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O apoio ao genocídio de Israel em Gaza mostra como a mídia industrial e a extrema direita são irmãs siamesas

A extrema direita global e brasileira tem se posicionado como escudeira inabalável de Israel, independentemente das evidências de crimes de guerra cometidos pelos exército assassino de Israel.

No Brasil, a mídia industrial, conglomerados como Globo, Folha e Estadão, atua sem qualquer pudor como cúmplice ao adotar uma cobertura enviesada que humaniza vítimas israelenses enquanto desumaniza palestinos.

Em 2023-2025, veículos brasileiros trataram o ataque do Hamas em 7 de outubro como “do nada”, sem contextualizar o bloqueio de Gaza ou a ocupação, e rotulam ações israelenses como “retaliações” legítimas, enquanto resistência palestina é narrada como “terrorismo”.

Jornalistas da BBC (global, mas ecoada no Brasil) denunciaram em julho de 2025 censura interna e viés pró-Israel, com mais de 300 funcionários criticando a omissão de crimes de guerra e o bloqueio de documentários sobre ataques a médicos em Gaza.

No Brasil, a SOCICOM e a Rede Nacional de Combate à Desinformação emitiram nota em 2025 condenando a cobertura restritiva e desinformativa de veículos como GloboNews, que priorizam narrativas de Israel (como investigações preliminares sobre ataques a hospitais, ignorando contraprovas) e silenciam sobre flotilhas humanitárias interceptadas, como a que libertou 13 brasileiros em outubro.

Essa seletividade não é acidental.
Enquanto isso, posts em redes sociais destacam a hipocrisia.
A grande mídia amplifica mortes de ativistas de direita nos EUA, mas ignora 340 palestinos mortos em filas de comida em Gaza em junho de 2025.

Essa seletividade não é acidental.

O que há são interesses comerciais, como parcerias com Israel. A extrema direita fornece o veneno ideológico (supremacia, ódio ao outro), e a mídia industrial, os holofotes e microfones, beneficiando-se de audiências polarizadas e seus laços econômicos com Israel.

O resultado?

Uma opinião pública manipulada que ignora o controle total de 75% de Gaza por Israel em 2025, com fome declarada pela ONU e emigração forçada.

Quebrar essa simbiose exige mais do que denúncias.

É urgente a regulação midiática, apoio a jornalismo independente e mobilização contra a desinformação.

Gaza não é só um conflito distante, é um espelho da nossa polarização interna.

Se a extrema direita e a mídia continuarem despudoradamente siamesas, o preço será pago por todos nós, em direitos e humanidade.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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