Mês: junho 2023

EUA e Reino Unido lançam novo acordo econômico para enfrentar crescimento da China

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciaram uma nova aliança econômica nesta quinta-feira (8) para responder aos desafios geopolíticos e, acima de tudo, às ambições da China.

Uma “declaração atlântica” assinada na Casa Branca pelos dois líderes prevê uma maior cooperação na indústria de defesa e no fornecimento de metais essenciais para a transição energética.

Assim como outros aliados dos Estados Unidos, o Reino Unido está preocupado com as consequências da Lei de Redução da Inflação, de Biden, que inclui subsídios bilionários para a indústria de energia verde, além do impulso à indústria nacional e aos produtos fabricados nos Estados Unidos. Nesse sentido, Sunak obteve exceções para os industriais britânicos.

Em matéria de defesa, o presidente americano prometeu abrir o acesso ao mercado nacional para as indústrias britânicas, de modo a alavancar o desenvolvimento de armas sofisticadas, como mísseis hipersônicos.

O acordo entre os dois países também abrange inteligência artificial, segurança energética e cadeias de suprimentos.

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Lira empregou mulher e irmão de seu “operador” na CBTU em Alagoas

Parentes de Luciano Cavalcante, ex-assessor nº 1 de Arthur Lira (PP-AL) em Brasília, foram empregados na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cujos cargos de direção estão sob domínio político do presidente da Câmara dos Deputados, informa reportagem do Estadão, que também aponta que aliados de Lira estão no comando da companhia em questão.

A superintendência da CBTU em Maceió é comandada por Carlos Jorge Ferreira Cavalcante, irmão de Luciano. Seu salário é de R$ 19.487,36, tendo chegado ao cargo com as “bênçãos” de Lira e do pai do presidente da Câmara, Benedito de Lira, prefeito de Barra de São Miguel.

Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, esposa de Luciano, por sua vez, ocupa a função de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão, com salário de R$ 13.313,10. A CBTU de Maceió movimentou R$ 23 milhões em recursos federais somente em 2023.

A reportagem do Estadão destaca que “nas redes sociais, Carlito trata Lira e Biu como ídolos. Ele fez campanha para os dois ao menos nas últimas três eleições. O superintendente aparece ao lado do presidente da Câmara em comícios e outros eventos partidários. O apadrinhado de Lira esteve com o parlamentar em Brasília para comemorar as duas vitórias do chefe para a presidência da Câmara, em 2021 e neste ano”.

Carlito, Luciano e a família Cavalcante atuam como cabos eleitorais de Lira em um município chamado Atalaia, com 47 mil moradores, na região metropolitana de Maceió. Carlito afirma em seu Instagram que Lira é responsável por 90% dos recursos enviados para Atalaia como deputado federal.

*Com 247

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Com Spoofing em mãos, STF tem chance de fazer a “maior limpeza da história jurídica” do País

Para Luis Nassif, TRF-4 agiu como se tivesse poderes absolutos e achou que esconderia as irregularidades para sempre.

As novas mensagens da Operação Spoofing obtidas pelo Jornal GGN evidenciam que o conluio na Lava Jato não ficou limitado à relação entre Sergio Moro e os procuradores de Curitiba. Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, como Thompson Flores e Marcelo Malucelli, também estavam alinhados com os objetivos da operação que se prestou a tirar Lula da eleição de 2018 e mudar o destino político do País.

Uma fração mínima do que foi captado pela Operação Spoofing já foi revelado pelo The Intercept Brasil e um consórcio de meios de comunicação, na cobertura que ganhou a alcunha de “Vaza Jato”. Mas o volume de mensagens de Telegram trocadas entre os agentes envolvidos na Lava Jato é imenso. E conferem ao Supremo Tribunal Federal, que está em sua posse, a chance ímpar de mudar a convicção de ministros e promover o “maior processo de limpeza da história jurídica brasileira”. É o que avalia o jornalista Luis Nassif.

Na quarta (7), Nassif publicou duas reportagens com novos trechos da Spoofing, que implicam os desembargadores do TRF-4. Elas mostram, por exemplo, o desembargador Thompson Flores pedindo aos procuradores de Curitiba, então liderados por Deltan Dallagnol, a redação de súmulas que possivelmente foram usadas pelo TRF para aumentar as penas de Lula na Lava Jato.

