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Deu Trump

Em seu discurso de vitória, nesta quarta-feira (6), Donald Trump anunciou que adotará como slogan a seguinte máxima: “Promessas feitas serão cumpridas”. A afirmação torna ainda mais importante prestar atenção no que o republicano prometeu durante a campanha presidencial.

A seguir, o ICL Notícias lista 12 importantes pontos do programa de Trump, que ele prometeu colocar em prática em seu segundo mandato:

1. Prometeu fazer a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos. Ele também acusou países da América Central e do Sul de enviar criminosos para o território norte-americano.

2. Disse que vai usar o Departamento de Justiça contra seus inimigos políticos, expurgar burocratas desleais do governo federal e consolidar o poder no poder Executivo em um segundo mandato.

3. Falou sobre reduzir a taxa de imposto corporativo de 21% para 15%, mas apenas para empresas que fabricam seus produtos nos EUA. “Farei dos cortes de impostos de Trump o maior corte da história”, disse o ex-presidente no início deste ano na Carolina do Sul. “Nós o tornaremos permanente e daremos a vocês um novo boom econômico”, adicionou.

4. Prometeu parar de tributar os benefícios da Previdência Social. Ele ainda precisa montar uma proposta para substituir a receita que será perdida com essa medida, o que pode prejudicar o programa, assim como o Medicare e o Orçamento federal. O Medicare é um programa federal de seguro saúde para pessoas com 65 anos ou mais.

5. Disse em seu anúncio de campanha que vai pedir ao Congresso para garantir que traficantes de drogas e outras pessoas possam receber a pena de morte por seus “atos hediondos”.

6. Anunciou que vai fechar o Departamento de Educação e enviar “toda a educação e trabalho educacional e necessidades de volta aos estados”. “Queremos que eles sejam responsáveis pela educação de nossos filhos, porque eles farão um trabalho muito melhor”, ele acrescentou. O ex-presidente também prometeu “colocar os pais de volta no comando e dar a eles a palavra final” na educação.

7. Prometeu dar preferências de financiamento e “tratamento favorável” às escolas que permitissem que os pais elegessem diretores, abolissem a estabilidade dos professores do Ensino Fundamental e Médio, usassem o pagamento por mérito para incentivar o ensino de qualidade e cortassem o número de administradores escolares, como aqueles que supervisionam iniciativas de diversidade, equidade e inclusão.

8. Disse em vídeo da campanha de 2023 que cortaria o financiamento para escolas que ensinam teoria racial crítica e “ideologia de gênero”. Em um discurso posterior, Trump disse que traria de volta a “Comissão 1776”, que foi lançada em seu primeiro mandato para “ensinar nossos valores e promover nossa história e nossas tradições para nossas crianças”.

9. Afirmou que encarregaria o Departamento de Justiça e o Departamento de Educação de investigar violações de direitos civis de discriminação racial nas escolas, ao mesmo tempo em que removeria “marxistas” do Departamento de Educação.

10. Assegurou, em abril, que não assinaria uma proibição federal ao aborto e assumiu a posição de que as leis sobre o aborto devem ser decididas pelos estados.

11. Prometeu que emitiria uma ordem executiva instruindo as agências federais a cortarem programas que promovam transições de gênero, bem como pediria ao Congresso que parasse de usar dólares federais para promover e pagar procedimentos de afirmação de gênero.

12. Garantiu: “Mais uma vez nomearei juízes conservadores sólidos para fazer o que eles têm que fazer nos moldes dos juízes Antonin Scalia; Samuel Alito, um grande cavalheiro; e outro grande cavalheiro, Clarence Thomas”, disse ele.

 

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Vídeo: Revoltados, moradores de áreas devastadas por enchentes jogam lama no rei da Espanha aos gritos de ‘assassinos’

População acusa autoridades de negligência, em meio à tragédia que já matou 217 pessoas

A visita da família real espanhola a Paiporta, Valência, nestes domingo (3), foi marcada por protestos e revolta da população, que demonstrou sua indignação após as devastadoras inundações que deixaram 217 mortos até o momento. Os moradores gritaram “assassinos” e lançaram pedras e lama em direção ao rei Felipe VI, à rainha Letizia e ao presidente valenciano Carlos Mazón.

