Ano: 2024

Rússia, Irã e China reagem a ataques de EUA e Reino Unido contra Houthis no Iêmen

Bombardeios anglo-americanos tiveram como alvo locais militares em cidades controladas pelo grupo, que tem atacado navios no Mar Vermelho em solidariedade a Gaza.

Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram bombardeios aéreos durante a madrugada desta sexta-feira (12/01) contra os Houthis no Iêmen, que há semanas aumentam os ataques ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho alegando “solidariedade” com os palestinos em Gaza.

A operação anglo-americana provocou reações de Moscou, Pequim e Teerã, aliada dos houthis.

O porta-voz da diplomacia russa denunciou uma “escalada” que tem “objetivos destrutivos”. “Os ataques dos Estados Unidos no Iêmen são um novo exemplo da distorção, por parte dos anglo-saxões, das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e de um total desrespeito pelo direito internacional, em uma escalada na região para alcançar os seus objetivos destrutivos”, escreveu Maria Zakharova no Telegram.

Já a China disse estar “preocupada” com o aumento das tensões no Mar Vermelho. “Pedimos às partes envolvidas que mantenham a calma e moderação, a fim de evitar uma expansão do conflito”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning.

Leia também – Quem são os houthis, grupo que bloqueia os navios israelenses no Mar Vermelho?

China pede segurança
Desde o início da guerra de Israel contra o grupo Hamas, em 7 de outubro, os Houthis aumentaram os ataques com mísseis e drones contra o tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho, “uma passagem importante para a logística internacional e o comércio de energia”, sublinhou Mao Ning.

“Esperamos que todas as partes relevantes possam desempenhar um papel construtivo e responsável na proteção da segurança regional e da estabilidade do Mar Vermelho, em sintonia com os interesses da comunidade internacional”, continuou a porta-voz.

Pequim pediu a “todas as partes” para “manterem a segurança das vias navegáveis internacionais e evitarem assediar navios civis, o que é prejudicial para a economia e o comércio globais”, ressaltou a diplomacia chinesa.

O Irã, por sua vez, condenou os ataques aéreos norte-americanos e britânicos que são uma “ação arbitrária” e uma “violação flagrante da soberania” do Iêmen.

Como foram os ataques ocidentais
Os ataques anglo-americanos tiveram como alvo locais militares em várias cidades controladas pelos Houthis, indicou o canal de televisão deste grupo – membro do “eixo de resistência”, um agrupamento de movimentos armados contrários a Israel e estabelecido pelo Irã, que também inclui o Hamas palestino e o Hezbollah libanês.

A capital iemenita, Sanaa, e as cidades de Hodeida – onde correspondentes da AFP disseram ter ouvido várias explosões –, Taiz e Saada foram os alvos.

O presidente norte-americano Joe Biden disse que a operação foi realizada “com sucesso” em “resposta direta aos ataques sem precedentes dos Houthis a navios internacionais”. Ele evocou uma ação “defensiva” para proteger a comunidade internacional e alertou que “não hesitaria” em “ordenar novas medidas”, se necessário.

“Estes ataques direcionados são uma mensagem clara de que os Estados Unidos e os nossos parceiros não tolerarão ataques às nossas tropas e não permitirão que atores hostis ponham em risco a liberdade de navegação nas rotas comerciais mais importantes do mundo”, acrescentou o presidente norte-americano.

“Apesar dos repetidos avisos da comunidade internacional, os Houthis continuaram a realizar ataques no Mar Vermelho (…) Por isso, tomamos medidas limitadas, necessárias e proporcionais em autodefesa”, declarou o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak.

A diplomacia francesa alegou que os rebeldes “são responsáveis pela escalada regional”. Em um comunicado, Paris “exigiu que os Houthis acabem imediatamente” com os ataques e lembrou que “os Estados têm direito de reagir”.

Os bombardeios anglo-americanos foram realizados com aviões de combate e mísseis Tomahawk, informou a imprensa dos Estados Unidos. Washington indicou que a operação contou com o apoio da Austrália, Canadá, Holanda e Bahrein.

Londres disse ter mobilizado quatro aviões de combate Typhoon FGR4 para atacar, com bombas guiadas a laser, os locais de Bani e Abbs, de onde os Houthis “lançam” drones.

