Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 363 novas mortes provocadas pela covid-19. A doença causou 693.562 óbitos em todo o país desde o começo da pandemia.
Pelos números do ministério, houve 38.434 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 36.264.721 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 34.891.300 casos recuperados da doença até aqui, com outros 679.859 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
*Com Uol
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Natalia Pasternak – O país passou de uma diretriz de Covid zero e testagem em massa para uma abertura igualmente agressiva.
O governo da China realizou mudanças drásticas na estratégia de contenção da Covid-19, com consequências graves que podem afetar o mundo todo. O país passou de uma diretriz de Covid zero, baseada em lockdowns agressivos — e até considerados excessivos pelo resto do mundo — e testagem em massa para uma abertura igualmente agressiva, em que o cidadão é pressionado a comparecer ao trabalho mesmo se apresentar sintomas. A política de testagem maciça foi abandonada.
A população chinesa tem o hábito cultural arraigado de usar máscaras para proteger amigos, concidadãos e colegas de doenças respiratórias, mas somente essa medida não basta para conter variantes tão transmissíveis como as subvariantes da Ômicron. Estimativas sugerem um número reprodutivo — “R”, que indica em média quantas pessoas um único contaminado pode infectar — de algo entre 10 e 16 para este momento da pandemia, na China. Para se ter uma ideia, o R do sarampo, considerado um vírus altamente contagioso, é de 15. O R do Sars-Cov-2 no início de 2020 era entre 2 e 3.
Mas, e as vacinas? A maior parte da população recebeu apenas duas doses de imunizantes fabricados na China com tecnologia antiga e, que não são os mais eficazes contra Covid. Para idosos, principalmente, sabemos que são necessárias no mínimo três doses para conferir proteção contra doença grave, hospitalização e morte. O nacionalismo vacinal impõe um obstáculo para o governo chinês importar vacinas melhores, como as de mRNA. Afinal, Pequim fez propaganda para convencer os chineses de que as vacinas nacionais eram superiores.
A confluência entre vacinação ineficiente, lockdown rigoroso e uma abertura abrupta, deixou a população chinesa bastante vulnerável ao espalhamento rápido das variantes derivadas da Ômicron. Em entrevista à NPR, emissora pública de rádio dos EUA, Xi Chen, pesquisador da Universidade de Yale e especialista em saúde pública, disse que o vice-diretor do CDC China, Xiaofeng Liang, teme que 60% da população chinesa seja infectada com o coronavírus nos próximos três meses. Isto representa 10% da população mundial.
A situação, além de trágica para a própria China, traz dois potenciais problemas globais: o primeiro é o possível surgimento de uma nova variante ainda mais contagiosa.
O segundo é talvez mais preocupante: com uma parcela tão grande da população mundial doente, pode haver falta de medicamentos e insumos. Reportagem no site de notícias Deutsche Welle traz relatos de cidadãos chineses reclamando da falta e aumento de preço de medicamentos básicos como antitérmicos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também já manifestou preocupação com a falta de transparência em Pequim, que dificulta muito monitorar e avaliar o que realmente está acontecendo por lá. Enquanto a mídia internacional traz relatos de UTIs lotadas e crematórios com filas, números oficiais reportam poucas mortes e casos graves. A China alterou sua regra para classificar mortes decorrentes de Covid-19: agora, somente óbitos por insuficiência respiratória ou pneumonia entram na conta oficial da Covid. Isso maquia os números para baixo, e vai contra a recomendação da OMS.
Provincianismo nacionalista e opacidade autoritária em questões de saúde pública são receitas para desastres, locais e globais. Nossa capacidade de aprender com as lições de quase três anos de emergência sanitária parece ser bem limitada. A China precisa investir agora em vacinar a população com doses de reforço, e com vacinas mais adequadas. E o mundo precisa aprender a investir em preparação e monitoramento de surtos e epidemias localizadas, e fortalecer os órgãos internacionais. Vírus não têm fronteiras, e estultice, pelo visto, também não.
