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Brasil retorna à Unasul, após quatro anos de diplomacia da ‘total subordinação aos EUA’

Medida faz parte da agenda de retomada das principais alianças internacionais do país. Decreto entra em vigor a partir de 6 de maio.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou o retorno do Brasil à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), depois de quatro anos em que o país ficou fora do bloco. A medida faz parte da agenda de retomada das principais alianças internacionais do país, conforme já anunciado pelo Ministério das Relações Exteriores. O decreto que promulgou o Tratado Constitutivo da Unasul (nº 11.475/2023) foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na quinta-feira (6) e entra em vigor a partir de 6 de maio.

A Unasul foi criada em maio 2008, durante o segundo mandato de Lula, num período em que as esquerdas governavam os principais países sul-americanos. O objetivo principal do bloco é fomentar a integração entre os Estados-membros, por meio das duas uniões aduaneiras do continente: o Mercosul (integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e associados) e a Comunidade Andina (formada por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru).

Além da esfera econômica, o grupo desenvolve ações em outras áreas de interesse, como social, cultural, científica, tecnológica e também política. Em seu primeiro ano, o bloco foi responsável pela criação do Conselho Sul-Americano de Defesa (CDS) para elaboração de políticas comuns de defesa, com autonomia em relação à Organização dos Estados Americanos (OEA). O Conselho atuou, por exemplo, na resolução de conflitos internos

na Bolívia, e entre Colômbia, Venezuela e Equador.

Direita contra a Unasul
Entre 2010 e 2019, a Unasul teve todos os 13 países da América do Sul em sua composição. No entanto, já no início da gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil anunciou seu desligamento. O pretexto usado foi que o país não participaria de um bloco que passaria a ser presidido pela Bolívia, cumprindo a rotatividade prevista no estatuto da instituição.

Em seguida, desta vez sob ascensão da direita, foi criado o Prosul (Fórum para o Progresso da América do Sul), que teve em seus membros: Argentina (então presidida por Mauricio Macri), Chile (Sebastián Piñera), Colômbia (Iván Duque), Equador (Lenín Moreno), Guiana (embaixador George Talbot), Paraguai (Mario Abdo Benítez) e Peru (Martín Vizcarra), além do Brasil. Venezuela e Bolívia não foram convidadas para integrar o bloco.

Na época, o ex-chanceler Celso Amorim classificou a saída do Brasil da Unasul e a criação do novo bloco como “total subordinação do Brasil aos EUA”. Agora, assim como o Brasil, a Argentina também anunciou que voltará ao bloco, que atualmente tem como membros da Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que se encontra suspenso.

Brasil retoma diplomacia

Desde o início do seu terceiro governo, Lula vem defendendo o aprimoramento das relações entre os países do continente. Ainda em janeiro, o Brasil também retornou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), após três anos de afastamento do mecanismo, e participou da sétima reunião de cúpula do grupo, em Buenos Aires, na Argentina.

Em janeiro de 2020, o governo de Jair Bolsonaro decidiu retirar o Brasil da Celac por divergências políticas e ideológicas com Cuba, Venezuela e Nicarágua. O fim do bloqueio norte-americano a Cuba é uma reivindicação histórica do bloco.

A Celac reúne 33 países da região e desde sua criação, em 2010, tem promovido reuniões sobre os diversos temas de interesse das nações latino-americanas e caribenhas, como educação, desenvolvimento social, cultura, transportes, infraestrutura e energia.

Além disso, tem se pronunciado em nome de todo o grupo por ocasião de assuntos discutidos globalmente, como o desarmamento nuclear, a mudança do clima e a questão das drogas, entre outros.

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Volta do Brasil à cúpula do G7 é marcada por controvérsias e agenda tensa

Jamil Chade*

O governo do Japão afirma que decidiu convidar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G7 com o objetivo de ouvir o posicionamento do Brasil em alguns dos principais temas internacionais. Mas a participação do país ocorre num momento de tensão e numa agenda estabelecida pelos organizadores que pode representar pontos de profunda discordância em relação aos objetivos da política externa brasileira.

A reunião entre os líderes ocorre em Hiroshima entre os dias 19 e 21 de maio e a presença de Lula marca um retorno do Brasil ao grupo, depois de anos ignorado e preterido. Jair Bolsonaro não foi convidado a nenhuma das reuniões do G7, bloco formado por EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá e Itália, além do Japão. Nos últimos anos, os presidentes do Chile ou da Argentina foram convidados pelo grupo e representaram a América Latina.