Impacto no transporte marítimo internacional
Os ataques houthis estão forçando muitos armadores a contornar a zona, o que aumenta os custos e os tempos de transporte entre a Europa e a Ásia. Os Estados Unidos já tinham mobilizado navios de guerra e criado uma coligação internacional em dezembro para proteger o tráfego marítimo nesta área, por onde passa 12% do comércio mundial.

Na terça-feira (09/01), 18 drones e três mísseis foram abatidos por três destróieres norte-americanos, um navio britânico e por caças enviados pelo porta-aviões americano Dwight D. Eisenhower. O Conselho de Segurança da ONU exigiu um fim “imediato” dos ataques do grupo armado iemenita, mas mesmo assim, na quinta-feira (11/01), os Houthis lançaram outro míssil contra um navio no Mar Vermelho.

Combatentes do Houthis controlam grande parte do Iêmen e afirmam ter como alvo navios comerciais que suspeitam estarem ligados a Israel, alegando agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, palco de uma guerra devastadora entre Israel e o Hamas.

“O nosso país enfrenta um ataque massivo de navios, submarinos e aviões americanos e britânicos”, respondeu o vice-ministro das Relações Exteriores houthi, Hussein Al-Ezzi, citado pelos meios de comunicação do movimento. “Os Estados Unidos e o Reino Unido devem se preparar para pagar um preço elevado e suportar as pesadas consequências desta agressão”, ameaçou.

*Opera Mundi

Fedelhos morais, sionistas nativos dão faniquito contra Lula

Em que tempo essa gente imagina que vive? Torcer o nariz contra Lula, pelo Brasil ter se alinhado à África do Sul contra o genocídio em Gaza, imposto pelo exército terrorista de Israel, imaginando que o sionismo é um poder supremo, é só mais uma bugiganga editorialista, produzida por sionistas paratatás ou quem se casou com eles.

Aonde estava essa gente quando Lula arrancou ,na frente de todos os líderes mundiais, em busca da paz entre Israel e Palestina?

Pois bem, essa grita, como se Lula fosse um criadinho do sionismo, a serviço do genocídio israelense contra mais de 23 mil palestinos, sendo a maioria crianças.

Vejam bem, há uma legião, um número incontável de vídeos rodando pelo planeta, via web, a Palestina sendo massacrada pelos jovens monstros de Israel, inspirados no sionismo.

Quem tem um mínimo de decência, tem posição frontalmente contrária a Israel, que trata palestinos, incluindo bebês recém-nascidos, como quitutes a serem devotados.

O poder animal do exército terrorista de Israel, fica caladinho, felizmente, diante das multidões em vários países, formadas por cidadãos em busca de soluções desesperadas contra a carnificina promovida pelos sionistas de Israel.

Mas, como se vê, no ataque a Lula, o sionismo, via Globo e afins, acha-se senhor de si, professor de Deus e não admitirá nunca que a operação imunda de genocídio contra palestinos na qual Israel especializou-se, quebrou os dentes, perdeu o prumo a partir da própria vidraça que eles próprios jogaram na imagem de Israel.

Falar em antissemitismo num país de maioria negra, com um pouco mais de cinco séculos, nos quais quatro deles, o Brasil teve a mais feroz e longa escravidão de negros, é um insulto que nos deixa com os olhos vidrados de perplexidade com o racismo arrogante dos sionistas, porque falamos da população negra, vítima, em mais de 80% de violência letal, enquanto se sabe que a maioria dos sionistas, no Brasil, reza pela cartilha racista de Bolsonaro.

Então, é bom os sionistas entenderem que o tremelique contra Lula só nos faz bocejar pelos vários antecedentes comprobatórios que, como citado pela África do Sul, há 76 anos, Israel, com a ajuda luxuosa do EUA, impõe aos palestinos, já que Israel não passa de um puxadinho ianque, que sonha em reinar sozinho no Oriente Médio.

 

Direto do Equador: Capital Quito vive clima de tensão após explosões

Enviada especial da CNN relata ataque a Unidade de Polícia Comunitária; comerciante contou sobre medo e danos.

Moradores do bairro de Los Condes, no sul de Quito, capital do Equador, vivem clima de tensão após uma explosão em uma Unidade de Polícia Comunitária na noite de quarta-feira (10).

O caso aconteceu após um homem em uma moto acender um dispositivo explosivo diante do local. Uma parede foi reduzida a escombros, e os vidros das janelas ficaram estilhaçados.

Com medo de futuros ataques, uma comerciante das proximidades da unidade pediu que a CNN não fizesse imagens nem dela nem de sua loja. Seu comércio teve duas janelas quebradas pela explosão.

