Ano: 2023

Haaretz: investigação aponta que mortos em rave foram assassinados por Israel

Reportagem do maior jornal israelense sugere que as IDF atacaram os próprios foliões. Ataque atribuído ao Hamas foi usado como justificativa para os bombardeios contra Gaza.

Uma investigação sobre os incidentes de 7 de outubro em Israel, quando militantes do Hamas teriam assassinado 364 israelenses em um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza, revelou que as próprias Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atingiram os israelenses.

De acordo com informações do jornal israelense Haaretz, um helicóptero de combate das IDF teria tentado alvejar os militantes do Hamas, mas “aparentemente” acabou “atingindo os foliões”.

A imprensa internacional vinha tratando os relatos de que um helicóptero das IDF teria atingido israelenses como “fake news”. O ataque que Israel atribuiu ao Hamas foi usado como justificativa por Israel para lançar a campanha de bombardeios mais intensa contra a Faixa de Gaza em anos. O massacre já tirou a vida de 12,000 palestinos.

 

Até baleia?: MPF e PF investigam se Bolsonaro ‘importunou’ baleia jubarte em passeio de jetski

De acordo com publicação do Diário Oficial do Ministério Público, ex-mandatário teria sido gravado ao lado do animal em São Sebastião, litoral-norte de São Paulo.

O Ministério Público Federal anunciou nesta sexta-feira que irá acompanhar um inquérito da Polícia Federal que investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) importunou uma baleia jubarte em uma visita à São Sebastião, em São Paulo, em junho deste ano. Na ocasião, o ex-mandatário teria se aproximado do animal enquanto pilotava um jetsky. A informação foi divulgada em edição do Diário Oficial do MPF, segundo O Globo.

De acordo com a procuradora Marília Soares Ferreira Iftim, vídeos e fotos publicados em redes sociais mostraram o momento em que a mota náutica, de motor ligado, chegou a 15 metros da baleia, que estava na superfície. “Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação e é possível identificar que há uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo. Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse, afirmando que ainda há necessidade de melhor elucidação dos fatos.

Em junho deste ano, durante o feriado de Corpus Christi, Bolsonaro a cidade de São Sebastião, quando se hospedou em uma casa na Praia de Maresias e posou para fotos com apoiadores.

Em agosto deste ano, um vereador foi multado em R$ 2,5 mil pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por ‘molestar intencionalmente’ uma baleia jubarte justamente nesta região. Wagner Teixeira (Avante) publicou, em suas redes sociais, um vídeo que ao lado do animal no dia 12 de junho.

De acordo com a legislação brasileira, ‘molestar de forma intencional qualquer espécie de cetáceo’ é uma infração administrativa contra o meio ambiente. ” É vedado a embarcações aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100 metros de distância do animal”, diz uma portaria do Ibama.

Candidato de extrema direita na eleição presidencial argentina, Milei é alvo de protesto em teatro: “lixo, você é ditadura” (assista ao vídeo)

O candidato de extrema direita na eleição presidencial na Argentina, que ocorrerá neste domingo (19), foi alvo de manifestações nessa sexta (17) no Teatro Cólon, em Buenos Aires. A plateia, ao perceber sua presença, começou a gritar palavras de ordem como “Nunca mais”, e “Milei, lixo você é ditadura”. Milei, que disputará a Presidência contra o peronista Sérgio Massa, já negou em declarações o número de mortos durante a ditadura argentina. E sua candidato a vice, nesta semana, afirmou que o país precisa passar por uma “tirania”.

Ordem de ‘evacuação imediata’ por Israel leva pacientes a deixarem às pressas hospital em Gaza

Segundo a ONU, 2,3 mil pacientes, entre eles bebês prematuros, cuidadores e pessoas deslocadas estão abrigadas no hospital al-Shifa.

Soldados israelenses que realizam, pelo quarto dia consecutivo, uma operação no hospital al-Shifa, em Gaza, ordenaram na manhã deste sábado (18/11) a evacuação imediata do local, por alto-falantes. Israel assegura que o Hamas, no poder nos territórios palestinos, utiliza o estabelecimento como base militar.

Segundo a ONU, 2,3 mil pacientes, cuidadores e pessoas deslocadas estão abrigadas no hospital. Após os avisos que ecoaram por Gaza, centenas de pessoas começaram a deixar o local.

O exército israelense também telefonou para o diretor do hospital para exigir “a retirada de todos”. O diretor Mohammed Abou Salmiya já havia recusado, esta semana, uma ordem semelhante, alegando a complexidade da operação. Cerca de 120 pacientes, entre eles bebês prematuros, não têm condições de serem removidos, alega o hospital.

