Mês: agosto 2024

Hezbollah bombardeia Israel com drones e promete novos ataques

Ataque atingiram o norte de Israel, ferindo civis na cidade costeira de Nahariya.

O grupo armado libanês Hezbollah lançou uma série de ataques com drones e foguetes no norte de Israel nesta terça-feira (6), mas alertou que a tão esperada retaliação pelo assassinato de um alto comandante por Israel na semana passada ainda estava por vir.

O Hezbollah disse que lançou uma bateria de drones de ataque em dois locais militares perto do Acre, no norte de Israel, e também atacou um veículo militar israelense em outro local.

Os militares israelenses disseram que vários drones hostis foram identificados cruzando o Líbano e um foi interceptado. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários civis ficaram feridos ao sul da cidade costeira de Nahariya. Imagens da Reuters mostraram um local de impacto perto de um ponto de ônibus em uma estrada principal fora da cidade.

Em comunicado, os militares israelenses disseram que sirenes soaram em torno do Acre, mas que acabou sendo um alarme falso, e que a sua força aérea atingiu duas instalações do Hezbollah no sul do Líbano.

Aumentam os temores de que o Oriente Médio possa ser levado a uma guerra total após as promessas do Hezbollah de vingar a morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do Irã de responder ao assassinato em Teerã, na semana passada, do chefe do grupo militante palestino Hamas.

Uma fonte do Hezbollah disse à Reuters que “a resposta ao assassinato do comandante Fuad Shukr ainda não chegou”.

Na manhã desta terça-feira, quatro pessoas foram mortas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, quase 30 quilômetros ao norte da fronteira, disseram médicos e uma fonte de segurança.

Duas fontes adicionais de segurança disseram que os mortos eram combatentes do Hezbollah, mas o grupo ainda não havia publicado os habituais avisos de morte.

O Hezbollah e os militares israelitas têm trocado tiros durante os últimos 10 meses, em paralelo com a guerra de Gaza, com os ataques retaliatórios limitados principalmente à zona fronteiriça.

Na semana passada, Israel matou Shukr, o comandante militar mais graduado do Hezbollah, num ataque ao reduto do grupo nos subúrbios ao sul da capital do Líbano, Beirute.

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu vingança, mas disse que a resposta seria “estudada”. Ele deve falar nesta terça-feira no memorial de uma semana para Shukr.

Carlos Bolsonaro ganha R$1,2 mi com venda de imóveis, mas só declara R$ 687 mil ao TSE

Filho de Jair Bolsonaro vendeu dois apartamentos que havia declarado na eleição de 2020.

Documentos obtidos com exclusividade pela coluna mostram que, meses antes do início da campanha eleitoral, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vendeu dois apartamentos de sua propriedade no Rio de Janeiro por um total R$ 1,25 milhão. No entanto, na semana passada, ao declarar seus bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele informou um patrimônio de apenas R$ 687 mil, pouco mais da metade do valor obtido com as transações.

Há quatro anos, em 2020, Carlos tinha declarado ao TSE um patrimônio de R$ 591,6 mil, dos quais R$ 290 mil eram referentes aos dois imóveis vendidos.

Ele ainda informou em 2020 um terceiro apartamento, avaliado em R$ 180 mil. Esse imóvel não aparece em sua declaração neste ano, mas a coluna não localizou registros de venda. Os três imóveis representavam juntos 80% do valor dos bens do vereador na última campanha.

As vendas dos imóveis foram descobertas pela coluna a partir de documentos nos cartórios do Rio de Janeiro e os dados foram cruzados com o que foi informado pelo vereador ao TSE. Procurado para explicar as transações, o vereador não retornou.

Entre os bens listados, Carlos Bolsonaro informou possuir uma aplicação em renda fixa no valor de R$ 528 mil, além de R$ 35,6 mil em ações e R$ 5 mil em bitcoin. Ele ainda registrou novamente o mesmo carro que ele já tinha em 2020 e informou ter adquirido duas motos avaliadas em R$ 41,5 mil, somadas. Ele ainda disse guardar R$ 15 mil em dinheiro vivo.