Ela contou à reportagem que mora a cerca de três quarteirões do local do ataque e que escutou uma forte explosão por volta das 21h30, no horário local.

Segundo a comerciante, ela viu uma luz forte, o chão de sua casa tremeu e os alarmes dos carros começaram a tocar. Mas, assustada, ela só foi conferir os destroços que atingiram sua loja no dia seguinte.

Também na quarta, uma explosão foi registrada em uma passarela para pedestres da capital. A polícia local divulgou imagens da área e afirmou que houve danos materiais.

Na manhã desta quinta-feira (11), um explosivo foi deixado perto de uma ponte em Quito, a cerca de seis quilômetros da unidade de polícia atacada. Após averiguação, a polícia metropolitana detonou o artefato de forma controlada.

Além disso, na terça-feira (9), um carro explodiu no estacionamento de um posto de gasolina. Perguntados pela CNN pelo episódio, trabalhadores se negaram a comentar como foi o ocorrido.

Cidades brasileiras se unem a articulação global e realizarão atos pró-Palestina no próximo sábado

Organizações internacionais marcaram o dia 13 de janeiro como uma data de mobilização internacional contra o genocídio.

Representantes de movimentos, entidades e partidos políticos brasileiros se uniram a organizações internacionais e realizarão atos em solidariedade ao povo palestino no próximo sábado (13). Na mesma data, organizações vão realizar protestos em ruas de cidades por todo o mundo.

O movimento global reforça as denúncias da comunidade internacional sobre a política de extermínio que vem sendo praticada por Israel no território palestino, especialmente em Gaza. Mais de 23 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva em resposta a ataques do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023. A maioria das vítimas é de mulheres e crianças.

Em Brasília, a manifestação do próximo sábado acontece pela manhã: às 9h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes se organizam para realizar ações de conscientização sobre a política genocida israelense, com a distribuição de panfletos e outras atividades.

“Não nos omitiremos, não nos calaremos diante do terror e do crime imposto por Israel, que em três meses já matou mais de 15 mil crianças palestinas”, disse Pedro Batista, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino no Distrito Federal, em entrevista ao Brasil de Fato DF.

Belo Horizonte (MG)

O ato em Belo Horizonte começa às 9h30, na Praça Sete, na região central da cidade. Está sendo organizado um abaixo-assinado para exigir do governo brasileiro o rompimento de relações diplomáticas e comerciais com o governo israelense.

Brasília (DF)

Em Brasília, a manifestação do próximo sábado acontece pela manhã: às 9h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes se organizam para realizar ações de conscientização sobre a política genocida israelense, com a distribuição de panfletos e outras atividades.

“Não nos omitiremos, não nos calaremos diante do terror e do crime imposto por Israel, que em três meses já matou mais de 15 mil crianças palestinas”, disse Pedro Batista, do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino no Distrito Federal, em entrevista ao Brasil de Fato DF.

Goiânia (GO)

Haverá mobilização também em Goiânia. O ato, organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino de Goiás, tem concentração marcada para 9h na Praça Attilio Corrêa Lima, a popular Praça do Bandeirante, no setor central.

Maceió (AL)

A capital alagoana é mais uma cidade que contará com ato em solidariedade ao povo palestino. Com concentração marcada para 10h, a manifestação em Maceió acontecerá no Calçadão do Comércio, ao lado do antigo Produban, no centro da cidade.

Natal (RN)

O Comitê Potiguar de Solidariedade à Palestina se uniu à articulação internacional e realizará um ato em Natal pelo cessar-fogo imediato em Gaza. A mobilização começa às 16h, junto ao shopping center Midway Mall, no bairro Tirol.

Recife (PE)

Em Recife (PE), o dia 13 de janeiro também será de demonstração de solidariedade ao povo palestino. A partir das 9h, representantes de movimentos populares, entidades e organizações estarão no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, para participação na mobilização internacional.

São Paulo (SP)Um dos atos já confirmados no Brasil é o da capital paulista. Os manifestantes vão se concentrar a partir das 14h30, junto ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e, depois, partirão em caminhada até a Praça Roosevelt, na região central da cidade.

*BdF

Decretos de Noboa são ‘solução autoritária clássica da direita’, diz pesquisadora equatoriana

Segundo Pilar Troya, política neoliberal e medidas ‘de curto prazo’ adotadas pelo governo do Equador fortalecem Forças Armadas e podem gerar ainda mais violência de facções que se sentirem ameaçadas.

