Ano: 2023

Líder Yanomami diz ter enviado cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e não obteve resposta

Em entrevista ao “Estúdio I”, da GloboNews, Junior Hekurari denunciou omissão do governo passado e contou a situação crítica que as comunidades da Terra Yanomami estão passando.

A crise de saúde na Terra Yanomami, em Roraima, a maior do país, começou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou quatro anos ignorando os pedidos de ajuda das comunidades indígenas da região. A denúncia foi feita pelo líder indígena Junior Hekurari, presidente do conselho distrital de saúde indígena Yanomami. Em entrevista ao “Estúdio I”, da GloboNews, ele afirma que foram enviados mais de 60 pedidos de auxílio ao governo Bolsonaro e todos foram ignorados, informa o G1.

“O povo passou quatro anos sofrendo. O governo atual reconheceu essa tragédia que dura quatro anos. Muita gente, muitas crianças, morreram de malária e de desnutrição. Eu denunciei, pedi apoio ao Ministério da Saúde para ações de intervenção na saúde indígena em Roraima. A gente não recebia resposta do governo.”

Hekurari afirma ter documentos pedindo socorro ao governo, ao Ministério da Saúde e até a Bolsonaro quando era presidente. Mas não obteve resposta e, das respostas que recebeu, disseram que era normal. Ele conta que 120 comunidades ficaram sem atendimento de saúde nos quatro anos do governo do ex-presidente.

“Pedimos que ele visitasse a Terra Yanomami para ver a realidade. Ele simplesmente não atendeu as lideranças. Ele foi visitar área de garimpo e conversou com garimpeiros. Ficamos chateados com isso e denunciamos. O governo Bolsonaro nunca ajudou os Yanomami e incentivou o garimpo ilegal na nossa terra. Estávamos morrendo enquanto ele ia a Boa Vista para conversar com garimpeiros.”

O líder conta que o governo mandava equipes de profissionais e que ele mesmo os encaminhou aos locais dentro da Terra Yanomami. Segundo ele, viam a situação, não faziam nada e iam embora. “Por isso, foi um governo omisso. A morte é a marca do governo Bolsonaro. Pedimos punição pois crianças morreram. Cobramos a responsabilidade das pessoas que fizeram isso.”

Outra denúncia de Hekurari é que os indígenas estão bebendo água suja e contaminada por conta das atividades de garimpo ilegal. Durante o governo Bolsonaro, ele afirma que o garimpo avançou na terra indígena e que, além de contaminarem a água, mataram mulheres e queimaram uma unidade de saúde das seis existentes. Essas unidades prestam atendimento aos Yanomami, principalmente os que ficam em regiões mais isoladas, de difícil acesso. “Muitas vezes pedimos socorro e não fomos atendidos pelo governo Bolsonaro.”

“Hoje, precisamos de tudo. Precisa chegar ajuda de saúde, ainda mais onde não tem saúde. Pedimos também a retirada dos garimpeiros da Terra Yanomami. A presença deles está descontrolada. Não temos água limpa. Precisamos do apoio de todos, da Funai, da Segurança Pública. Sei que vai demorar muito porque o impacto é muito grande. Precisamos de uma força-tarefa para acabar com esse sofrimento do povo.”

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Novo comandante do Exército barra ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em chefia de batalhão estratégico

Tenente-coronel Mauro Cid havia sido designado para assumir posto em fevereiro e foi pivô de demissão de ex-comandante da Força.

De acordo com O Globo, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid não vai mais comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia (GO). A designação para o cargo havia sido feita no ano passado e ele assumiria o posto no mês que vem. A decisão foi tomada após uma reunião com o novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, segundo O Globo apurou.

Um dos mais influentes assessores de Bolsonaro durante os quatro anos de governo, Cid foi um dos motivos que levaram o ex-comandante do Exército Júlio César Arruda a ser demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado. O ex-comandante resistiu em impedi-lo de assumir a função.

