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Starlink cumpre ordem judicial e bloqueia acesso à rede social X no Brasil

A Starlink, empresa do bilionário Elon Musk que oferece internet via satélite, anunciou nesta terça-feira (3) que cumpriu a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e bloqueou o acesso à rede social X em todo o país. Até então, a companhia havia desafiado a determinação dada pela Justiça no último fim de semana.

“Aos nossos usuários no Brasil (que talvez não possam ler isso devido ao bloqueio do X por Alexandre): após a ordem da semana passada de Alexandre para congelar as finanças da Starlink e impedir que realize transações financeiras no Brasil […], apesar do tratamento ilegal em relação à Starlink […] estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, disse a empresa no X (a reportagem teve acesso ao conteúdo do post através de uma fonte no exterior.

A Starlink acrescentou que realiza o possível para manter seus usuários conectados e já tomou todas as vias legais para demonstrar que as ordens do ministro do Supremo violam a Constituição brasileira.

Alexandre de Moraes suspendeu no dia 30 de agosto a rede social X no país, diante da negativa de Musk em nomear um novo representante legal para a plataforma. Na sequência, determinou também o congelamento das contas da Starlink no Brasil, também propriedade de Musk, para garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça à rede social — conforme o STF, o valor supera R$ 18 milhões.

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Rebeca Andrade é Ouro!

Brasileira bateu a adversária Simone Biles no solo e conquistou sua quarta medalha nos Jogos de Paris.

É do Brasil! Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro na final do solo na ginástica artística, nesta segunda-feira (5/8), após bater a nota de 14.166. Simone Biles, a grande adversária, ficou com a segunda posição, com 14.133, após pisar duas vezes fora do tablado. Jordan Chiles, dos Estados Unidos, completou o pódio.

Depois de ficarem fora do pódio na decisão da trave, Rebeca Andrade e Simone Biles disputaram a final do solo na ginástica artística nesta segunda-feira (5/8), nas Olimpíadas de Paris 2024. Esse foi o último dia da ginástica artística nos jogos.

A brasileira foi a segunda atleta a se apresentar. Com uma sequência sólida, Rebeca fez bons saltos, cravando suas aterrisagens e terminando sua participação de forma consistente. Os jurados deram nota 14.166 para a ginasta brasileira.

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Imagens da Nasa mostram nuvem de gás poluente se movendo sobre a Terra

Mapa dinâmico foi produzido por estúdio de visualização científica e usa um modelo meteorológico de alta resolução com base em satélites

Imagens divulgadas pela Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) no dia 23 de julho mostram uma densa nuvem de dióxido de carbono se movendo pela atmosfera da Terra. De acordo com a agência, as principais fontes do gás poluente que podem ser verificadas nas imagens são usinas elétricas, incêndios e aglomerados urbanos.

O mapa dinâmico foi produzido pelo Scientific Visualization Studio (estúdio de visualização científica), da Nasa, e usa um modelo meteorológico de alta resolução com base em satélites. Os dados usados para produzir as imagens foram coletados entre janeiro e março de 2020.

“Como formuladores de políticas públicas e cientistas, estamos tentando contabilizar de onde vem o carbono e como isso impacta o planeta,” diz Lesley Ott, cientista climática no Goddard Space Flight Center, da Nasa. “É possível ver [na imagem] como tudo está interconectado por esses diferentes padrões climáticos”, completou.

Segundo a cientista, nas regiões da China, Estados Unidos e Sul da Ásia as emissões do gás vêm, principalmente, de usinas de energia, indústria e veículos (carros e caminhões). Na África e na América do sul, as fontes são incêndios relacionados ao manejo do solo, queimadas controladas na agricultura, desmatamento e queima de petróleo e carvão.

“Não queríamos que as pessoas tivessem a impressão de que não havia dióxido de carbono nas regiões mais esparsas,” diz AJ Christensen, designer de visualização de dados senior no Goddard Space Flight Center. “Mas também queríamos realmente destacar as regiões densas, porque essa é a característica interessante dos dados. Estávamos tentando mostrar que há muita densidade sobre Nova York e Pequim”, afirmou.