Primeira venda
A primeira transação ocorreu em setembro de 2023, quando ele vendeu um apartamento na Tijuca, zona norte do Rio, por R$ 700 mil. Carlos foi o proprietário do imóvel por 20 anos. Ele adquiriu o imóvel em 3 de junho de 2003 por um total de R$ 150 mil que ele informou, em cartório, ter quitado em dinheiro vivo.. Naquela ocasião, o imóvel valia cerca de R$ 213 mil. A venda do imóvel representou uma negociação abaixo do valor de avaliação fiscal. A prefeitura do Rio avaliou o apartamento em um total de R$ 800,5 mil para fins de cobrança de impostos.

Segunda venda
Em fevereiro de 2024, Carlos negociou outro imóvel, dessa vez em Copacabana, na zona sul do Rio, por R$ 550 mil. Ele tinha comprado esse apartamento em 2009, por um valor declarado em cartório, de R$ 70 mil.

O imóvel foi comprado por um valor muito abaixo do mercado e em condições suspeitas já que o vereador foi a um cofre pouco antes de formalizar a negociação (Veja abaixo). O apartamento, um apart-hotel, tinha sido avaliado pela prefeitura do Rio, para fins de cobrança de impostos, em R$ 236 mil, à época.

Carlos também declarou anteriormente a aquisição de um terceiro apartamento que fica localizado na rua Leandro Martins, no centro do Rio. Na escritura, lavrada em 1 de outubro de 2012, ele informou que comprou o imóvel por R$ 180 mil. Ao checar o cartório de registro de imóveis, no entanto, a venda ainda não foi registrada formalmente.

Imóveis são alvo de investigação do MP
Os dois imóveis vendidos por Carlos Bolsonaro estão sob investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro devido a negociações suspeitas com uso de dinheiro em espécie.

O apartamento da Tijuca teve o uso de R$ 150 mil em dinheiro vivo. Já o caso do apartamento de Copacabana envolve o cofre dos irmãos Bolsonaro revelado pela coluna em julho. Carlos manteve um cofre junto com Flávio entre 2004 e 2016 e ambos costumavam acessar o cofre antes de aquisições de imóveis do clã.

Em 2009, na compra do imóvel de Copacabana, Carlos informou na escritura do imóvel que efetuou o pagamento por meio de transferência bancária. No entanto, ao analisar as contas bancárias do vereador, o MP não identificou nenhuma transferência bancária. No extrato bancário de Carlos, consta um débito no valor de R$ 60 mil, cujo lançamento foi identificado como “pagtos diversos autorizados”. Para atingir saldo suficiente para a transação, Carlos já havia recebido um depósito de R$ 10 mil, em espécie, dias antes.

No dia 20 de março, data em que o pagamento do imóvel foi feito, consta um novo crédito, dessa vez de R$ 31.687,05, identificado como “resgate poupança” — o relatório não indica de qual conta teriam vindo esses recursos, nem se ela pertencia ao vereador.

Após analisar as transações, os investigadores pediram mais informações ao Banco do Brasil e foram informados de que Carlos tinha feito um depósito em dinheiro vivo, na boca do caixa, para uma conta que consta em nome do vendedor, segundo o ICL.

O documento relata que “a título de informação, este depósito de R$ 60 mil, cuja origem se deu no saldo da conta Banco do Brasil, foi efetuado na boca do caixa às 14h40min”, duas horas e quarenta minutos depois que Carlos esteve no cofre. Não foi encontrado nenhum outro pagamento da conta de Carlos ao vendedor para totalizar os R$ 70 mil declarados em escritura de compra e venda e também na declaração de imposto de renda do vereador.

Ao mesmo tempo, os investigadores apontam que o depósito em espécie para o vendedor, no total de R$ 60 mil, foi feito em uma agência do BB que fica a 500 metros de onde Carlos mantinha o cofre — ambos os endereços são vizinhos à Câmara dos Vereadores do Rio.

