Mês: junho 2023

Cúpula militar vê grande chance de expulsão de Mauro Cid do Exército

A revelação de uma minuta para decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e novas mensagens golpistas no celular do coronel Mauro Cid fizeram crescer na cúpula militar o sentimento de que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tem grande chance de ser expulso do Exército, segundo Bela Megale, O Globo.

A legislação determina que militares condenados a mais de dois anos na Justiça comum tenham sua permanência na Força analisada e decidida pelo Superior Tribunal Militar (STM) durante o chamado “processo de indignidade e incompatibilidade para o oficialato”. Esse é o provável futuro que Cid vai enfrentar, já que é alvo de uma série de processos Supremo Tribunal Federal (STF), que vão da entrada irregular de joias da Arábia Saudita aos atos golpistas de 8 de janeiro.

A avaliação de membros das Forças Armadas e do STM é que a pressão política para expulsão do coronel será elevada.

Hoje, como Cid responde a várias ações na Justiça comum, ele fica impedido de ser transferido ou promovido, assumir comando de tropas ou ter qualquer progressão de carreira no Exército. O coronel está preso desde o mês passado, mas sua família segue com residência na Vila Militar e ele permanece recebendo salário.

A avaliação de integrantes de alta patente das Forças Armadas é que Mauro Cid errou mais uma vez ao não estabelecer freios nas mensagens golpistas que recebeu em seu celular após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Como revelou a revista “Veja”, o coronel Jean Lawand enviou mensagens a Cid nas quais diz que Bolsonaro , ainda como presidente, tinha que “dar a ordem” para que os militares agissem, referindo-se a um golpe para impedir a posse de Lula. “Conversa o 01 a salvar esse país”, escreveu Lawand.

Em resposta, o ex-ajudante de ordens não faz reprimendas e se limitou a responder: “Estamos na luta”.

Os militares, no entanto, afirmam que o Cid se defenderá na Justiça e que, é só depois da conclusão dos julgamentos que o envolvem, é que será possível saber qual será o futuro de Mauro Cid na corporação.

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Sargento que pagou contas de Michelle invadiu Congresso em 8/1 e gravou mensagens no celular

Um dos militares investigados por sacar dinheiro vivo e realizar pagamentos de contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do ato golpista do 8 de janeiro, conforme indicam mensagens apreendidas pela Polícia Federal em seu telefone celular. Trata-se do segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, que foi funcionário da Ajudância de Ordens sob o comando do tenente-coronel Mauro Cid, segundo o Uol.

Ambos foram presos na operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar suspeitas de falsificação em certificados de vacina. A revista “Veja” revelou nesta sexta-feira (16) detalhes dos diálogos obtidos no celular de Mauro Cid sobre um plano golpista para contestar o resultado das eleições.

A PF também identificou no celular do sargento Dos Reis diversos diálogos nos quais ele relata a interlocutores sua participação no 8 de janeiro e envia vídeos feitos por ele no local.

Em um dos vídeos encaminhados é possível observar que Luís Marcos dos Reis está na cúpula do Congresso Nacional, juntamente com outros manifestantes”, diz o relatório da PF, com base nos arquivos do celular do segundo-sargento. Dos Reis havia deixado a Ajudância de Ordens em junho de 2022.

Em outras conversas, Dos Reis envia um áudio a um interlocutor no qual exalta o ato golpista: “Nós temos que cada um fazer a nossa força aqui. Representar o nosso país, né? Graças a Deus! Mas foi bonito aqui! É, muita das vezes a televisão fala mentira aí, que… Realmente, é a primeira vez que eu vejo aqui. Entraram no Planalto, no Congresso, Câmara dos Deputados e entrou no STF. E quebrou, arrancou as togas lá daqueles ladrão. Arrancou tudo! O bicho pegou hoje aqui”.

Em mais uma mensagem, Dos Reis afirmou a outro interlocutor que “o recado foi dado”, sobre o ato golpista do 8 de janeiro. O segundo-sargento já havia sido citado na investigação por suspeitas de que uma empresa com contratos com a Codevasf fez transferências para sua conta bancária. Essa mesma conta teve saques em dinheiro vivo para pagar despesas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro, como revelou o UOL. Três depósitos do sargento Dos Reis foram para a conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, uma amiga de Michelle Bolsonaro, à época lotada como assistente parlamentar no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Segundo a PF, Rose emitiu um cartão de crédito usado por Michelle.

