Ano: 2024

Por que Bolsonaro, depois de cometer tantos crimes, ainda não foi preso?

Falando em bom Bolsonês, Bolsonaro, até aqui, recebeu zero punição por uma interminável fileira de crimes de toda ordem.

Pode-se afirmar, sem medo de errar, que, pela quantidade, variedade e letalidade de seus crimes, Bolsonaro é o maior delinquente da história do Brasil.

Um sujeito que exalta um criminoso como Brilhante Ustra, dentro do parlamento, em solenidade oficial, é tão ou mais monstro do que ele.

A primeira coisa que deve ser lembrada, é que a vítima primeira da delinquência psicopata de Bolsonaro, foram as Forças Armadas, mais precisamente, o Exército, do qual foi sumariamente expulso por terrorismo com bombas nos quartéis e um plano de explodir a barragem do Guandu e carregando em sua ficha crime a maior desonra que um soldado pode receber do comando das Forças Armadas.

Ou seja, jamais Bolsonaro poderia ter se candidatado a qualquer cargo eletivo, mas foi eleito inúmeras vezes e se manteve nos parlamentos durante 28 anos defendendo ditadores, torturadores, pedófilos e outros excrementos da ditadura militar.

O fato é que, na maior fraude eleitoral da história em que o então juiz Sergio Moro combina com Bolsonaro a condenação e prisão de Lula para ser presidente e Moro ministro ou jamais seria presidente, pois perderia para Lula já no primeiro turno em 2018, como apontavam as pesquisas.

Como presidente, comandou, de dentro do Palácio do Planalto, o dia do fogo, o que assombrou o mundo. Distribuiu e fomentou toda a forma de racismo contra negros e índios sem ser incomodado pela justiça, esta nunca incomodou Bolsonaro.

A quantidade de imóveis que ele adquiriu num meteoro enriquecimento, totalmente incompatível com sua renda, dá a medida de sua atuação como parlamentar do baixo clero.

Bolsonaro fez discurso violento ao dizer “bandido bom é bandido morto”

Salta aos olhos a quantidade de mansões cinematográficas que Bolsonaro adquiriu, sem falar do que não veio a público, que conseguiu esconder.

Soma a isso um governo corrupto de cabo a rabo, nenhum ministério se salvou, mas o ato todos sabem, foi o do Meio Ambiente com Ricardo Salles; o da Educação, Milton Ribeiro; o Ministério da Saúde com general Pazuello.

Para piorar, não comprou a vacina contra a covid-19a tempo de evitar a pandemia que, segundo a CPI do genocídio, o clã receberia por fora US$ 1,00 dos milhões de vacinas que deveriam ser compradas e ainda estimulou a contaminação, propagando a mentira da imunidade de rebanho, junto com a Ivermectina e a Cloroquina.

Sua campanha para a reeleição foi toda criminosa, com caixa 2, orçamento secreto e outras práticas criminosas, como a de usar, no Nordeste, a PRF para impedir eleitores de Lula de votar, sem falar nos crimes de convocar embaixadores para uma reunião para afirmar que, no Brasil, as eleições eram fraudadas.

Logo em seguida, veio à tona o roubo das joias, que dispensa comentários.

Ainda inclui-se aí o 8 de janeiro e o atentado a bomba em um caminhão, em Brasília, com a intenção de explodir o aeroporto.

Agora, os incêndios Brasil afora que, todos sabem, tem a mão de Bolsonaro.

Depois desses incêndios, fica a pergunta, o que vem agora,  Bolsonaro segue livre, leve e solto? Isso acontece, apesar da queda de sua força política.

Marina diz que Brasil é alvo de ‘terrorismo climático’ e compara incêndios com 8/1

Ministra diz que ação coordenada para ampliar queimadas é ‘aliança do crime com a emergência climática’.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que os incêndios intencionais registrados em meio a uma seca histórica representam casos de “terrorismo climático”. As declarações foram dadas neste sábado (14) durante agenda no interior de São Paulo.

Marina também comparou a ação orquestrada para provocar queimadas com a tentativa de golpe de Estado realizada pela extrema direita em 8 de janeiro de 2023. Para ela, os responsáveis pelos incêndios atuam deliberadamente “para criar o caos no Brasil”.

“Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático usando a temperatura alta e a baixa umidade e ateando o fogo do nosso país, prejudicando a saúde das pessoas, a biodiversidade, destruindo as florestas”, disse Marina.

A ministra também destacou o impacto das queimadas na saúde pública, na biodiversidade e na economia do país.

“Há uma intenção na ação dessas pessoas. Não é possível que diante de uma das maiores secas da história no nosso continente e no nosso país, que as pessoas continuem colocando fogo. Isso causa um grande mal à saúde pública, ao meio ambiente, aos nossos sistemas produtivos e só agravam o problema da mudança do clima”, afirmou.

Incêndios são ‘aliança do crime com a emergência climática’
Marina citou as 50 investigações abertas pela Polícia Federal sobre queimadas criminosas e destacou a necessidade de que os órgãos de inteligência também atuem para descobrir como tem sido feita a articulação desse tipo de ação criminosa.

Segundo a ministra, há “uma aliança do crime com a emergência climática” agindo no país nesse momento.

“É no trabalho de inteligência que a gente vai descobrir qual é a motivação. Eu estou comparando praticamente o que está acontecendo com esses incêndios criminosos mesmo em um período de alto risco, com proibição em todos os estados, com o que aconteceu no dia 8. São pessoas atuando deliberadamente para criar o caos no Brasil. Parece que é uma aliança do crime com a emergência climática”.

Míssil dos Holthis do Iêmen atinge centro de Israel

Área é normalmente livre de ataques de projéteis inimigos.

Os Houthis, do Iêmen, dispararam um míssil contra o centro de Israel na manhã deste domingo (15), algo raro no território do país desde o início da guerra em Gaza.

O projétil atravessou o território israelense e caiu em uma área aberta no centro de Israel, sem relatos de feridos, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). Os sons de explosão ouvidos na área originaram-se de interceptações militares israelenses, também de acordo com as FDI, acrescentando que ainda está verificando “os resultados da interceptação”.

Vídeos e imagens compartilhados pela Autoridade de Bombeiros e Resgate de Israel no Telegram mostram grandes nuvens de fumaça e vidros quebrados dentro de uma estação de trem em Modi’in, cidade entre Tel Aviv e Jerusalém.

O porta-voz militar dos Houthis confirmou o ataque em uma declaração em vídeo neste domingo, alegando que o grupo usou um “novo míssil balístico hipersônico” em um ataque contra o território israelense.

Segundo o porta-voz, Israel não conseguiu interceptar o míssil, que percorreu aproximadamente 2 mil quilômetros em cerca de 11 minutos.

Ele acrescentou que Israel deveria esperar mais ataques, visto que o ataque de 7 de outubro pelo Hamas está quase marcando um ano.

A polícia israelense disse estar trabalhando com o esquadrão anti-bomba da polícia na área de Shfela, onde um fragmento de interceptador caiu. As autoridades estão isolando o local do impacto no momento e procurando por demais restos de interceptadores, declarou a polícia.

Sirenes soaram no centro e norte de Israel, disseram os militares, bem como no aeroporto de Tel Aviv, afirmou o porta-voz do aeroporto à CNN. Vídeos nas redes sociais mostraram passageiros correndo em busca de abrigo.

Ainda na manhã deste domingo, aproximadamente 40 projéteis foram lançados do Líbano contra a região norte de Israel, alguns deles interceptados e outros caindo em áreas abertas, conforme as FDI. Não houve relatos de feridos e as autoridades estão apagando incêndios causados ​​pelos projéteis caídos.

PF investiga ações coordenadas por trás de incêndios ambientais no Brasil

Diretor de meio ambiente da corporação afirma que imagens de satélite indicam que fogo começou simultaneamente em diferente locais.

O diretor de meio ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire, revelou que há indícios de ações coordenadas por trás de vários incêndios ambientais que têm causado grandes prejuízos em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, que recentemente enfrentou uma densa camada de fumaça. Em entrevista ao Estúdio i, Freire destacou que a PF tem usado imagens de satélites para identificar o momento e o local de origem dos incêndios, o que tem revelado a possibilidade de ações coordenadas.

