Ano: 2023

Meyer Nigri, que recebeu ordem de Bolsonaro para repassar fake news, é dono da Tecnisa e influente na comunidade judaica

Empresário foi quem decidiu que Bolsonaro deveria ser internado no Einstein, e não no Sírio-Libanês, após o evento de Juiz de Fora. Ele também pretendia legalizar cassinos no país.

A Polícia Federal encontrou no celular do empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, uma ordem direta de Jair Bolsonaro (PL) para “repassar ao máximo” uma mensagem com desinformação sobre as urnas eletrônicas e pesquisas eleitorais, além de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O celular de Nigri foi periciado em meio a uma investigação sobre mensagens golpistas trocadas entre empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp em 2022. O caso foi arquivado por determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que determinou, por outro lado, que as apurações em relação a Nigri e Luciano Hang, das lojas Havan, sejam mantidas. Moraes ordenou que as investigações sobre Nigri continuem justamente porque a Polícia Federal encontrou um vínculo entre o empresário e Bolsonaro na disseminação de notícias falsas.

Foi Meyer Nigri que, em 2018, quando Bolsonaro era visto como um candidato a presidente com poucas chances de ser eleito, “abraçou a causa” do então candidato, segundo o jornal O Globo. “Por mais de uma vez, abriu seu apartamento em São Paulo para apresentar o ex-capitão e permitir que ele falasse de seu projeto à elite paulistana”, relata a reportagem. O empresário é muito influente na comunidade judaica, e fez campanha por Bolsonaro neste ambiente.

Também em 2018, após o chamado ‘evento de Juiz de Fora’, durante a campanha eleitoral, foi Nigri o responsável pela escolha do Hospital Albert Einstein para a internação de Bolsonaro, em detrimento do Sírio-Libanês. À época, a imprensa relatou que a escolha se devia justamente à proximidade que Bolsonaro havia construído com membros da comunidade judaica.

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Bolsonaro desaba em popularidade digital após cerco sobre joias e hacker

IPD da Quaest mostra dificuldade de ex-presidente em manter relevância nas redes em meio a imbróglios judiciais

Jair Bolsonaro (PL), que já vinha tendo dificuldades para manter sua popularidade digital em alta desde a saída da Presidência da República, despencou em relevância nas redes após a operação da Polícia Federal que cumpriu diligências para apurar suposto esquema de desvio de joias.

A repercussão do caso e as declarações do programador Walter Delgatti Netto, conhecido como hacker da Vaza Jato, também colaboraram para que o ex-presidente marcasse suas pontuações mais baixas desde 11 de maio, antes mesmo de ser considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os dados são do IPD (Índice de Popularidade Digital), analisado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest. Ele é calculado por um algoritmo que coleta e processa 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google. Os resultados variam de 0 a 100 pontos, diz a Folha.

No fim de maio, Bolsonaro alcançou bons resultados no IPD na esteira de tropeços do atual mandatário, Lula (PT). Em 29 de maio, alcançou 42,41 pontos, ante 43,55 do atual ocupante do Palácio do Planalto, após a visita, amplamente criticada pela oposição, do ditador venezuelano Nicolás Maduro ao país.

O ex-presidente, então, manteve-se estável até sua inelegibilidade, declarada pelo TSE em 30 de junho, quando esteve em evidência e viu seus índices crescerem, mas não o suficiente para ultrapassar o atual chefe do Executivo brasileiro. Marcou 43,34 pontos, contra 53,93 do petista.

Julho também foi um mês de estabilidade para o ex-mandatário nas redes, mesmo com a divulgação de relatório do Coaf acusando o recebimento de R$ 17,2 milhões via transação por Pix nos seis primeiros meses deste ano. Durante a divulgação dos valores, Bolsonaro marcou por volta de 34 pontos.

É a partir de 11 de agosto, porém, que a situação de Bolsonaro começa a se complicar em termos de visibilidade nos espaços digitais. Com a operação da PF, que deflagrou nova fase de investigações sobre o suposto esquema de desvio de joias, caiu de 35,61 para 23,85 pontos no dia seguinte.

A sequência de informações sobre a ação, batizada de Lucas 12:2 e que apontou as digitais do ex-presidente na suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal, acelerou, inclusive, as discussões sobre sua possível prisão, vista por especialistas como pouco possível neste momento.

Para além da repercussão do caso das joias, com uma nova operação de busca e apreensão contra Frederick Wassef e as confusas declarações do novo advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a ida de Delgatti à CPI do 8 de janeiro dificultou qualquer reação nas redes.

