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O desabafo de Mônica Waldvogel sobre a vacina neoliberal que transformou a nossa economia em jacaré

Mônica Waldvogel chutou o pau da barraca depois que se deu conta de que é impossível defender o indefensável. Sem citar o golpe em Dilma, no jornal das 10 na GloboNews, nesta quarta-feira, ela foi taxativa, ”

“O Brasil está em recessão há três anos, porque não faz outra coisa que não seja falar em controle de gastos do Estado e reformas, abandonando completamente qualquer investimento que possa gerar dinamismo a nossa economia. Um país que não investe em tecnologia, em modernização industrial, em nada, entrar em recessão, seria fatal.”

O comentário se dá depois que o país perdeu praticamente seis posições no ranking das maiores economias do mundo e é chutado para a 12ª posição, já que, com Dilma, o Brasil ostentava a 6ª posição entre as maiores economias globais e, agora, não se encontra sequer entre as 10 do ranking, tirando completamente a desculpa esfarrapada de que o PIB brasileiro desabou por conta da pandemia, já que todos os países também sofrem com a mesma.

Na verdade, o que colocou o Brasil em extrema desvantagem foi a política adotada por Temer, depois do Golpe e, agora, Bolsonaro segue a cartilha ultraneoliberal dos tucanos, mestres na arte de quebrar o país, como vimos com a múmia boquirrota, FHC, o principal maestro do golpe, que teve como principais operadores, Aécio, Temer e Cunha.

Ou seja, a pandemia está no mundo inteiro, mas o que transformou a nossa economia em jacaré foi a vacina da milícia comandada pela pasta de Paulo Guedes, o maior deixa que eu chuto da história da economia global.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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No Brasil, Investimento é o menor em 53 anos, e vai piorar

Se o Brasil não começar rapidamente a aumentar o volume de investimentos, o país terá uma década perdida, com baixo ou nenhum crescimento econômico, fraca geração de empregos e desenvolvimento limitado. Investimento é todo o gasto que aumenta a produção de um país. O nível atual é o pior em 53 anos. Segundo economistas, o país precisa voltar a atrair dinheiro do setor privado, local e estrangeiro, já que o governo está muito endividado e sem espaço no Orçamento para gastar em novos projetos.

O desafio, apontam os economistas, é convencer empresários e investidores brasileiros e estrangeiros que o país é seguro para investimentos. Será necessário que o governo federal e o Congresso toquem as reformas (como a tributária e a administrativa) e definam regras para setores como o de ferrovias e o de gás. Além disso, o crescimento da dívida precisa ser contido.

O Brasil está numa encruzilhada. Se tivermos essas reformas, junto com os marcos regulatórios, além das emendas constitucionais que reforcem o compromisso com o controle de gastos públicos, isso tudo melhora em muito o ambiente de negócios no Brasil, que volta a ficar atraente para os investidores. Se essas propostas não andarem, então vamos ter um crescimento fraco, entrando em um ciclo negativo, como ocorreu entre 2013 e 2016.

Por que sem investimento o país trava? Se não há investimento, a nação fica estagnada de alguma forma. Mesmo que o consumo tenha algum crescimento, rapidamente começam a faltar produtos, e isso provoca inflação ou alta do dólar. Há inflação quando existe mais procura por uma mesma quantidade de itens. O dólar sobe quando a baixa oferta é compensada com importações.

Com a crise mundial provocada pela pandemia, a atividade econômica ficou mais engessada, drenando ainda mais o fluxo de capital para o Brasil. Para piorar, algumas decisões tomadas pelo governo aumentaram as incertezas.

Economistas dizem que a interferência do presidente Jair Bolsonaro em companhias importante como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras passam a mensagem de que o governo pode, a qualquer momento, mudar as regras do jogo dos negócios.

Além da pandemia, o momento ruim da economia brasileira faz com que as empresas não vejam um claro sinal de crescimento. E eventos como o da Petrobras só pioram as coisas. O controle de preços de energia e de petróleo, que sempre foi um problema e parecia resolvido, voltou agora. Por tudo isso, sou bem cético de que tenhamos uma onda de crescimento sustentável. Corremos o risco de ficar estagnados do ponto de vista de renda per capita.

Houve mais investimento, por exemplo, entre 2010 e 2014, porque o governo optou por produzir o superinvestimento para superar a crise de 2008. Mas não deu certo, pois houve o superendividamento. Foram construídos ativos que não deram retorno. Então, a crise do investimento é na verdade a crise do endividamento público. A dívida pública até estava entrando nos eixos, mas com a pandemia voltou a subir.

