O destaque é para as tensões internas na direita brasileira às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O texto analisa o impasse entre o Centrão (bloco de partidos de centro-direita como PP, União Brasil e Republicanos) e o bolsonarismo raiz, em um momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recupera popularidade, conforme pesquisas como a Quaest de início de outubro.
O PL da Dosimetria é uma proposta articulada pelo Centrão para reduzir penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É uma versão “light” da anistia total defendida pela extrema-direita, que preservaria a inelegibilidade de Bolsonaro, mas aliviaria prisões longas.
O Centrão vê isso como um “gesto de pacificação” para unir a direita, mas o texto ainda não foi votado rapidamente, o que gera frustração. Deputados como Claudio Cajado (PP-BA), enfatizam que a aprovação depende de Bolsonaro para evitar uma direita “desorganizada” em 2026.
Críticos, como o governo Lula, tratam a iniciativa como “invenção da direita” para enfraquecer condenações do STF (Supremo Tribunal Federal).
A divisão na direita
Bolsonarismo raiz vs. Centrão: Há um acirramento entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que insiste em candidaturas familiares (ele próprio à Presidência ou Michelle/Flávio como vice), e líderes do Centrão, que descartam acordos com “filho 03” de Bolsonaro. Isso opõe o clã Bolsonaro a figuras como Ciro Nogueira (PP) e Gilberto Kassab (PSD).
Nomes em disputa
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP Go), governador de SP, favorito do Centrão para unificar a direita contra Lula. No entanto, sinaliza recuo, priorizando reeleição e aguardando “consenso” de Bolsonaro.
Ratinho Júnior (PSD-PR), governador do Paraná, alternativa viável para o Planalto, com apoio de Kassab.
Michelle Bolsonaro ou Flávio Bolsonaro (PL-RJ) são tolerados como vice, mas não como cabeça de chapa.
A divisão é agravada por eventos recentes, como tarifas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros (em julho de 2025), que expuseram rachas – Eduardo Bolsonaro foi acusado de articulação pró-Trump.
Pressão do Centrão ao Planalto
Líderes como Arthur Lira (PP-AL), Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Michel Temer (MDB) cobram uma “virada de página”: aprovação rápida da dosimetria em troca de um nome unificado para 2026.
Sem isso, preveem desvantagem contra Lula, que lidera cenários eleitorais.
O Planalto, por sua vez, reage com exonerações de aliados do Centrão (como após a derrubada da MP alternativa ao IOF, que custará R$ 17 bilhões em arrecadação até 2026). Isso sinaliza fim da “redução de danos” e uma postura mais dura, com Lula capitalizando o “bom momento” político.
Essa dinâmica reflete uma reconfiguração na política brasileira: a direita, dominante por uma década, agora está “na defensiva”, dilacerada entre extremismo e moderação, enquanto a esquerda retoma bandeiras como nacionalismo e anticorrupção.
O Centrão, pragmático, busca redesenhar o tabuleiro para evitar uma derrota em 2026.
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