Categorias
Uncategorized

Chance de Lula vencer disputa é de 70%, diz relatório da Eurásia

Possibilidade de ex-presidente sair vencedor da eleição já no primeiro turno é de 15%, segundo dados da Eurasia Group.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 70% de chance de sair vitorioso da disputa presidencial em 2022, segundo relatório divulgado pela consultoria Eurasia Group.

Os mesmos prognósticos apontam 20% de chances de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e 10% de chance de vitória de um candidato da terceira via.

A análise, elaborada com o uso de modelos matemáticos para traçar cenários políticos e econômicos, aponta 15% de chances de Lula definir a disputa já no primeiro turno.

Os cálculos divulgados consideram uma chance de 65% para um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, e 20% contra um candidato da terceira via.

No segundo turno, Lula pode ter 70% de chances de vitória, contra 30% caso seu oponente seja Bolsonaro. Contra um candidato da terceira via, a disputa seria mais apertada: 55% para o ex-presidente e 45% para o adversário

*Com informações da Forum

Siga-nos no Telegram

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Brasil da burguesia financeira acaba com a ciência e abre fosso tecnológico

Em meio à revolução tecnológica – alterando profundamente o caráter da sociedade moderna –, a humanidade vive a transição da hegemonia ocidental para a eurásia, anúncio do fim da atual ordem mundial. Se o desfecho é certo, o novo cenário é uma incógnita.

O Brasil, que perdeu a primeira revolução industrial (porque a casa-grande optou pela persistência de uma arcaica sociedade agrário-exportadora fundada no latifúndio e no escravismo), corre o risco de mais uma vez deixar passar vazio o bonde da história; quando o mundo avança tão celeremente no domínio de novas tecnologias, abrindo um leque inimaginável de transformações políticas e sociais, com a atividade econômica exigindo cada vez mais conhecimento científico e tecnológico, ou seja, mais escolaridade, o Brasil do capitão Bolsonaro, da burguesia financeira e dos engalanados que lhe dão sustento vira as costas para o ensino, a pesquisa e a inovação. Breve, o fosso tecnológico que já nos separa dos desenvolvidos – os países produtores de conhecimento – será intransponível, condenando as futuras gerações a novas formas de subdesenvolvimento, com seu contingente de fome e injustiça social.

Quando se exacerbam as rivalidades de blocos, anunciantes do confronto entre o imperialismo norte-americano e a emergência eurasiana, liderada pela China, ensejando a países com as nossas características a oportunidade de abrir seu próprio caminho, o governo do capitão, dos generais comissionados e dos empresários sem pátria opta pela aliança subalterna à geopolítica do grande irmão do Norte. É o preço de uma classe dominante alienada e forânea, refletida no bolsonarismo.

No plano interno, o saber é visto sob suspeita; a escola pública é mal a ser erradicado; a produção do conhecimento, mormente aquele que enseja a autorreflexão, é chaga a ser combatida. O Brasil dos sonhos do reacionarismo não precisa de técnicos, de cientistas, de pesquisadores ou de professores, simplesmente porque não vislumbra projeto autônomo de sociedade e país.

Este verdadeiro antiprojeto nacional, no qual se empenha o bolsonarismo, é, contudo, obra partilhada pela classe dominante, porque dele usufrutuária; não se ouve, até aqui, um pio de protesto do chamado empresariado quando o governo, com o concurso de um congresso dominado pelo fisiologismo do “centrão”, corta quase todo o orçamento do CNPq, 90% das verbas destinadas à pesquisa. O país vai mal; o povo, desempregado, subempregado ou desalentado, de mal a pior; mas a casa-grande ri a bandeiras despregadas.

O neoliberalismo do ministro da Economia levou o país à estagnação, os trabalhadores ao desemprego; no entanto, quanto mais aumenta a pobreza, mais crescem os dividendos da burguesia rentista, beneficiária de um capitalismo de marginalização social, cujo leitmotif é aumentar o lucro dos que já têm tudo. Dos pobres se extrai o salário, a previdência, o trabalho e a esperança. Se o real –arrastado pela estagnação econômica – é desvalorizado, os especuladores, como o inominável Paulo Guedes, acumulam dólares nos paraísos fiscais onde enfurnam suas fortunas, que não param de crescer enquanto a economia nacional desliza ladeira abaixo.

Os números são escandalosos: em dez anos o crescimento de favelas corresponde a 95 mil maracanãs.

Possuímos uma orgulhosa agricultura, altamente capitalizada, de alta produtividade e de alta lucratividade, mas que não alimenta a população. Hoje, na segunda década do terceiro milênio, 112 milhões de brasileiros sofrem algum grau de insegurança alimentar e 20 milhões enfrentam a fome, diariamente (Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar).