O programador disse que a campanha do ex-presidente planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022, e afirmou ter recebido pedido para assumir a autoria de um grampo de conversas de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Durante toda a última semana, a popularidade digital de Bolsonaro oscilou entre 23 e 25 pontos, menor patamar desde 11 de maio, quando teve pontuação de 11,88.

Já Lula manteve-se estável em visibilidade após uma sequência de oscilações envolvendo a visita de Maduro e a MP (Medida Provisória) da Esplanada, aprovada pelo Congresso Nacional em 31 de maio, último dia de validade do texto.

Continuou, durante todo o período, à frente nos índices, mas diferentemente do que ocorreu com Bolsonaro em 29 de maio, por exemplo, o atual mandatário não obteve aumento na popularidade digital após os revezes políticos e jurídicos do ex-presidente.

Atualmente, a diferença entre os dois é de cerca de 26 pontos.

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As pedaladas da mídia

Às vezes fico imaginando esses momentos de catarses midiáticas como são as reuniões nas redações da grande mídia para se discutir a pauta do dia, digo aquela pauta político-partidária até o último fio de cabelo.

Imediatamente vem-me a frase do grande Tom Jobim, “o Brasil não é para amadores”.

Tom Jobim, um dos nossos grandes gênios da música, era também um poeta, dos grandes. Lógico, com seu carisma, fez com que essa frase ganhasse conotação relativamente suave, mas não contemporizadora, muito menos derrotista.

Aliás, Tom foi um dos grandes frasistas brasileiros. Outra frase lapidar, que cabe bem neste assunto é “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal” e define melhor a relação invejosa da classe dominante com o sucesso nacional e internacional dos governos Lula.

Somente isso justifica tanto ódio dessa parcela privilegiada da sociedade a Lula.

Lula, quando governou o Brasil em dois mandatos, mostrou que não só os pobres poderiam viver uma outra realidade, como transformaria essa outra realidade na mola mestra do desenvolvimento e soberania do país.

Fazer o quê? A classe dominante brasileira é medíocre, pusilânime, intelectualmente chulé, mas sobretudo cativa de um pensamento civilizatório herdado da escravidão.

Por isso, atacar Lula não satisfaz por completo os “donos da terra”, é preciso, em quantidade e ferocidade, atacar seu entorno, seus aliados, seus parceiros e, sobretudo, sua sucessora.

No caso de Dilma Roussef, para se criar uma onda, mais do que isso, a pior, a mais sórdida campanha contra uma mulher da história do Brasil, a mídia não economizou munição, o que tivesse nas mãos, de pedra a bomba atômica, teria que ser jogado nela, principalmente depois que ela baixou os juros a patamares nunca vistos no Brasil.

Ou seja, Dilma era tudo de pior para essa mídia que atende aos interesses dos banqueiros e rentistas. E Dilma estava bulindo na sua galinha de ovos de ouro.

Então, era preciso execrar, matar, enterrar e salgar seu túmulo político, o que, lógico, deu errado. Hoje Dilma brilha, uma estrela técnica irretocável no comando do Banco dos BRICS, o mais importante do planeta.

Já as Miriams, os Sardenbergs e outras figuras de igual monta no colunismo econômico da mídia, seguem marcando os mesmos passos, utilizando os mesmos chavões neoliberais que mantêm o emprego dos pobres diabos.

Agora, o TRF-1 confirma, não houve pedaladas, as tais pedaladas que deram a Eduardo Cunha, imagina isso, em parceira com Aécio e Temer, a possibilidade de, em irmandade com a mídia, construir e decretar o golpe de Estado contra a primeira mulher presidente do Brasil. Foi uma fraude, um crime contra a constituição e, logicamente, contra a própria democracia, no momento em que um juiz de 1ª instância condenou Walter Delgatti por ter hackeado e divulgado o jogo de manipulação jurídica comandado por Sergio Moro e Dallagnol, o mesmo Moro, que segue impune, apesar de tet hackeado criminosamente o telefone da presidência da República ocupada por Dilma e ainda divulgar na Globo em horário nobre.

As poucas famílias que controlam o sistema financeiro no Brasil, a grande mídia e o entorno desse mundo de poucos, deixam claro que a frase de Tom Jobim é uma tradição “o Brasil não é para amadores”, que evidencia uma civilização rude e bárbara, medieval e, acima de tudo, patriarcal.