“Em alguns casos, a gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo, e isso já traz o indício de que podem ter acontecido ações coordenadas. Isso é um indício, é um ponto inicial da investigação, e a gente está explorando, sim, essas possibilidades”, afirmou Freire.

Atualmente, a PF investiga 52 casos de incêndios ambientais suspeitos de serem intencionais, abrangendo estados como Amazonas, Roraima, Pará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

As investigações indicam a presença de ação humana deliberada em todos os casos. Freire explicou que, ao observar que alguns incêndios começaram quase simultaneamente, surgem indícios de coordenação, o que é um ponto inicial para aprofundar as investigações.

Além de investigar a origem dos incêndios, a PF está focada em identificar indivíduos e grupos que financiam essas ações. Freire apontou que, muitas vezes, as penas para crimes ambientais são baixas, e, por isso, a PF busca entender o contexto desses crimes, incluindo o financiamento e a coordenação, para aplicar punições mais severas.

As investigações visam desmantelar redes que apoiam e financiam a prática de crimes ambientais, buscando uma resposta mais eficaz contra os responsáveis por essas ações prejudiciais ao meio ambiente.

Sucessão de Lira: deputados condicionam apoio à autonomia sobre emendas

Deputados também cobram candidatos à presidência da Câmara vazão a medidas que, segundo eles, limitem a ingerência do Judiciário sobre pautas do Legislativo.

Em meio às campanhas dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, lideranças partidárias têm condicionado apoio aos postulantes à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) à capacidade dos parlamentares de costurar uma solução em torno do imbróglio envolvendo as emendas parlamentares, apurou a CNN.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em agosto, pela suspensão do pagamento de emendas diretamente a estados e municípios, as apelidadas “emendas Pix”.

A Corte determinou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional chegassem a um consenso em torno de regras para dar mais transparência até o último dia 9 de setembro.

O governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), pediu mais tempo para que as novas regras sejam apresentadas.

De acordo com deputados ouvidos, essa condicionante é a fundamental — acima de pautas como a PEC da Anistia ou o diálogo com o Palácio do Planalto.

A capacidade de discutir com ministros do governo e do STF e voltar a empoderar o Congresso Nacional na distribuição de recursos para as bases eleitorais dos parlamentares de forma mais dinâmica virou o verdadeiro fiel da balança.

A leitura de aliados do presidente Lula é de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da liberação das emendas fortaleceu a articulação política do governo, principalmente os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; e de Rui Costa, da Casa Civil.

Apesar de a PEC da Anistia ser considerada “apenas mais uma pauta” entre as discussões, deputados também têm cobrado os principais candidatos à presidência da Câmara que deem vazão a medidas que, segundo eles, limitem a ingerência do Judiciário sobre as pautas discutidas pelo Legislativo.

Em condição de anonimato, um deputado admitiu à CNN que esses dois pontos são muito mais caros aos parlamentares, que buscam autonomia, do que qualquer discussão entre base governista e oposição.

O candidato que aglutinar de forma mais bem-sucedida essas duas pautas deverá ser vencedor, apesar das costuras do Palácio do Planalto e de oposicionistas.

Isso se dá porque, na visão desse parlamentar, o voto dos deputados para escolher o próximo presidente da Câmara é secreto.

Os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Antonio Brito (PSD-BA) são os candidatos mais bem-posicionados no momento, segundo líderes de bancadas.

 

Diretor-geral da PF dá detalhes estarrecedores dos ataques a delegados e a Moraes no X

Em encontro com empresários, Andrei Rodrigues contou como a plataforma foi usada para ameaçar autoridades.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, compartilhou com um grupo de empresários, durante uma reunião realizada na quinta-feira (12) em São Paulo, detalhes preocupantes sobre o uso da plataforma X (antigo Twitter) para ameaçar autoridades envolvidas em investigações de grande relevância. O encontro, organizado pelo grupo Esfera Brasil, foi marcado pela defesa enfática de Rodrigues em favor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que recentemente determinou a suspensão do X no Brasil após a rede social não cumprir ordens judiciais.