Cenas chocantes protagonizadas por facções criminosas em diversas cidades do Equador têm redobrado a atenção do governo de Daniel Noboa. Imagens de criminosos invadindo os estúdios da tradicional emissora TC Televisión, sequestros de inocentes a mão armada e ataques a universidade foram intensamente divulgadas e reproduzidas em escala mundial.

Diante da onda de violência deflagrada na última terça-feira (09/01), o chefe de Estado assinou um decreto ainda mais rigoroso do que havia anunciado no dia anterior: o estado de “conflito armado interno”, seguido do estado de exceção. O novo documento qualifica os grupos criminosos como “terroristas” e autoriza a operação das Forças Armadas em território nacional.

No entanto, as medidas que têm sido instituídas pelo presidente equatoriano com o intuito de “neutralizar” e controlar a situação, por outro lado, têm sido interpretadas como uma ameaça ainda maior para as facções criminosas.

“Uma solução autoritária clássica da direita”, avaliou Pilar Troya Fernández, pesquisadora do escritório inter-regional do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, em entrevista a Opera Mundi.

Segundo a acadêmica equatoriana, um dos principais fatores que podem ter contribuído para a violência instalada no país são justamente as medidas neoliberais apresentadas por uma gestão conservadora, que tende a lidar com com os problemas de criminalidade “não pensando no conjunto da situação”, mas implementando políticas de curto prazo, como o decreto de caráter “autoritário” que dá aval para os “militares assassinarem os presos”.

“Agora não é [um decreto] emergencial. É uma guerra interna que diz que todas as facções criminosas são terroristas e que autoriza a matar com menos restrições” explica Troya, acrescentando que o cenário é uma clara contraofensiva dos criminosos contra as políticas de violência implementadas pelo governo.

Nos vídeos que circularam em redes sociais, é possível ouvir integrantes expressando suas insatisfações e enviando recados diretos a Noboa. Alguns dizem que “enquanto você [presidente] mantém essa situação, a gente continuará atacando porque queremos viver.”

A questão é de longa data. De acordo com a pesquisadora, os centros penitenciários de Equador carecem de investimentos estatais em vários setores, como de segurança e policiamento, fora que os funcionários são muito mal pagos. Por conta disso, “o Estado perdeu o controle” sobre o órgão prisional, cedendo espaço para que ele seja controlado pelos próprios criminosos.

Na avaliação da acadêmica, os dois meses em que vão vigorar o decreto de Noboa “não resultarão em nada”, uma vez que tais medidas de caráter emergencial já foram adotadas em governos anteriores, como de Lenín Moreno e Guilherme Lasso, mas obtiveram resultados com efeitos opostos.

“Os massacres e a criminalidade continuaram. A gente acha que eles não têm um plano bem feito sobre como lidar com um problema tão grande”, disse Troya. “Enquanto não pensarem a longo prazo, em todas as facetas do problema, não apenas na violência se desvinculando das demais pautas políticas, econômicas, de emprego, de segurança, não vai dar certo”.

Aumento de facções criminosas
A especialista menciona fatores que contribuem no aumento de facções criminosas no país. Um deles é o avanço do narcotráfico em nível internacional, uma vez que Equador “tem uma boa localização geográfica para exportar droga” e “a economia é dolarizada”, o que facilita a lavagem de dinheiro.

A questão monetária foi, inclusive, abordada pelo próprio presidente nesta quarta-feira (10/01), ao canal Todo Notícias. Durante a entrevista, Noboa afirmou que a dolarização “é um elemento que ajuda no narcoterrorismo”.

Além disso, as condições pós-pandêmicas que instalaram uma grave crise econômica no país também foram fatores agravantes.

“A falta de emprego cria um bom caldo de cultivo para o narcotráfico e, pela mesma pandemia, as rotas internacionais mudam. Então tem mais droga circulando pelo Equador. O consumo também aumentou, como em vários outros países da América do Sul”, explicou Troya, acrescentando críticas à conduta da “direita clássica” que, apesar do cenário, se apoia à ideia de Estado mínimo e segue confiando na prevalência da iniciativa privada como solução para problemas que têm raízes mais profundas.

“O narcotráfico também tem corrompido a polícia, as forças armadas, o sistema judiciário e a empresa privada, porque é ali que o dinheiro é lavado. Nesse sentido precisaria um esforço sério para atacar todas as frentes do narcotráfico, mas não temos nada disso”, conclui a pesquisadora.

