Ano: 2023

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Ao contrário do que diz a Folha, Lula não está isolado, o povo está com ele

Se Bolsonaro, frouxo como é, não teve coragem de, em nome do bem público, defender as necessidades do povo contra banqueiros e rentistas, os interesses desses grupos financeiros, aqui por diante, com Lula, enfrentarão uma guerra de um governo forte que tem com ele, literalmente, a força do povo.

Ao contrário do que diz a Folha de São Paulo, Lula não está isolado, porque, segundo ela, o Congresso não prevê alterar a autonomia do Banco Central. Se o Congresso pretende agir assim, azar o dele.

As críticas feitas pelo presidente Lula à maior taxa de juros do planeta, são acompanhadas até por quem não votou nele.

Pouco importa se Pacheco e Lira descartem a mudança de regras que prevê o Banco Central independente, o mesmo banco tocado por um sujeito que simplesmente fraudou o fluxo de caixa em R$ 12 bilhões para ajudar Bolsonaro na eleição.

Pouco importa o que a Folha diz para atacar Lula em defesa dos muito ricos, dos barões do sistema financeiro. No Brasil, o tamanho da fila do osso está umbilicalmente associado ao tamanho das taxas de juros do Banco Central e, consequentemente, à farra dos banqueiros que cobram juros reais de crédito que chegam a 1000% ao ano.

Essa é uma das piores formas de ditadura, pois, como sabemos, produz uma prosperidade às avessas em que 33 milhões de brasileiros vivem na mais absoluta miséria, enquanto mais da metade da população vive insegurança alimentar.

Do outro lado, o dos ricos, é só felicidade com recordes e mais recordes de lucros extraídos dos pobres diabos que se sujeitam ao precipício financeiro quando enfrentam as taxas de juros mais imorais do mundo.

Mas os bonecos do mercado na mídia atacam quem? Lula, porque não podem atacar o alvo real, o povo.

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Lula diz que não precisa ‘pedir licença para governar’ nem agradar ninguém

Em meio a disputa com BC sobre taxa de juros, presidente diz a aliados que precisa agradar população.

Em meio a uma disputa com o Banco Central devido à taxa de juros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (8) que não “tem que pedir licença para governar” e que seu objetivo é melhorar a vida da população.

“Confio que a economia vai voltar a crescer. A gente não tem que pedir licença para governar, a gente foi eleito para governar. A gente não tem que tentar agradar ninguém, a gente tem que agradar o povo brasileiro, que acreditou num programa que nos trouxe até aqui e é esse programa que nós vamos cumprir”, afirmou em reunião no Palácio do Planalto com a base aliada.

O mandatário disse que o Executivo trabalha para retomar obras paradas e que pretende fazer viagens semanais para inaugurações de equipamentos públicos.

“A gente pode contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI na última avaliação deles. Temos mercado interno muito grande e temos algumas coisas que países desenvolvidos já fizeram e temos que fazer que é cuidar das cidades”, disse.

Nos últimos dias, Lula tem feito duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele disse nesta semana que a atual taxa básica de juros do país, a Selic, é uma vergonha.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,50% [ela está na verdade em 13,75%]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse Lula.

Ele também já classificou a autonomia do Banco Central como uma “bobagem”. “O problema não é de banco independente, não é de banco ligado ao governo. Problema é que esse país tem uma cultura de viver com os juros altos”, afirmou Lula.

“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia em que a Fiesp [federação da indústria paulista] falava era quando aumentava os juros. Era o único dia […]. Agora, eles não falam”, disse na segunda-feira (6).

Ele também já classificou a autonomia do Banco Central como uma “bobagem”. “O problema não é de banco independente, não é de banco ligado ao governo. Problema é que esse país tem uma cultura de viver com os juros altos”, afirmou Lula.

*Com Folha

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Um Banco Central que não comanda: é comandado

Luis Nassif*

Vai levar algum tempo para cair a ficha de que a única maneira de compatibilizar inflação e crescimento é o controle de capitais, o fim da dança de capitais gafanhoto.

A consolidação de teorias econômicas depende de alguns fatores. O primeiro deles é a quem serve a teoria, já que a economia é um exercício de escolha de vencedores e perdedores. O segundo é o contingente de economistas e jornalistas econômicos que fazem nome em torno dos princípios da teoria em vigor.

É mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha que um economista rever a teoria que o consagrou, ainda que a realidade desminta diariamente suas conclusões.