O que é o dióxido de carbono?
O dióxido de carbono é a principal causa do aumento de temperatura na Terra, de acordo com cientistas. O gás está presente naturalmente na atmosfera terrestre, mas também é produzido com a queima de combustíveis fósseis e biomassa (matéria orgânica de origem vegetal ou animal). Quando o gás se acumula muito rapidamente e em grande quantidades na atmosfera, as temperaturas sobem.

Segundo pesquisadores do Goddard Institute for Space Studies (GISS), da Nasa, 2023 foi o ano mais quente já registrado.

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Como jovens são recrutados pelo Estado Islâmico no Brasil

Adolescentes eram cooptados por grupo terrorista pela internet. Mensagens revelam radicalismo, ódio a minorias e intenção de cometer ataques.

Um jovem brasileiro ligado ao Estado Islâmico usou grupos na internet para recrutar quatro adolescentes de cidades do interior do Rio de Janeiro e de São Paulo entre os anos 2022 e 2023. Pelo menos dois menores de 18 anos já estavam em avançado estágio de radicalização.

Conhecido nas redes pelo codinome Mahmoud al-Brazili, Fábio Samuel da Costa Oliveira, hoje com 20 anos, foi preso quando tentava chegar à África, onde se juntaria aos terroristas. Ele foi condenado a 7 anos de prisão por terrorismo e corrupção de menores em maio deste ano. A defesa alega que ele tem deficiência mental e vai entrar com um pedido de revisão criminal.

A prisão de Fábio Samuel chegou a ser divulgada na imprensa no ano passado, mas agora o Metrópoles teve acesso a documentos inéditos da investigação da Polícia Federal (PF) que revelam detalhes de como o grupo terrorista tentava cooptar jovens e adolescentes do Brasil.

Mensagens do aplicativo Telegram revelam a idealização de atentados terroristas em território brasileiro, orientações sobre a construção de bombas caseiras, discursos fundamentalistas religiosos e o compartilhamento de vídeos contendo violência extrema.

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Inteligência da PF monitora fronteira do Brasil com Venezuela às vésperas de eleição

Efetivo de agentes que atuam na Operação Acolhida está em alerta para eventual aumento do fluxo de venezuelanos para o Brasil.

O setor de inteligência da Polícia Federal monitora nos dias que antecedem a eleição venezuelana a situação em Pacaraima, no norte do estado de Roraima, fronteira do Brasil com a Venezuela.

Os venezuelanos vão às urnas no domingo (28). O pleito é considerado um dos mais importantes do país desde que Nicolás Maduro chegou ao poder, há mais de uma década.

A inteligência da PF vem monitorando ao longo dos últimos dias as movimentações na fronteira. O trabalho também é realizado in loco pela Superintendência Regional da PF em Roraima.

O efetivo de agentes da PF que atuam na Operação Acolhida está em alerta para um eventual aumento do fluxo de venezuelanos para o Brasil, a depender do resultado das eleições no domingo.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, todos os dias, de 350 a 600 venezuelanos acessam o Brasil pela fronteira — a maioria em situação de vulnerabilidade.

Na base, os cidadãos são cadastrados, recebem documentação e são encaminhados a abrigos ou ao encontro de familiares que já estejam vivendo no Brasil.

A atenção das autoridades brasileiras está voltada para o país diante da tensão que permeia o processo eleitoral venezuelano e das incertezas com relação ao desfecho do pleito.

Maduro afirmou na última semana, durante comício na capital, Caracas, que o país cairá num “banho de sangue fratricida” caso seu partido não vença a eleição.

“O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória no dia 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, afirmou Nicolás Maduro nesta quinta-feira (18).

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Em 10 anos, mais de 48 mil mulheres foram assassinadas no Brasil; só em 2022 foram 3802 mortes

12 estados registraram aumentos alarmantes, com Roraima (52,9%), Mato Grosso (31,9%) e Paraná (20,6%) liderando o ranking..