 

*Com informações do Uol

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Reação à intervenção: ETF brasileiro EWZ cai 6% e ADR da Petrobras despenca 17% no pré-market da Bolsa de Nova York

Pregão desta segunda-feira promete ser movimentado em meio ao noticiário indicando maior intervenção do governo nas estatais.

O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, registrava queda de cerca de 5% no pré-market da Bolsa de Nova York nesta segunda-feira (22). Às 8h45 (horário de Brasília), a baixa era de 6,22%, em meio ao anúncio do governo de trocar o CEO da Petrobras (PETR3;PETR4) e ainda indicar intervenção no setor de energia elétrica. Os papéis da Petrobras PBR (equivalente às ações ordinárias) tinham uma derrocada de mais de 17% no mesmo horário: a derrocada era de 17,13%, a US$ 8,31. Já os PBR-A tinham baixa de 14,29%, a US$ 8,70.

Após a indicação do governo do general Joaquim Silva e Luna para presidência da Petrobras, em substituição a Roberto Castello Branco, a percepção de risco para as ações da Petrobras, que já estava alta por conta das críticas de Jair Bolsonaro ao reajuste de combustíveis e ao CEO da estatal, aumentou ainda mais, levando os ADRs (recibos de ações, na prática, os papéis negociados nos EUA) a caírem mais de 9% no after market na sexta após terem registrado uma queda de mais de 7% no pregão regular. O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, já tinha caído 3,64% no after market na sexta.

Soma-se a isso mais declarações do presidente Bolsonaro que pode impactar outras ações. Em conversa com apoiadores no sábado (20), após dizer que decidiu afastar Roberto Castello Branco porque os reajustes dos preços dos combustíveis este ano foram uma “covardia”, o presidente prometeu agir também no mercado de energia elétrica. “Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, afirmou, o que pode impactar também os papéis da Eletrobras (ELET3;ELET6).

*Com informações do Infomoney

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Contas do governo federal têm rombo recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020

Resultado é o pior da série histórica e reflete disparada de gastos e perda de arrecadação.

Sob efeito da pandemia do novo coronavírus, que provocou uma disparada dos gastos públicos e derrubou a arrecadação de impostos, as contas do governo federal registraram um rombo fiscal de R$ 743,1 bilhões em 2020. O resultado é o pior da série histórica iniciada há 24 anos.

O déficit primário do ano passado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28), é maior do que a soma de todos os rombos registrados em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.

Em dezembro, último mês de vigência do decreto de calamidade pública, o rombo nas contas do governo ficou em R$ 44,1 bilhões, contra um déficit de 14,6 bilhões do mesmo mês de 2019.

No resultado acumulado de 2020, a receita total do governo ficou em R$ 1,47 trilhão, uma queda real de 13,1%. O movimento foi motivado pela deterioração da economia. Com as medidas restritivas e de isolamento social nos estados e municípios, o faturamento das empresas caiu, afetando negativamente o pagamento de impostos.

Do lado das despesas, com resultado de R$ 1,95 trilhão, houve um aumento de 31,1% acima da inflação nos gastos do governo no ano passado, em comparação com 2019. Somente os desembolsos diretamente relacionados ao enfrentamento da crise sanitária somaram R$ 524 bilhões.

A expansão de gastos para mitigar efeitos da pandemia só foi possível porque o governo e o Congresso decretaram estado de calamidade pública de março a dezembro do ano passado, além de implementarem o chamado Orçamento de guerra.

As medidas desobrigaram o Executivo a respeitar regras fiscais no ano passado. A maior parte dos gastos relacionados à pandemia foi autorizada por meio de créditos extraordinários, mecanismo que pode ser usado em situações urgentes e imprevisíveis e que não é contabilizado no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

Também ficou dispensada a regra de ouro, que proíbe o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência e benefícios assistenciais.

Por fim, não foi necessário cumprir a meta fiscal, o esforço que o governo promete fazer para evitar o crescimento da dívida pública. Em 2020, esse compromisso havia sido estipulado em R$ 124,1 bilhões de déficit. Portanto, o resultado fechado do ano ficou R$ 619 bilhões pior do que a meta.