No caso das metas inflacionárias e das teorias monetárias, criou-se um caso concreto de realidade paralela, uma teoria complexa, cheia de fórmulas, conclusões taxativas e nenhum vínculo com a realidade. Não há capacidade de observação empírica. Ou até existe, mas ignora-se tudo que pode desmontar as teorias defendidas. Afinal, foi graças a elas que economistas de mercado fizeram sua reputação, acertaram os resultados da planilha do Banco Central – embora raramente ambas as planilhas, a do BC e do mercado, acerte o resultado da inflação.

Todo esse aparato teórico, todas as equações, baseiam-se em uma ferramenta de controle da inflação tão antiga quanto as sanguessugas contra a febre: a âncora cambial. É uma mecanismo rústico, primário, mas revestido do creme de leite de fetiches, chamados de “taxa neutra de juros”, “PIB potencial” e outras planilhices.

Inflação é um fenômeno com vários ingredientes: choques de demanda, choques de oferta, choques externos, quebra de safras, crises setoriais. Há um conjunto grande de instrumentos para combatê-la, como estoques reguladores, importações especiais, políticas setoriais. Para cada causa, um remédio, de tal maneira que as taxas de juros servem exclusivamente para combater a inflação de demanda, quando a economia está aquecida e a alta de preços espraia-se por todos os produtos.

A política monetária em vigor joga tudo nas costas dos juros. Infecção? Juros. Lumbago? Juros. E a razão é óbvia.

Na inflação, há perdas e ganhos. Mas, em circunstâncias normais, o capital financeiro perde, assim como os credores, devido à perda de valor da moeda. Qual o grande arranjo da política monetária, especialmente das metas inflacionárias.

Primeiro, permitindo ao mercado definir as expectativas de inflação e da taxa de juros longa. Em países civilizados, o Banco Central atua nos mercados de juros, impedindo sua manipulação pelos grandes players. Aqui, eles chegam à vontade. O mercado define o que espera da inflação, define a taxa de juros longa, e o BC vai atrás, sancionando todos os movimentos especulativos.

O segundo passo é trabalhar com o conceito da tal taxa de juros neutra – aquela que impediria a alta da inflação. Hoje em dia, o BC considera a taxa de juros neutra em 4% – isto é, seja qual for a inflação, a taxa Selic tem que ser, no mínimo, quatro pontos acima da inflação. Ou seja, as expectativas de inflação, de taxa de juros longa e de taxa de juros neutra fica nas mãos do mercado. Quanto maior a taxa, maior o ganho, maior a dívida pública, menor o crescimento econômico, menor o emprego, menor a receita fiscal.

No Valor de ontem, André Lara Rezende expõe de maneira crua o terrorismo fiscal, utilizado pelo mercado e pelo BC para garantir o seu poder.

Não tem a menor lógica a manutenção desse modelo que deixa totalmente em mãos do mercado o controle de variáveis que impactam diretamente o orçamento público.

Vai levar algum tempo para cair a ficha de que a única maneira de compatibilizar inflação e crescimento é o controle de capitais, o fim da dança de capitais gafanhoto.

*GGN

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Crítica de Lula ao BC é cálculo, não chilique. E isso não é chutar a santa

Reinaldo Azevedo*

Será mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está batendo no Banco Central na base de rompantes, vale dizer: tem lá seus chiliques e resolve atacar a tal independência do BC? Acho que não. “Chilique” por três dias seguidos é cálculo. Eu fico muito à vontade nesse debate porque acho impossível levar a sério esse negócio se você tem um mínimo de seriedade intelectual.

Sempre se é dependente ou independente em relação a alguma coisa, não é mesmo? O Banco Central é independente de quem ou do quê? Alguém poderia responder: “Dos políticos e da política”. É mesmo? Se fosse verdade, não seria assim tão bom porque acho um erro demonizar a política.

Eu, cá do meu lado, também não quero satanizar ninguém, mas noto que a arbitragem da taxa de juros, por exemplo, se dá depois de o BC ouvir os mercados, não é? O tal Boletim Focus existe para colher as opiniões da turma, nem sempre tão iluminadas. E esse erra muito também.

Estou entre aqueles que pensam que já havia espaço para baixar a taxa de juros na reunião passada do Copom. Não aconteceu. Até aí, vá lá, os que dizem que isso seria um erro podem até estar certos. Mas e aquele recadinho enviado ao governo, como se oriundo do mundo empíreo, advertindo para a questão fiscal? Convenham: o sempre educado Roberto Campos Neto é presidente do Banco Central, não é presidente do Brasil.