Já o desembargador Marcelo Malucelli – autor da denúncia que afastou o juiz Eduardo da Lava Jato, sem direito à defesa prévia – aparece nos diálogos da Spoofing costurando com os procuradores de Curitiba a sucessão de Sergio Moro justamente na 13ª Vara Federal.

Após a reportagem de Luis Nassif, a defesa de Appio reiterou pedido liminar ao Conselho Nacional de Justiça para que Appio retorne imediatamente aos trabalhos, já que a Corregedoria do TRF-4, ao aceitar a denúncia de Malucelli sem sequer ouvir Appio, demonstrou que não reúne condições de julgar o novo juiz.

Para Nassif, as novas mensagens da Spoofing provam que o sentimento de estar acima da lei extrapolou a Vara de Moro e a força-tarefa liderada por Dallagnol, e contaminou o TRF-4, que agora age para evitar que os esqueletos da Lava Jato saiam do armário.

“O endosso que ganharam da mídia foi tão grande que se julgaram acima da lei. Pensaram que o poder seria eterno. O TRF-4 demonstrou total falta de senso, pensando que todas as irregularidades [que avalizaram] ficariam para sempre varridas para deixado do tapete. Tenho certeza que o Supremo vai analisar os dados da Spoofing e ter o maior processo de limpeza da história jurídica brasileira.”

Um legado deletério que contaminou o Judiciário
Na visão do cientista social Leonardo Rossatto, a Lava Jato ajudou a espalhar por tribunais de todo o País uma ânsia punitivista exacerbada e o senso de impunidade quando de decisões que excedem os limites da lei. Ele lembra que, no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas passou a seguir os passos de Moro – até também ser afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça.

“Eles se consideraram inatingíveis, completamente invulneráveis a qualquer punição”, comentou Rossatto.

Para o analista, os tribunais superiores agora tentam “recuperar a institucionalidade e, para isso, precisa vencer a lógica punitivista que se instaurou com a Lava Jato.”

A decisão, contudo, ocorre na esteira de uma tentativa do próprio Judiciário de sobreviver aos ataques políticos da extrema-direita.

“Se a Lava Jato é o ovo da serpente do bolsonarismo, precisamos admitir que seu principal alvo de ataque é o próprio Judiciário. O bolsonarismo trabalha com a lógica fascista de destruir o que não consegue cooptar.”

*Luis Nassif/GGN

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Juíza não vê ‘elementos’ de tortura ou maus-tratos em prisão de homem amarrado por PMs

Ouvidor das polícias afirmou que episódio “remete ao período escravocrata”; policiais foram afastados.

A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo, considerou não ter havido evidência de tortura ou maus-tratos na prisão de um homem negro amarrado pelos pés e arrastado até uma viatura da Polícia Militar. A informação consta na decisão da audiência de custódia obtida pelo Metrópoles.

O caso aconteceu entre domingo e segunda-feira. Policiais militares prenderam e amarraram Robson Rodrigo Francisco, de 32 anos, suspeito de ter participado de um “arrastão” num mercado na Vila Mariana, na capital paulista. Quatro agentes usaram uma corda para imobilizar o detido, que teria sido encontrado com duas caixas de chocolate.

“Não há elementos que permitam concluir ter havido tortura ou maus-tratos ou ainda descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso”, escreveu a juíza. Ela considerou que, como o detido cumpria pena em regime aberto e não tem emprego ou endereço fixo, ele continuaria a “delinquir” se posto em liberdade. O flagrante de Francisco foi convertido em prisão preventiva.

Em nota, a Polícia Militar lamentou o episódio e afirmou que a conduta que aparece no vídeo “não é compatível com o treinamento e valores da instituição” e os seis policiais envolvidos na ação foram afastados preventivamente, enquanto tramita um inquérito que vai apurar o caso. A PM informou que vai analisar as imagens registradas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) usadas pelos agentes, que já foram inseridas como prova nos autos do Inquérito Policial Militar.

Defensores de direitos humanos, como o padre Júlio Lancelotti, a população e o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido Silva, criticaram a abordagem. Silva chamou o vídeo, gravado por uma testemunha da cena, de “estarrecedor” e afirmou que o episódio “remete ao período escravocrata e ao período da ditadura militar, quando as pessoas eram torturadas no pau-de-arara”.

