Ano: 2023

Bolsonaro sofre novo revés no TSE: corregedor mantém minuta golpista em ação

O ministro Benedito Gonçalves, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, decidiu manter num processo que pede a cassação dos direitos políticos de Bolsonaro cópia da minuta golpista apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Rejeitou pedido da defesa de Bolsonaro. Submeteu o despacho à apreciação dos outros seis ministros que compõem o plenário do TSE. A maioria deve avalizar a decisão.

Segundo Josias de Souza, Uol, Benedito Gonçalves havia incluído no mês passado a minuta de decreto golpista numa das 16 ações de investigação eleitoral que correm contra Bolsonaro no TSE. Foi movida pelo PDT. Nela, Bolsonaro é acusado de mentir sobre urnas eletrônicas e sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. O ministro avaliou que não há impedimento legal para que novos elementos sejam incorporados ao processo.

Benedito Gonçalves fez observações ácidas em seu despacho. A certa altura, anotou: “…Cabe constatar, não sem tristeza, que os resultados das eleições presidenciais de 2022, embora fruto legítimo e autêntico da vontade popular manifestada nas urnas, se tornaram alvo de ameaças severas.”

O ministro prosseguiu: “Passado o pleito, a diplomação e até a posse do novo presidente da República, atos desabridamente antidemocráticos e insidiosas conspirações tornaram-se episódios corriqueiros. São armas lamentáveis do golpismo dos que se recusam a aceitar a prevalência da soberania popular e que apostam na ruína das instituições para criar um mundo de caos onde esperam se impor pela força”.

O timbre radioativo do ministro-corregedor reforça a percepção segundo a qual é cada vez menos negligenciável a hipótese de a Justiça Eleitoral tornar Bolsonaro inelegível, excluindo-o do baralho de 2026. Em entrevista concedida a um influenciador devoto do seu ídolo Donald Trump, Bolsonaro declarou que pretende retornar ao Brasil “nas próximas semanas”, para liderar a oposição ao governo Lula.

O TSE cogita julgar Bolsonaro até o final de maio. Se demorar muito, o “turista” da Flórida talvez não se credencie nem para o papel de guia de cego.

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Gleisi Hoffmann: Bolsonaro fez uma ‘parafernália’ e onde estava o BC?

A escalada de reclamações do governo e seus apoiadores contra o Banco Central ganhou um reforço político. Quem agora protesta é a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Ela reclama da nota emitida pelo Banco Central (BC) em que identifica tom bem mais crítico do que o que era usado com o governo de Jair Bolsonaro.

Gleisi destaca no texto do BC o trecho que cita “a ainda elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais que implicam sustentação da demanda agregada”.

“Críticas assim não foram feitas à gestão Bolsonaro, com toda a parafernália que eles fizeram na pré-eleição e durante o período eleitoral”, rebateu a presidente do PT à coluna. “Com tudo isso, o BC nunca soltou uma nota dura assim, falando de incerteza sobre o futuro. Bolsonaro fazia de tudo e onde estava o BC?”.

Gleisi avalia que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, faz um recuo em relação à nota. “O presidente Lula demarcou isso, falou sobre as posições do BC e trouxe à luz o esforço que a Fazenda tem feito”, avalia a deputada. “Mas para o Banco Central reconhecer isso foi preciso Lula brigar, falar grosso”.

A ata que saiu hoje, interpreta a presidente do PT, faz uma mediação.

Em um tuíte postado ontem, Gleisi chegou a se referir ao Banco Central como “a última trincheira do bolsonarismo no poder”.

“Vamos analisar: estão trabalhando com uma previsão de crescimento de 0,7% ou 0,8%. Isso é muito ruim, porque aponta para uma desaceleração e depois caminha para uma recessão”, lamenta ela. “Isso quer dizer desemprego, quer dizer problemas. Manter uma taxa alta como está é apostar em desaceleração econômica e recessão. Isso tem implicação política, a quem interessa?”

E questiona: “O BC quer encaminhar o Brasil para uma recessão com essa taxa de juros que não tem necessidade de estar nesse patamar? As políticas econômicas não são neutras, o reflexo é sempre político”.

*Chico Alves/Uol

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Para que o Banco Central independente? Para o povo é que não é

O que é e para o que serve o Banco Central independente? Certamente não é para melhorar a vida do povo.