Na reunião com o general Tomás, de acordo com relatos de militares, o comandante teria convencido Cid, alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que o contexto político não era favorável e, portanto, um afastamento seria uma melhor saída tanto para o próprio tenente-coronel quanto para o Exército neste momento de crise.

De acordo com militares com conhecimento da conversa, Cid concordou em perder o batalhão e agora aguardará que a Força o designe para outro posto. Ao não impor resistência, o tenente-coronel poderá, no futuro, participar de processos seletivos para outros postos comandos e até mesmo assumir o 1º Batalhão de Goiânia se encerradas as investigações.

Formalmente, Cid apresentou um requerimento para adiar o assumir o comando do batalhão para se defender nas ações do qual é alvo de investigação. O pedido já foi deferido pelo Comando do Exército.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro assumiria o 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em fevereiro. Cid foi designado para o posto em maio do ano passado, após passar por um processo de seleção iniciado em setembro de 2021.

O Palácio do Planalto já havia indicado ao então comandante do Exército que esperava que a nomeação do ex-assessor de Bolsonaro fosse anulada, uma vez que Cid é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). General Arruda, porém, não fez a mudança, alegando que decisões administrativas do Exército cabia ao comandante.

Arruda acabou demitido no último sábado. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, justificou a troca no comando alegando que houve “fratura de confiança” na relação com o Exército.

O presidente Lula nunca digeriu o fato de Arruda ter sido contra a prisão imediata de golpistas que invadiram as sedes dos Poderes em 8 de janeiro e estavam alojados em um acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. O general alegava que havia mulheres e crianças no local que poderiam ser vítimas de um eventual confronto com a Polícia Militar. Essa postura irritou o presidente e ministros do governo, que passaram a pressionar o ministro da Defesa.

Além de Cid, outros dois militares ainda são vistos com reservas por interlocutores do Planalto. Um deles é o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, atual chefe do Comando Militar do Planalto (CMP). Aliados de Lula acreditam que ele pode ter sido leniente com os golpistas. Outro que gera desconfianças junto ao governo é o tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), gravado discutindo com policias militares enquanto vândalos destruíam o Palácio do Planalto.

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Vídeo: professora peita oficial da PM e comunidade nega militarização de escola

Vários bolsonaristas favoráveis ao projeto estavam presentes, inclusive policiais da Força Tática que portavam fuzis.

Uma professora de Várzea Grande (MT) peitou um oficial da Polícia Militar nesta segunda-feira (23), durante apresentação de projeto de militarização da Escola Estadual Adalgisa de Barros. Após a discussão, a comunidade, formada por professores e alunos, negou por aclamação o projeto.

Vários bolsonaristas favoráveis à militarização da escola estavam presentes, inclusive policiais da Força Tática que portavam fuzis.

A audiência pública que precedeu a votação contou com forte manifestação contrária da comunidade escolar, durante a explicação de um tenente-coronel PM sobre os aspectos das escolas militares.

Vários alunos e professores gritaram em protesto contra o projeto. Para eles, o projeto de mudar o caráter civil da escola era irrevogável.

Entre os parlamentares, estavam os deputados Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT), que são contra a militarização. O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), bolsonarista e que apoiava o projeto, também esteve presente.

A proposta de militarizar a escola Adalgisa foi apresentada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) no início de novembro.

*Com Forum

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Sabendo como ninguém que Bolsonaro sempre foi um marginal, por que os militares participaram do seu governo?

Qualquer militar sabe quem é Bolsonaro muito antes do bandido virar modinha com seus esquemas de corrupção.

Todos os oficiais, com certeza, sabem que ele foi expulso do exército por ameaça de atentado terrorista contra os próprios militares. Mas o banditismo de Bolsonaro vai muito além do seu instinto assassino que, certamente, os botões da gandola verde-oliva sabem tudo a respeito das rachadinhas, não só dele, mas também dos filhos, assim como sabem, por exemplo, que o 03 e o 04, numa esbórnia com dinheiro público, gastaram mais de R$ 63 mil com cartão corporativo.

