Ano: 2023

“Já tem mais do que motivos para prender Bolsonaro”, diz Jandira Feghali após depoimento de Delgatti

Após depoimento do hacker Walter Delgatti, que contou à CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17) ter sido acionado por Jair Bolsonaro (PL) e pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para participar de uma campanha de descredibilização das urnas eletrônicas e para assumir um grampo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – em troca de um indulto -, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que não falta mais nada para determinar a prisão de Bolsonaro, diz o 247.

“Não precisamos de mais nada. Depois do depoimento do Walter Delgatti não precisamos de mais nada para deixar claro quem é o mandante do golpe neste país”, disse. >>> Bolsonaro disse a Delgatti que “agentes de outro país” grampearam Alexandre de Moraes

A parlamentar ainda afirmou que cada vez fica mais claro que Bolsonaro e seu entorno formavam uma “quadrilha”. “O presidente da República quer contratar um hacker para simular uma fraude na urna eletrônica e envolve – pasmem – o Ministério da Defesa e o comandante do Exército. Eles se envolvem na tentativa de fraudar a eleição ou de tentar criar um ambiente em que a fraude da eleição poderia existir. E a deputada Carla Zambelli, além de pagar pelos serviços, manda subornar – com o dinheiro que fosse – o funcionário da Tim. É um crime atrás do outro. Isto é uma quadrilha o que estava no Palácio do Planalto, com a assessoria da deputada Carla Zambelli”.

“Olha a gravidade desse depoimento. O presidente da República que grampeia um ministro da Suprema Corte ilegalmente, contrata, através da deputada Carla Zambelli, um hacker para tentar invadir as urnas eletrônicas, coloca por cinco vezes esse profissional no Ministério da Defesa, que envolve diretamente o ministro Paulo Sérgio Nogueira, que envolve o comandante do Exército, que invade o CNJ a pedido da senhora Carla Zambelli e que recebe dinheiro por isso, além de tentar subornar um funcionário [de operadora de telefone] com dinheiro encaminhado pela senhora Carla Zambelli. Já está pronta a prisão do senhor Jair Bolsonaro, já tem mais do que motivos para a prisão do senhor Jair Bolsonaro como o mandante desses crimes todos e dos atos golpistas que ocorreram no Brasil, particularmente a invasão dos Três Poderes”, resumiu.

Bolsonaro disse a Delgatti que “agentes de outro país” grampearam Alexandre de Moraes

Em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, o hacker walter Delgatti Neto afirmou que Jair Bolsonaro (PL) disse a ele que “agentes de outros país” haviam grampeado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e obtido “conversas comprometedoras” do magistrado, diz o 247.

Bolsonaro queria que Delgatti assumisse a autoria do grampo, em uma tentativa de dar mais credibilidade ao material. O então chefe do Executivo ainda teria prometido proteção ao hacker. “Eu falei com o presidente da República e, segundo ele, eles haviam conseguido o grampo, que era tão esperado na época, do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, esse grampo foi realizado já e teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo, lembrando que à época eu era o hacker da Lava Jato. Então seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu havia assumido a Lava Jato – que realmente fui eu – e eles apoiaram. Então a ideia seria o que? O garoto da esquerda assumir esse grampo”.

“Ele disse nesse telefonema que esse grampo foi realizado por agentes de outro país. Não sei se é verdade, se realmente existiu o grampo, porque eu não tive acesso a ele. E disse que em troca eu teria o prometido indulto. E ainda disse assim ó: ‘se caso alguém te prender, eu mando prender o juiz’. Ele disse assim: ‘fique tranquilo, se caso alguém te prender, eu mando prender o juiz’, e deu risada. Porque esse grampo seria suficiente para alguma ação contra o ministro. Eu concordei [assumir a autoria] porque era uma proposta do presidente da República, ficaria até difícil falar não”.

 

Ex de Costa Neto denuncia imóveis secretos dos Bolsonaro nos EUA usando ex de Wassef

Ex-esposa e filhas de Frederick Wassef seriam usadas como proprietárias dos imóveis não declarados à Receita Federal; veja vídeo.

Uma entrevista de Maria Christina Mendes Caldeira à TV Democracia feita em dezembro de 2022 ressurgiu nas redes sociais após a revelação do envolvimento de Frederick Wassef no esquema de venda e recompra dos presentes dados a Bolsonaro.

A ex-esposa de Valdemar Costa Neto – que não hesitou em revelar os crimes do presidente do PL, afirmou que existe uma investigação nos EUA que aponta para um esquema de sonegação de propriedades da família Bolsonaro nos EUA, segundo a Forum.