Para todo lado que se olha, enxerga-se a ditadura dos banqueiros que operam em causa própria. É essa a única verdade.

Ninguém, na mídia, atreve-se a dizer que o Banco Central, sob o controle do governo Lula, em seus dois mandatos anteriores, tirou 40 milhões da miséria, pagou o FMI, reduziu significativamente a dívida pública e o Brasil ficou entre as economias mais fortes do mundo, além com a 6ª potência economia do mundo. E mais, Lula e Dilma,  deixaram uma reserva de U$ 380 bilhões, coisa que o Brasil jamais havia experimentado. Simples assim.

Do outro lado, com Temer e Bolsonaro, com o Banco Central independente, o Brasil assiste à tragédia econômica e social instalada, a dívida pública disparou, não se aumentou um níquel sequer das reservas internacionais, ao contrário, Bolsonaro queimou um valor ainda desconhecido, mas certamente não foi pouco, devolveu 33 milhões de brasileiros ao mapa da forme, fato inédito na história de países que conseguiram erradicar a miséria.

Soma-se a isso o desmonte pelo governo Bolsonaro das políticas sociais implementadas por Lula que, além de melhorar, e muito, a vida dos mais pobres, transformou as classes C, D, e E no 14º balcão de negócios do mundo.

A pergunta inevitável, serve a quem o Banco Central independente? Ao Brasil e aos brasileiros é que não é.

E quem defende essa verdade absoluta neoliberal, não sabe por que defende, simplesmente porque essa verdade não existe.

Já para os bancos e rentistas, estes bateram recorde de lucro enquanto o povo estava na fila do osso.

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Lula diz que AGU vai entrar na justiça para rever contrato da Eletrobras

O presidente também revelou que vai propor a Joe Biden, presidente dos EUA, a criação de um órgão unilateral para tratar das questões climáticas.

O presidente Lula (PT) se encontrou nesta terça-feira (7) com jornalistas de vários veículos da mídia digital e influenciadores do campo progressista. O editor da revista Fórum, Renato Rovai, esteve presente na reunião.

Estiveram presentes na reunião, além do presidente Lula, a primeira-dama Janja Lula da Silva e Paulo Pimenta, ministro à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

A reunião foi aberta com uma fala do ministro Paulo Pimenta, que falou sobre o contexto da comunicação e a importância que será dada aos veículos digitais. Em seguida, foi a vez do presidente Lula falar, que discursou por cerca de quinze minutos.

Durante a sua fala, o presidente Lula falou sobre os objetivos centrais de seu governo, tais como o combate à fome e a questão da educação. Segundo a Forum, Lula reforçou que foi eleito “para isso”.

Diversas outras pautas foram abordadas durante a reunião da mídia digital com o presidente Lula, entre elas a questão da privatização da Eletrobras.

Aos presentes, Lula revelou que a Advocacia-Geral da União deve entrar com uma ação na Justiça para rever o contrato da Eletrobras. “Eu não tenho como entrar em detalhes sobre isso agora, não entrei na campanha se a gente vai ou não rever a privatização da Eletrobras, mas eu quero dizer que o advogado-geral da União [Jorge Messias] vai entrar na Justiça para rever o contrato feito pelo governo Bolsonaro da Eletrobras”, disse.

Lula abordou detalhes do contrato que geram contrariedade. Segundo o presidente, só tem uma pessoa [do governo] na direção da Eletrobras e o governo tem 40% das ações. Outro ponto destacado do contrato que envolve a Eletrobras é que, caso o governo queira comprar ações para se tornar majoritário, o preço é três vezes maior que um agente do mercado pagaria. Na opinião do presidente Lula trata-se de um “contrato absurdo”.

Obras paradas por Bolsonaro, Yanomami e ecossocialismo

Durante a reunião, que teve cerca de 2 horas de duração, o presidente Lula também relatou o fato de que hoje o Brasil tem 14 mil obras paradas, sendo que 4 mil delas são referentes a projetos vinculados à educação e que essa obras já estão com os laudos ambientais, orçamentos aprovados, algumas com o orçamento interrompido e que a prioridade de seu governo é entregar essas obras.

A questão dos Yanomami também foi abordada pelo presidente que frisou que “não dá pra continuar” do jeito que está atualmente e que, a garantia de proteção ao povo Yanomami e o garimpo “são questões centrais do ponto de vista nacional e internacional” e, segundo dados levados por Lula ao encontro, “o Brasil teria cerca de 840 pistas clandestinas para pouso” e que será realizada uma ação, não só no Território Indígena (TI), mas também em outras áreas do Brasil para que tais pistas sejam eliminadas.

Posteriormente, Lula entrou na pauta da questão climática e revelou que irá propor ao presidente dos EUA, Joe Biden, que seja criada uma instituição unilateral para discutir o tema do clima, que pode ou não ser na ONU.

A ideia é que neste órgão voltado para discutir no âmbito global a questão climática não exista veto de países e que neste espaço as ações aprovadas sejam implementadas pelos países membros sem que estes façam uma discussão e nova aprovação em seus respectivos parlamentos.

“Eu destaquei esses pontos -dos Yanomami e do clima -, porque tem um novo Lula aí nesse terceiro mandato. Um Lula muito mais ecossocialista, mais preocupado com as questões ambientais, com o clima e com a preservação das florestas”, pontua Renato Rovai.

Durante a rodada de perguntas Lula foi questionado sobre qual é o papel das Forças Armadas. “Segurança das fronteiras e das florestas”, respondeu Lula mais vez reforçando a importância da política ambiental em seu governo.

Por fim, o presidente Lula garantiu que em seu governo não haverá comemoração do golpe de 1964, que voltou a ser realizada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

*Com Forum

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Com mais de 5 mil mortos, Turquia e Síria sofrem com novo terremoto

Um novo terremoto, com 5,7 pontos de magnitude, teve como epicentro o sudeste da Turquia. O número de mortos nos dois países passa de 5 mil.

Outro terremoto teve como epicentro o sudeste da Turquia. De menor intensidade do que os abalos que atingiram a nação turca e a Síria na segunda-feira (6/2), o tremor de terra desta terça chegou a 5,7 de magnitude. Mas é assustador diante de um desastre que já fez mais de 5 mil vítimas.

O abalo foi registrado pelo Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo. Na segunda, houve registro de dois terremotos de grande porte, além de tremores secundários.

As autoridades turcas atualizaram o número de mortos para 3.419 ao meio-dia desta terça (horário local). Informaram ainda que 5.775 edifícios desabaram.

Na Síria, pelo menos 1.600 pessoas perderam a vida. São 812 mortes nas áreas controladas pelo governo, enquanto equipes de resgate na região noroeste, controlada por rebeldes, relataram 790 vítimas.

O tremor de magnitude 7,8 da manhã de segunda-feira atingiu área perto da cidade de Gaziantep e deixou enorme rastro de destruição na Turquia e na Síria. Horas mais tarde, outro tremor com 7,5 de magnitude foi sentido.

Desde então, muitas vítimas estão sob escombros. As equipes de resgate continuaram a trabalhar durante a noite, mesmo diante do frio que toma conta principalmente da Turquia, com nevascas e risco de congelamento.

De acordo com Orhan Tatar, da Agência de Gerenciamento de Desastres da Turquia, 24.400 estão envolvidas nas buscas no país.

*Com Metrópoles

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Nome de Lira para TCU tem ligação com chefes da saúde yanomami no governo Bolsonaro

Senado avaliará indicação de Jhonatan de Jesus; ele não respondeu sobre sua proximidade com coordenadores da área.

Reeleito para a presidência da Câmara com apoio recorde, Arthur Lira (PP-AL) usou seu capital político para emplacar no TCU (Tribunal de Contas da União) um deputado com conexões com coordenadores do órgão responsável pela saúde yanomami no governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a Folha, o nome de Lira para o cargo é o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR). Ele venceu a disputa na Câmara para a vaga no TCU ao receber o voto de 239 deputados —seus rivais, o ex-deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) e a deputada Soraya Santos (PL-RJ) receberam 174 e 75 votos, respectivamente.

Agora, a indicação do deputado precisa ser confirmada pelo Senado, em sessão prevista para esta quarta-feira (8).

Jhonatan e o pai, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), têm ligações com três dos últimos coordenadores do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) yanomami: Francisco Dias Nascimento, Rômulo Pinheiro e Ramsés Almeida.

O Dsei é criticado por má gestão nos últimos anos, o que contribuiu para o agravamento da crise envolvendo os indígenas.

Jhonatan e Mecias são citados em apuração sobre o desvio de verbas para o combate à Covid-19, além de serem abertamente defensores do garimpo.

Procurados pela Folha, Jhonatan e Nascimento não responderam. A reportagem não conseguiu entrar em contato com Pinheiro e Almeida.

Mecias, por sua vez, afirmou que não há ligação entre sua família e os coordenadores do Dsei yanomami. “Temos fotos com milhares de pessoas das mais diversas matizes sociais sem que isso implique qualquer relação da maneira que vocês estão insinuando”, disse o senador.

Major da reserva, Nascimento foi chefe do Dsei entre julho de 2019 e junho de 2020, conforme consta no Portal da Transparência. Meses depois, em dezembro de 2020, foi nomeado auxiliar parlamentar no gabinete de Mecias e lotado para trabalhar na presidência do Republicanos.

Após sua saída, quem assumiu a saúde yanomami foi Rômulo Pinheiro, que ficou no cargo entre julho de 2020 e o início de 2022. Ele é filho de Socorro Pinheiro, que em 2018 concorreu a deputada estadual por Roraima na mesma chapa de pai e filho —inclusive, todos eles promoveram eventos juntos e dividiram santinhos, como mostram fotos nas redes sociais.

A principal fornecedora para a campanha de Socorro foi a empresa J. Pereira de Jesus, que está no nome das filhas de Mecias, irmãs de Jhonatan.

Ramsés Almeida sucedeu Rômulo no Dsei, de janeiro a novembro de 2022, justamente o período de forte agravamento na situação sanitária da Terra Indígena Yanomami.

Em 2020, tentou se reeleger vereador em Mucajaí (RR) pelo Republicanos de Jhonatan e Mecias, mas acabou como suplente. Os três aparecem juntos em fotos de eventos públicos e reuniões.

Jonathan é citado em um julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre desvio de verbas destinadas ao combate à pandemia. Uma petição cita o caso de uma licitação para compra de testes rápidos com R$ 5 milhões de emendas parlamentares direcionadas justamente por ele e por Mecias.

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Lula tem razão e o Banco Central é a causa do desequilíbrio fiscal, diz Oreiro

Onze entre cada dez economistas ligados direta ou indiretamente ao mercado financeiro atribuem o elevado patamar da taxa de juros Selic observado no Brasil ao desequilíbrio fiscal do governo central (governo federal + Banco Central). Segundo o seu seu, por assim dizer, raciocínio, como o governo gasta mais do que arrecada então ele precisa pedir muito dinheiro emprestado no mercado, aumentando a demanda por crédito e, dada a baixa taxa de poupança existente no Brasil, produzindo uma elevada taxa de juros.

A solução é reduzir a despesa primária do governo geral, cortando despesas desnecessárias e/ou ineficientes (quais?), para então conseguir reduzir a taxa de juros. Dessa forma, o desequilíbrio fiscal brasileiro teria sua origem no excesso de despesa primária do governo geral, razão pela qual o teto de gastos deveria ser mantido a fórceps pela equipe econômica do novo governo Lula.

Na posse do novo presidente do BNDES Aloisio Mercadante, o Presidente Lula mais uma vez se pronunciou contra a decisão do Copom do Banco Central de manter a taxa selic em 13,75% a.a. Com uma inflação acumulada em 12 meses de 5,79% temos que a taxa real de juros (ex-post) é de 7,52% a.a, a mais elevada do mundo. O Presidente Lula afirmou hoje que “Não tem explicação para a taxa de juros a 13,5 [13,75]%. Faz anos que a gente briga pela taxa de juros no Brasil”.

Não existe efeito sem causa. Claro que existe uma explicação para o elevado patamar da taxa de juros no Brasil, mas essa explicação não é o desequilíbrio fiscal. Pelo contrário, o desequilíbrio fiscal é o resultado da política de juros adotada pelo Banco Central do Brasil nos últimos anos.

Vamos aos números. A Figura 1 abaixo mostra a evolução no acumulado em 12 meses do resultado primário do governo central e dos juros nominais que o governo central paga sobre o estoque de sua dívida. Observem que até março de 2020 (mês em que as primeiras medidas de distanciamento social são adotadas no Brasil) o governo central incorria num déficit primário em torno de 1,5% do PIB e pagava juros nominais ligeiramente superiores a 4% do PIB.

Com os gastos primários realizados para o enfrentamento das consequências econômicas, sociais e sanitárias da pandemia do Covid-19, o déficit primário do setor público aumenta para quase 10% do PIB em dezembro de 2020, mas o pagamento de juros nominais cai para 3,5% do PIB nesse mês, continuando sua trajetória de queda até junho de 2021 quando chega a 2,93% do PIB. Observem, caros leitores, que um aumento espetacular nas despesas primárias do governo central (como % do PIB) foi obtido com uma redução da conta de juros nominais paga pelo governo central, ou seja, um resultado OPOSTO ao esperado com base na (sic) teoria econômica usada pelos analistas do mercado financeiro.

Qual a razão disso? Muito simples: a taxa de juros não é o preço dos “fundos emprestáveis” mas o preço do dinheiro, o qual é fixado pelo Banco Central nas reuniões do Copom. Como o Banco Central reduziu a taxa de juros para 2% a.a ao longo do ano de 2022, o custo de carregamento da dívida pública (fortemente atrelado a selic devido as Letras Financeiras do Tesouro e as operações compromissadas) diminui em quase 25% entre março de 2020 e junho de 2021.

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A figura 2 abaixo mostra o percentual do resultado nominal do governo geral (sem desvalorização cambial) que pode ser atribuído a despesa com pagamento de juros da dívida pública.

grafico

O leitor pode verificar que a despesa com juros respondia por aproximadamente 80% do déficit nominal do governo geral (sem desvalorização cambial) até o início da pandemia do covid-19. Esse percentual cai para pouco mais de 20% até dezembro de 2020 devido ao aumento do déficit primário e a redução da despesa com juros. A partir de março de 2021, o percentual volta a aumentar ultrapassando 100% no início de 2022. Em dezembro do ano passado os gastos com o pagamento de juros respondiam por 112% do déficit nominal do governo geral.

Esses números não permitem outra interpretação de que o desequilíbrio fiscal no Brasil é de natureza financeira. Nesse contexto, reduzir as despesas primárias não é apenas uma crueldade do ponto de vista social, mas uma estupidez do ponto de vista econômico. O reequilíbrio das contas públicas no Brasil passa pela solução do problema da “despesa ausente” no debate público no Brasil, ou seja, o gasto excessivo com o pagamento de juros da dívida pública. Sua solução se encontra numa reforma monetária no Brasil e na institucionalidade do regime de metas de inflação, de maneira a permitir que a obtenção de uma taxa de inflação estável e razoável (algo como 4% a.a.) seja possível com uma taxa de juros estruturalmente mais baixa.

José Luis Oreiro

Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília. Pesquisador Nível IB do CNPq, Membro Senior da Post Keynesian Economics Society e Líder do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento

*Com 247

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Ex-mulher de Bolsonaro tentou manter nacionalidade brasileira

Ex-mulher de Bolsonaro tentou manter nacionalidade brasileira.

Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, teve recurso negado pelo Ministério da Justiça; advogada é alvo da PF.

Alvo da Polícia Federal (PF), a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, tentou evitar que o Ministério da Justiça cancelasse sua nacionalidade brasileira. A decisão, que rejeitou o recurso da bolsonarista, foi assinada pelo Ministério da Justiça nesta terça-feira (7/2). Em 2011, Ana Cristina obteve cidadania norueguesa por ter se casado com um cidadão daquele país.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o processo para a perda de nacionalidade de Ana Cristina foi aberto pelo Departamento de Migrações do Ministério da Justiça no ano passado, no fim do governo Bolsonaro. Possivelmente, a pasta foi alertada da irregularidade pela Justiça Eleitoral, que analisou os documentos da então candidata a deputada distrital.

Agora, o ministério informará a decisão ao Itamaraty, à Polícia Federal e ao Conselho Nacional de Justiça. A Constituição permite que brasileiros tenham mais de uma nacionalidade só em três casos: naturalização por imposição, ascendência estrangeira ou nascimento no outro país. A mãe de Jair Renan Bolsonaro não cumpre nenhum desses requisitos.