Ou seja, o cartão corporativo de Bolsonaro, os militares do alto comando sabem, foi uma farra só. Que o diga o tenente-coronel Cid, o Queiroz fardado do Planalto.

Na verdade, Bolsonaro só usou a cadeira da presidência da República para benefício próprio.

E não se enganem, o que ocorre com o povo Yanomami, não tem o dedo de Bolsonaro, mas a mão grande, porque os próprios militares sabem que ele, ainda militar, foi pego imitando seu pai fazendo garimpo ilegal. Por isso sua cobiça nas terras indígenas.

Não vou perder tempo em listar uma biblioteca de crimes envolvendo essa família para dizer que os militares sabiam de tudo, inclusive que Bolsonaro mandou Flávio condecorar, dentro da cadeia, o miliciano Adriano da Nóbrega, preso por assassinato de uma lavador de carros.

E Queiroz, é preciso dar a ficha dele para militares? Quem nesse país não sabe quem é a bisca? E o seu advogado é o mesmo da família Bolsonaro.

Não vale mais duas linhas aqui para definir o picaretaço.

Tudo isso, somado a algumas notificações curiosas da relação entre Bolsonaro e Roberto Jefferson, quem, a pedido do pai, deu o primeiro emprego fantasma em Brasília para Eduardo, quando o mesmo cursava a faculdade de direito no Rio de Janeiro.

Mas pode-se falar de coisas mais recentes como o esquema da compra de vacinas com o general Pazuello, enquanto ministro da Saúde.

Do roubo de madeira na Amazônia envolvendo Ricardo Salles, quando ministro do Meio Ambiente.

E tem também o caso dos pastores de ouro, que fizeram do gabinete da presidência a própria moradia e que, sob o comando do então ministro da Educação, Milton Ribeiro, que, por consequência, chegou a ser preso, se lambuzaram com a esbórnia dos recursos públicos.

Então, quando militares assumem a dianteira de comprar a falácia de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas, pode-se afirmar que ninguém entrou nessa de inocente, os militares sabem quem foi o deputado Bolsonaro, quem foi o soldado Bolsonaro e, principalmente, quem foi presidente da República Bolsonaro que se comportou como um marginal.

Assim, a questão dos militares não se limita à politização, mas sim de vista grossa junto com a politização, porque Bolsonaro tratou dos privilégios dos comandantes das tropas.

Daí, esse amor verdadeiro de quem, de alguma forma, esteve envolvido na tentativa de golpe para manter seus privilégios e, lógico, a impunidade de um dos maiores bandidos da história desse país, enquanto 33 milhões de brasileiros foram jogados na mais absoluta miséria.

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Mais de 1.000 yanomamis foram resgatados para não morrer, diz chefe de Saúde Indígena

Ricardo Weibe Tapeba afirmou que garimpo invadiu as aldeias e que comunidades estão à mercê do crime organizado.

Segundo a Folha, o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, classificou como alarmante o cenário da saúde pública nas comunidades yanomamis, disse que mais de 1.000 indígenas foram resgatados, e afirmou que há subnotificação de casos de doenças.

“Nós acreditamos que mais de 1.000 indígenas foram nesses últimos dias resgatados do território para não morrer, né? […] Nós acreditamos que há inclusive uma subnotificação muito grande [de doenças]”, afirmou Tabepa nesta terça-feira (24) em Boa Vista (RR).

Região com 30 mil habitantes em Roraima, a terra indígena yanomami vive uma explosão de casos de malária, incidência de verminoses facilmente evitáveis, infecções respiratórias e agravamento da desnutrição, especialmente entre crianças e idosos. O quadro de desassistência em saúde no território é agravado pela permanência de mais de 20 mil garimpeiros invasores na área demarcada.

O secretário de Saúde Indígena participou de uma incursão em três comunidades Yanomami com o apoio da Força Aérea Brasileira e afirmou que as comunidades vivem um cenário de guerra.

“Eu estive no território, quando eu falo em operação de guerra, não é figura de linguagem. [Temos] a todo momento aeronaves pousando e decolando, trazendo e levando pacientes graves”, disse Tapeba, destacando que foram resgatadas crianças com quadro de desnutrição grave e jovens com malária em estado crítico.