*Bernardo Caram/Folha

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Estrangeiros cortam pela metade investimentos no Brasil, diz ONU

A decisão da Ford de fechar fábricas no Brasil foi apenas a ponta de um iceberg e a economia nacional vive uma das maiores quedas de investimentos diretos entre os países emergentes.

Às vésperas do início do Fórum Econômico Mundial, realizado neste ano de forma virtual, a ONU divulga neste domingo dados que mostram que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2020 registraram uma queda de 51% em comparação aos volumes de 2019. A redução é superior à média da queda mundial.

“No Brasil, o investimento diminuiu para 33 bilhões de dólares, enquanto o programa de privatização e as concessões de infraestrutura pararam durante a crise pandêmica”, indicou a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.

“As indústrias mais afetadas foram as de transporte e serviços financeiros, com quedas na entrada de fluxos de mais de 85% e 70%, respectivamente, e as indústrias de extração de petróleo e gás e automotiva, que registraram ambas uma queda (preliminar) de 65% nos fluxos”, explica a ONU.

James Zhan, representante da Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio (Unctad), alerta que a recuperação brasileira pode ser lenta, já que o que se registrou foi uma queda acentuada de investimentos em novas plantas de produção. Isso, segundo ele, seria uma indicação de que a retomada não ocorrerá de forma imediata, mesmo com o fim da pandemia.

“A recessão e o choque causado pela pandemia geraram um golpe para os investimentos no Brasil e na região. Vimos produção afetada”, disse. “No curto prazo, podemos levar um tempo maior para que o Brasil se recupere, comparado com outras partes do mundo, como Europa”, indicou.

No longo prazo, porém, a esperança é de que a reestrutura de cadeias produtivas pelo mundo possa também significar que haverá uma maior integração regional na América Latina, com oportunidades de investimentos e diversificação para o setor de tecnologia.

Mas, entre as grandes economias do mundo, apenas quatro tiveram quedas ainda mais profundas que o Brasil em 2020: Reino Unido, Itália, Rússia e Alemanha.

O volume de investimentos só não é menor que em 2009, quando a crise financeira global também abalou os fluxos para o Brasil e somou apenas US$ 26 bilhões.

O país ainda terminou 2020 como o quinto maior recipiente de investimentos do mundo, superado por Índia, Cingapura, EUA e China. Em 2011, há uma década, o Brasil já era o quinto maior receptor.

Recuperação: apenas em 2022

Sem vacinas suficientes e com incertezas sobre as políticas econômicas, a ONU estima que a recuperação dos fluxos de investimentos ocorrerá apenas 2022. Para 2021, pode haver uma nova contração de até 10%, com uma “contínua pressão descendente”. A queda de novos investimentos em produção em 2020 de 35% sugere que ainda não se vislumbra uma reviravolta nos setores industriais. Na América Latina, essa queda foi de 51%.

Uma das esperanças é o setor de infraestrutura, além de negócios nas indústrias tecnológica e farmacêutica.

Mas, para os países em desenvolvimento, as tendências representa “grande preocupação”. “Estes tipos de investimento são cruciais para o desenvolvimento da capacidade produtiva e da infra-estrutura e, portanto, para as perspectivas de recuperação sustentável”, diz.

Para a ONU, os riscos relacionados à última onda da pandemia, o ritmo da implantação de programas de vacinação e pacotes de apoio econômico, situações macroeconômicas frágeis nos principais mercados emergentes e a incerteza sobre o ambiente político global para investimentos continuarão a afetar os investimentos em 2021.

*Jamil Chade/Uol

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Previdência privada: bancos abocanham até 40% de sua poupança

Você poupa a vida toda, o banco lucra e entrega uma aposentadoria ridícula.

Você compra uma previdência privada em algum banco e poupa mensalmente uma parte do seu dinheiro por anos a fio, pensando que sua aposentadoria está garantida. Sinto lhe informar que, quando você for conferir o valor a receber, terá a nítida sensação de que foi enganado.

E o fato é que você e alguns milhões de brasileiros estão sendo enganados mesmo. Nunca lhe mostraram o impacto negativo das taxas de administração cobradas pelo banco, nem o verdadeiro assalto que é calcular seu benefício a taxa de juros de 0%, como fazem os bancos normalmente.

Acompanhe as contas e confira. A previdência privada é ótima para os bancos e péssima para os clientes. Os banqueiros lucram e você passa dificuldades na velhice.

Taxa de administração subtrai 30% de sua poupança

Pesquisei os sites das três maiores gestoras de planos de previdência, vinculadas aos três maiores bancos brasileiros, cujos nomes todos sabem. Juntos, os três administram quase 80% (R$ 780 bilhões atualmente) dos ativos da previdência privada.

São dezenas de modalidades de planos de previdência, que cobram taxas de administração entre 0,7% a 3% ao ano. Este percentual é cobrado anualmente, sobre toda a poupança acumulada pelo cliente. Isto significa que, se você tiver R$ 10 mil e o banco descontar 2%, você fica com R$ 9.800 ao final do ano e o banco com R$ 200. No ano seguinte, você poupa mais R$ 5 mil, o banco cobrará mais 2% sobre os R$ 9.800 do ano anterior e também sobre os R$ 5 mil que você depositou. E assim o banco segue subtraindo sua poupança e engordando o lucro dele.

Ah, mas o banco propagandeia que cobra taxa de carregamento 0% e esconde a taxa de administração. E faz isso de caso pensado, já que a taxa de carregamento é muito menos onerosa, pois incide só uma vez sobre cada contribuição mensal, enquanto a taxa de administração, extorsiva, incide sobre o patrimônio acumulado.

Vou fazer as contas com uma taxa de administração de 1,5% ao ano, um percentual médio adotado pelos bancos. Considerei uma mulher, a quem chamo de Ana, que contribui com R$ 300 por mês, começando aos 25 anos e terminando aos 62 anos, quando se aposenta. Ana contribui religiosamente durante 37 anos. Seu patrimônio valoriza 4% anuais além da inflação, o que corresponde a uma taxa de juros de 4% ao ano, a chamada taxa de juros atuarial.

Com uma taxa de administração de 0% e taxa de carregamento de 0%, Ana teria poupado R$ 299.482,25 ao fim de 37 anos. Mas, com taxa de administração de 1,5% e carregamento 0%, ela acumulará somente R$ 213.068,53. Em outras palavras: o banco ficou com 29% do patrimônio dela, só para administrar seu dinheiro. Um lucro fenomenal para o banco, um prejuízo monstruoso para o cliente.

e aplicarmos esta taxa de 1,5% sobre o patrimônio total administrado pelos 3 maiores bancos (R$ 780 bilhões), eles abocanharão, em 2020, a fortuna de R$ 11,7 bilhões! Imaginem este lucro ano após ano.

Na hora da aposentadoria, a tungada é ainda maior: 40% – Ana, a nossa perseverante cliente, vai buscar a sua aposentadoria vitalícia e o banco lhe dirá que tem direito a R$ 705,47 mensais. Depois de 37 anos poupando, sem falhar um mês sequer. Ela reclama do valor, o banco diz que é isto mesmo, mas não lhe conta que calculou este benefício à taxa de juros de 0% ao ano. Ana acha estranho, mas não sabe como reclamar.

Quando calcula a aposentadoria a taxa de juros de 0%, o banco projeta que o dinheiro acumulado por Ana não renderá nada pelos próximos 25 anos em que ela receberá seu “benefício”. Na verdade, o dinheiro renderá acima da inflação, mas tudo o que render ficará no bolso do banqueiro.

Se fosse calculada à taxa de juros de 4% ao ano, o mesmo rendimento auferido durante os 37 anos anteriores, a aposentadoria de Ana seria de R$ 1.175,78. Ou seja, o banco ficou com 40% da poupança de Ana e só lhe devolveu 60%.

Entendeu por que querem privatizar a previdência social? – Paulo Guedes, o banqueiro ministro da Economia, defende a privatização (ou capitalização) da previdência. Ao fazer isto, não está pensando no bem-estar da população, mas no lucro dos banqueiros. Em 1983, este cidadão ajudou a privatizar a previdência chilena, o que condenou à miséria milhões de chilenos idosos.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Movimento da Ford vai se alastrar: outras multinacionais vão abandonar o Brasil

A análise é do economista e professor da USP Paulo Feldmann. Para ele, Bolsonaro compra briga com as empresas e isso ‘não vai acabar bem’.

A decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil, que monopolizou o noticiário econômico entre a segunda-feira 11 e esta terça-feira 12, pode ser apenas um capítulo da fuga de multinacionais do Brasil. O ambiente de negócios do País, avalia o economista e professor da USP Paulo Feldmann, se tornou nocivo pois tem à frente um governo que empreende uma ofensiva contra essas empresas.

