Sob o risco de ter o passaporte apreendido, deputado federal nega que esteja articulando sanções contra seu país.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em mensagem enviada aos membros de seu canal no Telegram na madrugada desta segunda-feira (10), negou que esteja articulando sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. O extremista, praticamente morando nos EUA desde a posse do presidente Donald Trump, é alvo de uma ação na Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a apreensão de seu passaporte por conspiração contra o governo e o judiciário brasileiro.
Apesar de negar que esteja articulando sanções contra o seu próprio país, o filho de Jair Bolsonaro fez um “passo a passo” de “como os EUA podem ajudar o Brasil” – ou seja, deu sugestões para uma intervenção norte-americana. Entre as medidas sugeridas por Eduardo Bolsonaro, está o reconhecimento apenas de eleições no Brasil “onde seja possível uma auditoria”.
Em outras palavras, o extremista sugere que os EUA não reconheçam a eleição na qual seu pai foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Muitos me perguntam como os EUA podem ajudar o Brasil.
1º) Cortando dinheiro da USAID, NED, Atlantic council e outras instituições que interferem em nossas eleições sob o disfarce de ‘combate a desinformação’;
2º) Não interferindo no livre funcionamento da democracia para favorecer a esquerda;
3º) Reconhecendo como democráticas apenas eleições limpas e transparentes, onde seja possível uma auditoria, tal qual o PSDB pediu em 2014;
4º) Trabalhar para que haja situação e oposição nas democracias da região e não mais seja encorajado a tática venezuelano de Maduro de tornar inelegíveis seus principais opositores (Maria Corina, Capriles etc);
5º) Não permita que as Big Tech americanas censurem ninguém (respeito à 1ª Emenda americana), seja antes, durante ou após as eleições. É o cidadão quem forma sua própria opinião.
Nunca peço privilégios a ninguém e tampouco sanções contra nossa país, apenas respeito a nossa constituição. Isso é pedir muito?”
Em se tratando de um cérebro do tamanho de um caroço de mostarda, então, está tudo resolvido.