O Brasil se transformou em um “foda-se” institucional

O Estado brasileiro, entregue ao mercado, transformou-se num monstro truculento de onipotência e selvageria. Não há mais regra pra nada, um país em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chora

de emoção por ter tirado dinheiro da velhinha para entregar nas mãos de um banqueiro; os generais de pijama comandando as próprias Forças Armadas que seguem o roteiro dos ditadores de 1964 em uma guerra declarada à constituição; o judiciário podre de cabo a rabo; a soberania nacional totalmente entregue aos Estados Unidos; os escândalos revelados pelo Intercept mostrando que a Lava Jato é a caricatura do próprio país, aonde procuradores e juízes corruptos transformam-se em paladinos do combate à corrupção e são calorosamente protegidos por uma classe média que perdeu a vergonha de ser tão corrupta quanto seus heróis. Assim como a mídia, sobretudo a Globo, que trata tudo isso com total naturalidade e apoio à balbúrdia institucional.

Certamente, os Marinhos estão lucrando muito com isso, pois eles não jogam para perder. Essa, que deve ser a família mais odiosa do país, é o próprio câncer da nação.

As instituições brasileiras estão sendo desmanchadas em peças e se convertendo em milícias bolsonaristas como as do Queiroz e cia. O país segue sendo desparafusado e o bolsonarismo, dentro do estado, transformou-se num comboio de selvagens sem o mínimo de vergonha na cara nas cenas diárias de corrupção, nepotismo e vigarice explícita.

Ninguém sabe aonde isso vai dar, o que se sabe é que esse desmonte que atinge diretamente o lombo do povo em nome dos plutocratas do mercado, dos banqueiros e da agiotagem generalizada já está chegando nas costas dessa classe média burra e preconceituosa.

O fato é que ninguém sabe como desatar esses nós, porque não se tem justiça, não se tem Ministério Público, Forças Armadas, Congresso e, muito menos, governo. Tudo é conduzido pelo mercado, mostrando que o fascismo e o neoliberalismo são estacas de uma mesma construção selvagem de sociedade.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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