Felipe VI tentou se aproximar dos afetados, ouvindo relatos de abandono por parte das autoridades, com um jovem afirmando que já se sabia da tempestade e que nada foi feito para prevenir as tragédias.

“Vão embora”, “estamos há seis dias sem dormir”, gritava uma mulher bem perto do rosto da rainha.

Em meio a gritos de desespero e acusações de negligência, o rei tentou confortar um homem em lágrimas. No entanto, tanto ele quanto a rainha foram forçados a deixar a área sob pressão, sem saber se continuariam a visita a Chiva, o próximo município na agenda.

O governo central defendeu que a responsabilidade pela emissão de alertas é das autoridades regionais, que afirmaram ter atuado da melhor maneira possível com as informações disponíveis.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez prometeu investigar qualquer possível negligência. O número de mortos na região de Valência, onde a enchente se revelou a pior na história moderna do país, subiu para 217, e ainda há dezenas de desaparecidos, enquanto 3.000 residências seguem sem eletricidade, com as buscas por sobreviventes continuando sob a ameaça de novas chuvas torrenciais.

https://twitter.com/i/status/1853060289366773993

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Vídeo: Mujica declara apoio a Boulos em São Paulo: ‘Não se esqueçam de defender o futuro’

Ex-presidente do Uruguai se tornou referência global por seu estilo de vida simples e suas ideias sobre justiça social.

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) recebeu palavras de apoio do ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, que gravou um vídeo pedindo votos.

“Amigos políticos de São Paulo, povo paulista, que percorre essas ruas populosas da, talvez, maior cidade de nossa América. Ali, neste ninho de esperança e desafio, há um processo eleitoral à porta e espero que o povo trabalhador de São Paulo se lembre de Guilherme, o apoie, e faça sua parte nesta luta eterna. Ao fim e ao cabo, as sociedade modernas continuam a ter dificuldade entre o que é meu e o que é seu, e a riqueza tende a se concentrar. Não se esqueçam, jamais, de defender seu futuro. Até sempre, desde o sul.”

“Tenho grande admiração pela trajetória do Mujica. Já estivemos juntos mais de uma vez. Ele representa solidariedade e humanidade na política”, disse Boulos em outra ocasião.

Na próxima quinta-feira, 31 de outubro, às 20h, o ICL vai transmitir um bate-papo com Pepe. Para garantir o ingresso gratuitamente basta clicar aqui e participar de um momento com reflexões da figura mais inspiradora do nosso tempo sobre o futuro da humanidade.

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Putin se reúne com Dilma Rousseff no primeiro dia da cúpula dos Brics

Ex-presidente brasileira lidera o Novo Banco de Desenvolvimento, ligado ao bloco

O presidente russo Vladimir Putin se encontrou para conversas nesta terça-feira (22) com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, que está em Kazan para a cúpula dos Brics sediada pela Rússia.

Putin enfatizou a importância de acordos financeiros entre os países dos Brics em moedas locais, dizendo que isso ajuda a minimizar os riscos geopolíticos e a libertar o desenvolvimento econômico da política.

O Novo Banco de Desenvolvimento foi estabelecido em 2015 pelos países dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em mercados emergentes e países em desenvolvimento do Sul Global.

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Israel apresenta aos EUA exigências para fim do conflito no Líbano

Entre as exigências estão a liberdade de operação e ação militar, além do uso do espaço aéreo, contra o Hezbollah, desafiando resoluções da ONU.

Israel entregou aos Estados Unidos, no último domingo (20), um documento delineando suas exigências para uma solução diplomática que busque encerrar a guerra no Líbano, diz a agência Sputnik, citando o portal Axios. O documento foi enviado pelo ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, confidente do premiê Benjamin Netanyahu, ao enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, na quinta-feira (17).

Entre as demandas apresentadas, segundo a reportagem, Tel Aviv requer que as Forças de Defesa de Israel (FDI) sejam autorizadas a realizar “execução ativa” para evitar que o Hezbollah se reforce e reconstrua sua infraestrutura militar nas proximidades da fronteira.

