Ano: 2024

A Jovem Pan, assim como o PL, tem que ser cassada

Cada qual por seu crime de apoio ao genocídio por Covid e pela tentativa de golpe.

A concessão PÚBLICA da Jovem Pan precisa ser cassada. Os donos da rádio e os mercenários, pagos pelo governo Bolsonaro para propagar mentiras e apoio ao golpe.

Milhares de brasileiros foram mortos por Covid, muitos pela manipulação criminosa da Jovem Pan, a mando do patrocínio da Secom de Bolsonaro. Todos os que espalharam mentiras sobre a vacina, cloroquina e máscaras, precisam ser presos, além do incentivo à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023.

O PL tem que ter o registro cassado e muitos membros do partido presos. O partido de Valdemar e Bolsonaro foi o principal braço político da tentativa de virada de mesa com um golpe de Estado. Os políticos que participaram da trama golpista, cassados e presos

PF aponta participação de ‘milícias digitais’ no suposto plano golpista de Bolsonaro

Rede para disseminar fake news teria agido com intuito de desacreditar o processo eleitoral e fomentar possível golpe.

A investigação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado indica o uso de uma rede de disseminação de notícias falsas com a finalidade de desacreditar o processo eleitoral e fomentar o caminho para a ruptura. Chamado pela Polícia Federal de “milícia digital”, o núcleo também utilizava o mecanismo para incentivar bolsonaristas a permanecerem na frente de quartéis e estimular ataques contra militares da cúpula que resistiam a aderir aos planos golpistas. Relatórios com fake news sobre urnas eletrônicas e hackers foram outros instrumentos da trama.

Em 4 de novembro de 2022, quando Bolsonaro já havia sido derrotado pelo presidente Lula, uma live realizada por um consultor argentino viralizou entre apoiadores do então chefe do Executivo. Na transmissão, foi apresentado um estudo falso alegando disparidades entre a distribuição de votos em urnas eletrônicas mais novas e o modelo antigo. A tese era que os equipamentos fabricados antes de 2020 “geraram uma anomalia a favor do candidato de número 13”, em referência a Lula.

Na sequência, o material da live foi disponibilizado na nuvem por Tércio Arnaud, então assessor da Presidência, e encaminhado ao tenente-coronel Mauro Cid, à época ajudante de ordens de Bolsonaro. A PF afirma que a intenção do grupo era “propagar a disseminação de conteúdo falso”. Na pasta digital, ainda foi encontrada uma versão editada da live, para facilitar a distribuição.

“O núcleo teria atuado, prioritariamente, na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e de ‘estudos’ quanto à falta de lisura das eleições presidenciais de 2022, bem como sobre supostos registros de votos após o horário oficial, inconsistências no código-fonte, com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado”, escreveu a Procuradoria-Geral da República (PGR) em manifestação.

Em nota, a defesa de Cid afirmou que ele não fazia parte de nenhum grupo e que só vai se manifestar com mais detalhes depois de ter acesso aos autos. Procurada, a defesa de Bolsonaro não se manifestou. Em pronunciamentos anteriores, os advogados afirmaram que o ex-presidente jamais atuou contra o estado democrático de direito. Já a defesa de Tércio disse que não teve acesso completo aos autos e que o momento é de “falar das questões jurídicas e deixar de usar a política como cortina de fumaça”.

Conexão com outras investigações
A investigação inicial das milícias digitais, que se conecta com a apuração sobre a tentativa de golpe, foi instaurada em julho de 2021 pelo ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar a produção e a disseminação de conteúdos que atacam as instituições democráticas nas redes sociais e provocam desdobramentos, como os atos de 8 de janeiro. Foi por meio deste inquérito, inclusive, que foi firmado o acordo de delação premiada de Cid, homologado pelo STF. Foi também no âmbito deste inquérito que surgiram três frentes de investigação que atingem Bolsonaro: a venda de presentes oficiais no exterior, como joias e relógios dados pela Arábia Saudita; a falsificação de registros de vacinação contra a Covid-19; e a as trocas de mensagens de teor golpista. No último dia 22 de janeiro, Moraes prorrogou o inquérito pela nona vez, pelo prazo de 90 dias, a pedido da PF.