Segundo Andrei Rodrigues, um dos episódios mais graves aconteceu quando o senador Marcos do Val (Podemos-ES) publicou, na plataforma, fotos da filha de 5 anos e da esposa de um delegado da Polícia Federal, que fazia parte da equipe responsável por investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A postagem trazia a legenda “Procura-se vivo ou morto”, o que gerou uma série de comentários ameaçadores, com usuários sugerindo valores pela morte da criança e de sua mãe. “Imaginem, uma criança de 5 anos. Isso gerou reações do tipo: ‘Morto vale quanto?'”, disse o diretor da PF aos empresários, destacando o impacto emocional e psicológico dessas ameaças. A esposa do delegado, segundo ele, segue em tratamento até hoje devido ao trauma causado pela situação, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

Rodrigues ainda afirmou que a Polícia Federal, diante da gravidade do caso, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que a postagem fosse retirada do ar. O magistrado, em resposta, determinou que a plataforma removesse imediatamente o conteúdo e impôs uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem não fosse cumprida. No entanto, a rede social ignorou tanto a ordem de exclusão quanto o pagamento da multa.

Ao descrever a postura da plataforma, Rodrigues mencionou que o X, além de não remover a postagem, sinalizou que poderia encerrar suas operações no Brasil, de forma a evitar o cumprimento de futuras ordens judiciais. “Eles disseram que iriam tirar o escritório do Brasil para que as autoridades não tivessem com quem falar”, relatou o diretor da PF. Essa sequência de desobediências culminou na decisão de Moraes de suspender o funcionamento da plataforma em todo o território nacional, medida que entrou em vigor no dia 30 de agosto.

Durante a reunião, Rodrigues questionou os empresários presentes: “Coloquem-se na posição do meu colega e de Moraes: o que fariam diante de uma situação dessas?”. Segundo relatos de pessoas presentes, a reação do público foi de indignação e perplexidade com os detalhes compartilhados pelo diretor da PF.

O bloqueio do X no Brasil ocorreu dentro do contexto de uma série de investigações conduzidas pela Polícia Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que são alvo de inquéritos sobre o financiamento de atos antidemocráticos e a disseminação de informações falsas nas redes sociais. Além disso, a suspensão do X foi precedida por outra decisão de Moraes, na qual o ministro determinou a prisão de uma representante da plataforma no Brasil caso as ordens judiciais não fossem cumpridas.

A reunião foi concluída com Andrei Rodrigues reforçando a necessidade de cooperação entre as empresas de tecnologia e as autoridades, sobretudo em um momento em que plataformas digitais têm sido utilizadas para ameaçar e intimidar pessoas envolvidas em investigações criminais.

Incêndios florestais se intensificam e já atingem áreas urbanas de cidades como Rio e Niterói

Morros do Tabajaras e Dona Marta e vegetação da área de acesso a praias no Recreio são focos.

Em meio a um período de temperaturas altas, em pleno inverno, e baixa umidade do ar, os incêndios se intensificam no Rio e, nos últimos dias, estão atingindo áreas urbanas tanto da capital quanto de cidades como Niterói. O estado teve, na última quinta-feira 460 focos, recorde de 2024, o que levou o Corpo de Bombeiros a instaurar um gabinete de crise. Desde o início do ano, foram mais de 16 mil ocorrências de incêndios em matas, um aumento de mais de 90% no território fluminense em relação ao mesmo período de 2023.

Nesta sexta-feira, até 17h30, os Bombeiros haviam sido chamados para combater 64 focos. A vegetação do Morro dos Tabajaras, por exemplo, pegou fogo nas faces voltadas para Copacabana e Botafogo. E chamas eram vistas na mata que dá para Laranjeiras do Morro Dona Marta, atrás da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Mesmo cenário da Pedra da Gávea, no Alto da Boa Vista.

Uma área de vegetação de acesso à Prainha e a Grumari, no Recreio dos Bandeirantes, também foi consumida. Na capital, foi preciso ainda combater o fogo em Vargem Grande, Irajá e Campo Grande, entre outros bairros.