Ele afirmou que ainda há regiões da território yanomami que as equipes do governo ainda não conseguiram acessar devido à complexidade logística e questões de segurança, já que parte das comunidades foi invadida pelo garimpo ilegal.

“O garimpo invadiu as aldeias e essas comunidades estão à mercê do crime organizado. Eu não falo garimpeiros, eu falo crime organizado, porque são muitas pessoas armadas coagindo e não se intimidam com a presença da Força Aérea Brasileira”, disse Tapeba.

Ele ainda cobrou a implementação de um plano de retirada do garimpo ilegal da terra indígena, seguindo inclusive uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determina a remoção de 20 mil garimpeiros. “O que nós estamos fazendo aqui é um caminho sem volta, que vai finalizar com a remoção dos garimpeiros”, completou.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, disse que 120 das 378 comunidades do território estão em calamidade, com cerca de 14 mil indígenas estão em situação mais grave:

“A água está contaminada, tem muita malária e desnutrição. Estamos conversando com o Ministério da Saúde para enviar água limpa, porque estão necessitando”, afirmou.

Na sexta (20), o Ministério da Saúde decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Três dias depois, enviou uma equipe da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) para Boa Vista com 12 profissionais, que farão a operação de um hospital de campanha que deve ser montado na próxima sexta-feira (27).

Eles vão prestar serviço na Casa de Saúde Indígena Yanomami e no hospital de campanha que está sendo preparado pelo Exército Brasileiro em Boa Vista. São 11 voluntários assistenciais e um da equipe de gestão central.

Em visita a Boa Vista no sábado (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou auxílio aos habitantes da região e combate ao garimpo ilegal. Na data, o petista disse ter visto durante a semana fotos que o abalaram e que a situação encontrada foi de abandono.

“Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não acreditaria”, disse o presidente.

Nesta segunda-feira (23), o governo Lula exonerou 33 coordenadores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e dispensou outros quatro servidores que ocupavam cargos de coordenação.

Sobre as demissões, Tabeba afirmou que a saúde indígena estava aparelhada pelo militarismo, adiantou que a Sesai está avaliando em Brasília novos coordenadores dos distritos e que os cargos não terão indicações políticas.

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Lula justifica troca no Exército e diz que Forças Armadas não podem servir a um político

Dois dias após demitir o comandante do Exército, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (23) esperar que a mudança no comando do Exército traga de volta a normalidade da relação com o meio militar..

“As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”

Em visita à Argentina, o presidente afirmou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas.

“O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou as Forças Armadas. E tenho certeza que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade”, afirmou.

“Todas as carreiras de Estado não podem se meter na política no exercício de sua função, porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, pertence ao Estado brasileiro. Eles precisam aprender a conviver democraticamente com qualquer pessoa.”

Lula admitiu, mas disse não saber explicar, o apoio a Bolsonaro pelas forças de segurança do país, ao que chamou de fenômeno. Ele citou parte das Polícias Militares, das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal. “Isso é reconhecido por qualquer cidadão que faça política no Brasil.”

O presidente demitiu no sábado (21) o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Arruda ficou menos de um mês no cargo máximo do Exército.

*Folhapress

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Bolsonaro repassou a ONG evangélica verbas destinadas para yanomamis

Após imagens de yanomamis padecendo por conta de severas doenças e desnutrição virem à tona durante do final de semana, reportagem do jornal O Globo publicada nesta quinta-feira (24) apurou que as verbas existiam para sanar a grave crise no local, mas que o governo de Jair Bolsonaro possuía outras prioridades.

“A resposta ainda precisará de uma investigação ampla, mas tudo indica que os recursos foram mal empregados, beneficiando organizações pouco eficientes e até mesmo garimpeiros donos de empresas de transporte aéreo na região”, relata o jornalista Alvaro Gribel.