Entre 2012 e 2022, 48.289 mulheres foram assassinadas no Brasil, de acordo com o Atlas da Violência divulgado na última terça-feira (18/6). Somente em 2022, 3.806 pessoas do sexo feminino foram mortas – número que representa uma taxa de 3,5 homicídios a cada 100 mil mulheres.

Já alarmantes, os índices ganham contornos ainda mais sombrios quando examinamos a localização dos crimes e as disparidades raciais entre as vítimas.

Local onde mulheres são assassinadas
Segundo o estudo, uma das principais características que permitem a melhor compreensão das dinâmicas que influenciam a violência letal contra mulheres é o local de ocorrência da morte.

Em geral, a maioria dos homicídios acontecem dentro das residências e são cometidos por autores conhecidos das vítimas. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que cerca de 70% dos feminicídios identificados pelas polícias civis foram cometidos dentro de casa.

De acordo com os registros de óbitos, 34,5% dos homicídios de mulheres ocorreram em domicílios, totalizando 1.313 vítimas em 2022. Esse percentual é próximo à proporção de feminicídios identificados pelas polícias brasileiras em relação ao total de homicídios femininos, que em 2022 chegou a 36,6%.

A pesquisa utiliza o termo “homicídios de mulheres”, e não feminicídio. Os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) não diferenciam feminicídio de homicídio. Então, o termo “homicídios de mulheres” é uma tentativa de capturar os feminicídios, mesmo que esses casos não sejam explicitamente identificados como tal nos registros.

Taxas de mulheres assassinadas na Amazônia Legal são piores
A análise regional dos homicídios femininos revela variações significativas entre os estados brasileiros. Em 2022, 13 das 27 unidades da federação diminuíram suas taxas de homicídio feminino. As maiores reduções ocorreram no Tocantins (-24,5%), Distrito Federal (-24,1%) e Acre (-20,3%).

Em contraste, 12 estados registraram aumentos alarmantes, com Roraima (52,9%), Mato Grosso (31,9%) e Paraná (20,6%) liderando o ranking.

Roraima (10,4), Rondônia (7,2) e Mato Grosso (6,2), todos situados na Amazônia Legal, são os estados com as piores taxas de homicídios femininos em 2022, por 100 mil habitantes.

A região tem registrado índices de violência acima da média nacional, com as taxas de mortes violentas intencionais sendo 54% superiores à média nacional.

Assassinato de mulheres negras e não negras
Em 2022, as mulheres negras representaram 66,4% das vítimas de homicídios femininos registrados pelo sistema de saúde, totalizando 2.526 assassinatos. A taxa de homicídio de mulheres negras foi de 4,2 por 100 mil habitantes; para mulheres não negras, a taxa foi de 2,5.

Os dados revelam que a probabilidade de que mulheres negras sejam vítimas de homicídio é 1,7 maior em comparação a mulheres não negras.

Em alguns estados, os números são ainda mais críticos. Na Região Nordeste, por exemplo, a probabilidade de uma mulher negra ser vítima de homicídio é, pelo menos, duas vezes maior do que a de uma mulher não negra. Em Alagoas, essa possibilidade é 7,1 vezes maior.

Outros estados da região com altas chances incluem: Ceará (72,2% maior), Rio Grande do Norte (64%), Sergipe (62,9%) e Maranhão (61,5%).

Em 17 unidades federativas, as taxas de homicídio de mulheres negras superaram a média nacional em 2022. Os índices mais altos foram registrados em Rondônia (7,5 por 100 mil), Ceará (7,2) e Mato Grosso (6,9). Este último estado, especificamente, manteve sua taxa acima da média nacional nos últimos 10 anos.

Ao analisar as taxas de homicídio de mulheres por raça/cor na última década (2012-2022), há uma queda geral: para mulheres negras, a redução foi de 25%, e para mulheres não negras, 24,2%. Contudo, na variação de um ano para o outro, a taxa de homicídio de mulheres negras diminuiu 2,3%, enquanto a de mulheres não negras aumentou 4,2%.