“Os países têm de demonstrar que a economia está indo bem e que, assim que a pandemia passar, o consumo vai voltar”, destaca o especialista em entrevista a CartaCapital. “Isso não é o que acontece no Brasil.”

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro atacou a Ford, dizendo que faltou à empresa “dizer a verdade, eles querem subsídios”.

“É mais uma afirmação idiota que coloca contra o Brasil as empresas multinacionais. É claro que, para virem para o Brasil, essas empresas precisam de incentivo”, acrescenta Feldmann. “Com todas as dificuldades do Brasil, se não oferecermos incentivos, elas não vêm mesmo”.

Ao anunciar a decisão de encerrar a produção no Brasil, a Ford afirmou, em nota assinada pelo CEO Jim Farley, que a decisão é difícil, mas necessária “para a criação de um negócio saudável e sustentável”.

Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, completou.

A produção nas fábricas de Camaçari, na Bahia, e Taubaté, em São Paulo, será interrompida imediatamente. No último trimestre, será fechada a planta da Troller, em Horizonte, no Ceará.

Serão mantidos somente o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o Campo de Provas, em São Paulo.

CartaCapital: O governo federal diz ter sido pego de surpresa pela decisão da Ford. É razoável?

Paulo Feldmann: Não. Primeiro, porque tinha fechado a fábrica [de São Bernardo do Campo, no ABC paulista] em 2019. Era um sintoma de que alguma coisa não estava indo bem. Não tem como dizer que é surpresa. Surpresa seria a GM fechar uma fábrica, porque não fechou nenhuma até agora no Brasil. Mas a Ford já tinha fechado.

No mundo inteiro, há um movimento forte de debandada das montadoras em países onde elas, no passado, foram em busca de mão de obra barata. A mão de obra barata está deixando de ser um fator importante, porque as montadoras são grandes usuárias de robôs. E o uso de robôs estava crescendo muito até 2019. Naquele ano, foram vendidos mais de um milhão de robôs, um recorde. Muito maior que em 2018. Porque os preços baratearam muito.

Temos de ter consciência de que isso vai acontecer com outras montadoras no Brasil. Infelizmente, essa é uma tendência inevitável. Não é só o uso de robôs, mas o uso de tecnologias em geral que poupam mão de obra.

As multinacionais vão embora e vão deixar as impressoras para eventual fabricação de alguns produtos mais simples, menores. É um problema sério, principalmente para os países que cresceram com base na mão de obra barata. Foi, em parte, o caso do Brasil.

CC: Bolsonaro diz que o País está quebrado e não apresenta um plano pós-pandemia. Isso contribui para a decisão da Ford?

PF: Com certeza. Uma outra coisa muito importante para essas empresas: os países têm de demonstrar que a economia está indo bem e que, assim que a pandemia passar, o consumo vai voltar. Não é o que acontece no Brasil. O ano de 2021 vai ser muito difícil. Deve haver uma queda considerável no consumo, desemprego muito alto, ausência do auxílio emergencial que salvou o Brasil em 2020… O Brasil vai ter uma grande queda no PIB.

Uma empresa como a Ford está lá na matriz, nos Estados Unidos, olhando o mapa do mundo e indicando as alternativas que tem para fabricar fora do país. Olha para o mapa e vê onde fabricar. Quando vê o Brasil, vê uma perspectiva econômica ruim para este ano, inclusive com volta de inflação. Todo o rombo fiscal monstruoso, o segundo maior do mundo, inflação voltando, desemprego altíssimo.

CC: Não deve ser uma decisão isolada?

PF: Esse movimento deve se alastrar: outras multinacionais vão abandonar o Brasil. Mas tem um outro fato muito importante: essas empresas olham muito para o ambiente de negócios nos países. Quando uma multinacional olha para o ambiente de negócios pavoroso que temos, comparado até com os vizinhos latino-americanos, pensa: ‘poxa, por que eu tenho que ficar no Brasil?’. Resumindo: tudo isso reflete no Custo Brasil. Fabricar no Brasil sai caro, por causa desse ambiente de negócios ruim que o Brasil tem.

Não podemos culpar apenas o governo Bolsonaro: o custo do transporte no Brasil é muito alto há muitos anos, a carga tributária também tem aumentado nos últimos anos, mas é um problema sério do Brasil há pelo menos 20 anos. Essas coisas preocupam os dirigentes das multinacionais. O Brasil tem de estar muito preocupado com isso. Teríamos que fazer um plano resolver isso tudo. Mas não tem plano.