Há dias, soldados israelenses entraram nos serviços de al-Shifa, “prédio por prédio”, para interrogar as pessoas e revistar o complexo médico, o maior da Faixa de Gaza, segundo o exército israelense. A eletricidade parou de funcionar há vários dias e os chefes de departamento relatam que várias dezenas de pacientes morreram “porque equipamentos médicos vitais pararam de funcionar devido à queda de energia”.

Combustível a conta-gotas
Nesta sexta (17/11), uma primeira entrega de combustível chegou à Faixa de Gaza depois da autorização de Israel, a pedido dos Estados Unidos. Dois caminhões-tanque de combustível devem poder ingressar por dia no território palestino, para abastecer infraestruturas básicas, inclusive hospitais, e telecomunicações. A escassez afetou os geradores e interrompeu a entrada de ajuda humanitária nas regiões.

*Opera Mundi

A profecia da impávida Dilma e os restos mortais da direita brasileira

Como previu Dilma sobre os protagonistas do golpe contra ela, não ficou pedra sobre pedra.

A direita, hoje, no Brasil é o lixo do lixo. É o resultado da total implosão de quem protagonizou o golpe contra Dilma, enquanto ela, hoje, está simplesmente no centro do debate global mais importante dos últimos 80 anos, pelo menos, quando a hegemonia do dólar está para ver seu fim, com a chegada da morda dos BRICS, mas isso é assunto para uma outra hora.

Por ora, apenas analisaremos o nível de depreciação em que se encontra a direita, que tramou e operou o golpe conta Dilma.

Doa personagens centrais, nenhum tem qualquer peso político, são praticamente transparentes, invisíveis aos olhos da sociedade. Aécio e seu partido, PSDB, simplesmente foram varridos da política sem que precisasse fazer campanha para isso, eles se dissolveram e evaporaram, de forma absolutamente natural, depois do golpe.

Temer sempre foi um nada, só que, hoje, nada ele representa. Eduardo Cunha virou um problema digestivo  até por quem o chaleirava na época em que batia no peito, nos microfones da mídia, como o imperador do Brasil. O diagnóstico político que se pode dar a ele é que não tem capacidade política de articular nada com coisa alguma.

Hoje, seu peso na arena, inexiste.

Janaína Paschoal, nem tem graça comentar, tamanha a sua irrelevância. É suficiente apenas dizer que ela, que nunca foi nada, nada continua afora sem mandato.

Poderia fiar aqui lembrando de cada um dos que se esbaldaram dos holofotes e microfones da mídia e, que hoje, certamente, ninguém da mídia atende a uma ligação desses zumbis que vagam na erraticidade política do Brasil.

Já a direita como um todo, está aquém do inferno, hoje depende de Nikolas Ferreira, Gustevo Gayer, Julia Zanatta, Girão, Feliciano, e por aí vai. É 100% lixo tóxico.

Justa-se a tudo isso aos mega derrotados, Jair, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro que, com toda bandidagem que aprontaram para reeleger o genocida, conseguiram o feito de imprimir a marca do primeiro presidente pós-ditadura a não se reeleger, perdendo justamente para o primeiro presidente a conquistar três mandatos. É muita ironia, é muita bofetada na cara dessa direita doente, que vive de confusão artificial que, sem dúvida, terá o mesmo ou pior destino que seus antecessores.

Dilma não é Nostradamus, mas previu que não ficaria pedra sobre pedra. Ela só tem uma clarividência extraordinária de quem, há décadas, estuda a fundo o povo brasileiro e pode afirmar com toda segurança e efetividade que aquela escória de hienas seria varrida do mapa político brasileiro pela própria incapacidade de produzir uma centelha de algo relevante para o país.

PF quer traçar “conjunto da obra” do golpismo com delação de Cid

Para PF, delação de Mauro Cid mostra que Jair Bolsonaro incentivou eleitores em trama golpista que culminou no 8 de Janeiro.

Para investigadores da Polícia Federal (PF), a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ajuda a traçar o conjunto da obra do golpismo incentivado pelo ex-presidente desde antes das eleições de 2022.

Assim como na ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condenou Bolsonaro à inelegibilidade, o inquérito da PF deve ser construído sobre vários eventos, e não apenas um, mostrando o comportamento do presidente para ameaçar a democracia no Brasil, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

A linha do tempo, segundo a PF, começa com a disseminação de notícias falsas sobre urnas eletrônicas e no uso de redes sociais para descredibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso, instituições que poderiam questionar uma tentativa de golpe partindo do Poder Executivo.

Depois, durante o processo eleitoral, Bolsonaro teria intensificado os ataques à lisura do pleito, preparando-se para uma tentativa posterior de golpe, e acionou o Ministério da Justiça e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para tentar interferir na eleição e impedir eleitores de Lula de ir votar.