A atuação das milícias digitais no processo eleitoral de 2022, para favorecer Bolsonaro, também é investigada no inquérito. A PF já realizou, inclusive, mandados de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que enviaram mensagens de teor golpista em grupo de WhatsApp, em agosto de 2022. Em decisões dentro do processo, Moraes já disse que o inquérito das milícias digitais investiga “uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o estado democrático de direito”.

Ataques a militares
Outra frente de ataques ao sistema eleitoral identificada pela PF foi levada adiante pelo economista e blogueiro Paulo Figueiredo Filho. Segundo a investigação, ele atuava para insuflar os militares a aderirem ao plano golpista “vazando” informações da caserna — uma das ocasiões teria sido a divulgação de nomes de integrantes da cúpula do Exército que estariam resistentes à ofensiva. Na manhã do dia 28 de novembro de 2022, Cid recebeu de um interlocutor um aviso para que assistisse ao programa do qual Figueiredo participava — Cid respondeu dizendo que já sabia o que iria acontecer. Mais tarde, Figueiredo publicou uma mensagem nas redes sociais dizendo que daria “nome aos bois” e falaria do “verdadeiro clima entre os militares”.

No programa, generais como o atual comandante do Exército, Tomás Paiva, que recusaram a ofensiva golpista, foram alvos de ataques. Procurado, Figueiredo afirmou que sempre se posicionou “fortemente contra golpes de Estado, intervenções militares ou atos inconstitucionais”. O texto diz ainda que as informações apresentadas por ele “foram confirmadas pela investigação, provando-se absolutamente verídicas. Não propaguei, portanto, ‘desinformação’, mas sim fatos inconvenientes para alguns”.

Segundo a PF, o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, que concorreu a vice na chapa de Bolsonaro, também atuou diretamente na tentativa de golpe e se valeu do método da milícia digital para promover ataques para “desacreditar os militares que, defendendo a Constituição e a legalidade, estavam resistindo às investidas golpistas”. Braga Netto não se manifestou.

O material apreendido pela PF revela mensagens em que o ex-ministro orienta integrantes do grupo a difundirem ataques via redes sociais para constranger militares da cúpula a cederem aos esforços golpistas. Um dos alvos escolhidos foi então comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Baptista Júnior, tratado entre eles como “traidor da pátria”. O então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, foi chamado de “cagão”. A iniciativa atingiu também Paiva, que, para Braga Netto, nunca “valeu nada” e era vinculado ao PT.

A PF afirma que até mesmo informações oriundas de hackers foram usadas pelo núcleo na tentativa de tumultuar o processo eleitoral. Em uma mensagem apreendida, Cid afirma que está recebendo “cara de TI, hacker”. A tentativa foi frustrada: na sequência, o próprio ex-ajudante de ordens diz que não houve nenhuma descoberta “capaz de abrir uma investigação”. Em outra troca de mensagens, Cid recebe áudios encaminhados afirmando que votos teriam sido computador a favor de Lula, especialmente no Nordeste, após o fim do horário de votação, o que é comprovadamente falso. Supostas inconsistências no código fonte das urnas — jamais provadas — também estiveram na mira do grupo.

Bolsonaro, o tiro e a culatra

A atmosfera que ronda a convocação de Bolsonaro para produzir um confronto direto com o STF, começa a dar aquele ponto de azedo, talhado.

Assim, de ontem para hoje, há um clima no ar de que Bolsonaro encontrou um jeito de ir mais rápido para a Papuda.

A ideia da manifestação e o patrocínio são de Malafaia, o que piora ainda mais a adesão de aliados importantes para Bolsonaro.

As notícias que chegam são as de que, confirmados mesmo de ir ao ato, são poucos.

As ex-ministras, Damares e Tereza Cristina, já avisaram que não irão, entre outras figuras do universo bolsonarista. Mas há também uma fileira de governadores, como Caiado, Zema, Cláudio Castro, entre outros, não responderam se irão.