Além disso, o governo israelense exige que sua Força Aérea tenha liberdade de operação no espaço aéreo libanês, uma solicitação que contradiz a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Essa resolução determina que as Forças Armadas libanesas (LAF) e a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) devem garantir um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.

Uma fonte do governo dos EUA afirmou ao Axios que é “altamente improvável que o Líbano e a comunidade internacional” aceitem as condições impostas por Israel. Em resposta a essa situação, Hochstein está programado para visitar Beirute nesta segunda-feira (21) com o objetivo de discutir uma possível solução diplomática para o conflito.

Na noite de domingo (20), a situação escalou quando a Força Aérea israelense conduziu ataques aéreos no Líbano, atingindo diversos alvos associados ao Hezbollah, incluindo um prédio em Beirute. Esses ataques ocorreram em um contexto em que o Pentágono, por meio do secretário de Defesa, Lloyd Austin, havia solicitado a Israel que “reduzisse os ataques” à capital libanesa, citando o número “excessivo” de vítimas civis decorrente das operações militares.

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‘A guerra em Gaza é uma guerra contra a memória palestina’, diz escritor e sobrevivente em Gaza Atef Abu Saif

Atef foi ministro da cultura da Palestina até março de 2024 e falou sobre a importância da escrita como resistência.

O escritor Atef Abu Saif e sua família fazem parte dos mais de um milhão de palestinos deslocados de suas casas em apenas um ano. Ministro da Cultura da Autoridade Palestina entre 2019 e março de 2024, Atef estava em Gaza quando os bombardeios começaram, experiência que relata no livro recém-lançado Quero estar acordado quando morrer (Elefante, 2024).

“Eu me descobri no meio de uma guerra, e descobri que eu poderia morrer a qualquer momento, em um minuto. Por isso, comecei a escrever, em árabe e inglês ao mesmo tempo, pequenos pedaços sobre a vida. Queria que as pessoas soubessem sobre a minha vida se eu morresse, e sobre a vida das pessoas ao meu redor: meu filho, meu pai, meus irmãos e irmãs”, disse ao Brasil de Fato. 

Atef nasceu no campo de refugiados de Jabalia, ao norte da Faixa de Gaza, mas mora com a esposa e filhos na Cisjordânia. No início dos ataques, o escritor estava visitando a região para participar de um evento e visitar sua família, e levou o filho Yasser para acompanhá-lo.

No diário, ele relata os 85 primeiros dias dos bombardeios de Israel sobre a população da Faixa de Gaza, que começaram em sete de outubro de 2023. Mesmo sob ataques incessantes do exército de Israel, escreveu diariamente sobre os acontecimentos da sua vida, familiares e amigos até a autorização de saída do seu filho da Faixa de Gaza, em 30 de dezembro de 2023.

“A escrita mantém a memória da vida. Nós sabemos sobre civilizações antigas a partir dos registros escritos deles. Gaza foi destruída e muitas pessoas morreram. O que restou deles? O que foi escrito sobre eles. A próxima geração vai ler sobre Gaza como era antes da guerra. Escrever é documentar”, conta Atef. “As vítimas gostam de ser mencionadas, gostam que falem sobre elas”, ressalta.

A sensação de que poderia morrer a qualquer momento, impulsionou a escrita: “Queria deixar esses registros, e tê-los na minha caligrafia, escritos à mão. Assim, pelo menos, eu não teria morrido em vão. As pessoas saberiam que existiu alguém chamado Atef que viveu neste período da história, em Gaza.”

“A guerra nos desumaniza”

A frase que dá nome à edição brasileira de seu diário, Quero estar acordado quando morrer, teve origem nos pensamentos que povoaram sua mente quando se viu em meio à guerra. “O que eu estava pensando é que eu mereço uma morte honrosa. Meu corpo merece ser sepultado quando eu morrer. Eu gostaria de estar acordado no momento da minha morte para eu saber para onde meu corpo vai. Para que eu diga para me colocarem em uma sepultura.”

Em um trecho do diário, Atef relata a perda do grande amigo e jornalista Bilal Jadali. Ao se referir a sobrevivência durante a guerra, diz que sente saudades. “Sinto falta do Atef, de ser eu mesmo”, escreveu.