Apesar dessa redução nas taxas de homicídio de mulheres negras, houve um aumento significativo em alguns estados: Ceará (100%), Piauí (48,4%), Roraima (31,8%), Rio Grande do Norte (16,3%), Maranhão (11,4%), Rondônia (10,3%), Mato Grosso (7,8%) e Rio Grande do Sul (2,3%).

Denúncias
Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério das Mulheres afirmou que, somente no ano passado, o Ligue 180, canal que recebe denúncias de violações contra as mulheres, recebeu o total de 568,6 mil chamadas, o que representa um aumento de 25,8% nos atendimentos, em comparação com o ano de 2022.

A pasta diz ainda que, em março deste ano, lançou o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, que contém 73 ações e previsão de orçamento de R$ 2,5 bilhões. A iniciativa tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violências contra as mulheres, por meio de políticas governamentais, somadas a ações de mobilização e engajamento da sociedade.

Canais de atendimento
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta escuta qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita, e o serviço funciona 24h, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

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Vivemos uma epidemia de violência sexual contra crianças, mostra Atlas da Violência

Enquanto avança PL do estuprador, 30,4% das violências contra bebês de 0 a 9 anos e 49,6% de crianças até 14 anos no Brasil são a sexual.

Uma verdadeira “epidemia de violência sexual contra crianças”: assim foi chamado o fenômeno no qual 30,4% das violências sofridas hoje por bebês e crianças de 0 a 9 anos e 49,6% das sofridas por crianças de 10 a 14 anos no Brasil são a sexual.

Em meio ao avanço do Projeto de Lei que pune mais as gestantes vítimas de estupro do que o estuprador, os números foram divulgados hoje (18) pelo “Atlas da Violência”, o maior anuário de dados sobre violências no país, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.

Os dados comprovam que as maiores vítimas de violência sexual são meninas e adolescentes, entre 0 a 14 anos, sendo este crime ocupando ao menos 1/3 das violências cometidos contra elas.

“Em 2022, entre as vítimas de zero a nove anos, a violência mais frequente foi a negligência, com 37,9% dos casos, seguido de violência sexual com 30,4%. Na faixa etária de 10 a 14 anos a violência sexual se torna prevalente – tal violação foi apontada em 49,6% dos registros no Sinan”, traz o relatório.

O documento reflete, ainda, outra camada da violência sexual contra crianças e adolescentes: a de que a maioria de seus algozes são familiares ou pessoas próximas.

“Se tivéssemos que descrever o que é ser uma mulher no Brasil, poderíamos dizer que na primeira infância é a negligência a forma mais frequente de violência, cujos principais autores são pais e mães, na mesma proporção. A partir dos 10 até os 14 anos, essas meninas são vitimadas principalmente por formas de violência sexual, com homens que ocupam as funções de pai e padrasto como principais algozes”, conclui o documento.

*GGN

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Brasil registra mais de 11 mil denúncias de violação sexual contra crianças e adolescentes em 2024

No Brasil, 320 crianças e adolescentes sofrem situações de exploração sexual a cada 24 horas.

“Os crimes sexuais contra crianças e adolescentes representam uma das mais graves violações de direitos humanos no Brasil, e lidar com essa questão envolve múltiplos desafios”, afirma a integrante do Instituto DH, Elenir Braga.

Neste sábado (18), o Brasil se mobiliza para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Em 2024, até o momento, foram registradas 11.692 denúncias relacionadas à violência sexual desse público no Brasil. O número é do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados mostram que, no Brasil, 320 crianças e adolescentes são exploradas sexualmente a cada 24 horas. O número pode ser ainda maior, já que apenas sete em cada 100 casos são denunciados. O estudo ainda esclarece que 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras.

