Sergio Moro agora usa luvas impermeáveis para colocar a mão na merda para dizer, em resposta à acusação do CNJ sobre aquele doce no mel, armado pelo califado de Curitiba para abocanhar, no mole, R$ 2,5 bilhões, o que, se não fosse a PGR Raquel Dodge e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, os probos heróis de combate à corrupção da Lava Jato, teriam protagonizado o maior caso de corrupção da história do Brasil, fato denunciando por nós aqui no blog incontáveis vezes.
Imaginar que a tal fundação já iniciaria com um derrame de dinheiro público para alimentar a ganância de Deltan Dallagnol, que todos sabem, sempre foi o ajudante de ordens de Moro e aqueles diabos menores, não menos vigaristas, chamado, ora, de república de Curitiba, ora, de filhos de Januário.
Moro, que nunca tocou no assunto correspondente à esbórnia com o dinheiro da Petrobras, sentiu, e não foi pouco, a acusação do CNJ do seu envolvimento nessa espécie de rachadão, com o mimoso cartaz de fundação contra a corrupção, envolvendo, inclusive, outros picaretas no esquema como a tal ong Transparência Brasil. Ou seja, a fartura era colossal, daria para todos, fazendo Pedro Barusco, que devolveu à Petrobras R$ 100 milhões, parecer trombadinha. E olha que estamos falando de um Pedro Barusco, que confessou na CPI da Petrobras, que operava seu esquema desde de 1996, ainda no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso.
E o que fez Moro em sua resposta no twitter ao CNJ? Fez uma espécie de delação dos comparsas para livrar a própria cara, escrevendo o seguinte: “No que se refere às alegações sobre a criação de fundação para gerir valores de acordo entre a Petrobrás e o DOJ/SEC dos Estados Unidos, o que não se concretizou, trata-se de fato posterior a minha saída da 13ª Vara Federal.”
Em primeiro lugar, Moro, que gosta tanto de bradar que recuperou bilhões nesse combate de araque de corrupção na Petrobras, não disse o valor que eles tentaram desviar, pior, quando diz que a operação não se concretizou, ou seja, o roubo não se concretizou. Isso, sem falar que, como citamos acima, tal operação abortada não se deu porque Raquel Dodge e Alexandre de Moraes colocaram um mata-burro no caminho dos espertos.
Ora, Gilmar Mendes cansou de denunciar esse fato. Por que Moro não rebateu? Ou, como ministro da Justiça e Segurança, não quis tomar conhecimento.
Seja como for, com essa postura delatora, Moro não só entrega a rapadura pela metade, jogando seus cúmplices aos leões para tentar livrar a própria cara.