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Quebra de sigilo de Bolsonaro deve mostrar caixa dois do Pix, acreditam ministros do STF

Advogado afirma que chance de isso acontecer é ‘zero’.

A expectativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que a quebra dos sigilos bancários de Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada, pode acertar em cheio em um eventual flanco do ex-presidente: as doações feitas a ele por meio do Pix, que somam R$ 17 milhões, diz Mônica Bergamo, Folha.

O grande volume de recursos, transferidos em um espaço curto de tempo, levantou a suspeita de que, entre os doadores, possam estar “laranjas” que estariam oficializando, por meio dos depósitos, um recurso que na verdade era de caixa dois.

As suspeitas aumentaram depois da informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, para entregar a Bolsonaro depois da venda de joias no exterior.

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten diz que a chance de aparecer algum depósito de origem duvidosa na conta de Bolsonaro é “zero, zero”.

“São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior”, afirma ele.

A quantia recebida por Bolsonaro foi revelada pela Folha. Segundo relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), os R$ 17,2 milhões foram depositados a ele nos seis primeiros meses deste ano.

O órgão do governo federal ainda apontou que as movimentações atípicas podem estar atreladas à vaquinha feita por apoiadores para pagar multas do ex-presidente com a Justiça.

 

Áudios e vídeo inéditos mostram bastidores da atuação do hacker Delgatti

Tido como falastrão pelos amigos, advogados e até pelos policiais que já o interrogaram, o programador Walter Delgatti, o chamado hacker da Vaza Jato, reservou revelações bombásticas para sua mais recente aparição pública, na semana passada, sob os holofotes da Comissão Parlamentar Mista (CPMI) dos Atos Golpistas.

Falou tanto que a Polícia Federal (PF) foi obrigada a chamá-lo para um novo depoimento, na última sexta-feira. Os policiais já tinham ouvido Delgatti – mas ainda não haviam escutado muita coisa sobre o suposto plano para gerar uma onda de dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, ação que teria aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e envolveria até o Ministério da Defesa e um grampo no ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Metrópoles teve acesso, no entanto, a um material mostrando que, longe das câmeras e dos depoimentos ensaiados por advogados, o programador narrou, para conhecidos, os bastidores da trama, enquanto ela estava em curso. Desde o segundo semestre do ano passado, Delgatti já vinha relatando, em conversas mais íntimas, a existência de um plano para tentar mudar os rumos da eleição presidencial de 2022.

São informações ainda desconhecidas para a PF ou para a CPI, registradas durante a própria execução do suposto projeto golpista, entre agosto e setembro do ano passado. O teor das conversas foi mantido dentro do contexto de cada áudio. Cortes foram feitos pela reportagem para preservação do sigilo da fonte.

“O resultado que eles querem”
Na véspera do encontro com o então presidente Bolsonaro, por exemplo, Delgatti foi gravado antecipando o que sabia sobre a pauta da reunião — horas antes do áudio, o programador já havia ido à sede do PL falar com o presidente nacional da sigla, Waldemar Costa Neto, quando a trama também teria sido tratada.

“Eles vão configurar o código-fonte para dar o resultado que eles querem”, disse. “Eles vão pegar agora uma urna. Eles mesmo vão fazer isso”, afirmou. Na ocasião, o programador explicou que as investidas tinham como objetivo provocar o TSE a autorizar a fiscalização das urnas por militares, abrindo caminho para contestar uma possível vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesse mesmo dia, 9 de agosto, ele foi gravado dentro do hotel Phenícia, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. No vídeo, até então inédito, ele aparece em frente ao balcão, conversando com um funcionário do estabelecimento. Foi lá, antes do encontro com o ex-presidente no Palácio do Alvorada, que um motorista, com placa fria, passou para pegá-lo, como mostrou a revista Veja em agosto de 2022.

“Quem manda aqui sou eu”
No mês seguinte, no dia 22 de setembro, dez dias antes do primeiro turno, o programador conta detalhes do que seria um protagonismo do ex-presidente Bolsonaro na empreitada, dando a entender que os dois teriam se encontrado várias vezes. “O Bolsonaro, ele tá fazendo questão que eu vá lá. Aí, teve alguém da equipe que falou: “Irmão, é bom ele não vir aqui porque pode queimar”. Ele (Bolsonaro) falou: “Quem manda aqui sou eu, e ele vai vir”.