Estão tentando jogar água na fervura e ameaçando Lula com o Armagedom caso ele não cesse suas críticas ao BC. A resposta que ele deu? Esta: se o presidente da República não pode se manifestar, quem vai protestar? O catador de reciclável? Aí os independentistas respondem: “Ora, ninguém fala nada!” Mas, então, já não estamos mais lidando com o BC, o Copom e com a política monetária. Voltamos à infalibilidade papal.

A ata, disse Fernando Haddad, ministro da Fazenda — e é bom que tente baixar a temperatura — é um pouco mais, digamos, suave, do que aquele recado institucionalmente meio malcriado. É verdade. Há ali algum aceno. Mas a questão está longe do fim.

ERRO DE PRINCÍPIO

Lula não desistiu, não. Depois das críticas que disparou ao BC na posse da nova diretoria do BNDES, voltou à carga nesta terça em café da manhã com jornalistas da chamada “mídia independente e alternativa”. Numa referência ao Conselho Monetário Nacional, afirmou: “Eu espero que o [Fernando] Haddad esteja acompanhando, a Simone [Tebet] esteja acompanhando e que ele próprio [Roberto Campos Neto] esteja acompanhando a situação do Brasil”. É dali que partem, em princípio, as diretrizes a serem seguidas pelo BC.

Onde está o erro de princípio? A tal independência do Banco Central, tese pela qual jamais me bati — não encontrarão texto meu exaltando-a — é, em tese, uma prática que tornaria a política monetária imune à politização. Pergunta óbvia de resposta não menos: quando foi aprovada, deu-se ou não num determinado ambiente político? Os que a defendem, por acaso, não fazem também suas escolhas?

O pedido de demissão do presidente do BC pode ser encaminhado ao Senado por ineficiência. Vistos os números, sem contexto, pode-se dizer que o órgão não cumpriu seu desiderato. Em um ano e cinco meses, a taxa de juros saltou de 2% para 13,75%, e a inflação está bem acima do teto da meta. Há boas pessoas e gente graúda — que ganhou bastante dinheiro nesse tempo — que dizem que os 2% eram tão irrealistas como destrambelhados são os 13,75%.

Quando o BC mantém a taxa de juros nas alturas sem que fique claro — ou me digam onde está essa clareza — como essa taxa poderá devolver a inflação à meta; quando tal manutenção cria óbvios entraves ao crescimento e quando se aponta que a única saída é resolver a questão fiscal, com a a evidente sugestão de que ou se corta gastos ou nada feito… Bem, quando tudo isso acontece, é forçoso lembrar que essa é uma opção, sim, que goza de grande prestígio entre certos formadores de opinião, mas que não é a única.

E pronto! Sabe o que surge no horizonte? O fantasma da “politização” do Banco Central, sendo que o objetivo declarado da independência, pelo menos no papel, era justamente “.

QUER MUDAR?

“Está querendo o fim da independência, Reinaldo?” Até poderia porque, afinal, nunca a defendi. Acho a tese intelectualmente desonesta porque “independente” o banco jamais será. Mas não. Não creio que seria uma boa ideia fazer agora essa cruzada. Mas entendo também — e o senador Jaques Wagner está certo na entrevista que deu à Folha — que não se pode tentar impedir o presidente de emitir uma opinião.

Faltou habilidade ao Banco Central. Pareceu-me que houve uma tentativa de “dar uma sambadinha” no salão do novo poder, que já fora desafiado por golpistas, para evidenciar quem manda. E esse também não me parece ser o comportamento exemplar de um independente.

O Brasil chegou a “grau de investimento” com um BC “dependente”. “Ah, mas esse era o governo Lula 1; o governo Lula 3 está sendo muito diferente”. Está? São 39 dias de gestão hoje. A verdade é que o mau humor começou com a PEC da Transição. Alheios à peça orçamentária de ficção enviada por Bolsonaro, os tais “mercados” e seus porta-vozes na imprensa passaram a ver no texto um exemplo gritante de falta de compromisso com o rigor fiscal.

Concluída a primeira reunião do Copom do governo Lula, veio aquele recadinho. Pior: começou a circular a história de que, antes de novembro, não haverá redução dos juros. E ponto. Ora, Campos não era do tipo hostil à política no governo Bolsonaro, certo?