“Na guerra, você não é você mesmo”, disse ao Brasil de Fato sobre essa passagem do diário. Nesse contexto, ele enfatiza que é preciso sempre “relembrar de si”, “olhar no espelho e nas fotos do celular, e tentar agir normalmente”, uma vez que “tudo ao redor não é normal”.

“A guerra nos desumaniza, torna a vida uma coisa anormal. Eu senti muitas vezes que não era o Atef. Eu era o Atef durante o genocídio, e isso vive com você após a guerra. Mesmo que eu tenha saído de Gaza, eu ainda sinto que estou lá. Meu espírito, meu corpo, minhas memórias. Você não é mais você”.

A escrita como resistência

Atef também destaca como o diário que escreveu e os registros dos moradores de Gaza servem para levar a narrativa palestina para o mundo.

“O que nós escritores fazemos é documentar a vida como ela é. E esse foi o motivo central do diário. Eu me distanciava sobre o que estava acontecendo, tentando observar sobre o que acontecia, e escrevia. A verdade e a realidade são mais poderosas do que imaginação e ficção.”

“Eles nos querem atrás das cortinas”, diz o escritor sobre as tentativas israelenses de manter jornalistas fora de Gaza. Em um determinado momento, ele recorda que, após sucessivos assassinatos, – “um jornalista morto pelas forças de Israel em Gaza a cada um dia e meio” – não havia mais profissionais da imprensa na região: “Foram todos expulsos, suas casas e escritórios destruídos”.

Como escritor, ele considera que a decisão de reportar para o mundo por meio de um diário foi uma forma de “jornalismo alternativo”.

“Isso provia informação sobre a situação em Gaza. Não é o puro jornalismo, é um jornalismo narrativo, no qual você conta sobre a vida. Não é ficção, não é romance, não é história também. Mas uma mistura de tudo isso: jornalismo, narrativa e suspense também, de certa forma, uma história contada em primeira pessoa”

Uma guerra contra a memória palestina

Durante o diário, Atef relembra constantemente a importância da memória para a existência e cultura de um povo, principalmente para os palestinos. Em relato do dia 6 de dezembro de 2023, conta que a dança dabke (dança palestina) foi incluída na lista oficial da Unesco como “patrimônio imaterial cultural”, que o mesmo já havia sido feito com o bordado palestino tatreez e que ele também pediria a entrada do sabonete tradicional nabulsi.

“Coisas como essa podem parecer frívolas num primeiro momento, mas são parte da identidade de um povo e daquilo que é ameaçado, e potencialmente perdido, quando ocupações ou guerra expulsam repetidamente as pessoas de sua terra”, explica ao Brasil de Fato.

Enquanto comandava o Ministério da Cultura – cargo que manteve até março deste ano – Atef dizia a seus interlocutores que a pasta se equiparava ao Ministério da Defesa, tal a importância da preservação da memória palestina para sua existência.

“A guerra lançada contra a Palestina é uma guerra contra a nossa memória, nossa cultura, nossa narrativa dos fatos e acontecimentos. O papel do ministro da Cultura é preservar essa memória e manter tais narrativas. A cultura é a linha de frente principal para defender a causa nacional, no nosso caso.”

Quero estar acordado quando morrer teve seu lançamento em São Paulo durante a inauguração do Centro de Centro de Estudos Palestinos (CEPal) na Universidade de São Paulo (USP) na quinta-feira (16), onde o escritor ressaltou a importância da memória e da preservação da cultura e estudos sobre a Palestina.

Durante o seu discurso, Atef relembrou como o povo palestino sempre foi propositalmente retratado como sem cultura ou estudos, usando como exemplo o significado da palavra em inglês “philistine”, que significa “alguém que é hostil ou indiferente à cultura e às artes”, que faz menção direta aos filisteus, povo do qual os palestinos descendem.

“A escrita preserva a memória. O que escritores escrevem se torna parte da memória de um povo. É responsabilidade dos autores serem leais a sua nação, pois a memória é a identidade de todas as culturas. O que identifica uma nação são as tradições contadas através dos seus membros do passado. Todas as pessoas querem ser parte de uma grande e longa história.”

Atef lembra que as pessoas não podem esquecer o genocídio que acontece na Palestina. “Nós não podemos parar de falar sobre isso”, completa o escritor. “Estudar, ler e registrar sobre a cultura palestina e acontecimentos passados e atuais também são parte importante da preservação da memória palestina.”

“Pertencemos a um lugar, a uma civilização porque, assim, nós podemos explicar nossa existência; como falamos, como nos vestimos. E isso é muito importante. Nós não podemos mudar o curso da História, mas ao menos [o registro] será em nosso nome”, finaliza.

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Bolsonarismo e neopentecostais reivindicam a morte de líder do Hamas e ‘apocalipse’

Fomentados por atores como Carla Zambelli e Andre Valadão, bolsonarismo e neopentecostais adotam abordagens excêntrica após a morte de Yahya Sinwar.

Talvez você não esteja familiarizado, mas nome de Yahya Sinwar constou entre as publicações que receberam um maior volume de interações entre quinta-feira (17) e sexta-feira (18). Líder do Hamas, Sinwar foi morto e o vídeo divulgado por Israel foi publicado por inúmeras contas em diversas plataformas. Porém, em um movimento curiosamente restrito aos segmentos bolsonaristas e neopentecostais, o episódio pode ser destacado por sua aparente desconexão com outros temas e pautas que, até então, eram promovidos por estes clusters.

Assim, para além da repercussão na imprensa e no noticiário nacional sobre a morte do líder do Hamas, existe uma tentativa de atores da extrema-direita bolsonarista e perfis neopentecostais de “reivindicar” vitórias do estado de Israel – e a morte de Sinwar – para si. É o caso de atores como André Valadão (51 mil interações) e Carla Zambelli (90 mil interações). No mais, as principais publicações sobre o tema repercutem o assassinato de Yahya Sinwar e analisam as consequências para o conflito no Oriente Médio.

Quando nos debruçamos especificamente nos comentários realizados na publicação do líder neopentecostal Valadão, 40% fazem referência à proteção divina e a realização de profecias bíblicas, algo que estaria “nas escrituras” e apontando Israel como “a menina dos olhos de Deus”. Outros 30% destacam o Hamas como organização terrorista que precisa ser combatida a qualquer custo.

Já 15% dos comentários destacam um cenário apocalíptico e a segunda vinda de Cristo. Termos como “Maranata” e “a profecia está se cumprindo” refletem essa crença. Outros 10% indicam alguma preocupação com a escalada da violência, enquanto 5% acusam Lula e o governo de lamentar a morte do líder do Hamas com base em fake news.

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BRICS vai gerar maior parte do crescimento econômico global, diz Putin

“Em um futuro próximo, o BRICS gerará o principal aumento do PIB global”, disse o presidente russo, Vladimir Putin.

Reuters – O grupo BRICS gerará a maior parte do crescimento econômico global nos próximos anos graças ao seu tamanho e crescimento relativamente rápido em comparação com o das nações ocidentais desenvolvidas, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira.

Putin será o anfitrião de uma cúpula do grupo na cidade de Kazan, de 22 a 24 de outubro. Ele espera construir o BRICS – que se expandiu para incluir Egito, Eti, Irã e Emirados Árabes Unidos, além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – como um poderoso contrapeso ao Ocidente na política e no comércio.

“Os países da nossa associação são essencialmente os impulsionadores do crescimento econômico global. Em um futuro próximo, o BRICS gerará o principal aumento do PIB global”, disse Putin a autoridades e empresários no fórum de negócios do BRICS em Moscou.

“O crescimento econômico dos membros do BRICS dependerá cada vez menos de influência ou interferência externa. Isso é essencialmente soberania econômica”, acrescentou Putin.

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Exercício militar da Otan aumenta riscos de guerra nuclear em meio à crise na Ucrânia, dizem especialistas chineses

A Otan iniciou seu exercício nuclear anual “Steadfast Noon” na segunda-feira com mais de 60 aeronaves participando de voos de treinamento sobre a Europa.

Global Times – O exercício nuclear anual da Otan pode aumentar os riscos de uma guerra nuclear, pelo menos no nível de armas nucleares táticas, no campo de batalha do conflito Rússia-Ucrânia, disseram analistas chineses, enquanto a aliança militar liderada pelos EUA lançou seu exercício de duas semanas a partir de segunda-feira (14).