Também no ano passado, Ana Cristina Siqueira Valle se tornou alvo da Polícia Federal após informar à Justiça Eleitoral ser dona da mansão que dizia alugar em Brasília. A PF suspeita que ela tenha usado um laranja para comprar o imóvel e apontou que a advogada movimentou R$ 9,3 milhões entre março de 2019 e janeiro de 2022. Nesse período, seu salário foi no máximo de R$ 8 mil.

Se mantiver investigações contra Ana Cristina, a Justiça brasileira deve ter dificuldades em colher depoimentos da ex-mulher de Bolsonaro. No limite, em caso de uma condenação, o Brasil teria de negociar com a Noruega uma possível extradição.

Em 2021, em entrevista à coluna, o ex-empregado de Ana Cristina e de Bolsonaro Marcelo Nogueira disse que a advogada colocou a mansão no nome de um laranja. A acusação nunca foi contestada pela advogada.

*Com Metrópoles

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Bolsonaro pediu para Delgatti assumir grampo em Moraes; Veja sabia do plano desde setembro

Nova gravação mostra Delgatti expondo o plano de Bolsonaro, que foi registrado por Veja em cartório ainda em setembro.

A revista Veja publicou nesta segunda (6) mais informações sobre o plano de Jair Bolsonaro para anular a eleição de Lula e evitar a posse do presidente eleito em outubro de 2022.

Parte do plano consistia em armar uma arapuca para o ministro Alexandre de Moraes, com o intuito de constrangê-lo e tirá-lo do comando das eleições e da presidência dos inquéritos que atingem o bolsonarismo.

Segundo Veja, em meados de setembro de 2022, Bolsonaro pediu ao hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, que assumisse a autoria de um grampo em Moraes.

Com problemas na Justiça justamente por causa do vazamento de conversas da Lava Jato, Delgatti teria topado o plano de Bolsonaro de imediato.

Bolsonaro teria prometido que o hacker “teria o céu” depois de participar do crime contra Moraes – sinalizando, portanto, que ajudaria Delgatti com seus problemas na Justiça.

Delgatti chegou a procurar um funcionário da TIM na intenção de clonar o número do ministro Moraes. Mas o funcionário rejeitou qualquer envolvimento. Veja divulgou hoje o que parece ser a gravação da conversa entre o funcionário da TIM e Delgatti.

No áudio, Delgatti diz que Bolsonaro já teria conseguido “grampear” Moraes, que teria pego “coisa grave” do ministro e que a missão do hacker seria apenas “assumir” o grampo. “O resto é com nós”, disse Bolsonaro.

Delgatti se encontrou com Bolsonaro em setembro de 2022 por intermédio da deputada federal Carla Zambelli. À época, o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, conversou com a reportagem do GGN sobre o encontro.

O advogado relatou que Delgatti estava com dificuldade de arrumar emprego após ser preso e desesperado com a sua situação financeira. Ele também estaria com rancor de Lula e da esquerda, que foram beneficiados pela Vaza Jato, sem jamais mostrar “gratidão” nem ajudá-lo com os processos que enfrenta na Justiça.

Veja registrou plano de Bolsonaro em cartório, mas não publicou matéria antes da eleição

Veja ficou sabendo da missão de Delgatti ainda em setembro de 2022, mas decidiu não publicar matéria porque não dispunha de nenhuma prova para corroborar o relato. A revista, contudo, registrou o plano em cartório.

Ainda segundo Veja, ao saber das revelações do senador Marcos do Val, na semana passada, Delgatti passou a dizer a interlocutores que viu o escândalo como a “continuidade do plano” apresentado a ele por Bolsonaro.

Conexão com Marcos do Val?

O senador Marcos do Val afirma que em dezembro de 2022, com Lula já eleito, foi chamado para uma reunião clandestina com Jair Bolsonaro e o então deputado federal Daniel Silveira.

Silveira teria pedido a Do Val para grampear alguma conversa constrangedora com Moraes. O GSI ou a Abin do governo Bolsonaro iriam ceder os equipamentos. Marcos do Val reclamou que a escuta seria ilegal e o material, criminoso. Silveira e Bolsonaro dariam um jeito de utilizar o grampo para evitar a posse de Lula.

*Cintia Alves/GGN

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