A ouvidoria abriu um procedimento para apurar o ocorrido e pediu cópia das câmeras corporais dos policiais, além de imagens de câmeras de segurança do mercado que foi furtado e da rua onde o homem foi abordado. Além disso, ele destaca que sugeriu à Secretaria estadual de Segurança Pública e para as polícias Civil e Militar a instauração de um grupo de trabalho com a ouvidoria e entidades defensoras de direitos humanos para discutir como melhoras as abordagens policiais.

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Rede de firmas fantasmas irrigou esquema que envolve assessor de Lira

Endereços que não existem, andar trancado e uma lotérica chamada Mina integram a lista. PF aponta lavagem de dinheiro.

Quem entra no elevador logo percebe que, ao contrário dos demais, o botão para o segundo piso não funciona. Pela escada também não há acesso. A porta que leva ao andar está trancada. É um pavimento fantasma no centro de Brasília. Ali perto, onde deveria haver uma empresa de serviços de informática, funciona um curso para dentistas, segundo o Metrópoles.

Nunca ouvi falar nessas pessoas”, diz a atendente do estabelecimento, repetindo, em linhas gerais, a resposta ouvida pela reportagem em outros 12 endereços ligados a Pedro e Juliana Salomão, presos pela Polícia Federal sob suspeita de operar, a partir da capital da República, o braço financeiro de um esquema que desviou milhões de reais do Ministério da Educação.

O casal tem relação com uma rede de 25 firmas espalhadas pelo Distrito Federal. O Metrópoles esteve em 13 delas. E descobriu que só uma, o Basic Lounge Bar, funciona de acordo com as declarações prestadas à Receita Federal. As demais estão registradas em locais em que, atualmente, há outras empresas. A maioria das pessoas abordadas em cada um desses lugares está por ali há anos e desconhece a atividade das firmas do casal.

Se por um lado as empresas não existem fisicamente nos endereços, por outro as transações financeiras que elas fazem são bem reais. O movimento que o Metrópoles não encontrou nos endereços a Polícia Federal achou em transferências bancárias entre as diferentes firmas. Foi desse fluxo, dizem os investigadores, que a verba desviada de contratos para a compra de kits de robótica para escolas de Alagoas virou dinheiro vivo supostamente entregue a gente com conexões importantes no mapa do poder.

As investigações apontam para um esquema grandioso. Entre os alvos da PF está o motorista de um assessor bem próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Como o Metrópoles mostrou nesta terça-feira em primeira mão, os policiais flagraram entregas de “pacotes” ao hoje deputado federal pelo Distrito Federal Gilvan Máximo (Republicanos) e a Laurício Monteiro Cruz, diretor de Imunização do Ministério da Saúde durante a gestão do general Eduardo Pazuello, no governo de Jair Bolsonaro.

Os investigadores sustentam que as empresas ligadas a Pedro e Juliana Salomão (veja galeria) “têm substancial e intensa participação em possível esquema de lavagem de capitais, supostamente ocultando e dissimulando bens”. Segundo a PF, a fornecedora dos kits de robótica comprados pelas prefeituras alagoanas – provavelmente, de forma superfaturada –, a Megalic, repassou R$ 1,4 milhão para três empresas do casal entre 2021 e 2022.

Depois que recebiam os aportes, as empresas, que seriam de fachada, faziam repasses para uma casa lotérica de nome sugestivo: Mina. Entre setembro do ano passado e janeiro deste ano — ou seja, em apenas quatro meses — R$ 2,4 milhões transitaram entre contas da loteria e das empresas de Pedro e Juliana. Os donos da “Mina” têm outras duas loterias em Brasília.

A lotérica seria, a julgar pela suspeitas levantadas pelos policiais, uma das jazidas de dinheiro vivo do casal, que ia rotineiramente ao estabelecimento para fazer saques. No dia 27 de dezembro de 2022, quando já estava sendo monitorado, Pedro entrou com uma bolsa vermelha na lotérica. No pedido de prisão feito pela PF à Justiça de Alagoas, os investigadores dizem que, “fazendo análise dos vídeos de chegada e saída da lotérica”, a bolsa “chega à lotérica vazia e volta da lotérica com um certo volume”.

Um relatório da investigação afirma que é “possível inferir que provavelmente a lotérica funciona com uma espécie de lavanderia para as quantias ilícitas movimentadas pelas empresas do casal Pedro e Juliana” — dinheiro que, depois, era repassado aos outros investigados. O horário em que ele costumava ir até a loteria também chamou a atenção. “As idas à lotérica de Pedro são sempre realizadas no final do expediente diário”, “momento em que há um maior quantitativo de recursos em espécie no estabelecimento”. Ao que tudo indica, diz o relatório, Pedro “realiza transferências bancárias e, logo em seguida, vai buscar a quantia em espécie”.