Na mídia corporativa, a convocação está sendo extremamente criticada e, com isso, apoiadores de Bolsonaro, da Jovem Pan, por exemplo, não escondem que estão morrendo de medo de, no dia 25 de fevereiro, a coisa virar um grande fiasco, como, muitos preveem.

Seja como for, uma opinião é praticamente unânime, Bolsonaro encurtou o tempo para ser preso.

Na verdade, o papo que rola é que ele está na porta da Papuda, com essa ideia de jogar os bolsonaristas mais fanáticos contra o STF, mas sobretudo, Alexandre de Moraes.

Cid complica dois empresários em delação sobre golpe

Em delação homologada pela Polícia Federal, Mauro Cid citou papel de empresários em plano para evitar a posse de Lula.

Em delação homologada pela Polícia Federal, Mauro Cid apontou a participação de empresários em um plano não concretizado para evitar a posse de Lula após o segundo turno.

A delação do tenente-coronel também complica o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), que, segundo Cid, seria um dos parlamentares que teriam se posicionado a favor de um golpe de Estado, segundo Paulo Cappelli, Metrópoles..

Em 11 de janeiro de 2023, após a posse de Lula, Luciano Hang fez uma postagem desejando sorte ao presidente eleito e repudiando as depredações nas sedes dos Três Poderes.

O teor da delação referente a Pazuello e aos empresários foi publicado pela revista Veja e confirmado pela coluna.

Em janeiro, o dono da Havan foi condenado a pagar mais de R$ 85 milhões por coagir os empregados a votarem em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. A ação civil foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Os palestinos de Gaza não têm para onde ir

Após ter deslocado palestinos para o sul de Gaza, Israel agora ataca Rafah, após ter destruído toda a Faixa, deixando os palestinos sem ter para onde fugir.

No dia 9 de fevereiro de 2024, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que seu exército invadiria Rafah, a última cidade remanescente em Gaza não ocupada pelos israelenses. A maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza fugiram para a sua fronteira sul com o Egito depois de serem informados pelos israelenses, no dia 13 de outubro de 2023, que o norte deveria ser abandonado e que o sul seria uma “zona segura”. Quando os palestinos do norte, especialmente da cidade de Gaza, começaram a marcha para o sul – muitas vezes a pé – foram atacados pelas forças israelenses, que não lhes deram passagem segura. Os israelenses disseram que tudo o que estivesse ao sul de Wadi Gaza, que divide a estreita Faixa de Gaza, seria seguro, mas quando os palestinos se deslocaram para Deir-al-Balah, Khan Younis e Rafah, depararam-se com jatos israelenses os seguindo e com as tropas israelenses os perseguindo. Agora, Netanyahu disse que suas forças entrarão em Rafah para combater o Hamas. Em 11 de fevereiro, Netanyahu disse à NBC News que os israelenses forneceriam “passagem segura para a população civil” e que não haveria “catástrofe”.

Catástrofe

O uso da palavra “catástrofe” é significativo. Essa é a tradução aceita em português da palavra “nakba”, utilizada desde 1948 para descrever a remoção forçada, naquele ano, de metade da população palestina de suas casas. O uso do termo por Netanyahu se dá depois de altos funcionários do governo israelense já terem falado de uma “Nakba de Gaza” ou de uma “Segunda Nakba”. A utilização dessas frases fez parte do requerimento da África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ) em 29 de dezembro de 2023, alegando que fazem parte das “expressões de intenção genocida contra o povo palestino por parte de autoridades do Estado israelense”. Um mês depois, a CIJ disse que havia evidências “plausíveis” de genocídio sendo conduzido em Gaza, destacando as palavras das autoridades israelenses. Uma das autoridades, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant, disse: “Eu suspendi todas as restrições [para a ação militar]” (o que foi citado tanto na queixa sul-africana quanto na ordem da CIJ).