Ao pé deste artigo, republico o que escrevi aqui no dia 11 de fevereiro de 2021, há dois anos, quando a Câmara aprovou o texto-base da tal independência. Vejam ali. Minha crítica a essa tolice não é de agora. A tal independência é um fetiche. Talvez um BC “dependente” não tivesse baixado a taxa a 2% nem elevado a 13,75%, sei lá. Isso deveria ser um não assunto. Mas, se é e se o banco é independente, que não ouse se comportar como governo.

Não creio que Lula vá encaminhar a queda de Campos Neto. Mas também não acho que vá parar de pressionar. O BC é independente, certo?, e o petista é o presidente de todos os brasileiros. Representa-os, particularmente a seus eleitores. Pode, pois encaminhar suas demandas. Mas qual o “cálculo” de Lula? Se o BC resolve fazer um comunicado e uma ata de alcance político — e os documentos têm esse aspecto —, estão que seja exposto também ao embate… político. E técnico. O que há de errado nisso?

*Uol

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Sônia Guajajara teme escalada da violência contra povos ianomâmis

Guajajara quer saída dos invasores de forma a não deixar nativos ainda mais vulneráveis e sem que se torne uma crise social em Roraima.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, teme que a operação de retirada dos garimpeiros das Terras Indígenas (TI) Yanomami, em Roraima, aconteça de forma violenta e que os povos originários, que já estão fragilizados, sejam as principais vítimas. Fontes da pasta afirmaram ao Correio que, com a morte de três indígenas e um ferido — casos que vieram à tona na segunda-feira, supostamente crimes cometidos pelos invasores —, a ministra receia que haja uma escala de brutalidade.

Segundo a ministra, estão sendo estudadas ações conjuntas para receber as pessoas que, a princípio, estão abandonando o garimpo. Guajajara destacou que discussões conduzidas pelos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça, Flávio Dino, com o governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), tenta fechar alternativas de geração de renda para quem, atualmente, depende da atividade extrativista.

“Essa ação não é somente responsabilidade de um órgão ou de dois. Tem que ser essa articulação municipal, estadual e federal para que a gente possa resolver isso da melhor forma. Sem gerar conflitos, sem gerar, também, o caos social em Roraima”, destacou.

O coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Dinamam Tuxá, garantiu que depois do sobrevoo realizado com a ministra, ficou claro que os indígenas têm sido atacados pelos garimpeiros. “O Flávio Dino, junto com a Defesa e a PF, estão pensando em um plano, mas não tivemos acesso. Estamos cobrando ações”, exigiu.

Isso não quer dizer, porém, que o governo vá aliviar a situação dos financiadores do garimpo. “É preciso ter uma investigação mais aprofundada para saber quem, realmente, está lucrando tanto com esse abuso, com a exploração de trabalho dessa mão de obra dos garimpeiros. É preciso que alguém, de fato, que tenha esse poder de mando seja penalizado”, cobrou.

Responsabilidades

Ao mesmo tempo em que a ministra manifestou preocupação que a crise nas terras dos ianomâmis se torne um descalabro que se espalhe por Roraima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que não permitirá a presença de garimpos nas áreas de reservas. Ontem, além de classificar a situação dos povos originários, que vivem perto das lavras, como “degradante”, apontou a existência de 75 pistas de pouso clandestinas que estão próximas às aldeias. Segundo Lula, os responsáveis pela violação dos direitos dos nativos serrão alcançados.

“Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação em que se encontram os ianomâmis perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”, tuitou.

Lula convocou governadores e prefeitos a fazerem parte da recuperação das terras indígenas. “Precisamos envolver prefeitos e governadores nisso. Vamos tentar criar uma nova dinâmica, para ter os resultados que a sociedade brasileira deseja”, salientou.

*Com Correio Braziliense

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Bolsonaro risca uma linha no chão para Michelle não ultrapassar

Ou então o casamento irá para o brejo.

Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, amou, amou, amou a reação do seu pai à declaração de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, de que Michelle Bolsonaro poderia vir a ser uma boa candidata à sucessão de Lula daqui a 4 anos.

Jamais convidem para a mesma mesa, sequer para o mesmo ambiente, Carlos e Michelle. Os dois só ainda não se estapearam porque a turma do “deixa disso” impediu. Por ordem de Bolsonaro, Michelle apressou-se em dizer que não será candidata.

Mesmo assim, Bolsonaro aproveitou uma entrevista dada a um influenciador digital ligado ao ex-presidente Donald Trump para riscar uma linha no chão que não deverá ser jamais ultrapassada por Michelle, do contrário o casamento irá para brejo.

