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Carluxo compartilha notícia criticando gasolina a 10 reais, ele atribui a Lula uma matéria que foi publicada no governo Bolsonaro

Matéria foi publicada em março de 2022, fato omitido por Carluxo, o rei das fake news.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL) compartilhou no Twitter uma notícia sobre um aumento no preço da gasolina. A postagem em tom de crítica, porém, não informa que a reportagem é de março de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) estava na Presidência.

“Gasolina já bate R$ 10/litro em dois estados brasileiros”, afirma o título do texto publicado por Carlos Bolsonaro, induzindo seus seguidores ao erro.

Reportagem do portal Metrópoles, segundo 247, afirma que a notícia do portal IG, de 11 de março de 2022, informava que a alta de quase 20% no preço da gasolina anunciada no dia anterior pela Petrobras elevou o valor do litro do combustível a R$ 10 em dois estados.

Reportagem do portal Metrópoles afirma que a notícia do portal IG, de 11 de março de 2022, informava que a alta de quase 20% no preço da gasolina anunciada no dia anterior pela Petrobras elevou o valor do litro do combustível a R$ 10 em dois estados.

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Vídeo: O desdém de Bolsonaro nos EUA para incentivar gritos de “fraude” nas eleições

Ex-presidente inflamou apoiadores em evento com supremacista branco em Miami.

Em evento organizado pela extrema direita estadunidense em Miami nesta sexta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou que ainda não aceitou sua derrota nas eleições para o presidente Lula e, com postura de escárnio, incentivou apoiadores brasileiros a gritarem que houve “fraude” no pleito.

O ex-mandatário discursou ao lado de Charlie Kirk, famoso e midiático supremacista branco de Chicago, no luxuoso resort Trump National Doral Miami, de propriedade de Donald Trump. O evento foi organizado pela Turning Point USA (TPUSA), entidade autodeclarada sem fins lucrativos que é acusada de envolvimento com a Invasão do Capitólio de Washington em janeiro de 2021.

Em dado momento, Bolsonaro disse que não consegue entender “os motivos que [os brasileiros] resolveram ir para a esquerda [nas eleições”, já que, segundo ele, “o Brasil estava muito bem”. Antes mesmo de terminar a frase, o ex-presidente começou a sorrir de maneira jocosa, como uma forma de incentivar uma reação da plateia, que passou a gritar “fraude”.

“Ele não interrompeu, nem disse a eles que perdeu de forma justa. Em vez disso, ele sorriu, riu, deixou-os delirar”, disse o jornalista David Biller, da Associated Press (AP), que gravou a cena.

*Com Forum

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Senadores dos EUA culpam Bolsonaro por 8 de Janeiro e pressionam por extradição

Democratas apresentam resolução no Congresso na qual cobram ação de Joe Biden e de plataformas digitais.

A pouco mais de uma semana da visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos EUA, nove membros do Partido Democrata apresentaram no Senado americano uma resolução pedindo que o presidente Joe Biden examine prontamente pedidos de extradição de ex-autoridades do Brasil ligadas aos ataques golpistas às sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A redação do texto obtido pela Folha foi liderada pelo senador Bob Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa. O material busca responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter motivado o que chama de “cerco violento” às instituições.

“Condenamos o cerco violento ao Palácio do Planalto, ao Congresso e à Suprema Corte do Brasil conduzido por apoiadores do ex-presidente —evento que foi alimentado, em parte, por desinformação disseminada durante vários meses por Bolsonaro”, diz um trecho da resolução.

O ex-presidente está nos EUA desde o fim de dezembro e, segundo seus advogados, pediu um visto de turista para permanecer mais tempo no país —a modalidade dá direito a seis meses em solo americano.

O ex-presidente é alvo de diferentes ações que pedem sua inelegibilidade por abuso de poder e investigado por incitação aos ataques golpistas. O governo brasileiro pode demandar a extradição de Bolsonaro caso haja sentença ou pedido de prisão em algum desses inquéritos.

Há duas semanas, deputados democratas enviaram uma carta à Casa Branca pedindo que o Departamento de Justiça responsabilize “quaisquer atores baseados na Flórida que possam ter financiado ou apoiado os crimes violentos de 8 de janeiro”, referindo-se a Bolsonaro.

A resolução enviada ao Senado nesta quarta (2) afirma que o ex-presidente fez repetidas acusações infundadas questionando a transparência e a integridade do processo eleitoral do Brasil e encorajou seus apoiadores a amplificar essas declarações sem fundamento.

No material, os congressistas exortam plataformas digitais e aplicativos de mensagem a adotarem medidas concretas para combater a desinformação que prolifera no Brasil e a trabalhar com autoridades brasileiras para compreender o possível papel que desempenharam para facilitar e ampliar os atos violentos de 8 de janeiro.

Lula se reúne no próximo dia 10 com Biden na Casa Branca. O petista também deve se encontrar com o senador Bernie Sanders, outro dos signatários do texto. Um dos temas na agenda é justamente a regulação das plataformas digitais, além do extremismo de direita e da defesa da democracia.

Além de Menendez, um dos senadores mais influentes no Congresso dos EUA, e de Sanders, assinam a resolução Tim Kaine, Dick Durbin, Chris Murphy, Jeanne Shaheen, Jeff Merkley, Ben Cardin e Chris Van Hollen.

“O ataque recente aos símbolos do governo democrático do Brasil configura um ataque à democracia global”, disse o senador Durbin. “É uma vergonha que Bolsonaro estivesse nos EUA tirando selfies durante esse episódio deplorável. Propus essa resolução para garantir que autoridades que sabotam eleições livres e justas não possam fugir para os EUA para escapar da responsabilização.”

Para Menendez, a insurreição em Brasília também demonstra a resiliência do povo brasileiro e das instituições democráticas. “As autoridades brasileiras merecem todo nosso apoio em sua busca pela verdade e por responsabilização pelo 8 de Janeiro.”

O texto no Senado encoraja membros do Congresso americano a ajudarem autoridades brasileiras em qualquer demanda relativa à investigação dos ataques golpistas, inclusive compartilhando estratégias utilizadas no Comitê de Investigação da Câmara sobre o ataque de 6 de Janeiro contra o Capitólio.

Além de demonstrar solidariedade à população brasileira diante dos ataques, os legisladores enfatizam a parceria estratégica entre Brasil e EUA e citam como prioridades a defesa da democracia e dos direitos humanos, além da cooperação em defesa, segurança alimentar, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Em seu primeiro evento público desde que deixou o Brasil e foi para os EUA, Bolsonaro afirmou na terça-feira (31) que o governo Lula “não vai durar muito tempo” e que houve injustiça nos processos dos ataques golpistas em Brasília.

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TSE aponta 18 irregularidades nas contas de campanha de Bolsonaro

Análise foi feita por área técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); gráfica disse ao tribunal que campanha de Bolsonaro omitiu dívida.

De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, a área técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou 18 irregularidades nas contas da campanha de Jair Bolsonaro. Um dos questionamentos foi motivado por uma gráfica que acusou a campanha de omitir uma dívida e pediu que o tribunal impeça Bolsonaro de se candidatar novamente. O caso ainda não foi julgado.

Em dezembro, a coluna mostrou que a Gráfica Impactus apresentou ao TSE uma nota fiscal de R$ 54 mil com os dados da campanha de Bolsonaro. Segundo o documento anexado pela empresa, a chapa Bolsonaro-Braga Netto contratou adesivos microperfurados em 28 de outubro, na reta final da eleição. Contudo, a conta nunca foi paga à empresa ou declarada à Justiça Eleitoral, o que é ilegal.

“A ausência de registro no SPCE [Sistema de Prestação de Contas Eleitorais] de nota fiscal emitida em nome do prestador de campanha revela indício de omissão de despesas, contrariando o que dispõe a resolução do TSE”, afirmou a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do TSE.

Ao todo, a área técnica apontou 18 irregularidades da campanha de Bolsonaro. Entre os pontos destacados estão: a falta de comprovação de que a campanha transferiu uma sobra de R$ 12 milhões ao PL, sigla do ex-presidente; R$ 682 mil de despesas não comprovadas; e R$ 229 mil de doações pagas por pessoas ou empresas proibidas pela lei.

Baseado no parecer técnico, em 19 de dezembro o relator do caso, ministro Raul Araújo, cobrou mais explicações da chapa Bolsonaro-Braga Netto, que tem negado qualquer irregularidade. Se Araújo concordar com o pedido da gráfica e decidir pela não prestação de contas de Bolsonaro, o ex-presidente ficará sem quitação eleitoral até o fim da próxima legislatura. Isso significa que ele não poderá se candidatar de novo. Bolsonaro pode ainda ser investigado por abuso de poder econômico.