.“A análise mais atenta revela informações que saltam aos olhos. A entidade que mais recebeu recursos foi uma ONG evangélica chamada Missão Caiuá, que diz “estar a serviço do índio para a glória de Deus”. Nesses quatro anos, foram R$ 872 milhões enviados a essa organização sediada no Mato Grosso do Sul. Quase o dobro da segunda entidade que mais recebeu recursos, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueiredo, com R$ 462 milhões”, aponta a reportagem.

A reportagem ainda revela que, de acordo com o “presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, explica que a ONG Cauá faz apenas a contratação de funcionários, como médicos e enfermeiros, mas que eles não têm entrado nas terras indígenas nos últimos quatro anos. Ou seja, tudo indica que os salários foram pagos, mas sem a execução correta do serviço. Uma outra fonte que trabalhou na Funai, mas que preferiu não ser identificada, diz que a Cauá contrata pessoal pelo período de um ano, fazendo demissões em dezembro para ir recontratando em janeiro. Isso cria um déficit de pessoal justamente no primeiro mês do ano. O objetivo é evitar o vínculo empregatício”.

De acordo com a reportagem “para as terras indígenas yanomamis, o Portal da Transparência mostra que R$ 51 milhões de um orçamento de R$ 59 milhões em 2022 foram executados. Júnior Hekurari Yanomami explica que a maior parte desses recursos foi utilizada para a contratação de empresas de transporte aéreo, como aviões e helicópteros, que levam médicos e funcionários à região. Segundo essa fonte da Funai, muitos deles têm como donos os próprios garimpeiros que passaram a diversificar os seus negócios”.

Além da irresponsabilidade na distribuição de verbas, o governo também foi omisso. De acordo com informações divulgadas pela coluna de Guilherme Amado, no jornal O Globo, em outubro daquele ano, uma nota técnica enviada pela então ministra Damares Alves ao Planalto, assinada em 6 de julho por Esequiel Roque, pedia que Jair Bolsonaro (PL) retirasse da lei de proteção aos indígenas a obrigação de União, estados e municípios fornecerem itens como água potável, leitos de UTI; ventiladores pulmonares; materiais de limpeza, higiene e desinfecção; e informativos sobre a Covid-19.

*247

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Vídeo: Como militares chantageiam presidentes

Uma fala fundamental de Pedro Dória sobre os militares.

Sabe, essa história toda da demissão sumária do comandante do Exército me pôs pra pensar… Sabia que tudo isso já aconteceu antes? Aconteceu no Império. Aconteceu na Primeira República. Aconteceu na Segunda República. Os militares, eles chantageiam, eles chantageiam. Está acontecendo tudo de novo. Mas agora é diferente.

Assista:

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Com 22 dias de governo, Lula, voando baixo, tratorou os bolsonaristas e virou o fascismo pelo avesso

Quem subestimou a volta de Lula, fazendo premonições de que daria tudo errado, certamente está tendo uma compreensão bem diferente.

Lógico, a coisa varia de acordo com o grau de inteligência de cada um. Mas a fisionomia inconfundível de seu governo, de temperamento emotivo, representa o próprio Lula e o mesmo se confunde com o povo.

É claro que mercado é mercado, mesmo que não paire no ar qualquer dúvida sobre a responsabilidade fiscal, que é uma das marcas pessoais de Lula, a especulação é parte do negócio dessa gente e sempre terá alguém surgindo do nada para dizer, de forma superficial e datada, que Lula ainda não encontrou a chave que levará o país ao futuro. Mas tudo isso é vago, simplório e com aquela velha armadilha para consumo interno do próprio mercado, o mesmo que comeu mosca no escândalo das Lojas Americanas, caindo num tipo de balão que só cai quem não entende nada do riscado.

Ou seja, se alguém quer saber sobre o futuro econômico do país, é inútil prosseguir tentando caminhar nesse terreno alagadiço da bolsa de valores.

Se é uma coisa que Lula conhece bem, é a atmosfera da vida caseira, por conta de sua origem.