Após Bolsonaro perder a eleição, veio, nessa cronologia traçada pela PF, uma tentativa de golpe incentivada por ele que culminou nas manifestações no dia da diplomação de Lula, em dezembro, e finalmente nos atos de 8 de janeiro.

O foco dos investigadores, neste momento, é avançar em diligências para encontrar provas que mostrem como, em todos esses momentos, houve participação direta do ex-presidente e de seus auxiliares para desestabilizar a ordem democrática.

 

Paes diz ser inaceitável morte de jovem em show de Taylor Swift e anuncia medidas para proteger público do forte calor

O prefeito Eduardo Paes afirmou ser inaceitável a morte de uma jovem de 23 anos durante o show da cantora Taylor Swift, na noite dessa sexta (18) no Engenhão. Paes, em sua conta no X (antigo Twitter), disse que ainda está apurando detalhes do que ocorreu. Pessoas que foram ao espetáculo afirmaram que a organização proibiu a entrada com garrafas de água.

“De qualquer forma, já determinei ao Chefe Executivo de Operações do município que exija providências junto a produção do show. Já posso adiantar as seguintes medidas que eles devem anunciar ainda na manhã de hoje”, afirmou Paes:

Anteciar a entrada em uma hora e ocupar o anel de circulação para tirar o público do sol.

Novos pontos de distribuição de água

Aumento de número de brigadistas e aumento de ambulâncias.

Um novo show de Taylor Swift está previsto para a noite deste sábado (19) no estádio, com previsão de forte calor. Na apresentação de sexta, a temperatura chegou a 39,1ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Ana Clara Benevides Machado tinha 23 anos, estudava psicologia e morava em Rodonópolis em Mato Grosso, mas era de Sonora, em Mato Grosso do Sul. Ana teve uma parada cardiorrespiratória e, segundo pessoas que estavam próximas, começou a passar mal no início do show, quando desmaiou.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, também determinou a apuração da morte de Ana Clara e anunciou que medidas serão anunciadas para que os frequentadores de espetáculos, como os de Taylor Swift, tenham garantido o acesso a água.

Matérias sobre “dama do tráfico” são a “fritura antecipada” de Flávio Dino por vaga no Supremo

A saga do Estadão sobre visitas da esposa de um líder do Comando Vermelho do Amazonas ao Ministério da Justiça não passa de uma tentativa de queimar o ministro Flávio Dino, cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

A avaliação é do procurador aposentado e membro do Grupo Prerrogativas, o jurista Roberto Tardelli. Em entrevista ao programa Onze News, comandado por Gustavo Conde na TVGGN e pool de canais, Tardelli avaliou que a história da dama do tráfico é um falso escândalo e afirmou que o governo federal não fez mais do que sua obrigação em receber Luciane Farias na condição de esposa de preso e presidente de uma associação que luta por direitos fundamentais nos presídios.

Tardelli ainda desnudou a hipocrisia de setores da classe política e de formadores de opinião pública que têm repercutido a história de Luciane com uma carga preconceituosa por se tratar de esposa de preso.

“A gente aceita que policiais envolvidos em chacinas, envolvidos em homicídios, possam ser secretários de Estado e ninguém fala nada”, disparou Tardelli.

“O fato de ser ela casada com quem quer que seja não é o que está no foco de interesse. O foco é o que ela faz: se o marido está preso em condições indignas, ela tem legitimidade para falar”, defendeu Tardelli.

“O governo não cometeu nenhuma ilegalidade. O governo atendeu a uma obrigação primordial dele. O que a extrema-direita está fazendo é criar para Flávio Dino um ambiente hostil no Senado, caso ele venha a ser, como parece, indicado para ministro do Supremo”, disse.

“O Flávio Dino começa uma fritura antecipada. (…) Se ele for indicado e sabatinado [e acabar sendo rejeitado], dificilmente terá condições de seguir [no Ministério] num segundo momento. Ele não pode voltar com o rabo entre as pernas para o Ministério. Ou seja, a operação é para cortá-lo”, analisou Tardelli.

*GGN

Assassinatos de quilombolas quase dobraram durante período Bolsonaro

Entre os anos de 2018 e 2022, 32 quilombolas foram assassinados no Brasil;  o número é quase o dobro do registrado entre os anos de 2008 e 2017 e abrange todo o mandato de Jair Bolsonaro. Naqueles anos, a média anual foi de 3,8, passando para 6,4 no período mais recente. Os picos ocorreram nos anos de 2019 a 2021, com oito assassinatos. Ao todo, nesses 15 anos, 70 quilombolas foram mortos.

As informações fazem parte da pesquisa Racismo e violência contra Quilombos no Brasil, uma iniciativa da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e da Terra de Direitos.