Segundo Delgatti, o projeto beneficiaria diretamente o ex-presidente. “Ou você acha que o Presidente da República estaria correndo esse risco de me receber lá, me receber lá, se não fosse algo que ajudasse muito ele?”

No mesmo diálogo, ele ironiza o fato de que o grupo ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indiretamente beneficiado com a atuação de Delgatti nos vazamentos dos diálogos dos procuradores da Lava Jato, não teria o acolhido da mesma forma. “O Lula nunca quis… me falou um “oi.” Nas palavras do programador: “O que eu vou fazer atrás de Lula? Eu nunca vou ser de esquerda. Eu sempre gostei de arma.”

Leite com Nescau
Na sessão da CPI, Delgatti foi indagado sobre a proximidade com a deputada Carla Zambelli, investigada por ter recrutado o programador. Segundo a defesa da parlamentar, a proximidade seria por conta de um projeto de trabalho que envolvia o cuidado com as redes sociais da política. Segundo a gravação obtida pelo Metrópoles, no entanto, o programador e Zambelli tinham uma relação quase familiar, segundo relato do hacker.

“Eles estenderam a mão para mim, cara. A Carla me tratou hoje como se fosse um filho, coisa que nunca aconteceu na minha vida”, disse Delgatti. “A ponto da mãe dela me servir leite com Nescau, na mesa, e acompanhado com ela”, contou o programador, revelando que jogou até vídeo-game com o filho de Zambelli.

Pagamento
Nessa segunda-feira (21/8), veio a público o áudio entregue à PF pela defesa de Walter Delgatti, no que seria a prova do vínculo financeiro entre eles. A mensagem mostra uma mulher, supostamente ligada à campanha eleitoral da deputada federal, prometendo a ele “trocar uma ideia sobre o pagamento” e “sobre essa tua (de Delgatti) proposta”.

Na mensagem, à qual o Metrópoles teve acesso, não fica claro o serviço em discussão nem qual seria a ideia sugerida pelo programador. Segundo advogado de Delgatti, o áudio seria um “caminho da prova”.

O advogado de Carla Zambelli, Daniel Bialski, no entanto, afirma que todas as relações entre a equipe da parlamentar e Delgatti envolviam uma proposta de trabalho que o programador encaminhou aos assessores da deputada, sobre a manutenção das publicações da política em redes sociais. E que outras hipóteses sobre a mensagem são “falácias”.

“Despida de idoneidade”
Em nota, a defesa de Zambelli afirma que “refuta e rechaça qualquer acusação de prática de condutas ilícitas e ou imorais pela parlamentar, inclusive, negando as aleivosias e teratologias mencionadas pelo senhor Walter Delgatti”. Segundo o advogado Daniel Bialski, as versões do programador “mudam com os dias, suas distorções e invenções são recheadas de mentiras, bastando notar que a cada versão, ele modifica os fatos, o que é só mais um sintoma de que a sua palavra é totalmente despida de idoneidade e credibilidade”.

No último sábado (26/8), o Metrópoles publicou, com exclusividade, prints de um um extrato do banco digital Cora. Foi com base neste documento que os investigadores conseguiram dar o mínimo de credibilidade ao depoimento que o programador e “hacker” Walter Delgatti prestou, contando um plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

*Matéria publicada com exclusividade pelo Metrópoles

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Juiz que condenou Delgatti é um velho amigo da Lava Jato, diz Rogério Correia

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) sinalizou no Twitter que o juiz Ricardo Augusto Soares Leite foi suspeito, para ter a decisão de condenar o hacker Walter Delgatti a 20 anos de prisão. “O Juiz q condenou o hacker Delgatti, por ter invadido o celular de Moro e outras autoridades, é o mesmo q em 2018, determinou a suspensão das atividades do Instituto Lula. É um velho amigo da Lava Jato e sempre atuando em favor e na hora que a ultra direita e Bolsonaro precisam”, escreveu o parlamentar no Twitter.

O juiz Ricardo Augusto Soares Leites, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, condenou Delgatti na investigação da Operação Spoofing, aberta em 2019 a pedido do ex-juiz suspeito Sergio Moro para investigar o vazamento de mensagens de juízes e procuradores da Lava Jato. Atualmente, o ex-magistrado é senador pelo União Brasil-PR.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2022, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral do estado de São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, em consequência, decidiu ser candidato no Paraná.