Segundo o embaixador do Japão, Kazuyuki Yamazaki, desta vez o Brasil será o único país sul-americano convidado ao evento. O fato de ser um dos principais membros dos Brics também foi considerado na escolha.

Além dos integrantes do bloco, a cúpula do G7 optou por chamar a participação de outros oito países. São eles:

  • Austrália
  • Coreia do Sul
  • Vietnã
  • Brasil
  • Índia (na condição de presidente do G20)
  • Indonésia (na condição de presidente da Asean)
  • Comoros (como presidente da União Africana)
  • Ilhas Cook (como presidente do Fórum das Ilhas do Pacífica)

Também serão convidados os líderes de entidades como a OMS, OMC, Banco Mundial, FMI e OCDE.

Outro ponto de potencial atrito se refere à relação com a China. “O G7 irá reafirmar e fortalecer a cooperação pela Abertura e Liberdade da Região Indo-Pacífica”, diz o documento. Segundo diplomatas, trata-se de um recado velado de unidade do bloco contra qualquer gesto de Pequim em Taiwan ou em águas internacionais. O Brasil já deixou claro que quer uma relação privilegiada com os chineses e que não fará parte de uma ofensiva internacional anti-China.

No documento, outros os pontos principais foram apresentados para a cúpula que terá a presença de Lula, Joe Biden, Emmanuel Macron e outros líderes:

Desarmamento Nuclear – Um compromisso internacional de recusa ao uso de armas nucleares.

Resiliência econômica – “O Brasil é o único do país da América do Sul que participará. É o maior e queremos ouvir a visão e perspectiva do Brasil sobre os principais temas da agenda”, disse o embaixador japonês. “Em todos os temas, o posicionamento brasileiro é relevante”, insistiu.

Itens da agenda da reunião como mudanças climáticas e o abastecimento de alimentos serão fundamentais na presença brasileiro. Pesou, segundo os organizadores, o fato de o governo Lula manter um “intenso engajamento diplomático com os principais líderes mundiais”.

G7 irá trabalhar em temas como a resiliência das cadeias de fornecimentos.

Clima e Energia – O governo do Japão aponta que, apenas da importância da garantir abastecimento de energia diante da agressão russa contra a Ucrânia, a meta de redução de emissões até 2050 precisa ser mantida. Na cúpula, o G7 mostrará um rascunho do projetos para se atingir tais objetivos climáticos.

Alimentos – Diante da crise de commodities, o governo do Japão afirma ser urgente garantir um acesso seguro e viável aos alimentos e desenvolver resiliência. Com esse objetivo, o G7 irá identificar vulnerabilidades estruturais no sistema de alimentos.

Saúde – Com base nas lições da pandemia, o G7 quer construir e fortalecer a arquitetura de saúde global, com especial atenção dada para prevenção, preparação e respostas a futuras pandemias. A meta é ainda a de promover um debate sobre uma cobertura universal de saúde mais resiliente e sustentável.

*Uol

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Sociedade reage a crime brutal em Blumenau e pede combate à cultura do ódio

Ataque a creche em Santa Catarina deixou quatro crianças mortas. ‘Diante da monstruosidade, é urgente investir em políticas de paz’, afirma Lula.

Personalidades de diferentes campos reagiram à brutalidade do ataque em uma creche em Blumenau (SC) nesta quarta-feira (5), quando um homem atacou crianças com uma machadinha. Quatro morreram e quatro estão internadas. De acordo com a Polícia Civil local, elas tinham entre 4 e 7 anos. Autoridades agora trabalham para identificar as razões do atentado, uma vez que o homem não tinha ligação com a escola ou com qualquer uma das vítimas.

Especialistas em comunicação pedem que não sejam divulgadas imagens ou maiores informações sobre o criminoso. A ideia é não dar visibilidade ao agressor, uma vez que isso pode ser considerado positivo em redes de ódio e possa estimular mais comportamentos violentos. “A literatura aponta o chamado ‘efeito contágio’ desse tipo de massacre. Noticiário sangrento tende a gerar mais ocorrências e a ‘santificação’ dos agressores”, como explica o jornalista e professor da Universidade de São Paulo (USP) Rodrigo Ratier, em sua coluna no Ecoa/UOL. Especialista em comunicação digital, Ratier pede “controle imediato das notícias e das armas”.