Três depósitos do sargento Dos Reis foram para a conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, uma amiga de Michelle Bolsonaro, à época lotada como assistente parlamentar no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Segundo a PF, Rose emitiu um cartão de crédito usado por Michelle Bolsonaro e vinha recebendo, pelo menos até junho de 2021, depósitos em espécie — alguns deles fracionados, segundo a investigação — de integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República. O dinheiro era usado para pagar a fatura do cartão de crédito usado pela primeira-dama.

Procurada, a defesa de Luis Marcos dos Reis não se manifestou.

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Empresas representadas por filho de Lira receberam R$ 34 mi do governo Bolsonaro em dois anos

Arthur Lira Filho, 23 anos, sonha em ser chef de cozinha. Maria Luiza Cavalcante, 25 anos, vende biquinis, maiôs e correntes banhadas a ouro. Arthur, como o nome sugere, é filho de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Maria Luiza, ou Malu, é filha de Luciano Cavalcante, faz-tudo de Lira que virou alvo, recentemente, de uma investigação da Polícia Federal sobre desvios milionários do Ministério da Educação.

Embora não tivessem qualquer afinidade com o ramo de publicidade, em 2021 Arthur Filho e Malu abriram juntos, em Brasília, uma empresa para intermediar contratos de publicidade firmados com o governo federal. Àquela altura, os pais de ambos estavam prestigiadíssimos dentro da máquina da gestão Jair Bolsonaro. Lira, aliado do então presidente da República e chefe do Centrão, a porção fisiológica do Congresso à qual o governo havia se rendido, tinha acabado de ser eleito presidente da Câmara. Luciano, principal assessor e homem de confiança dele desde o início da carreira política em Alagoas, circulava desenvolto por alguns dos gabinetes mais importantes da Esplanada dos Ministérios.

Ainda que nem Arthur nem Malu tivessem experiência no mercado, a empresa que eles abriram, batizada de Omnia360º, já começou fazendo sucesso. Lira e Luciano abençoaram pessoalmente o negócio. Os dois estiveram na festa de lançamento da firma, para a qual foram convidadas figuras da área de publicidade do governo que se tornariam chaves para a Omnia360º deslanchar.

Malu Cavalcante, sócia da Omnia360º, com o pai, Luciano Cavalcante, assessor principal de Arthur LiraMalu e o pai, Luciano Cavalcante, em festa da Omnia360º

A partir dali, estava claríssimo para quem decidia o rumo das verbas federais de comunicação: atender a Omnia significava agradar a Arthur Lira pai. Deu muito certo. E os números atestam o sucesso meteórico. Em 2021, ano de criação da firma (e da chegada de Lira ao comando da Câmara), e em 2022, o último do mandato de Bolsonaro, empresas representadas pela Omnia360º faturaram alto em contratos fechados para veicular propaganda do governo federal.

Planilhas obtidas pela coluna mostram que apenas três dessas empresas receberam nada menos que R$ 34,8 milhões, o que rendeu polpudas comissões para a firma recém-aberta pelos dois jovens.

“Corretores” de publicidade
A Omnia360º funciona como uma espécie de corretora de publicidade. Ela não recebe diretamente dos cofres do governo, mas cumpre a tarefa de atrair verbas para veículos de comunicação interessados em ganhar dinheiro exibindo propaganda oficial. Por isso, fica com uma parcela dos valores que saem das agências contratadas para fazer a publicidade governamental e vão para esses veículos escolhidos, sejam eles rádios, TVs, sites ou empresas que veiculam propaganda em outdoors ou painéis eletrônicos em lugares com grande circulação de pessoas. A comissão para quem faz a intermediação – como é o caso da Omnia – costuma girar em torno de 20%.

A firma de Arthur Filho e Malu Cavalcante representa um punhado desses veículos. Os principais são a Gestão Publicidade e a RZK Digital, especializadas em veicular propaganda em espaços externos, e a OPL, que distribui publicidade na internet.

Gestão é um caso curioso. Parceira da Cufa, a Central Única das Favelas, a empresa gerencia espaços de publicidade em áreas públicas de comunidades como a Rocinha, no Rio de Janeiro. Em 2020, a empresa recebeu do governo federal R$ 468 mil. No ano seguinte, quando a Omnia360º foi criada e passou a representá-la em Brasília, o valor quintuplicou: passou para R$ 2,6 milhões. Em 2022, seguiu alto em comparação com o período anterior à aliança com a firma dos filhos de Arthur Lira e Luciano Cavalcante.

A RZK Digital, por sua vez, nasceu praticamente junto com a Omnia, em 2021. Naquele mesmo ano, faturou R$ 1,7 milhão em verbas federais de propaganda. No ano seguinte, experimentou um salto impressionante: a cifra foi para R$ 9,5 milhões. A OPL é outro exemplo que ilustra bem o quanto a parceria como a Omnia360º impactou positivamente na atração de publicidade oficial. O grupo foi de pouco mais de R$ 1 milhão em 2020 para R$ 10 milhões em 2021 e 8,2 milhões em 2022 – ou seja, depois que a Omnia foi aberta e passou a representá-la, a empresa garantiu nada menos que R$ 18,2 milhões em verbas federais.

Relações públicas
Arthurzinho Lira e Malu Cavalcante funcionam como pontas de lança da empresa na área institucional. Como eles não tinham qualquer experiência no ramo, chamaram para a sociedade a publicitária Ana Magalhães, escolada na área de propaganda governamental – por muitos anos, ela cuidou dos contratos de publicidade do Ministério da Saúde, que se tornou um feudo do PP, o partido de Arthur Lira, durante o governo de Michel Temer (na foto que abre esta reportagem, Malu, Arthurzinho e Ana posam na sede da Omnia).

A Ana cabe a missão de cuidar, na prática, do dia a dia da Omnia. Arthur e Malu são os responsáveis por abrir portas. O filho do presidente da Câmara, por exemplo, tinha por hábito representar a empresa em reuniões com altos funcionários de ministérios e estatais. Entre os órgãos nos quais a Omnia360º conseguiu emplacar seus veículos parceiros estão o próprio Ministério da Saúde, como mostrou nesta sexta-feira o jornal Folha de S.Paulo e o Ministério da Cidadania. A lista inclui ainda empresas públicas como a Caixa Econômica Federal. A existência da sociedade entre o filho de Arthur Lira e a filha de Luciano Cavalcante foi revelada em julho de 2021 pelo site Congresso em Foco. Até agora não se sabia, porém, da extensão nem dos valores dos contratos intermediados por ela.

Considerando apenas os valores recebidos pela OPL, pela RZK e pela Gestão, a empresa que tem Arthurzinho Lira como sócio recebeu a título de comissão algo próximo a R$ 7 milhões, a julgar pelo percentual adotado no mercado para remunerar serviços de intermediação como o da Omnia.

Alvo da polícia
A relação umbilical entre Arthur Lira e Luciano Cavalcante, os pais de Arthurzinho e Malu, ganhou mais notoriedade a partir da Operação Hefesto, deflagrada pela Polícia Federal no início de junho para apurar suspeitas de desvios de recursos destinados pelo Ministério da Educação para a compra de kits de robótica.

Ao longo da apuração, os policiais chegaram a um casal ligado ao esquema que fazia entregas de dinheiro vivo em Brasília e em Alagoas. Entre os endereços visitados pelo casal, como mostrou o Metrópoles, está uma sala comercial ocupada na capital alagoana que era ocupada por Luciano Cavalcante, pai de Malu e faz-tudo do pai de Arthurzinho Lira.

*Publicado com exclusividade pelo Metrópoles

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Moro interrogou Tony Garcia sobre a festa de desembargadores do TRF-4 com prostitutas em Curitiba

Joaquim de Carvalho*

Enquanto o Senado não vota o convite ou convocação para o seu depoimento, como quer o senador Rogério Carvalho, o empresário Antônio Celso Garcia, o Tony, continua revelando os segredos da organização liderada por Sergio Moro, que em 2014 recebeu o nome de Lava Jato.

Nesta sexta-feira, Tony Garcia postou trecho do depoimento que prestou a Sergio Moro e também aos procuradores da república Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo em 2005. Nele, Tony é interrogado sobre a festa que reuniu desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4a. Região (TRF-4) e prostitutas no hotel Bourbon, e dá detalhes.