A perícia do MP destaca a ida ao cofre poucas horas antes da transação: “Ademais, com base nas informações constantes no Contrato de Locação de Cofre, Carlos Bolsonaro no mesmo dia 20/03/2009 esteve na agência 0001-9 Rio (rua Lélio Gama, 105 – Centro) e acessou o seu cofre nº 225 entre os horários de 11h48min a 12h”, completa o documento. Carlos já havia mexido no cofre dois dias antes, em 18 de março.

Declaração incorreta pode configurar falsidade ideológica eleitoral
A declaração de bens e patrimônio é requisito obrigatório para o registro de candidaturas. Quando foi incluída na lei das eleições, duas preocupações principais sustentavam sua obrigatoriedade: facilitar o acompanhamento da evolução dos bens dos candidatos eleitos; e permitir que eleitores tenham conhecimento desses bens e não sejam manipulados por discursos e aparências. Porém, na prática, a aplicação dessa norma não possibilitou efetivamente a fiscalização e/ou punição de candidatos.

Volgane Carvalho professor da PUC Minas e especialista em direito eleitoral avalia que a jurisprudência consolidada impõe limites para a atuação da própria Justiça Eleitoral. Ele classificou o cenário como “frustrante”: “Hoje a pessoa faz uma declaração, que é preenchida lá no site do TSE, e coloca o que quiser. Sem grandes evidências públicas, só o Imposto de Renda, que é sigiloso, poderia confrontar essa declaração. A Justiça Eleitoral não pode pedir essa quebra de sigilo, então fica limitada, de mãos atadas”.

O candidato que declarar valor diferente do que de fato tem, pode ser enquadrado no crime de falsidade ideológica eleitoral — previsto no art. 350, do Código Eleitoral. Volgane Carvalho defende uma mudança na interpretação da lei e na jurisprudência: “A interpretação tem que mudar. Uma coisa é você dizer, declarar que tem um documento que comprova. Outra é apresentar algo que não seja só o Imposto de Renda”, afirmou o especialista, completando:

“Recentemente, a Justiça Eleitoral lidou com um caso de um candidato que alterou sua declaração entre o primeiro e segundo turno, diminuindo consideravelmente o valor que possuía em bens e patrimônio, com o intuito de se apresentar como o candidato mais pobre e humilde. Fez para manipular o eleitorado. A Justiça precisa ter mecanismos para monitorar isso e aplicar a lei”, concluiu.

Hezbollah bombardeia Israel e intensifica conflito; grupo promete novos ataques

Ataques com drones feriram civis em Nahariya; tensão no Oriente Médio aumenta com promessa de vingança pela morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr.

O norte de Israel foi alvo de uma série de ataques com drones e foguetes lançados pelo grupo armado libanês Hezbollah nesta terça-feira (6). Os ataques resultaram em ferimentos a civis na cidade costeira de Nahariya e intensificaram os temores de um conflito ainda maior na região.

O Hezbollah declarou que lançou drones de ataque contra duas instalações militares próximas a Acre, no norte de Israel, além de ter alvejado um veículo militar israelense em outra localidade. Em resposta, os militares israelenses confirmaram a interceptação de um dos drones e relataram que vários civis ficaram feridos nas proximidades de Nahariya. Imagens mostraram um impacto próximo a um ponto de ônibus em uma estrada principal fora da cidade, destaca a CNN.

A situação acirra os temores de uma guerra total no Oriente Médio, especialmente após a promessa de vingança do Hezbollah pela morte do comandante Fuad Shukr, assassinado por Israel na semana passada.

A manhã desta terça-feira também foi marcada pela morte de quatro pessoas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, cerca de 30 quilômetros ao norte da fronteira com Israel. Fontes médicas e de segurança confirmaram que os mortos eram combatentes do Hezbollah, embora o grupo ainda não tenha publicado comunicados oficiais.