*Com 247

A condenação de Delgatti confirma tudo o que ele contra Moro e Dallagnol

Sergio Moro ficou enfezado com Delgatti na CPI do 8 de janeiro, esta em que Moro defende não só Bolsonaro, mas os terroristas bolsonaristas que atacaram as sedes dos três poderes.

Moro sempre se mostrou uma figura tosca, desprovido de inteligência, até mesmo para o padrão dos neurônios de Bolsonaro e, por isso, sua esposa, a deputada Rosângela Moro disse que via Moro e Bolsonaro como uma só pessoa.

Na verdade, Delgatti, em outras palavras, disse o mesmo, mas referindo-se aos crimes de Moro e Bolsonaro, quando acusou o ex-juiz de “criminoso contumaz”, a partir das revelações repassadas ao Intercept Brasil e outras que, certamente, só ele e Moro sabem.

Pois bem, assim que publicado aquele mar de lama do cangaço jurídico de Curitiba, tanto Moro quanto Dallagnol, negaram veementemente a veracidade das mensagens reveladas.

O juiz que condenou Delgatti a 20 anos de prisão, em seu despacho, foi claro, jamais Delgatti mentiu sobre as mensagens trocadas entre a gangue de procuradores da Lava Jato e Dallagnol e este com Moro.

Ou seja, somente um sujeito desprovido de inteligência comemora essa condenação do seu algoz. Aliás, é o comentário que mais se lê no Twitter de Moro, gerando mensagens de críticas a ele.

TRF-1 inocenta Dilma no caso das “pedaladas”, o que comprova o golpe de estado de 2016

Apelação do Ministério Público Federal sobre o caso das pedaladas fiscais da ex-presidente Dilma Rousseff foi rejeitada, nesta segunda, 21, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), segundo Matheus Leitão, Veja.

A Corte manteve a sentença que livra de punições a ex-presidente e outros membros do seu governo pelo episódio que levou ao impeachment da governante.

Segundo a decisão da Décima Turma do TRF-1, Dilma Rousseff não poderia ser processada por improbidade pelo Judiciário, apenas pelo Congresso Nacional.

Para os demais membros do governo, o Tribunal concluiu que a petição inicial do MPF não narrou como a conduta dos réus foi ilícita.

O advogado Flávio Jardim, do escritório Sergio Bermudes, que representou Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES, também réu na ação, disse que “o julgamento demonstra que o banco cumpriu fielmente o seu papel de banco de fomento na execução do Programa de Sustentação do Investimento, e atuou para minimizar os efeitos da crise de 2008, e que não houve a demonstração de qualquer ilicitude”.

O presidente Lula chegou nesta segunda-feira, 21, à África do Sul, onde vai participar da cúpula dos Brics — bloco econômico formado, além do país sede desta edição, por Brasil, Rússia, Índia e China. A série de encontros deve tratar de ao menos três temas importantes ao Brasil, entre eles a discussão de uma moeda comum a ser utilizada em transações comerciais entre os países. A ideia é que o Novo Banco de Desenvolvimento — conhecido como Banco dos Brics –, comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff, escolha qual o possível câmbio a ser utilizado.

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Líder do Psol na Câmara, viúva de Marielle Franco recebe ameaça de ‘estupro corretivo terapêutico’

A líder do Psol na Câmara Municipal do Rio, vereadora Monica Benício, viúva de Marielle Franco, foi vítima de ameaças de “estupro corretivo”. A parlamentar, lésbica, recebeu um e-mail em que o autor sugere o crime para curá-la de sua sexualidade. Amanhã ela vai registrar queixa-crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, segundo O Globo.

O suspeito se identifica como “doutor em Psicologia Social pela Universidade de Harvard”. Na mensagem enviada à Monica, ele afirma: “O lesbianismo é uma doença que pode ser curada com terapia alternativa”, e considera a orientação sexual dela como “aberração”. No texto ele descreve, com requintes de crueldade, uma série de violências sexuais contra mulheres, ensinando como os homens devem proceder para que elas “voltem à heterossexualidade”.

Em parte da mensagem, o autor explica: “Isso não é violência, é o que chamamos Estupro Corretivo Terapêutico, uma terapia de eficácia comprovada que cura o homossexualismo (sic) feminino porque ser sapatão é ser uma aberração”.

Na ameaça, o criminoso diz saber o endereço de Monica e se oferece para ir até a casa dela fazer uma “demonstração sem compromisso”. O homem finaliza dizendo que tem uma proposta de projeto de lei para legalizar o Estupro Corretivo Terapêutico e sua adoção pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de pedir o apoio da vereadora.