Em relação às demais repercussões na sociedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou indignação e solidariedade com as famílias. “Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, disse . Seu partido, em nota, disse ser “urgente investir em políticas de paz e solidariedade”.

Reação urgente

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, disse, por sua vez, que realizará uma reunião com Lula sobre o caso. “Como pai, sinto a dor na alma, pois a conheço. Estarei com o presidente Lula daqui a pouco para o debate de medidas de apoio aos estados, municípios, escolas privadas e suas comunidades.”

Para o professor e pesquisador na Faculdade de Educação da USP Daniel Cara, o ataque era esperado. “A pergunta nunca foi se aconteceria um novo ataque com mortes. Mas quando. Essa chaga precisa ser enfrentada. Todo o Brasil precisa agir com urgência. O que estamos esperando?”, criticou.

Ele adiantou que conversou com integrantes do Ministério da Educação. “O MEC articula a formulação de um Decreto Interministerial para o estabelecimento de um grupo de trabalho que elabore uma política nacional de combate à violência às escolas. Autorizaram esse anúncio pelo fato de que nosso relatório, elaborado na transição governamental, terá consequências positivas. O Brasil vai reagir.”

Já o ministro da pasta, Camilo Santana, disse que está em contato também com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), sobre o caso. “Recebemos chocados a informação do ataque a uma creche em Santa Catarina, vitimando crianças indefesas e provocando uma dor imensurável às famílias e angústia à população. Minha solidariedade a todos diante dessa tragédia, que comove o país”, afirmou.

Cultura do ódio

Os desafios não são poucos. Além de implementar medidas urgentes para ampliar a segurança dos estudantes e professores nas escolas, a solução passa por questões como o combate à cultura do ódio. Nos últimos anos cresceu o discurso de ódio e a intolerância no Brasil e no mundo. Xenofobia, machismo, racismo e até nazismo ganharam espaço, em especial nos ambientes das redes sociais.

A filósofa e escritora Marcia Tiburi destaca o papel de políticos e mesmo da imprensa comercial. “A matança na creche em Blumenau é efeito da política do ódio implantado pelos extremistas de direita no Brasil há 10 anos. Governo e povo terão muito trabalho contra isso. A máquina de produzir fascistas precisa ser parada. Não é dando voz a Steve Bannon que isso vai acontecer”, disse. Bannon é um dos estrategistas de Donald Trump, nos EUA, e de Jair Bolsonaro no Brasil. Pesa sobre ele disseminação massiva de desinformação, além de propagação de discurso de ódio. Marcia faz referência a um artigo com falas do extremista contra Lula, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação

Social do governo, Paulo Pimenta, também destacou a necessidade de combate assertivo contra o discurso de ódio. “Triste a cultura da violência que se espalhou pelo Brasil. Desta vez, atinge a creche Bom Pastor, em Blumenau. Quatro crianças foram mortas e uma outra está e em estado grave. Nossa total solidariedade às famílias e ao povo de Blumenau frente a essa monstruosidade absurda”, declarou.

Culto à violência

O doutorando em Ciência Política e ex-deputado federal Jean Wyllys lembra de pontos que ligam a extrema direita à ascensão da violência nas escolas. “A veneração por armas, a ideologia supremacista branca, o anti-intelectualismo, o fanatismo evangélico neopentecostal, mas também e sobretudo forma espetaculosa de cometer, espalhar o terror.”

“Toda solidariedade aos pais das crianças mortas no massacre em Blumenau. Não consigo imaginar o tamanho dessa dor. Creio, contudo, que é importante entender esse novo massacre em escolas no Brasil como um grave sintoma da ascensão da extrema-direita. Depois de 4 anos de governo Bolsonaro, massacres em escolas, antes comuns só nos EUA, praticamente estão virando rotina no Brasil. Essa forma de terrorismo está associada ao medo, ansiedade e pânico que a extrema direita cria em homens limítrofes articulados em rede”, completa.