A recente morte de Shukr, comandante militar de alto escalão do Hezbollah, em um ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, acirrou ainda mais as tensões. O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu uma resposta “estudada” e deve se pronunciar no memorial de uma semana pela morte de Shukr.

Se não tivesse petróleo na Venezuela, Estados Unidos estariam preocupados com as eleições e democracia lá?

É só olhar ao redor e ver a quantidade de produtos sintéticos, derivados do petróleo para, de estalão, entender o que está por trás do interesse de quem mais promoveu ditaduras, patrocinou golpes, jogou bomba atômica em milhares de civis e patrocina o genocídio de Israel em Gaza.

É nítido o controle dos EUA sobre a mídia nativa, é só observar que não se vê uma linha crítica àquele conceito civilizatório que os EUA vendem como fábula, mas escondem como de fato são.

Certamente, jamais os EUA, seguidos pela mídia lambe-botas do tio San, não dariam a menor confiança ou gastaria um minuto de atenção para a política venezuelana, se o país não estivesse em cima do maior barril de petróleo do planeta.

Ou seja, essa gente insiste em acreditar que todo o mundo é tolo.

ONU pede que países ‘ajam com urgência’ para evitar que Israel amplie guerra no Oriente Médio

Irã disse que vai retaliar assassinato cometido em seu território; países pedem que cidadãos deixem o Líbano.

O alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk, pediu nesta segunda-feira (5) por maiores esforços diplomáticos para evitar uma guerra aberta entre Israel e outros países do Oriente Médio. As declarações ocorrem em meio a ataques israelenses no Líbano e o aumento da retórica belicista iraniana.

“Profundamente preocupado”, disse Türk, que pediu “a todas as partes, assim como os Estados com influência, que ajam com urgência” para evitar o alastramento do conflito.

Na semana passada, os assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã e do líder militar do Hezbollah, Fuad Shukr, no Líbano aumentaram as tensões na região. Israel não assumiu o ataque contra Haniyeh, mas havia declarado a intenção de destruir o grupo por causa dos ataques de 7 de outubro.

As mortes fizeram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarar que Israel tinha ultrapassado as “linhas vermelhas”, enquanto o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ameaçou com “punição severa”.

“O Irã tem legalmente o direito de punir” Israel, insistiu o porta-voz da diplomacia iraniana, Naser Kanani, nesta segunda-feira em Teerã.

No domingo, ministros das Relações Exteriores do G7 disseram temer “uma regionalização da crise, começando pelo Líbano”, onde Israel responderia em caso de ataque do Hezbollah, e pediram para evitar “uma nova escalada”.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, teria dito a seus homólogos do G7 que Irã e o Hezbollah podem lançar um ataque contra Israel dentro de 24 ou 48 horas, ou seja, a partir desta segunda-feira, segundo a imprensa estadunindese.

Blinken também conversou por telefone com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al Sudani, sobre a “importância das medidas” para acalmar a situação, diante da possibilidade de ataques de grupos armados iraquianos favoráveis ao Irã.

O principal aliado de Israel, os Estados Unidos, que reforçou sua presença militar no Oriente Médio, garantiu que “ao mesmo tempo tenta acalmar a situação diplomaticamente”. Mas em um ato celebrado em Jerusalém na noite de domingo, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu que seu governo está “decidido a opor-se” ao Irã e seus aliados “em todas as frentes”.

O Ministério da Saúde libanês anunciou nesta segunda-feira (5) a morte de duas pessoas em um ataque israelense no sul do Líbano, poucas horas depois de um bombardeio do grupo Hezbollah contra o norte de Israel.

O Hezbollah abriu uma “frente de apoio” ao Hamas no sul do Líbano, após 7 de outubro, com uma troca de tiros diária com o Exército de Israel. A violência na fronteira matou pelo menos 549 pessoas no Líbano desde outubro, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 116 civis, segundo um balanço da agência AFP.

Em Israel e nas Colinas de Golá ocupadas, 22 soldados e 25 civis morreram desde outubro, segundo as autoridades.

*Com AFP, Al Jazeera e Haaretz/BdF

Macron liga para Lula para elogiar posição do país sobre Venezuela

Presidente francês também agradeceu a presença de Janja nas Olímpiadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta segunda-feira (5), telefonema do presidente francês Emmanuel Macron.

De acordo com o Palácio do Planalto, Lula foi elogiado pela posição de Brasil, Colômbia e México que emitiram nota conjunta acerca do resultado das eleições na Venezuela. Macron também citou a posição do país de estímulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana.

Lula, que está em visita ao Chile, reiterou compromisso com “a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”.

Olímpiadas
Emmanuel Macron também agradeceu a presença da primeira-dama Janja da Silva na abertura das Olímpiadas de Paris.

Lula, por sua vez, enalteceu o carinho de Macron e de sua esposa na recepção à delegação brasileira.

O que se espera da visita de Lula ao Chile, em meio à crise da Venezuela

O encontro, para fechar diversos acordos bilaterais, traz como pano de fundo a posição conflitante de ambos os países sobre o vizinho latino-americano.

A visita oficial do presidente Lula ao Chile já estava marcada antes da crise política da Venezuela que abalou a América Latina. Não foi cancelado, mas o encontro, previsto para fechar diversos acordos bilaterais, traz como pano de fundo a posição conflitante de ambos os países sobre o vizinho latino-americano.

Quando o resultado das eleições na Venezuela foi divulgado há uma semana dando vitória a Nicolás Maduro para a reeleição no país, em anúncio que ainda gera preocupações e inseguranças, o presidente do Chile foi o primeiro a marcar posição que chamou a atenção: a de questionar diretamente a validade eleitoral e levantar a hipótese de fraude.

Naquele dia, as instituições eleitorais venezuelanas não tinham trazido provas de que o resultado era confiável, mas tampouco apresentaram provas do contrário. Por isso, a postura de Gabriel Boric foi duramente criticada na região, interpretada como uma oposição política direta à Venezuela. E as falas de Boric fugiram das expectativas regionais, uma vez que o presidente é apontado como liderança de esquerda na região.

Enquanto isso, transcorreu a postura do presidente Lula, de não defender e tampouco questionar, somente elogiar o processo eleitoral e esperar os registros eleitorais para parabenizar formalmente Maduro.

Essas reações opostas chegaram a balançar as relações entre os países, com Maduro opondo-se veemenetemente ao Chile. E somente uma semana após o início do grave conflito político da Venezuela, Lula desembarca em Santiago para consolidar relações internacionais diretamente com Boric.

*GGN

Rebeca Andrade é Ouro!

Brasileira bateu a adversária Simone Biles no solo e conquistou sua quarta medalha nos Jogos de Paris.

É do Brasil! Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro na final do solo na ginástica artística, nesta segunda-feira (5/8), após bater a nota de 14.166. Simone Biles, a grande adversária, ficou com a segunda posição, com 14.133, após pisar duas vezes fora do tablado. Jordan Chiles, dos Estados Unidos, completou o pódio.

Depois de ficarem fora do pódio na decisão da trave, Rebeca Andrade e Simone Biles disputaram a final do solo na ginástica artística nesta segunda-feira (5/8), nas Olimpíadas de Paris 2024. Esse foi o último dia da ginástica artística nos jogos.

A brasileira foi a segunda atleta a se apresentar. Com uma sequência sólida, Rebeca fez bons saltos, cravando suas aterrisagens e terminando sua participação de forma consistente. Os jurados deram nota 14.166 para a ginasta brasileira.

Primeira-ministra de Bangladesh renuncia e foge do país após protestos com 300 mortos, dizem Forças Armadas

Milhares de manifestantes invadiram a residência oficial do governo, que vem sendo alvo de uma onda de manifestações estudantis contra uma política de cotas para veteranos de guerra para empregos públicos. Premiê estava no poder havia 15 anos.