A produção industrial, enquanto a FIESP nem tuge nem muge, observa a quarta queda mensal consecutiva e a sétima em nove meses, imposta por redução de demanda. Caiu em outubro (0,4%) quando em setembro já estava em 19,4% abaixo de maio de 2011, assinalando um comportamento negativo persistente. Qualquer hipótese de desenvolvimento vai requerer investimento, uma dependência do mercado interno que não se conjuga com concentração de renda e desemprego.

A panaceia do especulador sentado no ministério da economia é a redução de direitos trabalhistas, mantra do sistema financeiro, enquanto o fracasso rotundo do neoliberalismo de oitiva favorece a persistente alta do dólar, alimenta a inflação e aciona a espiral dos juros que congela o investimento privado.

O perverso casamento da inflação com a recessão, constrói a estagflação, o pior dos mundos. O PIB deste ano deve girar em torno de 1% (se podemos nos fiar nas projeções do Banco Central). Já relativamente a 2022 as estimativas variam entre “crescimento” zero e 0,5% (murmúrios do “mercado”). A inflação não deve conformar-se nos 10% de hoje, índice já bem acima da meta (3,7%). Começaremos 2022 com uma expectativa de 11% de juros (Selic). A queda das vendas do varejo (o outro nome da queda do consumo) de setembro último em comparação com setembro de 2020 foi de 5,5% (IBGE). Mesmo a construção civil, que se tinha como restabelecida, revela as consequências da crise que, política, invade a economia, e se revela de corpo inteiro na queda do Índice de Confiança, calculado pelo Ibre/FGV, a primeira em seis meses.

Um general da ativa desmontou o Ministério da Saúde, e assim o exército contribuiu para o aumento das vítimas da pandemia, que o capitão batizara de “gripezinha”; um general da reserva, com salários superiores a 300 mil reais, empenha-se na destruição da Petrobrás que colegas seus de outra cepa ajudaram a construir. Quando o Brasil alcança a autossuficiência em petróleo, a gasolina atinge o maior valor do século, e é vendida nas bombas à média de R$ 8,00 o litro.

O país vai de mal a pior: queda da bolsa, queda da produção industrial, alta do dólar. A inflação de dois dígitos, com tendencial de crescimento, corrói a economia e consome o poder de compra dos trabalhadores. O desemprego – que alcança quase 14% da população ativa — dá as mãos à estagnação econômica, e a expectativa de recuperar o desenvolvimento recua às calendas gregas; milhões de brasileiros passam fome – catando comida em caminhões de lixo e ossos em açougues.

Mas a burguesia financeira tem todas as razões para soltar balões, pois os bancos jamais lucraram como agora! O trio Santander, Itaú e Bradesco vê os ganhos crescerem 28,5% no findo terceiro trimestre. É mais um “prodígio” do capitalismo brasileiro, a fazer inveja ao professor Delfin Neto, o mago do “milagre econômico” da ditadura militar.

O Bradesco registrou lucro líquido de R$ 6,767 bilhões uma alta de 34,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O segundo maior resultado da história do conglomerado. Mas não deixou seus irmãos de oligopólio chupando o dedo: o Itaú anuncia um lucro de R$ 6,77 bilhões, um crescimento de 34,7% e o Santander, no mesmo trimestre, um lucro de R$ 4,27 bilhões, o que representa uma alta de 12,1% sobre o mesmo trimestre do ano passado. Não há emprego, não há renda, não há consumo, produção em queda, mas o capitalismo brasileiro é capaz de produzir assombro como esse.

Por isso, no Brasil, faça chuva, faça sol, rico ri à toa.

*Roberto Amaral/Carta Campinas

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Presidente da Eurasia Group diz que Lula traria mais estabilidade econômica ao Brasil

Para cientista político Ian Bremmer, é extremamente improvável uma reeleição.

Os planos do governo de romper o teto de gastos para financiar o pagamento do Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, têm provocado uma forte reação negativa do mercado, e podem contribuir para uma piora ainda maior da popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A avaliação é de Ian Bremmer, presidente da consultoria política global Eurasia Group. Se o presidente brasileiro perder o que ainda lhe resta de apoio junto a empresários e investidores, as chances de uma reeleição em 2022, diz o especialista, ficam ainda mais distantes.

“Os eventos das últimas 24 horas deixaram muito claro que está ficando cada vez mais difícil para Bolsonaro conseguir chegar ao segundo turno”, disse Bremmer, em entrevista à Folha concedida na manhã desta sexta-feira (22), no dia seguinte ao do anúncio da saída de secretários de Paulo Guedes (Economia).