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Bolsonaro desmontou o combate à corrupção, conclui entidade internacional

Jamil Chade – resultado final do governo de Jair Bolsonaro foi um fracasso na luta contra a corrupção. Durante o mandato do líder da extrema direita, o Brasil se manteve estagnado numa posição ruim no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) e seu governo promoveu um “retrocesso sem precedentes” nas instituições.

Trata-se do principal índice no mundo sobre o tema, elaborado pela Transparência Internacional. Para a entidade, o Brasil “teve uma década perdida” no combate à corrupção, caindo cinco pontos e 25 posições no ranking desde 2012.

Em uma escala de 0 a 100, o país alcançou apenas 38 pontos ao final de 2022, mesma nota obtida nas duas edições anteriores do índice.

Apesar da nota inalterada, o país passou da 96ª para a 94ª colocação, entre os 180 países e territórios avaliados. Segundo a entidade, porém, isso não ocorreu pela melhoria da situação do país, e sim pela piora da nota de outros governos.

O Brasil ficou empatado com Argentina, Etiópia, Marrocos e Tanzânia.

Acuado desde antes da posse pela corrupção fartamente comprovada da sua família, a prioridade de Bolsonaro durante todo o seu governo foi garantir sua blindagem, que buscou através da neutralização do aparato institucional e legal que o ameaçava.

“O impacto disso foi muito maior do que a impunidade nos casos de corrupção e lavagem de dinheiro da família. Durante quatro anos, Bolsonaro desmontou o sistema de freios e contrapesos da democracia brasileira, atacando os três pilares de responsabilização que o sustentam: jurídico, político e social”, conclui.

Foi uma destruição institucional muito grave e de difícil reversão.” Orçamento Secreto.

Orçamento Secreto

Entre os aspectos examinados está o “Orçamento Secreto”, considerado pela entidade como o “maior esquema de institucionalização da corrupção que se tem registro no Brasil”, e seus impactos sobre a qualidade de políticas públicas essenciais. Também são mencionadas:

  • a pulverização da corrupção nos municípios;
  • e, ainda mais grave, a distorção do processo eleitoral, resultando no fortalecimento dos partidos mais fisiológicos e lideranças mais corruptas da política brasileira.

Num comunicado de imprensa, a entidade destaca que o Orçamento Secreto foi identificado como “a principal moeda de compra da blindagem política de Bolsonaro no Congresso, garantida pelo Centrão”.

Maior beneficiário dos recursos secretos, o presidente da Câmara Arthur Lira manteve mais de 140 pedidos de impeachment paralisados e se reelegeu deputado federal, com o dobro de votos que teve na eleição anterior.”Transparência Internacional.

Omissão da PGR para blindar Bolsonaro

Outra peça-chave para a blindagem de Bolsonaro e seus aliados, descrita pelo relatório, foi a “neutralização da Procuradoria-Geral da República”.

“As omissões da PGR em 2022 tiveram graves consequências para a impunidade das condutas criminosas apuradas pela CPI da Pandemia, o desmanche continuado da governança ambiental e de proteção aos direitos indígenas, o avanço desimpedido de movimentos golpistas e ataques às instituições democráticas, além de retaliações a membros do próprio Ministério Público atuantes em casos de corrupção”, destacou.

O vácuo constitucional da PGR foi “preenchido pela exacerbação do papel do STF e do TSE”, segundo o relatório.

“Sem poder contar com a PGR para pedir a instauração de processos ou medidas cautelares nas duas cortes, ministros passaram a agir de ofício e homologar coletivamente heterodoxias frente às graves ameaças e ataques às instituições e à ordem democrática”, disse.

Se esta foi a estratégia possível de sobrevivência das instituições, o relatório da Transparência Internacional – Brasil também alerta que a violação continuada de garantias processuais e direitos individuais trazem consequências perigosas para o Estado de direito e minam, progressivamente, a reserva de autoridade da Justiça.”

Retrocesso sem precedentes

Outro aspecto do informe é a relação entre os temas corrupção, conflito e segurança. De acordo com a entidade, a corrupção diminui a capacidade do Estado de garantir paz e segurança a seus cidadãos, incluindo o combate ao terrorismo.

“O Brasil é um dos principais exemplos hoje no mundo de deterioração democrática e aumento de conflitos associados à corrupção”, afirma a Transparência Internacional.

Eleito sequestrando o discurso anticorrupção, o ex-presidente Bolsonaro promoveu retrocessos e um desmanche institucional sem precedentes, disseminou notícias falsas e discurso de ódio, enalteceu um projeto autoritário e fomentou a violência política, que teve seu ápice no último 8 de janeiro.” Nicole Verilllo, gerente de Apoio e Incidência Anticorrupção

Década perdida

Na avaliação da Transparência Internacional, o Brasil perdeu uma década no combate à corrupção. Desde 2012, o país perdeu 5 pontos e caiu 25 posições no ranking, caindo da 69ª para a 94ª colocação.

“O resultado reflete o desmanche acelerado dos marcos legais e institucionais anticorrupção que o país havia levado décadas para construir”, disse.

Junto com o retrocesso na capacidade de enfrentamento da corrupção, o Brasil sofreu degradação sem precedentes de seu regime democrático.”

No índice que mede o combate à corrupção, o Brasil está abaixo da média global (de 43 pontos), da média dos BRICS (39 pontos), da média regional para a América Latina e o Caribe (43 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE (66 pontos).

O ranking é liderado por:

  • Dinamarca – 90 pontos
  • Finlândia e Nova Zelândia – 87
  • Noruega – 84 Singapura e Suécia – 83

No final da fila estão:

  • Somália – 12 pontos
  • Síria e Sudão do Sul – 13
  • Venezuela – 14

Propostas contra a corrupção

Na esperança de voltar a lutar contra a corrupção, a Transparência Internacional – Brasil sugere um pacote de 25 medidas.

Entre elas estão:

  • regulamentação do lobby;
  • a instituição da lista tríplice vinculante para a nomeação do procurador-geral da República;
  • estabelecimento de quarentena para a candidatura eleitoral de membros do Judiciário, Ministério Público, Forças Armadas e polícias; proteção dos denunciantes;
  • recuperação do sistema de proteção ambiental e fortalecimento do combate à corrupção ambiental.

“É fundamental que o novo governo demonstre, com ações concretas, que está compromissado com o resgate democrático das pautas de transparência e integridade”, defendeu a entidade.

*Uol

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Kennedy: Pedido de visto de Bolsonaro passa recibo de ‘culpa no cartório’

O pedido de visto de turista feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ficar mais tempo nos Estados Unidos passa recibo de “culpa no cartório”, avaliou o colunista Kennedy Alencar durante a edição das 18h do UOL News de hoje (30).

Na avaliação do jornalista, Bolsonaro fugiu para os EUA no dia 30 de dezembro do ano passado porque tem medo de ser preso, devido aos crimes cometidos ao longo de seu mandato.

Bolsonaro está vendo que as provas contra ele são fortes e podem levar a uma responsabilidade penal objetiva. Ele é o principal articulador da tentativa de golpe de 8 de janeiro. Ele orientou, estimulou e sabe que pode ser responsabilizado [pelos atos antidemocráticos”.

*Kennedy Alencar/Uol

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Bolsonaro é alvo de protestos na Itália por cidadania honorária

Jamil Chade – Moradores, partidos e associações da cidade de Anguillara Veneta organizaram uma manifestação neste sábado, 28, para pressionar a prefeitura Alessandra Buoso, do partido de extrema direita Liga Norte, a cancelar a cidadania honorária concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro em novembro de 2021.

O local é o berço da família italiana do ex-presidente. Vittorio Bolzonaro saiu da região com sua família para o Brasil, por volta de 1878. A mudança da ortografia no nome ocorreu por conta de um erro no cartório.

A cidadania honorária não garante qualquer tipo de benefício legal para que o ex-presidente possa se mudar para o país de seus ancestrais. Mas a decisão de conceder a homenagem abriu uma crise política e um processo judicial, diante da tentativa da oposição de cancelar o gesto feito pela prefeita.

O destino de Bolsonaro passou a ser um assunto político, com partidos ecologistas e de oposição na Itália pressionando o governo de Giorgia Meloni a não acolher o ex-presidente brasileiro.

Bolsonaro não fez uma solicitação de cidadania ao governo italiano, ainda que seus filhos tenham apresentado um pedido formal ao consulado no Brasil para acelerar os processos para que possam ter passaporte do país europeu.

A manifestação acontece em frente à prefeitura antes do início da reunião do Conselho Municipal marcada às pressas e sem aviso prévio aos políticos da oposição que sempre foram contrários a concessão da honraria. Entidades como a Associação Nacional dos Partigiani e o sindicato CGIL também apoiam o ato contra a homenagem ao brasileiro. Nos cartazes distribuídos para convocar a manifestação, Bolsonaro é chamado de “golpista”.