Em Niterói, um incêndio no Morro das Andorinhas, em Itaipu, assusta os moradores da Região Oceânica desde a noite de quarta-feira. Nesta sexta-feira, os Bombeiros voltaram a ser chamados para combater focos em Itaipu. Na Baixada, houve registros em Nova Iguaçu, Caxias, Mesquita e Japeri.

— Mais de 95% desses incêndios florestais possuem causa humana, ou seja, acidental ou proposital. Por isso, é fundamental ficar atento a alguns cuidados que todos devem ter. Primeiro, muito cuidado ao descartar as guimbas de cigarro próximos de estradas e em áreas verdes também. Além disso, evitar realizar fogueiras, seja em acampamento ou até mesmo em locais próximos da sua residência. Jamais realizar queimadas, seja de lixo ou até mesmo para abrir algum outro tipo de cultivo na sua região. Lembrar também que é crime soltar balões e também não soltar os fogos de artifício — afirma o porta-voz do Corpo de Bombeiros RJ, major Fábio Contreiras.

Nem quilombo escapa
O interior do estado também arde em chamas. Parte da mata do Quilombo Santa Justina e Santa Izabel, em Mangaratiba, na Costa Verde, foi atingida. Moradores temem que as chamas cheguem ao bananal que é uma das bases da economia da comunidade.

Fogo atinge mata em quilombo de Mangaratiba; chamas são combatidas por quilombolas — Foto: Reprodução redes sociais
Fogo atinge mata em quilombo de Mangaratiba; chamas são combatidas por quilombolas — Foto: Reprodução redes sociais
É a segunda vez esta semana que as labaredas tomam a região do Quilombo. De acordo Edevaldo Felipe da Conceição, uma das lideranças locais, a primeira queimada havia começado na segunda-feira e só foi controlada no fim da quarta-feira, pelos próprios quilombolas. O município está em situação de emergência.

Fogo atinge mata em quilombo de Mangaratiba; chamas são combatidas por quilombolas — Foto: Reprodução redes sociais

Os focos controlados ficavam numa área de difícil acesso, na subida da Serra do Piloto, onde estão localizadas algumas das principais nascentes de Mangaratiba. Já o incêndio iniciado na manhã desta sexta-feira lambia a vegetação próxima à BR-101 (Rio-Santos), no caminho para Angra dos Reis e Paraty.

— Desta vez, o local do fogo é de mais fácil acesso para os bombeiros — disse Edevaldo.

Unidades de conservação são atingidas
Localizado a quase 60 km de distância do Parque Estadual Serra da Concórdia, o Monumento Natural Estadual da Serra da Beleza, em Valença, é mais um local atingido. O tamanho da área de proteção ambiental afetada ainda não foi mensurada. Mas moradores do distrito afirmam que o local está parecendo um “campo de devastação”.

Incêndio florestal de grande dimensão atinge a Serra da Beleza, em Valença — Foto: Thiago Moreira/Divulgação

Com o apoio de uma aeronave, equipes de guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão atuando para debelar focos em seis unidades de conservação: além da Serra da Concórdia, combatem as chamas na região de Secretário, em Petrópolis; no Parque do Desengano, em São Fidélis; na APA Macaé de Cima, em Nova Friburgo; no Parque estadual Cunhambebe, em Mangaratiba; e na APA Guandu

Na Serra da Concórdia, no município de Valença, guarda-parques identificaram focos de incêndio em locais distintos, realizando o combate direto e indireto às chamas, com o apoio de aeronave e do Corpo de Bombeiros. Também foram registrados focos de incêndio florestal na APA Guandu, no bairro Sá Freire, em Seropédica.

Ontem, 59 dos 92 municípios fluminenses estavam com risco muito alto de incêndio florestal, segundo o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden RJ).

Com o aumento expressivo no número de ocorrência de incêndios florestais agravados pela estiagem, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente convocam a população a denunciar casos de fogo em vegetação para que os responsáveis sejam identificados e punidos.

Silas Malafaia, o Profeta do Fogo

Florestan Fernandes Jr.