Na sexta à tarde, Guedes defendeu o plano do governo para turbinar o Bolsa Família, que promove uma manobra para driblar regras fiscais. Ele estava ao lado de Bolsonaro, o que acalmou o mercado.

O cientista político afirmou também que um enfraquecimento de Bolsonaro pode abrir espaço para que uma candidatura de centro venha a disputar o segundo turno com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em caso de vitória do petista, Bremmer não espera por uma saída volumosa de capital do país. Pelo contrário. “Na verdade, espero que haja uma estabilidade maior na economia [nesse cenário]”, afirmou o especialista, que será um dos palestrantes do evento Anbima Summit que ocorre na semana que vem.

Tivemos nos últimos dias um aumento no ruído político no Brasil, com declarações do governo sobre o Auxílio Brasil e o teto de gastos. Como o sr. avalia os eventos recentes e seus impactos para o país? A popularidade de Bolsonaro está muito baixa, na esteira de desafios econômicos como a questão energética e a alta da inflação. E, claro, a falta de coordenação durante a pandemia. A grande questão, especialmente agora, após importantes nomes da equipe econômica do [ministro Paulo] Guedes terem saído, é que sua popularidade pode diminuir. E se perder o time econômico, Bolsonaro entrará em uma queda livre. Haverá uma forte punição por parte do mercado, e aumentam as chances de o Brasil voltar a ter uma recessão em um ano eleitoral.

Os eventos das últimas 24 horas deixaram muito claro que está ficando cada vez mais difícil para Bolsonaro conseguir chegar ao segundo turno. Ouvimos de muitos empresários e investidores no Brasil, que antes eram grandes apoiadores de Bolsonaro, dizerem agora de maneira privada que já não o apoiam mais.

Ian Bremmer, em entrevista à Folha de São Paulo

Quais consequências esse cenário pode trazer? A implicação mais interessante que pode haver seria Bolsonaro perder tanto apoio a ponto de abrir espaço para uma terceira via. Sabemos que Lula será um dos candidatos que deve chegar no segundo turno, e seria natural de se esperar que o atual presidente também conseguisse chegar lá, mas esse pode não ser o caso. As barreiras ainda são altas para uma terceira via, mas Bolsonaro tem cometido muitos equívocos, e isso em um contexto em que ainda estamos em uma grave crise.

Acho que é extremamente improvável que o Bolsonaro seja reeleito, e vejo como uma possibilidade crescente um candidato do centro disputando contra Lula. A terceira via é um evento que com certeza seria muito bem recebido por empresários e investidores.

Na Eurasia, temos tido diversas conversas com esses potenciais candidatos para falarmos sobre suas plataformas, mas não é ainda o cenário-base. Se me perguntar hoje qual a maior probabilidade que vejo, ainda é de uma disputa entre Lula e Bolsonaro, com Lula sendo o vencedor da disputa.

Qual sua expectativa quanto a um eventual retorno de Lula à Presidência no Brasil? Provavelmente mais moderado em termos de orientações políticas a serem seguidas, em comparação ao que ele já foi no passado. E obviamente descontente com o Judiciário, e talvez com questões a serem resolvidas, por se sentir completamente injustiçado ao ter sido condenado e preso.

Por outro lado, não acredito que Lula tenha intenções como de estatizar a indústria do país ou de se tornar um socialista. Acredito que será um governo social democrata, pró-trabalhadores, pró-emprego, mas que não será um nome que o mercado terá aversão.

Não acredito que haverá uma saída maciça de capital se Lula vencer as eleições. Na verdade, espero que haja uma estabilidade maior na economia [nesse cenário]. E digo isso não apenas como um analista, mas como alguém que tem dois escritórios no Brasil, em São Paulo e em Brasília. Vamos contratar mais pessoas apenas quando tivermos uma clareza maior sobre as perspectivas para as eleições.

Qual a probabilidade de vitória de Bolsonaro? Hoje estimamos em algo próximo de 20%. É importante destacar que a as eleições ainda estão longe, e muita coisa pode acontecer até lá. Mas está muito claro que a popularidade de Bolsonaro está bastante baixa. Não tão baixa a ponto de ele sofrer um impeachment, mas tornando a reeleição muito improvável.

Uma das principais razões para apontarmos com tanta antecedência essa baixa probabilidade de Bolsonaro vencer é pelo fato de que a economia deve passar por momentos desafiadores nos próximos 12 meses. E seja ou não ele o culpado, a culpa sempre vai recair sobre o presidente se a economia não estiver bem quando as eleições chegarem. É um momento econômico ruim para Bolsonaro conseguir se reeleger.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição