agenda do Poder.

Pesquisadores do Bangur Institute of Neurosciences, na Índia, e do University Hospital 12 de Octubre, na Espanha, investigaram os efeitos da Covid-19 no comprometimento cognitivo em 14 pacientes com demência preexistente que apresentaram aceleração da deterioração cognitiva após Covid.

Destes, quatro tinham Alzheimer, cinco com demência vascular, três com Parkinson , e dois com a variante comportamental de demência frontotemporal.

Os resultados mostraram que todos os participantes apresentaram uma rápida progressão da doença após uma infecção pelo novo coronavírus, independentemente do tipo de demência inicial. Além disso, a linha de demarcação entre os diferentes tipos de deterioração neurológica ficou mais difícil após a Covid-19.

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Torres presta depoimento à PF nesta segunda sobre blitzes contra eleitores de Lula no Nordeste; defesa diz que ele vai falar

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, que está preso há mais de 110 dias, prestará novo depoimento à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (8). Sua defesa confirmou que ele comparecerá à superintendência nacional da PF e abrirá mão do direito de permanecer em silêncio. “Ele vai abrir mão do direito ao silêncio e esclarecerá tudo o que for questionado”, afirmou Eumar Novacki, que lidera o time de advogados de Torres.

Ele será interrogado sobre as ordens que deu à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para promover uma série de bloqueios nas rodovias no dia do segundo turno das eleições de 2022. A PF suspeita que Torres idealizou a operação com o intuito de atrapalhar o trânsito de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A planilha que Torres pediu a seus subordinados para basear a ação já está em mãos dos investigadores – o arquivo levanta os locais em que Lula e Jair Bolsonaro (PL) tiveram o melhor desempenho eleitoral. A defesa alega que o mapeamento foi feito sobre ambos os candidatos.

A PF também deve questionar o ex-ministro da Justiça sobre as razões de ele ter viajado à Bahia nas vésperas do segundo turno. Os investigadores suspeitam que a visita serviu para orientar a PF e a PRF sobre os bloqueios que seriam realizados no Estado, que foi crucial para a vitória eleitoral de Lula. Torres deve explicar que a viagem ocorreu para atender um convite do então diretor-geral da PF, Márcio Nunes.

Em abril, a PRF reinstaurou uma investigação interna para apurar o que motivou a operação dos bloqueios nas estradas.

Torres está preso desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

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Anderson Torres e Mauro Cid ainda teimam em não cantar

A ser assim, não deixarão a gaiola tão cedo.

A certeza de Bolsonaro de que se reelegeria começou a desmoronar no início da segunda quinzena de setembro do ano passado. Foi quando ele se convenceu de que, na melhor das hipóteses, Lula não liquidaria a eleição no primeiro turno. Quase liquidou.

Àquela altura, Bolsonaro já decretara 100 anos de sigilo em torno do seu cartão de vacina. Se tivesse de ceder o poder, um novo governo levaria algum tempo para conferir que ele de fato não se vacinara. Quanto às joias milionárias, ele as resgataria mais tarde.

Se a eleição em segundo turno tivesse acontecido em 31 de outubro, não no dia 30, ele poderia tê-la vencido. Em Minas Gerais, Lula derrotou Bolsonaro no primeiro turno por 48,29% dos votos válidos a 43,60%.30. No segundo, por 50,20% a 49,80%.

Foi com a esperança de ser reeleito que ele incumbiu Anderson Torres, seu ministro da Justiça, da tarefa de reduzir a vantagem de Lula nos lugares onde fora bem votado. E a solução encontrada foi usar a polícia para dificultar o acesso às urnas de eleitores do PT.

Preso há quase 120 dias em um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, cidade a 30 quilômetros de Brasília, Torres será, hoje, novamente interrogado pela Polícia Federal sobre o golpe de 8 de janeiro que não se limitou a um único dia.

O golpe de 64 foi tramado durante meses, mas se consumou em dois dias – 31 de março e 1 de abril. O do 8 de janeiro passou pelo dia 30 de outubro e irrompeu nas ruas em 12 de dezembro com a queima de ônibus em Brasília e o ataque à sede da Polícia Federal.

Avançou em 24 de dezembro com a desativação da bomba que poderia ter explodido um caminhão e parte do aeroporto de Brasília. E culminou com o convite aos bolsonaristas radicais para que participassem da “Festa da Selma” em 8 de janeiro.

Só fracassou porque o governo, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal reagiram a tempo. Do contrário, Bolsonaro teria sido reconduzido ao poder nos braços da extrema-direita e dos militares e a democracia revogada, dando lugar à ditadura.

Dizem os que cercam Torres que ele ainda não está disposto a contar o que sabe, por mais que esteja abalado. O mesmo acontece com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, também preso, envolvido na fraude do cartão de vacina.

Mauro Cid ainda confia nas articulações que faz seu pai, um general da reserva, para soltá-lo. Jura fidelidade a Bolsonaro e garante que jamais o deletará. O destino dos dois passarinhos na gaiola parece ser o de ficarem presos até que admitam cantar.

O de Bolsonaro já está traçado: a inelegibilidade por 8 anos. Dê-se por feliz se não for para a gaiola.

*Noblat/Metrópoles

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