No depoimento, Tony Garcia menciona “festa da cueca”. O depoimento confirma que Moro e os procuradores estavam investigando o evento. Em entrevista à TV 247, Tony Garcia disse que a festa foi gravada por Sérgio Costa, então sócio do advogado Roberto Bertholdo, e acabou nas mãos de Moro.

O vídeo, no entanto, ainda não foi encontrado em nenhum processo, o que, para Tony Garcia, desperta a suspeita de que o então juiz possa tê-la usado para chantagear desembargadores. O fato é que Moro acabaria se transformando num juiz com poderes de exceção não coibidos pelo tribunal.

As festas seriam organizadas pelo advogado Roberto Bertholdo, que era influente no TRF-4 até ser preso, em 2005, por ordem de Moro, num episódio também nebuloso, que envolve interceptação telefônica do ex-juiz e testemunhos falsos, como o próprio Tony Garcia admitiu.

Carlos Fernando perguntou a Tony sobre a festa dos desembargadores com prostitutas:

“O senhor mencionou em outra oportunidade que o advogado Bertholdo costumava dar festa para esses desembargadores e etc. O senhor poderia descrever de que forma ficou sabendo e que tipo de festas eram essas?”.

Tony respondeu:

“Que ele falava que convidava, que quando eles viriam para cá… um evento desses, depois de um evento, por exemplo, eles tinham um jantar e tudo. Era uma festa que ele fazia com jantar e com mulheres”.

Segundo a transcrição do depoimento anexada a um processo que tramitou na Vara de Moro, Januário Paludo interveio:

“Tinha alguma coisa específica a respeito disso?”

“Como assim?”, reagiu Tony.

Carlos Fernando disse algo que não foi transcrito por estar incompreensível na gravação.

Tony comentou:

“Que seria assim, brincando, falavam que era a festa da cueca”.

“Por que isso? Qual a razão?”, perguntou Carlos Fernando.

Tony explicou:

“É que, depois de um certo tempo de bebida e a coisa transcorrendo normal, que todos ficariam seminus ou nus”.

Paludo pediu mais detalhes:

“Isso se repetiu durante quanto tempo, mais ou menos?”

“Ele me falava que tinha isso há um bom tempo. Há um bom tempo que ele tinha esse relacionamento”, respondeu Tony.

O próprio Moro perguntou:

“Mas esse tipo de festa teria ocorrido várias vezes?”

“Às vezes aqui (Curitiba), às vezes em São Paulo, às vezes Rio de Janeiro”, disse Tony.

“São Paulo e Rio de Janeiro?”, quis confirmar Januário Paludo.

“Às vezes”, reforçou Tony.

“Que lugares específicos ele mencionava em São Paulo?”, Paludo pediu detalhes.

“É fácil saber que é o hotel que ele usa lá também. Isso eu posso saber depois, mas também tinha… ele falou, vamos supor, evento. Tinha um evento no Rio de Janeiro, qualquer coisa assim, ele convidava e hospedava esses amigos dele”, recordou Tony.

“O senhor não sabe nenhum específico?”, perguntou Januário Paulo mais uma vez.

“Um evento específico?”, repetiu Tony.

“É, isso”, afirmou Paludo.

“Não. Mas específico que eu sei é esse do jogo do Brasil, esse específico, que houve aqui. Agora, de São Paulo e Rio de Janeiro, específico, mesmo, não. Contava assim, sabe… a título às vezes de bravata e às vezes a título até de mostrar intimidade que se tinha, até quando se conversava com cliente novo”, comentou Tony.

Januário Paludo insistiu nos detalhes:

“Quem fornecia comida e bebida? O senhor sabe quem é que fornecia comida e bebida, se era o próprio hotel ou ele contratava alguém para esse tipo de festa?”

“Não, quando era no hotel, era o próprio hotel”, contou Tony.

Paludo perguntou, então, sobre as prostitutas:

“E as mulheres, o senhor sabe de onde é que vinham, se tinha alguma boate específica?”

“Tinha a Mirle”, informou Tony.

Januário: “A Midley?”

Tony: “É, que ele falava que era a Mirle”.

Moro pediu confirmação: “Mirley?”

“Mirle, essa que foi presa aí”.

Sem o vídeo, pode-se duvidar do relato de Tony Garcia. Mas o que dá verossimilhança ao que ele diz é a investigação que envolveu a própria agenciadora de garotas de programa, Mirlei de Oliveira.