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Luiz Lima, o autor do massacre que causou a morte de no mínimo 4 crianças em creche de Blumenau

Luiz de Lima, de 25 anos, é o nome do assassino que cometeu um massacre dentro de uma creche de Blumenau, onde matou quatro crianças e feriu outras quatro pessoas.

Após a chacina, Luiz foi até o batalhão da PM para se entregar. Segundo informações preliminares, o assassino invadiu a creche com um machado.

Ele invadiu o local na manhã desta quarta-feira, 5. Outras pessoas foram encaminhadas para o hospital do município, mas não se tem o número exato de feridos. O Hospital Santo Antônio recebeu quatro crianças, duas meninas e um menino de 5 anos e um menino de 3.

*Com Agenda do Poder

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Urgente: Ataque a creche em Blumenau deixa quatro crianças mortas

Um suspeito foi capturado, informou polícia.

Uma creche foi alvo de um ataque na manhã desta quarta-feira (5) em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. De acordo com a Polícia Militar, quatro crianças foram mortas.

O ataque aconteceu no início da manhã na creche Bom Pastor, que fica na R. dos Caçadores, no bairro Velha. Uma pessoa invadiu a creche e atacou crianças que estavam no local. A PM não informou a arma usada pelo homem.

Pais, viaturas policiais e ambulâncias estão no local. De acordo com informações preliminares, um suspeito foi capturado. A idade e a identidade dele não foi divulgada.

*Com G1

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Brasil está de volta às reuniões do G7

Convite ao presidente Lula deve ser formalizado pelo primeiro-ministro japonês, segundo embaixador; encontro ocorre em maio.

O Brasil será oficialmente convidado para participar do próximo encontro do G7, programado para ocorrer na cidade de Hiroshima no próximo mês de maio.

O convite deve ser feito pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, segundo nota do embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi.

“Bem-vindo ao #G7, #Brasil! O Primeiro-Ministro do #Japão, @kishida230, anunciou que convidará o Presidente @LulaOficial para a Cúpula do @G7 em Hiroshima, em maio”, disse Hayashi, nas redes sociais da embaixada.

“É essencial que o Japão coopere com o Brasil em questões globais, como mudança climática, saúde e desenvolvimento”, ressaltou.

https://twitter.com/EmbJapao/status/1638239169104293888?s=20

Normalmente, os países do G7 convidam para o encontro os governos que se encontram em relevância no momento.

*Com GGN

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Empresa chinesa quer criar cidades inteligentes no Brasil

A CRRC Changchun do Brasil promoveu no último dia 3 de março, no Rio de Janeiro, uma Conferência de Intercâmbio de Tecnologia e Cultura entre a China e o Brasil e apresentou um portfólio de soluções para o fornecimento de trens, inclusive de alta velocidade, para o mercado brasileiro. A empresa também inaugurou um Centro de Intercâmbio Cultural e Tecnológico de Cidade Inteligente como forma de compartilhar experiências e trocar tecnologias.

Segundo o G1, o Grupo CRRC é um dos líderes mundiais na comercialização de equipamentos ferroviários e atua no Brasil desde 2008, já tendo fornecido trens para o Metro Rio e Supervia, concessionárias de transporte do Estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de autoridades brasileiras e chinesas e representantes de importantes empresas do segmento de mobilidade urbana por trens.

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Jouber Flores, participou da conferência e elogiou a capacidade da indústria brasileira, mas destacou a importância da troca de tecnologia com a China em um momento de expectativa do mercado nacional com a expansão do transporte ferroviário de passageiros. “Temos 70 projetos que podem representar 3 mil km de trilhos no Brasil, entre eles o trem de alta velocidade ligando o Rio de Janeiro a Campinas”, afirmou o executivo.

A Consul Geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, destacou a importância da China como segunda maior economia do mundo e a relevância da criação do Centro de Intercâmbio para aproximação dos dois países e troca de informações. Citou ainda o fornecimento de trens para operadoras brasileiras em grandes eventos como um exemplo bem-sucedido dos produtos chineses.

Cidades inteligentes no Brasil

Durante a conferência, representantes da CRRC ressaltaram que a empresa está investindo em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia de produtos avançados como trens leves de supercapacidade e até trens urbanos movidos a hidrogênio, com base em um planejamento para o futuro do transporte inteligente de cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, Brasília, entre outras capitais.