Para evitar que o Brasil “mergulhe no socialismo ou no comunismo”, ele disse que se vê forçado a continuar a fazer política. Não há sinais à vista de socialismo ou de comunismo. A Terra segue redonda. Mas Michelle entendeu. É o que importa.

*Com Metrópoles

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Pedido judicial: Light diz à Aneel que caixa é ‘insuficiente’ para garantir sustentabilidade da concessão

Resumindo, aumento absurdo da conta de luz.

Segundo a Light, Principal causa são perdas não técnicas, ou seja, furtos e inadimplência, afirma a empresa.

A Light, distribuidora de energia que atende a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, afirmou à Agência Nacional de Energia Elétrica que a sua concessão “tem apresentado geração de caixa insuficiente para garantir sua sustentabilidade”. O principal motivo, de acordo com a Light, são as chamadas perdas “não técnicas”, ou seja, furtos (gatos) e a inadimplência, informa O Globo.

“A concessão de titularidade da Light tem apresentado geração de caixa insuficiente para garantir sua sustentabilidade, sendo a diferença entre as perdas de energia reais e as perdas regulatórias definidas pela Aneel um dos principais fatores causadores desse desequilíbrio”, afirma o documento, enviado à agência nesta semana e ao qual O Globo teve acesso.

A situação da empresa despertou alerta de investidores nos últimos dias, depois que a companhia contratou a Laplace Finanças — que recentemente assessorou a Oi durante sua recuperação judicial — para ajudar a buscar “estratégias financeiras visando a melhoria da estrutura de capital.”

O colunista Lauro Jardim informou nesta segunda-feira que a empresa tem necessidade de financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos e que, por isso, deve dar entrada com um pedido de recuperação judicial muito breve. A concessão da Light se encerra em 2026, o que é um dificultador para repactuar financiamentos.

Historicamente, a Light tem uma complexa estrutura de receitas. A companhia opera numa região com índice de perdas e inadimplência entre os maiores do Brasil. De acordo com a própria empresa, isso ocorre em grande parte porque tem que lidar com o tráfico de drogas e as milícias que dominam parte de sua área de concessão no Rio.

Dessa forma, a empresa não consegue entregar as metas de perdas e inadimplências estipuladas no contrato de concessão. Assim, a empresa acaba recebendo da Aneel reajustes abaixo do que precisa.

No terceiro trimestre de 2022, o índice das chamadas perdas não-técnicas, que são resultado de gato (furto de energia), foi de 53,72%. Isso quer dizer que mais da metade da energia distribuída no mercado de baixa tensão, portanto ao consumidor final, não é paga.

Cada concessão de distribuição de energia opera com valores máximos de perdas. Essas perdas são incorporadas nas tarifas dos usuários que pagam os serviços. Dessa forma, quando a perda é maior que o estipulado, a empresa fica no prejuízo.

A Light afirma que desde 2017 esses percentuais “não são mais factíveis”.

“A manutenção da trajetória de 2017 até 2022 causou grande desequilíbrio na empresa, por fatores independentes de sua atuação. É preciso evitar que esse desequilíbrio permaneça e agrave ainda mais e de forma cumulativa a insustentabilidade da concessão”, afirma a carta.

A empresa afirma que a taxa de reincidência de fraude na concessão é, em média, de 87%. A distribuidora fala ainda que houve uma redução no consumo. A Light pede à Aneel então que altere seus percentuais de perdas autorizadas.

Para a empresa, existe uma falha metodológica no mecanismo de cálculo das perdas não técnicas, “com impacto substancial na sustentabilidade econômico-financeira da concessão da Light”. A Light espera que isso ocorra no reajuste anual das tarifas da distribuidora, que ocorrerá em março.

“O caminho a ser tomado é a adequação das escolhas realizadas o quanto antes, evitando que a falha repercuta em consequências de difícil reparação para a concessionária e, por conseguinte, para a concessão”, diz o texto.

Procurada para se manifestar sobre a carta à Aneel, a empresa não se manifestou.

Uma distribuidora de energia, no caso da da Light, é responsável por manter os serviços junto aos clientes, ao contratar os serviços de geração e transmissão.