– O que estamos vendo é consequência direta da escalada da violência política de gênero contra mulheres parlamentares que ousam reivindicar seus direitos e lutar por equidade. O conteúdo da mensagem é assustador, mas não vamos nos intimidar. Mulheres lésbicas existem, resistem e precisam ter seus direitos e cidadania garantidos. Lutamos pelo direito de amar livremente, em segurança, sem temer por nossas vidas – ressalta Mônica.

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Inclusão de novos membros no Brics deve definir futuro e perfil político do bloco

Cúpula na África do Sul abrigará debate sobre expansão em meio a receio de que grupo assuma caráter anti-EUA.

O Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrenta na cúpula de Joanesburgo, de terça (22) a quinta-feira (24), o tema que deve definir o futuro e o perfil político do grupo criado para coordenar ações entre algumas das principais economias emergentes do mundo, diz a Folha.

Na reunião, que contará com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, do dirigente chinês, Xi Jinping, e do líder da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o bloco analisará se aceita novos membros e a que ritmo uma expansão se daria.

Entre outros pontos, o formato a ser desenhado no rico distrito de Sandton, na capital financeira sul-africana, deve indicar ainda se o Brics assumirá caráter mais político de contraposição a Estados Unidos e G7. Isso porque entre os mais de 20 candidatos a entrar no clube há países que antagonizam frontalmente com Washington, como Venezuela, Cuba, Irã e a Belarus, forte aliada de Moscou contra a Ucrânia.

A lista de postulantes inclui ainda as monarquias do Golfo Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, os vizinhos do Brasil Argentina e Bolívia, a Indonésia e importantes nações africanas como Egito e Nigéria.

Em maior ou menor nível, a expansão sempre esteve na agenda do Brics, tanto que os sul-africanos entraram no final de 2010, um ano e meio depois da primeira cúpula do clube, na Rússia. A ampliação é um projeto de longa data impulsionado pela China, mas enfrentava resistência dos demais sócios.

Mais de dez anos depois, a situação mudou. Pequim se consolidou como potência e viu crescer sua capacidade de influenciar o tabuleiro internacional. Em guerra contra a Ucrânia, a Rússia precisa do apoio chinês e não deve ser obstáculo à expansão. A África do Sul encara situação semelhante, com seu papel de liderança regional questionado diante de economias mais poderosas em seu continente.

Até mesmo Brasil e Índia —em geral os mais inflexíveis contra a ideia— têm dado sinais de que podem ceder. Recentemente, o chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar, disse ver com a “mente aberta” a possibilidade de expansão, desde que haja regras para embasar as incorporações. Interlocutores dizem que o país se mostra disposto a aceitar o ingresso de alguns dos candidatos, como os do Golfo.

Já Lula deu declarações citando Arábia Saudita, Venezuela e Argentina como possíveis novos membros do Brics, o que colocou em xeque a posição do Itamaraty contra a expansão. Assim, a chancelaria brasileira tem negociado critérios para ao menos arrancar compromissos em troca da ampliação do bloco.

CANDIDATOS A ENTRAR NO BLOCO

  • Argélia
  • Argentina
  • Bangladesh
  • Barein Belarus
  • Bolívia
  • Cuba
  • Egito
  • Etiópia
  • Honduras
  • Indonésia
  • Irã
  • Cazaquistão
  • Kuwait
  • Marrocos
  • Nigéria
  • Arábia Saudita
  • Senegal
  • Palestina
  • Tailândia
  • Emirados Árabes Unidos
  • Venezuela
  • Vietnã

Os critérios ainda estão sendo negociados entre diplomatas dos cinco membros. O Brasil quer que os novos sócios declarem apoio à causa da reforma dos atuais mecanismos de governança internacional, entre os quais o Conselho de Segurança da ONU, além da defesa de uma arquitetura que preserve algum tipo de equilíbrio geopolítico. Existe a preocupação de que um crescimento desenfreado que inclua adversários históricos dos EUA seja percebido como o embarque do Brasil numa aliança antiamericana.

Para os assessores mais próximos de Lula, o Brics é crucial na estratégia do país de lutar por instituições internacionais que reflitam o atual caráter multipolar do mundo. Os auxiliares do petista dizem que o arranjo atual —seja no Conselho de Segurança ou em fóruns econômicos— não abre espaço para países emergentes e responde prioritariamente aos interesses dos EUA e de seus aliados europeus.

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