“O Conselho foi convocado em muito pouco tempo e sem nos consultar”, disse Antonio Spada, líder da Lista cívica “Vivere Anguillara Insieme”.

Spada explica que “a oposição havia pedido uma reunião no conselho para discutir algumas moções entre elas o pedido de cassação da cidadania honorária dada a Bolsonaro, pois além de não exercer nenhum cargo no Brasil, não tem os requisitos para representar os migrantes italianos, ainda mais depois do que está acontecendo no país”, disse o italiano.

“No entanto, é triste constatar que a administração convocou o Conselho para sábado, 28, às 10 horas da manhã, sem nos consultar, simplesmente nos comunicou três dias antes (da reunião), mesmo sabendo que entre alguns não poderão comparecer porque estão no trabalho”, comentou.

Spada disse que a oposição pediu para que o conselho fosse realizado em outro horário, mas até o fechamento da matéria não havia tido nenhuma resposta da prefeita.

Segundo o político, “a jogada da administração é simples: ao convocar o vereador em pouco tempo e colocar imediatamente nossos pontos em votação, a prefeita quer impedir nossa própria presença na sessão (e evitar que haja mais oradores) e ao mesmo tempo evitar que haja participação dos cidadãos na própria sessão. Como eles não permitem a gravação e como as atas das sessões são sintéticas, eles podem contar diferentes versões de como a própria sessão ocorreu”.

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Militares controlaram Saúde Indígena em todo o governo Bolsonaro

Em quatro anos, governo Bolsonaro colocou militares no comando de Secretaria de Saúde Indígena.

O primeiro nomeado, em 2019, foi o ex-sargento Marco Teccolini. Ainda em 2019, a tenente Silvia Nobre Lopes foi responsável pela Secretaria. Entre 2020 e 2021, o secretário passou a ser o tenente-coronel Robson Santos da Silva, o mais bolsonarista dos quatro.

No último ano da gestão do governo Bolsonaro, Robson foi substituído pelo coronel Reginaldo Machado.

Machado fez uma viagem a Boa Vista, capital de Roraima, em dezembro e visitou, de acordo com dados do Portal da Transparência, a Coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, na “promoção de estudo diagnóstico e proposição de ações destinadas à resolução de questões atinentes à saúde dos povos indígenas”.

A coluna não conseguiu contato com o ex-secretário, que certamente viu o que se passava.

*Com Metrópoles

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Relatório aponta militares comprados pelo garimpo na TI Yanomami no início da gestão Bolsonaro

OUTRO LADO: Funai e Defesa não se manifestaram; documento traz depoimentos colhidos durante operação.

Um batalhão do Exército apreende uma embarcação dentro da Terra Indígena (TI) Yanomami com R$ 2.650 em dinheiro vivo, gramas de ouro, crack, base de cocaína e munições 9 mm. Durante a abordagem, nota-se que o piloto é primo de um dos soldados presentes na operação.

A ligação entre os militares e os alvos das operações é narrada em outras situações, conforme descrito em dois relatórios preliminares de inteligência da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) feitos em 2019, no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), e aos quais a Folha teve acesso.

Os documentos apontam uma relação próxima entre integrantes do Exército que atuavam em Roraima e o já então crescente garimpo ilegal do território Yanomami, hoje em estado de emergência.

Elaborados no âmbito da 5ª fase da operação Ágata —executada no segundo semestre daquele ano para a criação de uma barreira de controle no baixo rio Mucajaí (a oeste da capital Boa Vista)—, os documentos trazem entrevistas com pessoas encontradas durante as ações, mas não chegam a aprofundar a apuração dos fatos narrados.

Os relatos dão conta de que garimpeiros tinham relação de parentesco com militares do Sétimo Batalhão de Infantaria da Selva (BIS), que por sua vez vazavam informações sobre operações de combate à atividade ilegal e permitiam a circulação de ouro ou drogas mediante pagamento de propina.

A Folha questionou a Funai e o Ministério da Defesa sobre quais providências foram dadas às informações colhidas durante a incursão e se as denúncias foram apuradas, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto. O Exército Brasileiro afirmou, por meio de sua assessoria, que tal demanda não lhe compete.

A situação dos Yanomami voltou aos holofotes após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Roraima, quando foi decretado estado de emergência na saúde da TI após quase 600 crianças morrerem e centenas serem diagnosticadas com desnutrição, malária, pneumonia e outros sintomas relacionados ao impacto do garimpo ilegal na região.