Netanyahu disse que não haveria “catástrofe” depois que mais de 28 mil palestinos foram mortos e depois que dois milhões dos 2,3 milhões de palestinos em Gaza foram deslocados, o que é intrigante. Desde a ordem da CIJ, o exército israelense matou quase 2 mil palestinos. O exército israelense já começou a atacar Rafah, uma cidade com uma densidade populacional de 22 mil pessoas por quilômetro quadrado. Em resposta ao anúncio israelense de que entrariam na cidade de Rafah, o Conselho Norueguês para Refugiados (NRC) – um dos poucos grupos que operam na parte sul de Gaza – declarou que essa invasão “poderia levar a resposta humanitária a um colapso”. O NRC avaliou nove dos abrigos existentes em Rafah, que abrigam 27,4 mil civis, e descobriu que os residentes não têm água potável. Como os abrigos estão extenuados, operando com 150% da capacidade, centenas de palestinos estão vivendo nas ruas. Em cada uma das áreas estudadas pelo NRC, os refugiados palestinos foram acometidos por hepatite A, gastroenterite, diarreia, varíola, piolhos e gripe. Devido ao colapso dessa resposta humanitária do NRC e das Nações Unidas – cuja agência UNRWA perdeu seu financiamento e está sob ataque dos israelenses – a situação se deteriorará ainda mais.

Passagem segura

Netanyahu diz que seu governo fornecerá uma “passagem segura” aos palestinos. Essas palavras têm sido ouvidas pelos palestinos desde meados de outubro, quando lhes foi ordenado que continuassem indo para o sul para evitar que fossem mortos pelos bombardeios israelenses. Ninguém acredita em nada do que Netanyahu diz. Saleem, um agente de saúde palestino, me disse que não consegue imaginar nenhum lugar seguro em Gaza. Ele chegou ao bairro de al-Zohour, em Rafah, vindo de Khan Younis, caminhando com a família, desesperado para sair do alcance das armas israelenses. “Para onde vamos agora?”, ele me pergunta. “Não podemos entrar no Egito. A fronteira está fechada. Portanto, não podemos ir para o sul. Não podemos entrar em Israel, porque isso é impossível. Devemos ir para o norte, de volta a Khan Younis e à Cidade de Gaza?”

Saleem se lembra que, quando chegou a al-Zohour, os israelenses atacaram a casa do Dr. Omar Mohammed Harb, matando 22 palestinos (entre eles, cinco crianças). A casa foi destruída. O nome do Dr. Omar Mohammed Harb me marcou porque me lembrei de que há dois anos sua filha Abeer se casaria com Ismail Abdel-Hameed Dweik. Um ataque aéreo israelense ao campo de refugiados de Shouhada havia matado Ismail em agosto de 2022. Abeer foi morta no ataque à casa de seu pai, que era um refúgio para os que fugiam do norte. Saleem mudou-se para essa área de Rafah. Agora ele está inquieto. “Para onde ir?”, ele pergunta.

Domicídio

Em 29 de janeiro de 2024, o relator especial da ONU sobre o direito à moradia adequada, Dr. Balakrishnan Rajagopal, escreveu um forte ensaio no The New York Times intitulado “Domicídio: a destruição em massa de casas deve ser um crime contra a humanidade”. Acompanhando seu artigo, havia um ensaio fotográfico de Yaqeen Baker, cuja casa foi destruída em Jabalia (norte de Gaza) pelo bombardeio israelense. “A destruição de casas em Gaza”, escreveu Baker, “tornou-se comum, assim como o sentimento de que ‘o importante é que você esteja seguro – todo o resto pode ser substituído'”. Essa é uma avaliação compartilhada em Gaza entre aqueles que ainda estão vivos. Mas, como diz o Dr. Rajagopal, a escala da destruição de moradias em Gaza não deve ser considerada um fato natural. Trata-se de uma forma de “domicídio”, um crime contra a humanidade.