Depois da tempestade no sul do país, não veio a bonança. O dito popular não se concretizou e o que vemos hoje é uma seca pior do que a do deserto do Saara. As queimadas estão por todos os lados, são mais de 8 mil focos de incêndio em boa parte do território nacional.

Verdadeiros paraísos ecológicos estão sendo consumidos pelas chamas.

Incêndios, criminosos ou não, avançam sobre o cerrado, o segundo maior bioma do país. Imagens chocantes captadas por satélites revelam o fogo se alastrando por cerca de 500 km de extensão na floresta amazônica. As mudanças climáticas no Brasil estão eliminando biomas e transformando extensas áreas verdes em verdadeiros desertos. Nas últimas quatro décadas, o cerrado perdeu 27% da sua vegetação nativa.

O descaso das autoridades, a ganância do agronegócio e a imbecilidade humana de negacionistas ligados ao fanatismo ideológico de extrema-direita, estão colocando em risco a vida em nosso planeta.

Estamos ultrapassando a passos largos a linha do não retorno.

Quando falo do fanatismo de idiotas, não exagero. Quem se esqueceu do ‘Dia do Fogo’, ocorrido em agosto de 2019, quando fazendeiros, empresários e produtores rurais decidiram organizar uma manifestação criminosa em apoio às políticas de desmonte ambiental do governo Bolsonaro. Investigações da Polícia Federal confirmaram, na época, que esses “empresários” rurais combinaram e realizaram as queimadas em áreas de conservação da floresta amazônica no Pará. Ao todo, foram 1.457 focos de incêndio. Três grupos de extrema-direita foram identificados pela PF.

Alguma dúvida que o mesmo método está sendo utilizado nas queimadas que ocorrem hoje?

Em entrevista ao Boa Noite 247, o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc explicou os diversos tipos de queimada que convergem neste mesmo momento. Existem aquelas produzidas por pessoas que colocam fogo no meio da estiagem e do vento, para queimar lixo ou para preparar a terra. Mas segundo Minc, “tem um fogo que é conspiração, que é golpista, bolsonarista. Isso está aliado à impunidade. Daqueles 23 que foram flagrados pela Polícia Federal no Dia do Fogo em 2019, quantos foram presos ou condenados? Nenhum! Então, isso não é Marina e nem Lula. É o judiciário que deu mole pra quem planejou o crime ambiental.”

Essa impunidade acaba incentivando os crimes continuados.

Na campanha de mobilização de bolsonarista no 7 de Setembro passado, o empresário da fé, Silas Malafaia, “conselheiro espiritual” de Jair Bolsonaro, disse em alto e bom som: “No dia sete o Brasil vai pegar fogo! Dias depois, sua profecia se realizou. O fogo estava queimando em vários estados do país, inclusive no estado de São Paulo, onde não é comum incêndio de grandes proporções em áreas de plantio.

No auge das queimadas, o estado governado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas contabilizou mais de 380 focos de incêndio em dezenas de municípios. Imagens de satélite mostraram que o fogo se iniciou em várias regiões do estado no mesmo dia e praticamente no mesmo horário. Imagens feitas em reportagens de televisão e por internautas mostram homens ateando fogo em canaviais, sem qualquer constrangimento, em plena luz do dia. Tudo dentro de um esquema muito bem orquestrado.

Na última quarta-feira (11/9), o fogo começou a consumir parques florestais dentro de grandes cidades como Campinas, Osasco, Barueri e São Paulo. Muito suspeito isso ocorrer no mesmo dia e em regiões diferentes do estado. Na capital paulista, de agosto até a primeira semana de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 1.523 casos de síndrome respiratória aguda grave, piorado pela poluição, e 76 óbitos decorrentes de problemas respiratórios.

A polícia do governo estadual chegou a prender uma dezena de incendiários, que foram soltos sem nada ser esclarecido. Talvez porque no último dia sete, na avenida Paulista, o próprio governador estava no carro de som ao lado de Bolsonaro e do Profeta do Fogo, Silas Malafaia. Pelo jeito, a extrema-direita não se contenta apenas em destruir a praça dos três Poderes, quer também incendiar o país.