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Moraes determina que PF investigue se Bolsonaro teve participação em atos golpistas

Advogado alega que ex-presidente sempre incentivou ataque às instituições democráticas e é ‘fundamentador ideológico’ do 8 de janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou ontem (6) que a Polícia Federal investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como suposto agente estimulador ou colaborador dos atos golpistas que culminaram na invasão e ataque aos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e do próprio STF, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A representação/notícia crime foi apresentada pelo advogado Sidney Duran Gonçalez. Ele alega que o ex-presidente nunca se dirigiu a seus seguidores e, de maneira enfática, nunca “os repreendeu das práticas antidemocráticas, pelo contrário, sempre incentivou o ataque as instituições democráticas”.

Argumenta também que as condutas em tese praticadas por Bolsonaro “como fundamentador ideológico dos ataques realizados no dia 08.01.2023 poderiam tecnicamente serem atribuídas como base na teoria do domínio funcional do fato, que consiste em que a prática do delito seja partilhada em uma sequência de fatos e atribuições, para culminar no fato desejado pelo idealizador”.

Moraes determinou então “que a Polícia Federal investigue se houve participação dos representados nos fatos objeto do referido inquérito”. De acordo com o ministro do STF, as alegações de Gonçalez “guardam pertinência” com os fatos investigados. O inquérito inclui ainda o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF e está preso. Cinco dias depois do ataque a Brasília, Moraes incluiu Bolsonaro nas investigações sobre os atos golpistas.

Quebra-cabeça

O cenário atual das apurações indica que as peças do quebra-cabeças parecem que pouco a pouco vão se encaixando. Na semana passada, Moraes determinou abertura de investigação para apurar as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre uma suposta proposta para participar de um golpe de Estado a partir de uma gravação que ajudaria a fazer do próprio Moraes.

Do Val mudou a versão várias vezes desde a primeira vez que relatou a história à revista Veja. Jair Bolsonaro teria participado de uma reunião com a presença do ex-deputado federal Daniel Silveira, que está preso. Primeiro, em uma live, Do Val disse que tinha sido coagido por Bolsonaro a participar do golpe quando este ainda era presidente. Depois, recuou. Também declarou que renunciaria ao mandato e depois voltou atrás, segundo ele por influência da filha.

*Com RBA

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Bebê é resgatada de escombros com cordão umbilical ligado à mãe morta

A recém-nascida é a única sobrevivente de uma família em que todos os membros morreram quando seu prédio de quatro andares desabou.

Jindires, Síria – Entre as ruínas de um prédio em Jindires, uma cidade no noroeste da Síria duramente atingida pelo terremoto, equipes de resgate encontraram uma bebê, nascida sob os escombros e ainda ligado à mãe falecida pelo cordão umbilical.

Esta menina é a única sobrevivente de uma família em que todos os membros morreram quando seu prédio de quatro andares desabou.

Nesta cidade perto da fronteira com a Turquia, as equipes de emergência encontraram os corpos de seu pai, Abdalá Mleihan, sua mãe, Aafra, suas três irmãs, seu irmão e sua tia na segunda-feira (6).

“Estávamos procurando por Abu Rudayna (apelido de Abdalá) e sua família. Primeiro encontramos sua irmã, depois sua esposa, depois Abu Rudayna, eles estavam juntos uns contra os outros”, disse à AFP um parente da família, Khalil Sawadi, ainda em choque.

“Aí ouvimos um barulho e cavamos (…), limpamos o local e encontramos essa menininha, graças a Deus”, conta.

A recém-nascida ainda tinha o cordão umbilical preso à mãe. “Cortamos, e minha prima levou o bebê para o hospital”, continua.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem é visto carregando um bebê nu e coberto de poeira pelos escombros, com o cordão umbilical ainda pendurado.

No frio gelado, outro joga um cobertor sobre a menina.

– “O tempo se esgota” –

A bebê foi levada para um hospital na cidade vizinha de Afrin, onde foi colocada em uma incubadora e recebeu vitaminas.

“Ela chegou com os membros dormentes por causa do frio, sua pressão arterial estava baixa. Prestamos os primeiros socorros e a colocamos sob perfusão, porque ela ficou muito tempo sem ser alimentada”, explicou o doutor Hani Maaruf à AFP.

O terremoto deixou mais de 5.000 mortos na Turquia e na Síria, segundo os últimos números, que não param de aumentar.

De acordo com os Capacetes Brancos, serviço de emergência que atua nas áreas rebeldes sírias, mais de 200 prédios foram destruídos neste setor.

Nesta terça, este grupo implorou às organizações internacionais que ajudem essas regiões devastadas e esquecidas.

“O tempo urge. Centenas de pessoas estão presas entre os escombros”, alertou.

*Com Correio Braziliense

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