*Com O Globo
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Em entrevista ontem, na TV GGN, Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, traçou um quadro sombrio sobre os desdobramentos da nova onda da Covid no país, e a repetição do mesmo descaso da primeira onda.
Em suma, a Covid explodiu definitivamente na China, depois que o governo acabou com a política de Covid-zero, pressionado pela opinião pública. Há previsões tenebrosas, de que a doença pode atingir 60% da população chinesa. Os crematórios estão lotados, e teme-se uma paralisação da economia chinesa, maior do que nos tempos de políticas restritivas. O país não se preparou para a explosão, não há vacinas em quantidade suficiente.
Os desdobramentos sobre o Brasil são tenebrosos.
A nova onda exige um tipo novo de vacina, produzido apenas pela Moderna e pela Pfizer. O país já tem um contrato com a Pfizer. Mesmo assim, o Ministério da Saúde não providenciou compras a tempo. Só recentemente a Pfizer enviou vacinas, em quantidade infinitamente inferior às necessidades brasileiras.
Os dados diários da Covid mostram plena expansão.
Margareth diz que o país está longe do platô da doença – significando que a contaminação continuará crescente.
Apenas em dezembro, o número de contaminados foi superior a 778 mil.
Esse aumento de casos ainda não impactou de forma mais forte o de óbitos.
E aí se entra no segundo drama brasileiro. A produção de vacinas e medicamentos brasileiros depende, fundamentalmente, de produtos de química fina importados da China. Uma desestruturação da economia chinesa afetará um insumo básico de um país que deixou de pensar suas questões estratégicas.
Nos 12 meses até novembro a importação de produtos químicos ficou em US$ 8,2 bilhões, sendo o maior produto da pauta de importações da China.
No total, em 12 meses até novembro, o país importou US $20,5 bilhões em produtos químicos básicos. A China respondeu por quase metade. Qualquer impacto na produção chinesa provocará uma alta nos preços internacionais e uma provável escassez.
Por tudo isso, a dra. Dalcolmo defende cada vez mais uma política de saúde destinada a garantir a segurança interna, com a reativação da política nacional de incentivo à cadeia produtiva da saúde. Esta semana, a Fiocruz divulgou um documento, defendendo a tese da saúde como ferramenta de crescimento econômico.
A provável indicação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, para Ministra da Saúde poderá ser a afirmação definitiva de uma nova forma de política industrial, já ensaiada no Programa de Desenvolvimento Produtivo, concepção de Carlos Gadelha.
Nela se usa o poder de compra do estado para transferência de tecnologia para laboratórios públicos, e licenciamento para laboratórios privados.
É uma política sistêmica que poderá ter desdobramentos nas políticas de cidades, de mobilidade e outras, casando as necessidades da população com a produção interna.
*Com GGN
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Segundo o epidemiologista chinês Eric Feigl-Ding, da ONU, o fim das restrições sanitárias pelo governo asiático vem lotando hospitais e causando “uma explosão nos serviços funerários”.
O que ele disse no Twitter?
60% dos chineses e 10% da população mundial devem pegar covid nos próximos 90 dias
Demanda chinesa reduzirá oferta de remédios no mundo
China não adotou vacina bivalente
Idosos resistem à vacina
Não estou exagerando: serão até 2 milhões de mortos na China nos próximos meses (…) se não houver intervenção. Feilg-Ding, epidemiologista
Feigl-Ding é chefe da Força-Tarefa Covid no Instituto de Sistemas Complexos de New England, cofundador da Rede Mundial de Saúde e membro de um comitê de especialistas sobre covid da ONU.
“É um professor renomado, confiável e com fontes na China”, confirma o vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Alexandre Naime.
Feigl-Ding diz repassar informações de hospitais e funerárias chinesas, que estariam usando refrigeradores para conservar os corpos que esperam na fila.