Dito isso, Lula segue a passos largos e de forma muitas vezes inesperada, contrariando as expectativas daqueles que costumam agourar a vida alheia. Esse é um estilo histórico da direita no Brasil, recorrendo sempre à velha e carcomida falsa moral, porque simplesmente não sabe produzir um contraditório que pare de pé.

Conclusão lógica: a popularidade de Lula cresce à medida em que os dias passam, enquanto denúncias de atrocidades, corrupção, que brotam da chocadeira do clã Bolsonaro e, claro, a popularidade do genocida despenca como uma jaca podre e mole.

Isso, porque sabemos que a batata de Bolsonaro está no forno do STF e, a cada dia, aumenta o número de pessoas que sonham em vê-lo atrás das grades.

O fato é que, com Lula, o ambiente brasileiro mudou, está respirável e a sensação diária de vitória no campo de batalha, onde Lula defende a população contra a ferocidade dos fascistas, o sentimento é de uma política que frisa e esmaga aquela paisagem trevosa que se evapora por conta de uma postura rigorosamente acentuada que patenteia o governo Lula.

Não se tem a ilusão de que o gado está domado, mas está paralisado, pois não há como reagir perante o governo a partir de futricas, mentiras como o velho mundo bolsonarista. O bolsonarismo hoje é jeca, triste, impotente, desalentado, enquanto Lula peita a arquitetura macabra e muda a paisagem brasileira.

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Os comedores de terra

Enquanto nossas geladeiras estão abastecidas, nossos termômetros estão livres de mercúrio e nossos antidiarreicos vencem na gaveta, Roraima está osso e pele.

  • Pensem nas crianças, assustadas, desnutridas.
  • Pensem nas meninas, fracas, inflamadas.
  • Pensem nas mulheres, rotas alteradas.
  • Pensem nas feridas, das peles pintadas.

Vinicius, uma bomba caiu por aqui, e o que me veio foram seus versos lindos que contam histórias tristes. Não dá para não pensar. Não dá para parar de pensar nessa tragédia anunciada. Não dá para parar de se chocar com as imagens. Vergonha nacional, crime universal. Uma violação aberta e escancarada de direitos humanos, terras e corpos. Não é de hoje que garimpeiros têm licença para invadir, estuprar, afogar crianças com suas dragas lançadas no rio. Violentos, esses caras-pálidas, cujos rostos não se enrubescem, não têm vergonha nem coração. Seus mandantes são tão repulsivos quanto as larvas que saem pelas bocas desesperadas dos yanomami. Eles espalham fome, mercúrio, malária, devastações. Tiram tudo que podem. Minério, honra, peixe, dignidade, gás, comida, paz, água potável, oxigênio. E querem mais. Querem mais estradas, mais usinas, mais ouro. Querem espremer as florestas para extrair dinheiro, custe o que custar. Esses exploradores agem com liberdade e proteção, fazem o que bem entendem: agem com a certeza da impunidade.

Enquanto nossas geladeiras estão abastecidas, nossos termômetros estão livres de mercúrio e nossos antidiarreicos vencem na gaveta, Roraima está osso e pele, se despedindo de pessoas que morrem definhadas, vencidas pelos vermes, pela fome, expelindo suas vidas pelo próprio vômito. Poderia ser evitado. Não se morre mais de algumas doenças no século 21, mas lá o século é outro.

Os apelos não são de hoje, é uma luta antiga, mas está mais pungente do que nunca. O líder indígena do povo Yanomami, Davi Kopenawa, que se referia aos garimpeiros como “comedores de terra”, tentou. Não foram profecias, foram previsões ditas, na lógica dos acontecimentos no desgoverno em 2020. “A mineração vai destruir a natureza. Vai destruir os igarapés e os rios, e matar todos os peixes e o meio ambiente —e vai matar nós índios. E vai trazer doenças que nunca antes existiram na nossa terra.” “Os garimpeiros, sem dúvida, vão matar os índios isolados na área Yanomami.”

Hoje somos todos Yanomami …

…. de pele vermelha, sem cores, sem nada.

*Becky S. Korich – Advogada, escritora e dramaturga/Folha

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