Moro também deu credibilidade a Tony Garcia, ao escrever, em uma sentença de 2005, que a colaboração dele com a Justiça Federal do Paraná foi “valiosa”.

“É forçoso reconhecer, na esteira do requerido pelo MPF, que a colaboração de Antônio Celso Garcia foi efetiva e valiosa para a Justiça”, acrescentou”, chancelou Moro.

O caso da festa da cueca, no entanto, ficou em alguma gaveta da 13a. Vara Federal de Curitiba, que era comandada por ele.

Tony Garcia expõe o esqueleto, ao apontar nos autos relatos comprometedores.

*247

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Veja imagem: Mauro Cid guardava no celular arquivo com declaração de estado de sítio no Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid compartilhou em seu celular uma minuta de um texto de anúncio da declaração de estado de sítio no Brasil. O documento foi enviado pelo próprio ajudante de ordens e contava com três páginas argumentando sobre a situação política do país. O final do texto era marcado pela declaração de um estado de sítio e a decretação da Operação de Garantia da Lei e da Ordem. Abaixo, a página final do documento, publica O Globo:

Ao todo, a declaração conta com três páginas e faz uma longa análise do cenário. Trechos do texto indicam que se tratava de um esboço que estava sendo preparado, como a indicação de incluir novos pontos. Na página final, por exemplo, há a inscrição “[Aqui, tratar de forma breve das decisões inconstitucionais do STF]”, um aviso de que aquilo seria incluído posteriormente.

A declaração de estado de sítio está no último parágrafo do texto. A declaração termina em primeira pessoa e com uma expressão típica do ex-presidente Jair Bolsonaro, “dentro das quatro linhas”.

“Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”, afirma o texto. Na imagem, o restante da declaração é coberto com outro papel.

Em nota, os advogados Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore, que defendem Cid, afirmaram que “por respeito ao Supremo Tribunal Federal, todas as manifestações defensivas serão feitas apenas nos autos do processo”.

Página final do documento que estava guardado no celular de Mauro Cid

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Dino acionará a PF contra evangélico bolsonarista que fez ataques violentos a Lula e ao STF em podcast

O ministro da Justiça Flávio Dino anunciou nesta sexta-feira (16), em suas redes, que irá acionar a Polícia Federal contra o empresário evangélico Anderson Silva, que disparou ataques violentos em seu próprio Podcast, intitulado “Tretas e Diálogos” contra o presidente Lula (vídeo abaixo).

“Está na Bíblia a lição de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz:. ‘Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!’ (Mateus 5:9). A frase que incita violência é anticristã. E criminosa, por isso mandarei hoje para a Polícia Federal”, diz o ministro.

Durante o episódio, Silva afirmou que os evangélicos deveriam recorrer a Deus para enfrentar seus opositores, causando danos físicos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e desejando doenças para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao citar o Salmo 2, o pastor fez referência à crença na capacidade divina de intervir na situação dos líderes terrenos. Ele destacou a importância das orações de imprecação, nas quais os salmistas pediam a Deus para agir contra seus inimigos.

*Com 247

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Moraes ordena que a PF ouça Bolsonaro e Daniel Silveira sobre caso Do Val

Alexandre de Moraes determinou à PF que colha depoimentos de Bolsonaro e Daniel Silveira no âmbito das investigações sobre Marcos do Val, segundo o Metrópoles.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal colha depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Daniel Silveira no âmbito da operação que mirou o senador Marcos do Val nessa quinta-feira (15/6). Moraes acatou pedido da PF, que argumentou que os dados extraídos do celular de Do Val em fevereiro apresentam “elementos indicativos de suposta participação do referido parlamentar em associação criminosa junto de Daniel Silveira para o suposto cometimento de atos antidemocráticos”.

Na decisão obtida pela coluna, a PF representa “pela autorização de se realizar a oitiva de Daniel Lucio da Silveira e do ex-presidente da República Jair Bolsonaro quanto aos fatos expostos”.

Moraes PF Bolsonaro do Val

Moraes PF Bolsonaro do Val

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Fala de Mônica Waldvogel sobre economia e Lula revolta as redes

A declaração da jornalista Mônica Waldvogel sobre o fato de a economia dar sinais de recuperação trata-se da “sorte do presidente Lula” e não das políticas da gestão federal.

“O Brasil conseguiu colocar essa supersafra para fora, por sua vez ganhou mais dólar, o dólar cai e ajuda a controlar a inflação, o que dá essa sensação de bem-estar. O governo não precisou se mexer, a safra foi plantada no ano passado. Tudo se ajeitou. É uma questão de sorte. Essa supersafra foi responsável por quase 25% do crescimento do PIB no primeiro trimestre […] tudo bem, há a política monetária, os juros, o arcabouço e a negociação política, mas também há um aspecto que é uma circunstância totalmente fora do controle do governo […] Lula é um cara sortudo”, disse Mônica Waldvogel rindo.

https://twitter.com/Rafael_RViegas/status/1669643369134571521?s=20

A análise da comentarista da Globo News recebeu respostas de vários perfis, incluindo do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

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IBC-BR: prévia do PIB sobe 0,56% em abril e tem melhor desempenho em 10 anos

O indicador de abril ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 2,75%, segundo a Exame.

Após o forte crescimento no primeiro trimestre, a economia brasileira inaugurou o segundo quarto do ano também em terreno positivo, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,56% em abril, na série livre de efeitos sazonais. Em março, a queda havia sido de 0,14% (dado atualizado nos dados divulgados nesta sexta-feira, 16).

De março para abril, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 147,50 pontos para 148,33 pontos na série dessazonalizada. O resultado é o mais favorável desde dezembro de 2013, quando pontuou 148,75, segundo a série histórica iniciada em 2003.

Já na comparação entre os meses de abril de 2023 e de 2022, houve crescimento de 3,31% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 147,53 pontos no quarto mês do ano, o melhor desempenho para o mês desde 2014 (147,69 pontos).

Indicador
O indicador de abril ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 2,75% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de 1,20% a 5,00%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. O dado pode ser atualizado no documento deste mês. Já a equipe econômica projeta oficialmente expansão de 1 91%, mas o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, avalia que o PIB pode crescer mais próximo de 2,5% este ano, considerando os dados mais recentes.

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Vem aí a Lei Eduardo Cunha

Suas excelências querem um tipo penal sob medida para protegê-las.

Não bastam as imunidades, as mordomias e os penduricalhos. Suas excelências agora querem um tipo penal sob medida para protegê-las.

A Câmara aprovou projeto que cria o crime de discriminação contra pessoas politicamente expostas. A ideia foi apresentada por Dani Cunha, filha do deputado cassado Eduardo Cunha.

No texto, ela descreve os políticos como vítimas de “atos de cunho discriminatório”. A pretexto de reparar injustiças, a deputada propõe novos privilégios para a casta que integra.

De acordo com a proposta, o gerente que negar crédito a um político pode ser punido com até quatro anos de prisão. A regalia é estendida a parentes e “estreitos colaboradores”, o que beneficiaria todo tipo de aspone e laranja.

Dani alega que as regras de combate à lavagem de dinheiro impediriam parlamentares de fazer saques e abrir contas bancárias. Curiosamente, o pai dela não encontrou dificuldades para virar correntista na Suíça.

A deputada também propôs aumentar a pena imposta a quem atentar contra a honra de políticos, inclusive os já condenados por corrupção. Num surto de lucidez, o relator Cláudio Cajado sumiu com o artigo na versão final do projeto.

Discípulo de Cunha, o deputado Arthur Lira patrocinou um arranjo para votar o texto a toque de caixa. A aliança para aprová-lo uniu o PT de Lula ao PL de Bolsonaro. Só não entraram na corrente siglas pequenas como Novo e PSOL.

O debate em plenário ofereceu momentos de puro nonsense. O deputado Julio Lopes, personagem da corte de Sérgio Cabral, solidarizou-se com um aliado que teria sido impedido de trocar dólares ao chegar de viagem.

O deputado Elmar Nascimento, fiel escudeiro de Lira, bradou contra a

“discriminação leviana” que causaria sofrimento a “homens de bem”. Ele fez questão de esclarecer que também se inclui na categoria.

Num esforço para dissuadir os colegas, o deputado Chico Alencar citou palavras de Frei Vicente do Salvador, franciscano que tentou explicar o Brasil no início do século XVII: “Nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular”.

“Este projeto tem o nome e o sobrenome desse tipo de visão nefasta”, emendou Chico. Se o Senado não barrar o texto, em breve teremos a Lei Eduardo Cunha.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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