Os desafios

Um dos grandes impasses diante das violências é a identificação e denúncia desses crimes. Segundo Elenir Braga, muitos casos permanecem ocultos devido ao medo e à manipulação por parte dos agressores, que, em sua maioria, são pessoas próximas ou de confiança das vítimas.

“Essa proximidade dificulta que as crianças e adolescentes reportem os abusos, seja por medo de represálias ou por não compreenderem completamente a natureza do abuso. Além disso, o sistema de justiça enfrenta dificuldades em responder adequadamente quando os casos são denunciados”, enfatiza Braga, que também integra a coordenação colegiada do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Estado de Minas Gerais.

Para ela, a falta de preparo de profissionais para lidar com vítimas de trauma, a lentidão dos processos judiciais e a baixa taxa de condenação dos perpetradores contribuem para a perpetuação da impunidade.

O estigma e a revitimização durante o processo judicial, devido a procedimentos que não são sensíveis à condição de crianças e adolescentes, também são barreiras adicionais que desencorajam novas denúncias e a busca por justiça.

Observar é uma forma de combater a violência, segundo a integrante do Instituto DH. Fatores como mudança comportamental, alteração de humor, vergonha excessiva e relatos de medo constante são alguns indícios.

As campanhas

A professora Maria Cristina, conselheira tutelar pelo Plantão Centralizado dos Conselhos de Belo Horizonte, alerta para a necessidade de conscientização da sociedade acerca dos abusos e violências desse público vulnerável. “Ainda falta muita divulgação, esse é um dos principais desafios”, pondera.

Nesse sentido, algumas campanhas chamam a atenção, como a “Faça Bonito – Proteja nossas Crianças e Adolescentes” que já alcançou diversos municípios no país, a partir da mobilização e realização de atividades de visibilidade e prevenção acerca da temática.

O governo federal, por meio do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, lançou, no dia 13 de maio, a mobilização “Quebre o ciclo da violência: campanha 18M. Seja a pessoa que ouve acolhe e denuncia”.

A ideia é que quebrar o ciclo da violência significa convocar a sociedade a ouvir, ter empatia e cuidado com as crianças e adolescentes.

Denuncie

Confira formas de denunciar a violência sexual contra crianças e adolescentes:

Disque 100 – ligação gratuita
WhatsApp (61) 99611-0100 ou Telegram. O serviço também dispõe de atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras)
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
CT – Conselhos Tutelares

*BdF

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Enchente provoca mudança no mapa do Rio Grande do Sul; entenda

Imagem de satélite mostra uma ampliação da ligação das lagoas Mirim e dos Patos; segundo pesquisador, ainda é prematuro falar em alterações definitivas.

As fortes chuvas que caíram sobre o Rio Grande do Sul desde o fim de abril provocaram uma mudança no mapa da região sul do Rio Grande do Sul.

O Laboratório de Oceanografia Dinâmica e por Satélites (Lods), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), reuniu imagens captadas pelo satélite Sentinel-3 que mostram o aumento na ligação entre a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim. As imagens são dos dias 18 de abril –antes da enchente– e 15 de maio, quando a região já havia sido afetada pela inundação.

O professor Fabricio Sanguinetti, coordenador do laboratório, explica que, mesmo antes da enchente, já existia uma ligação entre as lagoas, o chamado Canal de São Gonçalo. Na primeira imagem, porém, não é possível ver esse curso d’água com clareza. Segundo Sanguinetti, isso se dá simplesmente por uma questão de resolução do equipamento.

“Uma vez que teve essa enchente, essa ultrapassagem da cota de inundação, a gente teve visualmente o alargamento das margens do canal. Ou seja, os limites naturais foram expandidos para as laterais. Mas Isso corresponde basicamente à área inundada no entorno do próprio canal do traçado natural do canal, uma ampliação de uma área inundada”, detalha. Com CNN.

Apesar de, na imagem desta semana, parecer que as lagoas dos Patos e Mirim se juntaram em um único corpo hídrico, o professor explica que, por enquanto, não é possível fazer essa afirmação.