Primeira-ministra de Bangladesh renuncia e foge do país após protestos com 300 mortos, dizem Forças Armadas

Milhares de manifestantes invadiram a residência oficial do governo, que vem sendo alvo de uma onda de manifestações estudantis contra uma política de cotas para veteranos de guerra para empregos públicos. Premiê estava no poder havia 15 anos.

Homens passam correndo por um shopping que foi incendiado durante uma manifestação contra a primeira-ministra Sheikh Hasina e seu governo, em Dhaka, Bangladesh, domingo, 4 de agosto de 2024. —

Homens passam correndo por um shopping que foi incendiado durante uma manifestação contra a primeira-ministra Sheikh Hasina e seu governo, em Dhaka, Bangladesh, domingo, 4 de agosto de 2024. — Foto: AP/Rajib Dhar
Homens passam correndo por um shopping que foi incendiado durante uma manifestação contra a primeira-ministra Sheikh Hasina e seu governo, em Dhaka, Bangladesh, domingo, 4 de agosto de 2024. — Foto: AP/Rajib Dhar

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou nesta segunda-feira (5), segundo anunciou o comando das Forças Armadas, em meio a uma onda de protestos contra o governo que já deixou 300 mortos.

Após renunciar, Hasina, que estava no poder havia 15 anos e uma das mulheres mais poderosas da Ásia, deixou o país, ainda segundo os militares. As Forças Armadas anunciaram também a formação de um governo interino comandado pelos militares.

Um dos países mais populosos do mundo, Bangladesh, no sudeste asiático, vem sendo palco de protestos estudantis nas últimas semanas que já deixaram 300 mortos. Os manifestantes protestam contra o sistema de cotas do governo que reserva um terço dos empregos públicos para parentes de veteranos da guerra contra o Paquistão, em 1971, quando Bangladesh se tornou independente e virou um país.

Também nesta segunda, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da premiê, na capital Daca (veja vídeo abaixo). Pela manhã, a internet chegou a ser bloqueada no país inteiro, após um fim de semana com manifestações massivas e violentas.

Segundo o canal local CNN News 18, Hasina fugiu para a cidade de Agartala, no nordeste da Índia. Ainda de acordo com o canal, ela já chegou ao local, e o governo indiano deve oferecer proteção à agora ex-premiê.

Em pronunciamento, o chefe das Forças Armadas, Waker-uz-Zaman, disse que o governo interino funcionará até que uma solução para o país seja encontrada.

A política de cotas havia sido abolida em 2018, mas foi restabelecida em junho deste ano. Em janeiro, manifestantes já haviam feito uma onda de protestos contra a premiê Sheikh Hasina após ela se reeleger em um pleito do qual a oposição se retirou alegando fraude.

Os protestos, liderados por grupos de estudantes do país, começaram em julho de forma pacífica, mas se tornaram violentos após embates com a polícia e com grupos pró-governo. Analistas do país também apontam influência das difíceis condições econômicas, incluindo inflação alta, aumento do desemprego e esgotamento das reservas estrangeiras.

O que os EUA querem da Venezuela é roubar seu petróleo com base em mentiras, assim como fez com o Iraque

Os EUA, que acusam Maduro de fraude na eleição da Venezuela, é o mesmo que invadiu o Iraque, alegando que Sadan Russein tinha arma química, o que se mostrou uma acusação mentirosa. O motivo é o mesmo, roubar o petróleo da Venezuela como fizeram com o Iraque.

Nisso tudo, o que mais impressiona é a amnésia da mídia brasileira para aquela armação, montada por Bush e, agora, decalcada por Biden.

O nome da operação deveria ser, operação papel carbono e, lógico, a mídia brasileira seguirá fazendo cara de paisagem para essa aberração plagiada de uma das maiores mentiras criadas pelos EUA para justificar o roubo do petróleo do Iraque.

Isso mostra que o repertório americano para saquear, esmagar e colonizar outros países que não têm força militar para enfrentá-lo, mas tem reserva bilionária de petróleo, segue a mesma cartilha, pior, falando em defesa da “democracia”.