Cabe ao governo federal, com a urgência necessária, promover um planejamento junto com estados e municípios para conter as queimadas.

Importante que se tragam a público as investigações da Polícia Federal sobre os “Demônios do Fogo”, assim que estiverem concluídas. O Secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo, disse nesta quinta-feira (12/09) que os responsáveis pelas queimadas devem indenizar a população e restaurar os biomas afetados.

Em meio a esse inferno, eu, que de profeta não tenho nada, digo amém. Que assim seja.

*247

Apuração arquivada contra Carlos ignorou diligências que levaram a Flávio

MP não analisou transações imobiliárias de Carlos Bolsonaro nem origem do dinheiro para compra de imóveis.

A investigação arquivada contra o vereador Carlos Bolsonaro (PL) não contou com diligências que levaram à denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (PL), posteriormente arquivada após anulação de provas.

O Ministério Público encerrou a apuração contra o vereador sem analisar as transações imobiliárias dele, bem como não questionou sobre como foram quitados boletos do planos de saúde. Essas informações foram cruciais para identificar parte da lavagem de dinheiro atribuída ao senador.

Dados da quebra de sigilo mostraram que as movimentações financeiras de Carlos e Flávio eram diferentes.

O vereador sacou quase 90% do salário, enquanto o senador fez poucas retiradas. A prática dificulta a identificação de possíveis desvios, já que o filho “02” do ex-presidente Jair Bolsonaro possuía lastro para transações em espécie.

O promotor Alexandre Graça, responsável pelo procedimento, afirmou que “as diligências que se fizeram necessárias foram realizadas”. Disse também que “o questionamento feito é fruto do desconhecimento da investigação”.

Carlos declarou, em nota, que recebeu com tranquilidade a informação sobre o arquivamento. Manifestou também indignação com a acusação contra integrantes de seu gabinete.

Graça apresentou nesta quarta-feira (11) denúncia contra sete funcionários de Carlos sob acusação de integrarem um esquema de “rachadinha” liderado por Jorge Fernandes, chefe de gabinete do vereador. A apuração contra o filho do ex-presidente foi arquivada sob a justificativa de que não foi identificada irregularidade na movimentação financeira dele.

Nesta quinta-feira (12), o juiz Thales Braga devolveu a investigação para o Ministério Público, apontando inconsistência na apuração, na denúncia, e no arquivamento das suspeitas contra Carlos.

Transações imobiliárias de Carlos
A investigação, por exemplo, não avançou sobre as transações imobiliárias do vereador. Ele adquiriu dois apartamentos no período sob investigação (2005 a 2021). Relatório da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MP-RJ levantou suspeitas sobre ambas.

A escritura de compra e venda de um apartamento comprado em 2009 em Copacabana diz que os R$ 70 mil pagos pela transação foram quitados por meio de transferência bancária. Os técnicos do MP-RJ, porém, afirmam não ter localizado a operação na quebra de sigilo bancário do vereador. Eles encontraram apenas um pagamento de R$ 60 mil ao antigo proprietário.

O documento ressalta ainda o fato de Carlos ter acessado, no mesmo dia da transação, o cofre que mantinha numa agência do Banco do Brasil no centro do Rio de Janeiro. Ele também recebeu um depósito em espécie de R$ 10 mil na conta dias antes da operação.

Outro indício apontado no relatório é o fato de o valor da compra do apartamento em Copacabana ter sido 70% abaixo da avaliação feita pela prefeitura para a cobrança do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis). O município costuma usar critérios de mercado para definir o cálculo do tributo.

O documento aponta ainda que a compra de um imóvel no centro em 2012 por R$ 180 mil provocou uma evolução patrimonial sem lastro na renda auferida pelo vereador naquele ano.

Flávio e o depósito em dinheiro vivo
Na investigação contra Flávio, o extinto Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) pediu a quebra de sigilo bancário de todas as pessoas que venderam imóveis ao senador no período sob análise.

Foi a partir dessa medida que os promotores identificaram depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo na conta do norte-americano Glenn Dillard no mesmo dia em que ele vendeu dois imóveis para Flávio. O valor oficial da transação foi de R$ 310 mil, correspondente às transferências bancárias realizadas pelo senador.