As firmas do casal também faziam repasses entre si, mesmo sem ter atividade comprovada, num movimento supostamente destinado a limpar o rastro sujo dos recursos. A PF encontrou muitos saques dessas contas, sempre fracionados, o que amplia ainda mais as suspeitas de que se tratava de uma tentativa de burlar os mecanismos de fiscalização.

A lista de empresas ligadas ao casal da mala do esquema do MEC é eclética. No papel, as firmas declaram atuação em diversos segmentos, de informática a turismo, passando por reparação de carros, consultoria, vestuário e comunicação. Tem também casa noturna. Uma outra tem como negócio principal a venda de coxinhas.

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Juiz Eduardo Appio pede liminar para reassumir comando da Lava Jato

O juiz Eduardo Appio encaminhou ao corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, um pedido de liminar para reassumir o comando da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde os processos da Operação Lava Jato são julgados, diz o 247.

O documento enviado nesta quarta-feira (7) menciona reportagem do jornalista Luis Nassif no jornal GGN que revela que o desembargador Marcelo Malucelli, pai de João Eduardo Malucelli (que é sócio de Sergio Moro), articulou para que o juiz Luiz Antonio Bonat assumisse a vaga de Moro na 13ª Vara no início de 2019.

Bonat é simpatizante da autodenominada força-tarefa. Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato de Curitiba, chegou a comemorar sua possível ida à 13ª Vara: “Meooo caneco”. Em seguida, disse que tinha uma reunião marcada com Bonat e que teria de comparecer para “garantir” que o juiz não desistiria de assumir a vara de Moro. Bonat assumiu a vaga e apenas saiu em 2022. Sua sucessora foi Gabriela Hardt, também simpatizante da força-tarefa.

Appio, em seu mais recente pedido, argumenta que a revelação da articulação de procuradores lavajatistas para definir a sucessão da 13ª Vara corrobora a constatação de que “foi afastado do exercício da função jurisdicional não por ter, em tese, praticado qualquer infração disciplinar, mas por representar um contraponto crítico à pretendida sucessão” na vara. “Isto é, o Peticionário não foi, de longe, aquele desejado. Era preciso eliminar o contraponto”, complementa.

A defesa do juiz ainda afirma que o TRF-4, responsável por seu afastamento da 13ª Vara, “não reúne as condições necessárias para promover o devido processo legal, bem como o julgamento justo do Peticionário, na medida em que severamente comprometida em sua imparcialidade”.

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Vídeo: Vaiado em aeroporto, Moro enfrenta a hora da verdade

O ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, que atuou como mafioso no comando da Lava Jato, foi vaiado ontem, ao embarcar no Aeroporto de Brasília. “Moro, pode esperar, a sua hora vai chegar”, gritavam os manifestantes. Nos últimos dias, surgiram informações estarrecedoras, como a de que Moro investigou ilegalmente filhos do presidente Lula, buscou informações para emparedar ministros do STJ e teve agentes infiltrados na Lava Jato, como o empresário Tony Garcia.

Ao divulgar o vídeo, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que foi alvo de extorsão na Lava Jato, escreveu que “Russo [apelido de Moro] enfrenta a hora da verdade”.

Assista:

 

Vídeo: 2013 entregou o Banco Central para as raposas da agiotagem nacional

Assista:

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Diálogos inéditos da Operação Spoofing revelam a promiscuidade de Curitiba

Luis Nassif*

Vê-se o Desembargador Thompson Flores Lenz solicitando à Força Tarefa a redação das súmulas para o TRF4 nas matérias penais e de improbidade administrativa, provavelmente as que aumentaram as penas de Lula.

GGN apresenta, com exclusividade, mais diálogos que constam da Operação Spoofing, o banco de dados geral, do qual foi divulgado, até agora, apenas uma pequena parte, que resultou na Vaza Jato.

Nos diálogos, pode-se saber do então juiz Sérgio Moro querendo informações de ministros do Superior Tribunal de Justiça, buscando informações sobre o filho de Lula junto ao delegado da Polícia Federal. Mais: vê-se o Desembargador Thompson Flores Lenz solicitando à Força Tarefa a redação das súmulas para o TRF4 nas matérias penais e de improbidade administrativa, provavelmente as que aumentaram as penas de Lula.’