O ataque israelense a Gaza, escreve o Dr. Rajagopal, é “muito pior do que o que vimos em Dresden e Roterdã durante a Segunda Guerra Mundial, onde cerca de 25 mil casas foram destruídas em cada cidade”. Em Gaza, segundo ele, mais de 70 mil unidades habitacionais foram totalmente destruídas e 290 mil foram parcialmente danificadas. Nesses três meses sob fogo israelense, ele observa, “um número chocante de 60% a 70% das estruturas em Gaza e até 84% das estruturas no norte de Gaza foram danificadas ou destruídas”. Devido ao domicídio, não há lugar para onde os palestinos de Rafah possam ir caso sigam para o norte. Suas casas foram destruídas. “Essa destruição de Gaza como um lugar”, reflete o Dr. Rajagopal, “apaga o passado, o presente e o futuro de muitos palestinos.” Essa declaração do Dr. Rajagopal é um reconhecimento do genocídio que está ocorrendo em Gaza.

Enquanto falo com Saleem, o som do avanço israelense pode ser ouvido à distância. “Não sei quando poderemos falar em seguida”, diz ele. “Não sei onde estarei.”

(*) Vijay Prashad é um historiador, editor e jornalista indiano. É redator bolsista e correspondente-chefe da Globetrotter. É editor da LeftWord Books e diretor do Tricontinental: Institute for Social Research. Escreveu mais de 20 livros, incluindo The Darker Nations e The Poorer Nations. Seus livros mais recentes são Struggle Makes Us Human: Learning from Movements for Socialism e (com Noam Chomsky) The Withdrawal: Iraq, Libya, Afghanistan, and the Fragility of U.S. Power.

*Opera Mundi

Parece que Malafaia, que está bancando a baderna do dia 25, quer ser preso junto com Bolsonaro

Sua convocação no youtuber não tem nada de pacífica. Ataca os ministros do STF dando nome e ficha de seis ministros. Lógico, Moraes foi seu alvo principal.

O estrambótico charlatão Malafaia deve ter algo muito sério com Bolsonaro para se expor tanto em defesa do golpista genocida. Seu ataque a Moraes e cinco ministros, é uma tentativa de criar um clima de guerra contra o STF pra tentar chantagear a corte suprema. Isso da cadeia!

PF diz que Bolsonaro aguardaria tentativa de golpe morando nos EUA, para onde transferiu R$ 800 mil

Ex-presidente viajou no fim do mandato para a Flórida e transferiu recursos para se bancar no exterior, segundo investigação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma transferência de R$ 800 mil antes de viajar aos Estados Unidos no final de dezembro de 2022, de onde aguardaria os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado no Brasil, segundo a investigação da Polícia Federal (PF). O passaporte do presidente foi apreendido na Operação Tempus Veritatis, realizada no dia 8 de fevereiro.

As informações constam de um documento da investigação obtido pelo blog na quarta-feira (14).

De acordo com a PF, os investigados “tinham a expectativa de que ainda havia possibilidade de consumação do golpe de Estado” e estavam cientes dos atos ilícitos cometidos.

“Alguns investigados se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos”, aponta o documento.

No caso de Bolsonaro, diz a PF, foi feita uma operação de câmbio no dia 27 de dezembro no valor de R$ 800.000,03 para um banco com sede nos EUA onde o ex-presidente possui conta.

A representação da polícia, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), menciona que nesse montante pode estar o dinheiro do “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”, como no caso da venda de joias dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de Golpe de Estado que estava em andamento”, afirma a PF.

Após a transferência dos R$ 800 mil para os EUA, conforme aponta a quebra de sigilo bancário feita pela PF, Bolsonaro ficou com um saldo negativo em sua poupança no Brasil no valor de R$ 111 mil. Esse valor foi coberto posteriormente por recursos retirados por ele de um fundo de investimentos — o documento da PF não diz quanto o ex-presidente mantinha nesse fundo.

Procurada pelo blog, a defesa de Jair Bolsonaro não respondeu até a última atualização desta reportagem.