*Opera Mundi

Inflação cai a 4,62% e fica abaixo do teto da meta pela 1ª vez desde 2020

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2023 em 4,62%, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

O número é menor que os 5,79% registrados no ano anterior, e ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado ligado ao Ministério da Fazenda, para este ano era de uma inflação de 3,25%, mas com uma margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75%.

Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.

Tanto o número do ano quanto o do mês vieram acima do esperado pelo mercado, de 0,48% e 4,56%, respectivamente, segundo pesquisa da Reuters.

Iraque exige que EUA retirem tropas ‘desestabilizadoras’ que operam no país desde 2014

Iraque ainda não definiu uma data para a negociação da retirada das forças militares lideradas pelos EUA do seu território.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

Al-Sudani disse à Reuters que é importante reorganizar a relação entre Bagdá e a coalizão internacional para garantir que não seja usada como alvo por qualquer parte interna ou externa para minar a estabilidade do Iraque e da região.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

*Opera Mundi

 

Equador pede “respaldo político” a países sul-americanos no enfrentamento à crise de segurança

O governo equatoriano pediu aos países sul-americanos apenas “respaldo político” para o enfrentamento da crise de segurança.

Fontes da diplomacia brasileira relataram que é preciso ter cautela porque a ameaça, neste momento, é “estritamente interna” e tem que ser resolvida pelo próprio governo do país em crise.

Por isso, apesar da preocupação com o reestabelecimento da ordem pública no Equador, o envio das Forças Armadas não está sendo discutida neste momento.

Apoio da PF
Mais cedo, a Polícia Federal informou à CNN que colocou agentes à disposição do país vizinho para auxiliar no combate às ações de grupos criminosos e que mantém um policial do Equador no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) para manter ligação direta entre os dois países.

O presidente Daniel Noboa disse em entrevista à Rádio Canela que o Equador se encontra num “conflito armado não internacional” e que luta pela paz e contra “grupos terroristas” compostos por mais de 20 mil pessoas. Noboa disse que os terroristas são alvos militares.

“Não vamos ceder, não vamos deixar a sociedade morrer lentamente, hoje vamos combatê-los, vamos dar soluções e em breve vamos dar paz às famílias equatorianas […] Este governo está tomando as medidas necessárias que nos últimos anos ninguém queria tomar”, disse o presidente.

Lula se reúne com Mauro Vieira para debater situação do Equador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

A crise no Equador foi desencadeada pela fuga do criminoso José Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da facção criminosa “Los Choneros”, nesta semana. Desde então, o país tem enfrentado uma onda de violência, com relatos de ao menos oito mortos e dois feridos até a noite da última terça-feira.

O Palácio do Planalto também teme que a escalada da violência atinja brasileiros que vivem no Equador e há indícios de que ao menos um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil. O caso está sendo acompanhado pelo Itamaraty.

 

Delegado preso ironizou morte de Marielle: “Comemoração será onde?”

Delegado, que está preso desde 2021, foi condenado por obstrução de Justiça. Decisão determina perda da função pública de investigador.

“O enterro da vereadora será no Caju, mas a comemoração, alguém sabe onde será?” Essa foi uma das frases escritas pelo delegado Maurício Demétrio após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A declaração é citada na decisão do juiz Bruno Rulière, responsável pelo processo contra o policial civil na 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital, no Rio de Janeiro, que condenou o investigador por obstrução de Justiça, com a perda da função pública, segundo o Metrópoles.

A conversa foi extraída de um dos 12 celulares apreendidos em junho de 2021, no apartamento do delegado, quando ele foi preso. Demétrio teria ironizado a morte da vereadora Marielle Franco, um dia após o assassinato brutal da parlamentar.

“Manifestações inaceitáveis” do delegado
De acordo com o magistrado, os celulares apresentaram “manifestações inaceitáveis”. Outra frase relatada na decisão de Rulière, considerada inapropriada, é a referência dele à delegada Adriana Belém, chamada de “macaca”. “Refere-se de forma racista a uma delegada, chamando-a de ‘macaca escrota’ e ‘crioula’”, diz o juiz.

Nas duas situações, que se passam em 2018, o interlocutor de Demétrio é o delegado Allan Turnowski — que, na época, ocupava um cargo de diretoria na Cedae. Na conversa sobre Marielle, Turnowski responde com três emojis de espanto.