O Gaecc afirmou na denúncia contra Flávio que o dinheiro vivo que entrou nas contas de Dillard tinha como origem o esquema de “rachadinha” no antigo gabinete do senador na Assembleia Legislativa. A acusação foi arquivada após as provas serem anuladas.

Na investigação contra Carlos, não houve quebra de sigilo contra os antigos proprietários dos imóveis.
Os autos da investigação mostram que Graça também não seguiu recomendação da coordenadoria de inteligência do MP-RJ de solicitar informações às operadoras de saúde Qualicorp e Unimed, com as quais Carlos informou à Receita ter mantido vínculos contratuais.

O relatório técnico afirma ter identificado a quitação de apenas um boleto, embora ele tenha declarado manter vínculos com os planos de saúde entre 2011 e 2020.

Foi por meio de pedidos de informação feitos ao plano de saúde e à escola das filhas de Flávio que o Gaecc conseguiu identificar o uso de dinheiro vivo para quitação dos boletos, segundo o ICL

No caso do senador, a informação tinha força porque ele não fazia saques em valores correspondentes aos gastos. O vereador, por sua vez, tinha lastro para operações em dinheiro vivo por sacar 87% do salário no período investigado, gerando R$ 1,98 milhão em espécie.

‘Patrimônio a descoberto’
Dados sobre os gastos pessoais, contudo, poderiam dar mais clareza ao padrão de gastos do vereador. O relatório da coordenadoria de inteligência do MP-RJ, por exemplo, identificou que Carlos apresentou aumento patrimonial sem origem clara nos rendimentos em 2010 e 2012.

“Ao apresentar ‘patrimônio a descoberto’, o saldo de caixa fica negativo, ou seja, sua renda líquida mensal fica insuficiente para arcar com suas despesas mensais declaradas. Isso sem contar que não se consideram nesta análise as despesas pessoais e de manutenção de seus bens, o que aumentaria ainda mais a insuficiência de caixa”, diz o relatório.

Em 2010, geraram o patrimônio a descoberto a aquisição de um carro e uma doação de R$ 70 mil para Flávio. Em 2012, o principal motivo de descompasso entre renda e aumento patrimonial foi a aquisição de outro imóvel, no centro, por R$ 180 mil.

Bolsonaro é irrelevante nos maiores colégios eleitorais do país

O levantamento foi feito pelo jornal GGN

Se em anos anteriores, o apadrinhamento de Jair Bolsonaro foi decisivo, neste é irrelevante, mostra balanço do GGN com pesquisas eleitorais

O apoio de Jair Bolsonaro nas eleições municipais deste ano não terá o mesmo impacto de pleitos passados e, para alguns casos, será irrelevante. É o que revelam as últimas pesquisas dos comandos das capitais dos 4 maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Recife.

O fenômeno ocorreu logo após Nunes se distanciar do apoio direto de Jair Bolsonaro e se aproximar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao mesmo tempo que Marçal fez um amplo esforço de aproximação com o ex-presidente e o eleitorado bolsonarista.

Também em Minas Gerais, a capital Belo Horizonte – que além de ser a terceira maior potência econômica do país, é do segundo estado no ranking de quantidade de eleitores -, o candidato de Jair Bolsonaro, Bruno Engler (PL), está em terceiro lugar nas pesquisas.

Levantamento da Quaest divulgado nesta quarta (11) mostrou Mauro Tramonte (Republicanos), liderando com 27% das intenções, seguido do atual prefeito Fuad Noman (PSD), com 20% e, depois, Engler com 16%. Ou seja, se as eleições fossem esta semana, o apadrinhado de Bolsonaro não disputaria o segundo turno da capital mineira.

As poucas chances motivaram, inclusive, um comício do PL no início do mês, com a presença da própria família Bolsonaro em peso: o ex-mandatário, a esposa Michele Bolsonaro e o filho, senador Flávio Bolsonaro (PL), além de outros nomes de peso da ultra-direita, como o popular e polêmico deputado Nikolas Ferreira (PL).

*GGN