De acordo com Xavier Xu, Sales Manager da empresa chinesa, o desenvolvimento urbano acelerado no Brasil está levando o país a enfrentar desafios como superlotação nos transportes, engarrafamentos, além da poluição. Segundo ele, construir uma cidade inteligente é fundamental para resolver esses problemas. “As soluções sistemáticas de mobilidade ferroviária são orientadas para o futuro e devem seguir conceitos de baixo carbono e cuidados ambientais”, destacou.

Xu ressaltou ainda que a criação do Centro Cultural e Tecnologia de Smart City da CRRC no Rio vai aprofundar o intercâmbio e a cooperação em todas as partes do Brasil, podendo ajudar governos nas tomadas de decisão de projetos de cidades inteligentes.

O evento realizado pela CRRC Changchun está em sintonia com uma iniciativa do governo chinês em busca de um processo de expansão e cooperação da China com o mundo, não apenas no âmbito econômico, mas também na comunicação, política e cultura.

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Mais de 18 milhões de mulheres sofreram violência no Brasil em 2022

Em média, vítimas relataram ter sofrido quatro agressões no ano.

Agência Brasil – Mais um ano em que a violência contra as brasileiras têm sido crescente no país. É o que mostra a quarta edição da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil. Realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento permite estimar que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

A pesquisa traz dados inéditos sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas pelas brasileiras no ano passado. Em comparação com as edições anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado no ano passado. Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

“Todos os dados da pesquisa são realmente bem tristes, mas, quando olhamos para as violências sofridas pelas mulheres no Brasil, comparado com as pesquisas que a gente fez anteriormente, todas as modalidades de violência foram acentuadas nesse último ano. Então as mulheres estão sofrendo cada vez mais violência. Há aumento de 4 pontos percentuais sobre as mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano, comparado com a pesquisa anterior. Esse é um dado que choca bastante”, lamenta a a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Amanda Lagreca.

A pesquisa ouviu 2.017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, e foi realizada Instituto Datafolha e com apoio da Uber.

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos de mulheres do ano de 2022 ainda não estão disponíveis, mas o crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento, é um sinal, diz a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Não será surpresa se nos depararmos com o crescimento de ambas as modalidades de violência letal contra as mulheres. Infelizmente, o Brasil ficou mais inseguro para todas nós.”

Os resultados da pesquisa mostraram que 11,6% das mulheres entrevistadas foram vítimas de violência física no ano passado, o que representa um universo de cerca de 7,4 milhões de brasileiras. Isso significa que 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos e pontapés por minuto.

Entre as outras formas de violência citadas, as mais frequentes foram as ofensas verbais (23,1%), perseguição (13,5%), ameaças de violências físicas (12,4%), ofensas sexuais (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%), ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto que foi atirado nelas (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%).

A pesquisa apresentou um dado inédito: uma em cada três brasileiras com mais de 16 anos sofreu violência física e sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. São mais de 21,5 milhões de mulheres vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos ou ex-companheiros, representando 33,4% da população feminina do país.

Se considerado os casos de violência psicológica, 43% das mulheres brasileiras já foram vítimas do parceiro íntimo. Mulheres negras, de baixa escolaridade, com filhos e divorciadas são as principais vítimas, revelou a pesquisa.

“Quando a gente olha esse dado de 33,4%, comparado com média global da Organização Mundial da Saúde, de 27%, o que estamos vendo é que no Brasil esse número é mais elevado do que o número um estimado pela OMS”, lamenta Amanda Lagreca.

Para a pesquisadora, outro dado chocante é com relação ao autor da violência. Pela primeira vez, o estudo apontou o ex-companheiro como o principal autor da violência (31,3%), seguido pelo atual parceiro íntimo (26,7%).

O autor da violência é conhecido da vítima na maior parte dos casos (73,7%). O que mostra que o lugar menos seguro para as mulheres é a própria casa – 53,8% relataram que o episódio mais grave de agressão dos últimos 12 meses aconteceu dentro de casa. Esse número é maior do que o registrado na edição de 2021 da pesquisa (48,8%), que abrangeu o auge do isolamento social durante a pandemia de covid-19.

Outros lugares onde houve episódio de violência foram a rua (17,6%), o ambiente de trabalho (4,7%) e os bares ou baladas (3,7%). Sobre a reação à violência, a maioria (45%) das mulheres disse que não fez nada. Em pesquisas anteriores, em 2017 e 2019, esse número foi de 52%.