*Com Folha

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Bolsonaro se torna presença ‘tóxica’ nos EUA e é evitado por apoiadores famosos

Imóvel vira ponto de peregrinação de eleitores, mas ex-presidente não tem se encontrado com partidários, segundo a Folha de S. Paulo.

Hospedado nos Estados Unidos há quase um mês, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se isolado e é evitado por apoiadores famosos ou partidários de expressão.

Bolsonaro viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022, um dia antes de deixar a Presidência, e, rompendo uma tradição democrática, não passou a faixa presidencial para seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele tomou um avião presidencial e seguiu para Kissimmee, cidade na região de Orlando a poucos minutos dos parques da Disney, onde levou a família para uma casa de férias que pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo, em um condomínio fechado.

No imóvel, de oito quartos, tem vivido uma situação contraditória.

O local virou ponto de peregrinação de eleitores, que viajam de diferentes partes do país para tirar uma foto com o ex-presidente. Ao mesmo tempo, no entanto, o ex-presidente não tem se encontrado com partidários ou famosos que apoiaram sua eleição.

Quando o ex-presidente viajou aos Estados Unidos, havia a expectativa de que se encontraria com o ex-mandatário americano Donald Trump, que também levantou suspeitas sem provas contra o resultado das eleições e viajou para Flórida para não participar da posse do sucessor, o democrata Joe Biden.

Esperava-se inclusive que Bolsonaro fosse à tradicional festa de fim de ano no resort do republicano, Mar-a-Lago, em Palm Beach, a menos de três horas de carro de onde está o brasileiro.

Mas, até agora, nem Bolsonaro nem seus filhos se encontraram com Trump ou com sua equipe, segundo um aliado próximo do republicano que tem contato com os Bolsonaro.

Outro assessor de Trump disse que não soube que Bolsonaro foi convidado para o Réveillon em Mar-a-Lago —na ocasião, Bolsonaro afirmou a aliados que desistiu de participar porque sua esposa, Michelle, estava cansada da viagem.

Os dois ex-presidentes tiveram boa relação no período em que conviveram no governo (2019 e 2020), e Trump gravou vídeos pedindo votos para Bolsonaro nas eleições do ano passado.

Duas das mais prolíficas apoiadoras do ex-presidente na Câmara, as deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, viajaram a Miami na última semana e também não se encontraram com Bolsonaro, segundo afirmaram à Folha.

“Eu fiquei só três dias em Miami, mais encontrando amigos”, disse Kicis, afirmando que viajou aos Estados Unidos para participar de uma marcha antiaborto em Washington.

Zambelli, que fez o mesmo roteiro entre Miami e Washington, afirmou à reportagem que não procurou o ex-presidente no período em que esteve na Flórida. Com relações estremecidas com Bolsonaro desde a eleição, ela afirmou que não foi a Orlando porque estava no país de férias, com o marido e filhos.
Bolsonaro nos EU

Outro apoiador passou todo o mês de janeiro em uma casa no mesmo condomínio do ex-presidente sem encontrá-lo. O apresentador do SBT Ratinho tem um imóvel a menos de dez minutos a pé da casa onde Bolsonaro está hospedado.

Ratinho fez campanha para Bolsonaro em 2022, mas disse à Folha que não visitou nem tinha interesse em visitar o ex-presidente.

“Eu passei pela casa dele várias vezes, e toda vez que eu passei ali ou era na minha saída ou na minha entrada. E coincidia com aquele horário mais ou menos que ele sai para a rua. E daí tem muita gente, eu não cheguei nenhuma vez perto dele”, afirmou.

“Acho que ele está aqui descansando, acho que veio para se afastar das pessoas, por que eu iria lá incomodar? Tem [muita gente lá na porta], mas são os fanáticos, aqueles que não têm oportunidade de falar com ele. Eu tenho a oportunidade de falar com ele a hora que eu quiser.”

Orlando é destino certo de famosos no verão brasileiro, que vão à cidade sobretudo para visitar os parques da Disney. Nesta semana, por exemplo, estavam na cidade desde artistas como Juliana Paes e Claudia Leitte até o padre Fábio de Melo.

Um brasileiro que convive com essas celebridades na cidade afirmou à Folha que mesmo artistas simpáticos ao ex-presidente têm fugido de encontrá-lo desde que ele perdeu a eleição, mas sobretudo após os ataques em Brasília em 8 de janeiro.

A avaliação é a de que sua figura agora tem sido considerada “tóxica” e que não é um momento positivo para ter uma foto ao lado de Bolsonaro.

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