Entenda:

  • Segundo a denúncia feita por Maria Christina, a ex-esposa de Frederick Wassef, Cristina Boner, suas filhas e um corretor de imóveis nos EUA serviriam de laranjas para os Bolsonaro.
  • “Existe uma investigação sobre imóveis aqui em Miami sonegados. Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou.
  • Essa pesquisa no Brasil foi enterrada, e aqui seguiu”, disse Maria Christina.
    “Isso vai vir à tona”, disse. “São imóveis de um monte de gente que não declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa operação foi enterrada e aqui ela andou”, completou Maria, que afirma ter colaborado com as investigações.
  • “Dentro desta operação, estão 30 e poucos imóveis da família Bolsonaro via dois laranjas. Os laranjas são a família do Wassef, que é a Cristina Bonner e as filhas, e o corretor de imóveis [inaudível]”, afirma.

Confira a entrevista de Maria:

PF deve pedir ao FBI diligência à joalheria onde Rolex de Bolsonaro foi recomprado por Wassef

Objetivo é buscar provas e respostas sobre a aquisição do relógio pelo advogado do ex-presidente. A PF fez uma lista de pedidos ao órgão norte-americano; veja quais são.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef, segundo o G1.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A PF fez uma lista de pedidos ao FBI para obter mais informações:

  • Existe imagem do Wassef na joalheria?
  • Ele estava sozinho ou acompanhado?
  • Há registro do pagamento em dinheiro pela recompra do Rolex?
  • Foi usado algum cartão de crédito internacional? Caso sim, em nome de quem?
  • É possível rastrear a origem dos dólares usados na negociação?
  • O dinheiro saiu de alguma conta nos EUA em nome do próprio Wassef, de conta em nome do ex-presidente Bolsonaro, do Mauro Cid e/ou do general Cid?

Delgatti apresenta à PF mensagem que seria comprovante de pagamento em torno de R$ 40 mil por Zambelli

Delgatti apresenta à PF mensagem que seria comprovante de pagamento em torno de R$ 40 mil por Zambelli.

Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira (16/8). De acordo com a defesa do hacker, ele apresentou cópia de uma conversa com assessores da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que compravam o pagamento em torno de R$ 40 mil a Delgatti.

“Ele faz provas de que recebeu valores da Carla Zambelli. Segundo o Walter, o valor chega próximo a R$ 40 mil. Foi próximo a R$ 14 mil em depósito bancário. O restante, em espécie. [Para] invadir qualquer sistema do Judiciário”, disse.

Conforme o advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker, ele manteve a mesma versão de depoimento anterior à corporação, em São Paulo, no início deste mês. Além disso, apresentou novas provas para comprovar sua versão.

Anteriormente, Delgatti apontou Zambelli como mandante e financiadora da invasão de sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de setembro a dezembro de 2022. Moreira também confirmou que se encontrou com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e que ele teria perguntado se, com o código-fonte, Delgatti conseguiria invadir urnas eletrônicas.

Sob comando de Dilma, Banco dos Brics faz primeira emissão em moeda sul-africana

New Development Bank (NDB), conhecido como o Banco dos Brics, emitiu pela primeira vez papéis no mercado de títulos da África do Sul e usando a moeda local — o Rand. A informação é do Jamil Chade, colunista do UOL.

A iniciativa cumpre a missão dada para a nova presidente da instituição, Dilma Rousseff, de promover as moedas dos países membros e tentar criar uma certa independência em relação ao dólar.

Ao atuar na África do Sul, o banco se tornou o emissor com a mais alta classificação a ir aos mercados desde 2015 em Rands. A iniciativa ocorre às vésperas da cúpula dos Brics, na África do Sul. Na agenda dos presidentes estarão dois temas:

— O maior uso de moedas locais, substituindo à moeda americana

— O estabelecimento de critérios para a ampliação da aliança para novos membros

Foram ofertados 2,5 bilhões de Rands com vencimentos de 3 e 5 anos e, de acordo com o banco, a “carteira de pedidos foi bem diversificada, com 71% dos lances sendo alocados para investidores institucionais e o restante para bancos locais”.

“O NDB está buscando aumentar sua presença nos mercados de capitais locais de seus países membros, para financiar seu robusto portfólio de empréstimos em moeda local”, explicou Leslie Maasdorp, vice-presidente e diretor financeiro do NDB.

“Os recursos serão usados para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável na África do Sul e o resultado bem-sucedido estabelece o padrão para futuras emissões do NDB”, disse.

Hoje, o banco tem uma classificação de emissor AA+, pela S&P, e AA, pela Fitch. A emissão ocorreu na Bolsa de valores de Johanesburgo.