O número de vítimas que foi até uma Delegacia da Mulher aumentou em relação a 2021, passando de 11,8% para 14% em 2022. Outras formas de denúncia foram: ligar para a Polícia Militar (4,8%), fazer um registro eletrônico (1,7%) ou entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo Disque 180 (1,6%).

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Lula agenda uma viagem internacional por mês para recolocar Brasil no cenário mundial

Ponto alto desse giro pelo mundo deve ser a participação no próximo encontro do G7. “Reconstrua pontes”, orientou o presidente, ao conversar com o chanceler Mauro Vieira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desenhou uma agenda com praticamente uma viagem internacional por mês. O objetivo é reforçar a presença do Brasil no exterior e recolocar o País como protagonista geopolítico.

Como lembra a coluna Painel, da Folha, o ponto alto deve ser a ida ao Japão em 18 e 19 de maio, para participar da cúpula do G7, que acontece em Hiroshima.

O convite ainda precisa ser formalizado, embora já tenha a participação do Brasil já tenha sido sinalizada pelos líderes das maiores economias do Ocidente mais o Japão.

A participação no encontro do grupo que reúne as maiores potências do mundo é um sinal de prestígio global.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi nenhuma vez durante seu mandato e ainda trocou farpas públicas com o presidente francês Emmanuel Macron, que faz parte do colegiado.

A próxima parada do petista será em março na China, onde Lula pretende aprofundar o diálogo para a construção de um grupo para negociar o fim da guerra na Ucrânia.

Em abril, vai a Portugal, o primeiro país europeu nesta sua nova gestão. Terá uma agenda extensa que prevê até um discurso no Parlamento.

O ministro de Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, esteve no Brasil nesta quinta-feira (23) adiantando os detalhes da viagem.

Em julho, deve ir ao encontro da cúpula da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e fazer um giro na África; em agosto, deve ir à África do Sul.

Em setembro, Lula volta à Assembleia Geral da ONU para fazer o discurso de abertura, prerrogativa dada ao Brasil. Em outubro deve haver reunião dos presidentes do G20 na Índia e, em novembro, o presidente deve participar da COP, nos Emirados Árabes, até para reforçar a candidatura brasileira para sediar a cúpula em 2025.

O roteiro foi esquadrinhado seguindo uma diretriz dada por Lula ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, ainda na primeira quinzena de dezembro, quando ele foi convidado para comandar o Itamaraty. “Reconstrua pontes”, pediu o petista ao futuro ministro na época.

Lula esteve no início do mês na Casa Branca, a convite do presidente Joe Biden.

*Com 247

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Moscou analisa propostas do Brasil para o fim da guerra

Lula entende que não tem que tomar lado no conflito e se negou a enviar munição para tanques do exército ucraniano.

De acordo com Lourdes Nassif, GGN, Moscou analisa as iniciativas de paz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs para a guerra na Ucrânia, disse Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.

Lula tem trabalhado para construir as bases de um acordo para o fim da guerra na Ucrânia.

Foi sugerido à Organização das Nações Unidas (ONU) a inclusão de um artigo com a iniciativa brasileira na resolução votada e aprovada na Assembleia Geral.

“Nós tomamos nota das declarações do presidente do Brasil em relação a uma possível mediação para encontrar caminhos políticos para prevenir uma escalada de violência na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional nas bases do multilateralismo e considerando os interesses de todos”, disse o vice-ministro russo à agência de notícias Tass. “Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, é claro, levando em consideração a situação ‘em campo’”, completou.

Lula entende que não tem que tomar lado no conflito e se negou a enviar munição para tanques do exército ucraniano. A postura do governo brasileiro chamou a atenção da Rússia, que passou a ver o país como um mediador possível.

O vice-ministro russo pontuou que Rússia tem boa relação com o Brasil, enfatizando os laços estreitos no G20 e Brics. Elogiou ainda a postura firme de Lula a não ceder aos apelos dos Estados Unidos para enviar munição aos ucranianos. “Estamos vendo como Washington está colocando pressão no Brasil. Tamanha postura de soberania merece respeito”, disse ele.

O presidente brasileiro, no Twitter, enfatizou a necessidade de mediadores para o fim do conflito.

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