CC: E o ministro Paulo Guedes?

PF: A única coisa que o Paulo Guedes sabe falar é das “reformas”. “Ah, a reforma administrativa é fundamental”. Por que ela é fundamental? A reforma tributária seria importante se ela aliviasse um pouco a carga tributária das empresas. A tributação no Brasil onera as pessoas jurídicas e as pessoas físicas mais pobres. O muito rico não paga imposto de renda.

CC: Segundo Bolsonaro, “faltou à Ford dizer a verdade: eles querem subsídios”…

PF: Sobre esses incentivos, tem de se calcular o que vem em troca. No caso da [fábrica da] Ford na Bahia [na cidade da Camaçari], veio emprego, muito emprego. Esses empregos foram ótimos. Isso acontece no mundo inteiro e é fundamental.

Essa afirmação do Bolsonaro é mais uma afirmação idiota, que coloca contra o Brasil as multinacionais. É claro que as multinacionais, para virem ao Brasil, precisam de incentivo. Com todas as dificuldades do Brasil, se não oferecermos incentivos, elas não vêm mesmo. Então, é uma afirmação muito inconveniente. Se você juntar isso às idiotices ditas contra a Pfizer, no caso da vacina, essas brigas deterioram muito rapidamente a

a imagem do Brasil lá fora. Para não falar do problema que o governo está tendo com a Huawei, a chinesa de tecnologia 5G.

Isso não vai acabar bem, porque pode provocar uma reação forte. O Bolsonaro deveria moderar as palavras quando se refere às multinacionais.

*Com informações da Carta Capital

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Disputa pelo comando no Congresso aumenta pressão por volta de Auxílio Emergencial

Retomada do pagamento do auxílio emergencial entra na agenda dos candidatos à presidência da Câmara; avaliação no Ministério da Economia é que, se o benefício voltar a ser pago, governo só tem caixa para um valor abaixo de R$ 300.

BRASÍLIA – Uma nova rodada do auxílio emergencial tornou-se um dos temas centrais na disputa pelo comando do Congresso Nacional. Na Câmara, os dois principais candidatos já se posicionaram a favor de discutir a retomada dos pagamentos. Com mais de 200 mil vítimas fatais da covid-19 no País, a pressão é crescente entre os parlamentares e já entrou no radar do Ministério da Economia. Segundo apurou o Estadão, a equipe econômica avalia que o benefício precisará ficar abaixo dos R$ 300 pagos entre setembro de dezembro do ano passado, caso haja necessidade de renová-lo.

O próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, já admitiu publicamente a possibilidade de renovação do benefício em caso de recrudescimento da covid-19, mas nenhum movimento foi feito até agora, apesar de o Brasil ter registrado recordes diários de novos casos da doença nas últimas semanas. Na última quinta, 7, foram anunciados mais de 87 mil infectados em 24 horas, um número sem precedentes desde o início da pandemia.

A avaliação da equipe econômica sobre prorrogar o auxílio não mudou, segundo apurou o Estadão, mas sinalizações do Ministério da Saúde sobre a situação da pandemia e do próprio presidente Jair Bolsonaro são apontadas como necessárias antes de qualquer decisão. Desde já, o diagnóstico é que um benefício de R$ 300 ou mais é financeiramente insustentável. No ano passado, o País se endividou significativamente para destinar R$ 322 bilhões ao pagamento do auxílio emergencial.

No entanto, a área econômica também pondera que a própria população já retomou as atividades e “não tem mais paciência de ficar em casa”. Por isso, se a doença continuar recrudescendo, o governo vai avaliar a concessão – nesse cenário, seria preciso decretar calamidade pública novamente. Do contrário, não haverá nova rodada de benefício. Será preciso observar, disse uma fonte ouvida pela reportagem.

O Congresso tem se adiantado no debate. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) começou a coletar assinaturas de apoio a um requerimento de convocação extraordinária do Congresso em janeiro para votar um novo decreto de calamidade, a retomada do auxílio emergencial e a universalização de uma vacina contra covid-19. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu numa rede social o cancelamento do recesso para a votação de temas importantes, como o auxílio à população mais vulnerável.