Aqui, Sérgio Moro quer saber como será a divisão com os EUA do acordo com a Odebrecht

08:42:58 PG. Veja essas demandas do Russo: [17/5 16:14]

Moro: No acordo ODB, 502017534, faltou informar, salvo engano, como ficou a divisao dos valores entre EUA, suíça e Brasil. Preciso disso para homologar.

[17/5 16:55] Moro: Sergio Moro: E os advogados que representarão a ODB no processo do acordo

Aqui, mostrando o grau de intimidade do então juiz Marcelo Malucelli com os procuradores da Lava Jato. O dialogo não diz muita coisa. O ponto relevante é a constatação de sua participação no grupo.

18:03:01 Deltan [15:28, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Boa tarde Deltan

[15:29, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Bem, tivemos a conversão para a nova vara criminal. Já instalada e funcionando.

[15:29, 3/4/2019] Juiz Marcelo Malucelli JFPR: Em breve, creio, a corregedoria deve definir a forma de auxílio que irá fazer à 13.a

18:06:49 Deltan do que se trata PG?

18:06:57 Deltan Excelente.

18:08:09 Isabel Grobba são os candidatos à lista, né? Estavam na ANPR?

18:10:06 Paulo isso

Aqui, Moro orienta a Força Tarefa a esconder documento que revelava pagamento a políticos, provavelmente para que o processo não fosse para o STF

09:36:46 Athayde Prezados, sabem dizer onde localizo a planilha/agenda apreendida com BARRA que descreve pgtos a diversos politicos. Lembro que o russo tinha pedido protocolo separado. Vamos precisar pra manter a prisao dele la em cima

09:37:24 Athayde É URGENTE

10:04:20 Oi Athayde, o russo tinha dito pra não ter pressa pra eprocar isso, dai coloquei na contracapa dos autos e acabei esquecendo de eprocar

10:04:38 Vou fazer isso logo

10:16:28 Athayde Erika, aguarde q vou te ligar. Abs

10:17:44 Ok

Aqui o Moro estava querendo saber de anotações do Marcelo Odebrecht sobre Ministros do STJ

07:04:04 Festa em andamento?

07:07:16 Sim..

07:07:24 Othon localizado…

07:07:32 Flávio ainda não…

12:14:40 Érika. O Russo pediu para autuar os materiais sensíveis, como aquelas três folhas que você me mostrou hoje, em apartado.

12:16:16 E ele quis saber onde estão as anotações do MO sobre o Falcão e ministros do STJ.

12:16:16 Hummmm

12:16:44 Ele está preocupado com o vazamento dessas informações.

12:17:04 Esse negócio do falcão eh ilacao … Ta naquelas anotações mesmo do celular dele…

12:18:12 Paulo essas anotações sobre ministros do stj, são do MO ou são aquelas do flácio lucio magalhães, operador da Andrade?

12:19:12 Está em algum relatório?

12:20:24 Vou procurar, o agente q analisou esse material está na operação hoje e o Mauat ta internado nas oitivas do Goes

13:55:36 Deltan Erika e Marcio, olhem por favor um email que enviei

13:56:00 Se puder manda no meu gmail

13:56:16 maanselmo@naira13:56:56 Deltan enviado

Aqui, atendem a uma ordem de Moro para pedir prorrogação de um processo

18:49:16 Precisamos fechar a manifestação pela prorrogação

18:49:35 Russo quer até de tarde.

18:53:40 Laura Tessler E se a gente fizesse aí a reunião, seria possível de manhã?

18:54:12 Será q demora mto?

18:54:20 Laura Tessler não sabemos

Moro dá OK para acordo com a Andrade Gutierrez

3:15:52 Orlando SP Russo pediu urgência nos autos Preciso manifestação no 504873991

23:16:20 Deltan Vc viu do que se trata? Eu ia ve agora

23:17:12 Deltan Mas Vc vendo, melhor hehe

23:17:20 Orlando SP Não. Recebi a mensagem agora. Já estou na cama. Só disse q veríamos isto amanhã com urgência

23:17:48 Orlando SP Só compartilhei para não esquecermos

23:20:00 Deltan Faz o serviço direito aí o…

23:20:24 Deltan É o caso do João Santana e Zwi… Roberson copy??

23:23:12 Deltan Hoje saí do trabalho deprê… acho que esse negócio da Ode vai nos incomodar… tomara que eu esteja errado.