Dilma Rousseff assumiu o banco em março. Em sua primeira coletiva de imprensa, ela deixou claro que o fortalecimento das moedas locais seria sua prioridade, uma orientação expressa que recebeu de líderes como Xi Jinping e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Rolará mais uma cabeça nas vizinhanças de Bolsonaro, e ele nada fará

A bola da vez

O que Frederick Wasseff diz não se escreve. Quando se escreve, não se acredita. O melhor seria ignorá-lo. Não dá, porque ele é o advogado da família Bolsonaro. Mais do que advogado, cúmplice: escondeu em sua casa Fabrício Queiroz, o gerente da rachadinha.

Como ignorar, por exemplo, o advogado de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do país? Marcola é mantido isolado na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele e seu advogado só conversam em código.

Todas as falas são gravadas, mas a polícia não consegue decifrá-las. Não se sabe se Bolsonaro e Wassef só falam em código ou se tocam de ouvido. Não seria estranho. Nas organizações criminosas, é um cuidado corriqueiro, que Wasseff não teve e se complicou.

Complicou também a vida do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, preso desde maio último numa das dependências do Exército, e, por extensão, a vida do pai dele, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.

O que Wasseff contou, em entrevista coletiva na terça-feira (15/8), está aquém do que a Polícia Federal já sabe sobre o roubo de joias do Estado brasileiro para enriquecer Bolsonaro, a venda de parte delas nos Estados Unidos e a recompra quando o crime foi descoberto.

*Noblat/Metrópoles

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Novo advogado de Mauro Cid empurra responsabilidade para Bolsonaro: “assessor cumpre ordens”

Sobre os atos criminosos supostamente cometidos pelo militar, Cezar Bitencourt declarou: “alguém mandou, alguém determinou”. Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro.

Novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Cezar Bitencourt afirmou na manhã desta quarta-feira (16) que o militar era “só o assessor” que cumpria ordens, jogando a responsabilidade dos atos supostamente praticados por ele para Bolsonaro: “militar cumpre ordens”

“Ele é um militar, mas é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar muito mais. O militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então alguém mandou, alguém determinou. Ele [Cid] é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens, cumpre determinação”, afirmou. Mais à frente, o responsável pela defesa de Cid disse que “a gente vai examinar quem é quem, até onde vai a responsabilidade de um e até onde vai a responsabilidade do outro”.

“Ele não fez nada por conta. Ele não teve iniciativa. Ele tem uma função, que cumpre da melhor forma possível, com a formação militar que ele tem. Aliás, uma grande formação. O Mauro Cid é um gênio, mas ele tem uma função. Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria. Exatamente essa obediência [inaudível] afastar a culpabilidade dele”, complementou.

Bitencourt ainda classificou Cid como “grande injustiçado”. “É um absurdo que o Mauro esteja trancafiado dentro de uma cela dentro do Exército. Essas questões nós vamos começar a discutir”.

O advogado fez questão de registrar que assumiu a defesa de Cid na noite de terça-feira (16) e que ainda não pôde conversar com o militar.

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Marcha das Margaridas: mulheres agricultoras fazem ato em Brasília; ‘é uma herança’, diz participante

Por volta das 7h15, grupo saiu do pavilhão do Parque da Cidade. Trânsito tem alterações nesta manhã; Esplanada dos Ministérios está fechada para carros, segundo o G1.

Mulheres agricultoras realizam, na manhã desta quarta-feira (16), a 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília. Por volta das 7h15, o grupo saiu do pavilhão do Parque da Cidade em direção à Esplanada dos Ministérios.

O evento, que é feito de quatro em quatro anos, traz para a capital federal as pautas políticas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. A última edição foi em 2019. Desta vez, o lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

Mulheres agricultoras realizam, na manhã desta quarta-feira (16), a 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília. Por volta das 7h15, o grupo saiu do pavilhão do Parque da Cidade em direção à Esplanada dos Ministérios.

O evento, que é feito de quatro em quatro anos, traz para a capital federal as pautas políticas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. A última edição foi em 2019. Desta vez, o lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

Gracina Fazolo Klippel, 73 anos, veio de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, para Brasília. Trabalhadora rural, ela afirma que participa do movimento para chamar atenção dos governantes.

“Nossa luta é por direitos e também contra a violência. Não queria que casos de feminicídio, por exemplo, acontecessem no Brasil ou no mundo”, diz.

Gracina atuou por anos em um sindicato de trabalhadores rurais. Apesar de não participar mais, ela deixou o exemplo para a filha, Valdirene Lopes, 49 anos.

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