Estadão, enfim, cai na real e diz que Bolsonaro sempre foi um marginal

Afundado em sua própria lama, Bolsonaro teve que ler um editorial no Estadão que o coloca abaixo do esgoto, como militar e político e sapeca de forma seca, curta e grossa: Bolsonaro é um golpista de corpo e alma.

O mais importante no editorial do Estadão foi levantar a ficha do marginal: o mal militar que deixou em desonra o exercito em 1988 nunca fez as pazes com a redemocratização do país, e que ele e família sempre se serviram da política sem oferecer nada de volta ao país.

O Estadão fala do enriquecimento da família de Bolsonaro, usando como escudo de suas jogadas corruptas, o marketing da baderna e truculência, que lhe custou a expulsão do exército.

Seguindo nessa pegada de delação de Mauro Cid e revelações da PF sobre a armação da cúpula bolsonarista comandada pelo próprio Bolsonaro, a tal manifestação do dia 25 será abortada ou Bolsonaro não irá porque estará na cadeia. A ver.

O mais importante é o Estadão mostrar que Bolsonaro é um produto conjugado e que sua história sempre foi picotada, quando, na verdade, o político acusado de corrupção, genocida, ao lado de seus filhos, que nunca produziu nada de bom, não passa da continuação de um terrorista

Bolsonaro ameaçou as próprias Forças Armadas, de explodir bombas, dentro e fora dos quartéis, por se sentir contrariado. Lógico, um sujeito como esse tem que estar fora do convívio com a sociedade  e tem quer imediatamente preso, porque montou uma rede dentro do corpo do Estado que ainda lhe permite utilizar manobras espúrias e criminosas para tentar burlar a justiça.

Lewandowski afasta direção e intervém em penitenciária de Mossoró

A gestão da Penitenciária Federal em Mossoró passará para o comando de um policial penal federal.

Na noite desta quarta-feira (14/2), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Um interventor, um policial penal federal que não teve o nome divulgado, assumirá o comando da unidade. Ele embarcou para o local, na tarde desta quarta, junto com o Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia.

A medida ocorre após a fuga dos presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos. Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, trata-se da 1ª fuga da história das prisões federais.

Mais cedo, a pasta havia anunciado a revisão dos equipamentos e protocolos de segurança das cinco penitenciárias federais. O ministro ainda acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações, diz o Metrópoles.

Os presos foram transferidos para a unidade, em setembro de 2023, após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco detentos mortos. A dupla é ligada ao Comando Vermelho.

A Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e fica localizada em uma área rural no Rio Grande do Norte. Atualmente, 68 presos estão no local.

Viradouro, a escola campeã do Rio de 2024

Viradouro: escola campeã falou da força da mulher negra e levou serpente gigante para a Sapucaí.

O enredo aborda épicas batalhas da costa ocidental africana, que influenciaram as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé.

Confira a letra do samba:
Eis o poder que rasteja na terra
Luz pra vencer essa guerra, a força do vodun
Rastro que abençoa Agojiê
Reza pra renascer, toque de Adarrum
Lealdade em brasa rubra, fogo em forma de mulher
Um levante à liberdade, divindade em Daomé
Já sangrou um oceano pro seu rito incorporar
Num Brasil mais africano, outra areia, mesmo mar

Ergue a casa de Bogum, atabaque na Bahia
Ya é Gu rainha, herdeira do candomblé
Centenário fundamento da costa da Mina
Semente de uma legião de fé

Vive em mim
A lealdade das irmãs de cor
E a força que herdei de Hundé e da luta Minó
Vai serpenteando feito rio ao mar
Arco-íris que no céu vai clarear
Ayi! Que seu veneno seja meu poder
Bessen que corta o Ayin-agbè
Sagrado Gume-kujo
Vodunsis o respeitam, clamam Kolofée
Os tambores revelam seu afé

Ê Alafiou, ê Alafiá, é o ninho da serpente
Jamais tente afrontar
(preparado pra lutar)

Arroboboi meu pai, Arroboboi Dangbê
Destila seu axé na alma e no couro
Derrama nesse chão a sua proteção
Pra vitória da Viradouro