A discussão sobre medidas de auxílio aos mais carentes em meio ao recrudescimento da pandemia também entrou no foco dos principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados. Na quarta-feira, 6, ao lançar oficialmente sua campanha, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu aumentar o Bolsa Família ou instituir uma nova rodada do auxílio emergencial. “Ano passado parecia que íamos virar o ano e a pandemia ia acabar. Essa não é a realidade. Hoje temos milhões de brasileiros que vão deixar de receber o auxílio e voltar a ter dificuldade do mais básico, que é ter alimento na sua mesa”, afirmou Baleia. Nesta sexta, 8, o deputado voltou ao tema, defendendo conciliar o debate com a responsabilidade fiscal.

Principal adversário do emedebista na corrida pelo comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) também aderiu à defesa do fortalecimento de políticas sociais. Em seu perfil no Twitter, o candidato pregou uma reorganização dos programas de renda mínima, “mas sem abrir mão da austeridade fiscal e do teto de gastos”, em referência à regra que limita o avanço das despesas à inflação e é considerada pela equipe econômica uma superâncora da credibilidade no País. “A demagogia fiscal sempre custa caro para o País e em especial para os mais pobres”, escreveu Lira.

O governo tenta esperar o resultado da disputa para decidir sobre a prorrogação do auxílio, na expectativa de que seu candidato (Lira) saia vitorioso.
Mais pressões

Além do crescimento no número de casos da doença e de o País ter ultrapassado a marca de 200 mil mortes decorrentes da covid-19, decisões recentes de prefeitos e até da Justiça reforçam a pressão diante do agravamento na situação. Em 30 de dezembro, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar mantendo em vigor trechos de uma lei que expiraria no fim de 2020 para assegurar a continuidade de medidas de combate à covid-19, autorizando a determinação de ações de isolamento, quarentena e adoção de restrições.

A decisão do STF foi vista dentro da área econômica como um reconhecimento da gravidade da situação e de que medidas de combate à pandemia continuam sendo necessárias. O temor é que isso seja uma prévia de pedidos por uma nova decretação de calamidade ou mais uma rodada de auxílio emergencial fora das capacidades fiscais do governo.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), já anunciou que a capital mineira vai ampliar as medidas de isolamento a partir da próxima segunda-feira, 11, após a cidade ter chegado “ao limite da covid-19”, o que também evidenciou que o Brasil está longe de qualquer normalidade. O secretário municipal de Planejamento, André Reis, disse que a União deu uma ajuda importante às famílias e às empresas, receita que poderia ser repetida no primeiro trimestre de 2021, até o País vacinar idosos e equipes de saúde.

“Não estamos fechando por gosto. A prefeitura é dependente da equipe econômica”, afirmou. “Merecia uma reflexão da União sobre que tipo de apoio ela poderia dar. Já que a vacinação está começando no fim de janeiro, coloca o benefício até fim de fevereiro ou início de março, até vacinar os idosos e ter algum alívio nos leitos hospitalares”, defendeu Reis. Segundo ele, assim que os dois grupos (idosos e profissionais de saúde) forem vacinados, haverá condições de voltar com a economia “próxima da normalidade”.

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse que o governo federal não deveria se furtar do debate sobre prorrogar o auxílio emergencial e ser transparente sobre as limitações financeiras. Por outro lado, ele reconheceu que é preciso auxiliar a população mais carente. “Certamente, com o nível do desemprego e a redução da atividade econômica que o País viveu, e se a pandemia for se prolongar, é importante que haja uma solução para a população mais pobre. Qual será a solução, o mais capaz de apresentar é o governo federal”, afirmou.

Renan Filho disse que o Estado adotará algumas iniciativas próprias e começará em fevereiro a pagar um auxílio às famílias registradas no Cadastro Único e que têm crianças até 5 anos. Essas famílias integram o Programa Criança Alagoana (Cria) e passarão a receber um auxílio de R$ 100 a R$ 120 mensais, de forma permanente. A expectativa é contemplar 200 mil famílias, com custo anual de R$ 200 milhões.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), também avalia que é preciso decretar calamidade novamente e garantir o pagamento de auxílios à população mais vulnerável. “Aquilo que caracterizou a necessidade de uma rede de proteção se mantém. O coronavírus continua solto no mundo”, afirmou.

 

*Com informações do Estadão

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Preço dos alimentos dispara e pressão é a maior desde o fim da hiperinflação do real

Pesquisa do Ibre FGV mostra que alta de custos se espalha e terá novos efeitos para consumidor.