23:23:20 Deltan Caros, não esqueçam da reunião amanhã, 10h

23:44:12 Diogo Vai nada delta

23:44:20 Diogo Já passamos por tempestades muito maiores

23:44:28 Diogo Nosso barco não vira 🚣

23:58:04 Roberson MPF Pode deixar comigo

23:58:12 Roberson MPF Copiado

19:47:28 Galvão. Sobre a AG, conseguiu um OK provisório do Russo. Agora preciso de uma posição de Brasília. Isso é com você.

Moro interfere novamente nos acordos, pedindo penas mais pesadas, dando sugestões para homologar o acordo da Odebrecht e da Galvão Engenharia

01:02:20 Deltan Caros, mensagem do MM

01:02:28 Deltan Prezado com a mudança no stf tem que começar a pegar mais pesado nos acordos. No minimo para graudos um ano preso. Sugestão repeitosa

01:02:56 Deltan O MM russo

(…)

19:14:24 Athayde Vaccareza

19:14:53 Athayde estavamos trabalhando juntos. mas dps ele quis fazer voo rasteiro

19:15:00 Athayde nem conversou nem nada

19:15:16 Athayde mas fez um bom trablaho

19:16:49 Deltan Top Isabel parabéns

19:22:12 Deltan Russo é bem contra o acordo e quer ser mantido informado rs

19:23:41 Deltan Diogo faz nota sobre isso. Vamos pressionar o presidente e a comissão que prepara o indulto

19:23:42 Deltan Coloca isso tb

19:24:03 Deltan Temos que trazer à tona os movimentos da classe política para assegurar sua impunidade

18:00:21 Julio Noronha Ok!

19:24:03 Deltan Temos que trazer à tona os movimentos da classe política para assegurar sua impunidade

18:00:21 Julio Noronha Ok!

18:08:58 Russo quer saber condições das colaborações da Galvão.

18:09:22 Athayde Os que foram condenados voltarao para a prisao

18:09:26 Athayde por um periodo

18:09:34 Jerusa não foi assinado ainda

18:14:02 Já há condições acertadas?

18:15:04 Jerusa sim

18:15:06 Jerusa ja te passo

Aqui o Moro chamou um Delegado da PF que atuou na operação Zelotes e perguntou o que teria naquela investigação sobre o filho do Presidente Lula

19:06:00 Paulo Pessoal, história esquisitissima em off

19:06:55 Paulo Delegado da zelotes teria sido chamado ontem pelo russo em Cwb p saber o q tem sobre o filho do 9

19:07:07 Paulo Teria viajado só p isso

19:07:58 Athayde Russo do filho do 9 hj. Mas disse que veio do Marcio

19:08:03 Paulo Meu primeiro palpite é q seja coisa dos dpfs de Cwb

19:08:57 Paulo Isso q imaginei. Como estão por fora da nossa investigação, podem estar querendo capitalizar com outra coisa

19:13:30 Deltan panificadora? estou indo aí deixar o computador e convidar quem topar…

19:14:05 Julio Noronha Muito esquisito… Marcio perguntou nesta semana se tínhamos as quebras do Luleco (investigado na Zelotes) e das empresas dele

19:15:00 Deltan Olhando pelo lado bom, precisamos de novas frentes, nossas ou de outros

19:15:58 Julio Noronha Verdade tb

Aqui os Desembargadores Thompson Flores Lenz entrou em contato com a Força Tarefa e pediu que eles fizessem as súmulas para o TRF4 nas matérias penais e de improbidade administrativa.

09:15:03 Januario Paludo Prezados. O trf4 vai editar uma série de súmulas. Quem está coordenando e o vice presidente, nosso ex-colega Lenz, que nos procurou. Ele nos pediu, “diante da nossa experiência” a redação de súmulas em matéria criminal e AIA, especialmente. Abs

14:29:24 Deltan Simula n. 1: no mínimo, a pena máxima

Aqui o Delegado Luciano Flores comenta como era o procedimento do Moro.

18:09:52 Orlando SP Luciano, Por enquanto está mantida a data?

18:10:44 Athayde Ok. Vamos formular e enviamos

18:12:08 Luciano Flores Sim. Mantida a data de sexta-feira, né?

18:18:04 Luciano Flores Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah

18:18:20 Kkkkk

18:18:20 Como assim?!

18:18:37 Luciano Flores Normal… deixa quieto…

*Matéria publicada com exclusividade no GGN