A Otan iniciou seu exercício nuclear anual “Steadfast Noon” na segunda-feira com mais de 60 aeronaves participando de voos de treinamento sobre a Europa Ocidental. O Steadfast Noon dura duas semanas e envolve jatos de combate capazes de transportar ogivas nucleares dos EUA, mas não envolve nenhuma arma real, de acordo com a Otan.

Os jatos de combate F-35A e os bombardeiros B-52 estão supostamente entre cerca de 60 aeronaves de 13 países que participam do exercício Steadfast Noon, sediado pela Bélgica e Holanda, disseram autoridades da OTAN. “Todo o exercício se concentrará particularmente no Reino Unido, no Mar do Norte, mas também na Bélgica e na Holanda”, disse o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Londres após reuniões com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou a Reuters.

O exercício nuclear da Otan é uma atividade de treinamento rotineira e recorrente que acontece todo mês de outubro. O Steadfast Noon envolve 2.000 militares de oito bases aéreas e uma variedade de tipos de aeronaves, incluindo jatos com capacidade nuclear, bombardeiros, escoltas de caça, aeronaves de reabastecimento e aviões capazes de reconhecimento e guerra eletrônica, de acordo com o site da OTAN.

O exercício da Otan ocorre no contexto de tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente. Em 25 de setembro, o presidente russo Vladimir Putin alertou o Ocidente que a Rússia poderia usar armas nucleares se fosse atingida por mísseis convencionais, e que Moscou consideraria qualquer ataque a ela apoiado por uma potência nuclear como um ataque conjunto, informou a mídia.

O especialista militar chinês Song Zhongping disse ao Global Times na segunda-feira que o exercício nuclear da Otan tem como objetivo o combate real, já que aeronaves militares capazes de transportar ogivas nucleares estão sendo incluídas; ogivas que podem ser transportadas por jatos de caça são táticas, o que significa que a OTAN também está diminuindo o limite da aliança sobre o uso de armas nucleares, e este é um sinal perigoso.

“Agora há um perigo de conflito direto entre a Rússia e a Otan nos campos de batalha da crise da Ucrânia, e agora, uma vez que ambos os lados reduziram seus limites para o uso de armas nucleares, uma vez que o conflito ocorra, comparado ao passado, o conflito pode escalar para uma guerra nuclear mais facilmente. Isso é realmente preocupante para a comunidade internacional”, Song observou.

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Amianto liberado por bombardeios de Israel deve multiplicar mortes por câncer em Gaza, alertam especialistas

Mortes por doenças ligadas ao mineral após atentado às torres gêmeas em 2001 foram mais que o dobro das dos ataques.

Além das dezenas de milhares de mortes causadas na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses contra a região deixam os sobreviventes expostos a uma substância que tem o potencial de multiplicar o número de mortes na região nos próximos anos: o amianto.

Presente em grande parte das estruturas de Gaza, esse mineral é altamente cancerígeno quando disperso e liberado na atmosfera.

“É considerada uma fibra extremamente cancerígena, dependendo do tamanho, da absorção e da quantidade pode gerar sérias complicações. É um produto cancerígeno, então pode dar um câncer de pulmão e pode dar um câncer na pleura chamado mesotelioma, totalmente relacionado à exposição a essa fibra”, explica ao Brasil de Fato o pneumologista Walter Costa da Uerj.

Ao destruir as edificações da região, os bombardeios de Israel fazem com que grandes quantidades de amianto sejam transportadas pelo ar em minúsculas partículas, que são inaladas pela população. De acordo com estimativas das Nações Unidas, cerca de 800 mil toneladas de escombros bombardeados em Gaza podem estar contaminados com amianto.

“Em cada prédio que se derruba a quantidade de amianto é significativa porque tem nas telhas, tem nas fibras ocasionadas nas construções. E isso indiscutivelmente vai gerar um impacto não só dentro dessa fase inicial, mas principalmente no decorrer dos anos pessoas que estão convivendo nessa situação de exposição a essas micropartículas.”

*BdF