Os preços de insumos que servem de base para a cadeia produtiva brasileira registram a maior alta desde o início do Plano Real. A pressão desse aumento é tal que está espalhando a inflação, antes concentrada no produtor, por vários setores da economia, chegando ao consumidor de forma cada vez mais intensa.

De acordo com levantamento feito pelo economista André Braz, do Ibre FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o preço das matérias-primas brutas, como soja, milho, carnes e minério de ferro, acumula alta de 68% nos 12 meses encerrados em outubro, aumento inédito desde o fim do período de hiperinflação.

Entre os motivos dessa alta estão a desvalorização cambial e o aumento do preço desses itens em dólar, no mercado externo. Pesam ainda o desabastecimento de alguns produtos por causa do aumento das exportações e do rápido aquecimento da demanda, após a paralisação de diversas cadeias produtivas por causa da pandemia.

Nem todo esse aumento já chegou ao consumidor, apesar de ser possível identificar reajustes elevados nos preços de muitos alimentos e bens industriais, como eletrodomésticos e eletrônicos.

Os alimentos, por exemplo, acumulam alta no IPA (índice de preços no atacado da FGV) de 25%, sendo que metade desse aumento já bateu no IPC (índice de preços ao consumidor da FGV). O arroz, produto cuja alta provocou até reação por parte do governo, subiu quase 120% no atacado e 62% no varejo, o que mostra o risco de continuidade desses repasses.

“Existe uma gordura, e o consumidor ainda pode verificar aumento no preço desses produtos”, afirma André Braz, coordenador do núcleo de preços ao consumidor do Ibre.

Ele diz que o “espalhamento da inflação” tem se ampliado e que os repasses tendem a ganhar força na medida em que a economia volta a crescer, alguns serviços são liberados, o isolamento social é flexibilizado e a rotina de consumo das famílias volta ao normal.

“É impossível para a cadeia produtiva reter por muito tempo aumentos dessa magnitude, ainda mais quando ela não tem um horizonte tão transparente de que essas pressões vão ceder no curto prazo”, afirma.

Braz projeta que o IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE, que serve como meta para a inflação) deva fechar 2020 em 4,17%, acima da meta de 4%, mas abaixo do limite de tolerância. O teto fixado pelo Banco Central está em 5,5%.

A inflação vai continuar a subir até maio do próximo ano, quando deve ficar acima de 6% em 12 meses. Depois cairia, para fechar o ano entre 3,55% e 4,5%, a depender de alguns fatores: a estabilidade ou valorização do real, o fim do ciclo de alta de preços de commodities no exterior e o fim do desequilíbrio entre oferta de demanda, que colocariam a inflação no patamar inferior desse intervalo, abaixo da meta de 2021, de 3,75%, com limite de 5,25%.

“Primeiro, precisa de uma estabilidade maior da taxa de câmbio, o que a gente só vai conquistar tendo um cenário fiscal mais claro. Ainda que a gente tenha uma valorização do real nos próximos meses, se o preço dessas commodities seguir avançando lá fora, como tudo indica, esses impactos ao produto vão continuar”, afirma o economista.

Segundo o levantamento feito pelo economista do Ibre, a inflação ao produtor já se espalhou por todo o segmento de bens —não duráveis (como alimentos), semiduráveis (vestuário) e duráveis (eletrodomésticos, por exemplo).

O índice geral de preços, porém, ainda é contido pelos preços dos serviços, setor que mais sofreu com a crise atual, e tarifas e outros preços administrados, que tiveram alguns reajustes adiados para 2021.

“A inflação, que antes estava muito continua em bens não duráveis, que são os alimentos, se espalhou. Agora contamina duráveis e semiduráveis. E não deve demorar deve começar a aparecer alguma coisa em serviços, mas aí vai depender do bom andamento da pandemia”, diz Braz.

 

*Com informações da Folha

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Valor Econômico: PIB per capita deve levar dez anos para voltar ao nível do governo Dilma em 2013

Renda por habitante do país deverá terminar o ano em R$ 33,3 mil, a mais baixa desde 2009

A forte recessão deste ano deve reduzir o PIB per capita brasileiro de tal forma que uma recuperação ao nível de 2019, antes da pandemia, deve ocorrer apenas em 2023. Para voltar ao mesmo patamar de 2013, o melhor ano desse indicador, será necessário mais uma década, de acordo com cálculo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

 

*Com informações do Valor Econômico

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