A maior funerária de Pequim está com todos os incineradores funcionando, mas não atende a demanda, resultando em atraso de 20 dias. Eric Feigl-Ding, epidemiologista
“O tempo de duplicação do vírus na China pode não ser mais de dias, mas de horas”, afirmou. “As consequências econômicas globais (…) serão feias.”
Estudo sobre o fim do programa “covid zero na China”, publicado na revista especializada Nature, prevê até um milhão de chineses mortos nos próximos meses. Relatório da Universidade de Hong Kong estima número parecido.
Aos que o chamam de alarmista, Feigl-Ding mandou um recado:
Você não precisa acreditar em mim. Muitos não o fizeram em janeiro de 2020, quando tentei alertar que o ‘novo coronavírus’ era uma pandemia que o mundo não via desde 1918.
“Catástrofe Chinesa”
Além do afrouxamento das restrições sanitárias, Naime, da SBI, atribui a “catástrofe chinesa” à resistência de idosos à vacinação e à utilização da primeira geração de vacinas, ainda não adaptada à variante ômicron.
A China vacinou 89% da população com duas doses, mas apenas 57% receberam o reforço, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Nova onda chegará ao Brasil?
Naime aposta no “surgimento de variantes mais transmissíveis”, mas descarta nova onda de mortes no Brasil e no mundo porque “a população global está muito mais bem imunizada do que a chinesa”.
“Nossa lição é dar as doses de reforço. Na China, será redução de danos”, diz.
*Com Uol
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O Brasil registrou 261 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (12) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 691.015 óbitos em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 66.232 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 35.643.770 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, houve 34.436.602 casos recuperados da doença até o momento, com outros 516.153 em acompanhamento. Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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Apesar do momento não ser o ideal, gostaria de alertar a todos os amigos aqui que é quase certo que estamos entrando numa nova onda da pandemia de COVID-19 que, ao contrário do que muitos acreditam, está longe de acabar.
A nova variante da Ômicron, Chamada BQ.1, que causou sérios problemas na Europa, Ásia e EUA, chegou ao Brasil e está se espalhando rapidamente.
Prova disso é que o fator de replicação já está superior a 1!
É preciso reinstituir o uso de máscaras e evitar aglomerações novamente porque, além de tudo, esta nova variante escapa muito mais da cobertura das vacinas disponíveis no Brasil.
É preciso evitar o crescimento dos casos, porque esta variante também pode levar à COVID crônica.
Se alguém ainda duvida do dano que a COVID19 crônica causa, olhem para o colapso do sistema de saúde do Reino Unido como um exemplo do que pode acontecer com o SUS em 2023.
Apesar de saber que poucas pessoas querem ouvir este alerta, estou tentando disseminá-lo o mais amplamente possível, mesmo porque é urgente que o Brasil adquira a nova geração de vacinas, que protege melhor contra a Ômicron e suas variantes.
Também é urgente vacinar as crianças brasileiras, que permanecem totalmente expostas ao coronavírus!
Se alguém puder transmitir estas mensagens a quem for responsável pelo planejamento do combate a pandemia no novo governo – se é que alguém pensou nisso – eu agradeceria profundamente, porque a situação pode se agravar rapidamente nos próximos 30-60 dias.
Infelizmente é esta a situação atual.
E a grande mídia já começou a tucanar a BQ.1, dizendo que ela causa casos leves.
Na realidade, em quem não tem proteção vacinal, ela mata igual.
Enquanto isso, o pedido feito pela Fiocruz para a compra de insumos e fabricação das vacinas de segunda geração, eficazes no combate a BQ.1, encontra-se, desde setembro, parado esperando autorização da Anvisa, que se mantém até hoje em um silêncio inexplicável.
Infelizmente esse tipo de postagem, que deveria ter milhares de compartilhamentos, curtidas e comentários, passa praticamente despercebida.
Mostrando que as omissões e negligências dos nossos governos são o reflexo também do caráter omisso e indiferente do povo.
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