Com base nessas análises, as entidades constataram que, no período analisado — que abrange os quatro anos de Jair Bolsonaro e um ano de Michel Temer na presidência da República — houve um  agravamento das desigualdades e violências historicamente praticadas contra as comunidades quilombolas.

“Um olhar sobre a motivação desses casos mostra que, ainda que sejam vítimas de diferentes tipos de violência – que são também resultado de processos de negação de outros direitos – quilombolas têm morrido mais por conta dos conflitos por terra ou em razão de feminicídios”, diz o relatório.

No caso do recorte por gênero, o levantamento mostra que a maioria dos caos, 23, foram assassinatos de homens e nove de mulheres entre 2018 e 2022. No entanto, aponta, “a proporcionalidade de mulheres quilombolas assassinadas mais do que dobrou em relação à pesquisa anterior. A primeira edição (2008-2017) identificou oito lideranças femininas assassinadas em dez anos, enquanto o segundo volume registrou o assassinato de nove mulheres em cinco anos”.

Segundo a pesquisa, no caso das mulheres assassinadas, cônjuges, companheiros, ex-cônjuges e ex-companheiros foram identificados como os autores em 100% dos casos de feminicídio. Já os homens foram majoritariamente mortos por outros agentes privados, ou seja, sujeitos que não estão ligados ao Estado.

O principal meio utilizado para os assassinatos de quilombolas foram as armas de fogo (19), seguido de arma branca (dez). Demais casos foram causados por arma de compressão, estrangulamento e espancamento.

Quando analisadas as regiões onde houve mais casos, o Nordeste vem na frente (65,6%), seguidos da região Norte (12,5%) e Sudeste (9,4%). As regiões Sul e Centro-Oeste registraram 6,25% dos casos de assassinatos.

Outro dado importante trazido pela pesquisa diz respeito à ligação dessas mortes com a disputa de terras: 69 % dos assassinatos foram registrados em quilombos que não foram titulados.

“Um olhar sobre a violência registrada nos quilombos a partir do estágio do processo de titulação revela que a garantia do território é essencial para a amenização da violência resultante de conflitos fundiários, mas que é preciso avançar na efetivação de outras políticas públicas para proteção das famílias. Os casos de feminicídio, por exemplo, foram registrados em quilombos que estavam em diferentes fases do processo de titulação, inclusive em quilombos titulados. A titulação é um primeiro passo no combate às violências, mas é preciso ir além”, salienta o estudo.

Para lidar com essa situação, o relatório aponta medidas que precisam ser tomadas para combater o racismo e a violência contra quilombos no Brasil. Entre elas estão, além das titulações, o acesso a políticas públicas de saúde, educação, cultura e geração de renda; a efetivação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres, considerando as especificidades quilombolas; proteção integral e interinstitucional de quilombolas ameaçados; investigação e responsabilização dos envolvidos nas ameaças e assassinatos de quilombolas e o estabelecimento de ações antirracistas pelo poder público, entre outras.

* Vermelho

Agência da ONU diz que tanques de Israel usam escolas em Gaza

Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), afirma que seu escritório tem recebido informações de que pelo menos duas escolas das Nações Unidas em Gaza estão sendo usadas como base de operações militares por parte de Israel.

A denúncia foi feita nesta quinta-feira na sede da ONU em Genebra, durante uma coletiva de imprensa de Lazzarini.

Israel tem acusado o Hamas de usar hospitais e escolas como parte de sua estratégia de guerra e colocando esses locais como escudos contra eventuais ataques israelenses.

De acordo com o chefe da entidade, se isso se confirmar, trata-se de um ato “grave”. Sua agência indicou que tanques israelenses estariam nos locais.

Pelo direito humanitário internacional, escolas e hospitais não podem ser alvos militares. Sua suspeita é de que existe uma ação deliberada para enfraquecer as operações da ONU em Gaza.

Lazzarini ainda apontou que as comunicações voltaram a ser suspensas em Gaza. O problema seria a falta de combustíveis. “Isso significa que, em breve, o cerco vai matar mais que as bombas”, alertou.

De acordo com ele, o volume de combustível que Israel permitiu que entrasse em Gaza nos últimos dias é insuficiente e não permite que a ajuda humanitária continue. O total entregue seria de apenas meio caminhão e, mesmo assim, sob condições. Israel teme que o combustível seja usado pelo Hamas.

Para a ONU, o deslocamento de mais de 1,5 milhão de pessoas em Gaza é o maior êxodo de palestinos desde 1948. “E isso está ocorrendo diante de nossos olhos”, lamentou.

Na avaliação de Lazzarini, se não houver uma ação real para uma ajuda humanitária, a ordem civil pode entrar em colapso em Gaza nos próximos dias.

*Jamil Chade/Uol