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Bernie Sanders diz que posição dos EUA sobre a crise na Ucrânia é ‘hipócrita’

O senador norte-americano afirmou que os EUA estão condenando uma política externa que eles mesmo praticam por meio da Doutrina Monroe.

O senador norte-americano Bernie Sanders, parlamentar independente do estado de Vermont, advertiu que o mundo poderá enfrentar “a pior guerra europeia em mais de 75 anos”, e conclamou os EUA a “fazerem todo o possível para tentar encontrar uma solução diplomática para o que poderia ser um conflito enormemente destrutivo”.

Sanders não isenta Putin de responsabilidade pela crise, mas também disse que Moscou tinha “preocupações legítimas” com a expansão da OTAN para o leste em direção à Rússia e que a rejeição das preocupações russas por parte dos EUA era “hipócrita”. Sanders expressou preocupação com “as batidas familiares dos tambores em Washington” e advertiu contra a “retórica belicosa que se amplifica antes de cada guerra”.

O senador por Vermont, uma liderança progressista no Capitólio, disse que o reconhecimento das “raízes complexas das tensões” na região é fundamental para promover uma resolução pacífica da crise. “É bom conhecer alguma história… A invasão pela Rússia não é uma resposta; nem a intransigência da OTAN”, disse Sanders. “Também é importante reconhecer que a Finlândia, um dos países mais desenvolvidos e democráticos do mundo, faz fronteira com a Rússia e escolheu não ser membro da OTAN.

“Putin pode ser um mentiroso e um demagogo, mas é hipócrita para os Estados Unidos insistir que não aceitamos o princípio de ‘esferas de influência’”, disse Sanders. Ele apontou a longa tradição da política externa dos EUA ser baseada na Doutrina Monroe, que diz que os EUA podem essencialmente fazer o que quiserem, especialmente no continente americano. Sanders observou que ela tem sido usada para derrubar “pelo menos uma dúzia de governos”.

Ele disse que mesmo que a Rússia não fosse governada por “um líder autoritário corrupto” como Putin, o governo russo “ainda teria interesse nas políticas de segurança de seus vizinhos”. “Alguém realmente acredita que os Estados Unidos não teriam algo a dizer se, por exemplo, o México fosse formar uma aliança militar com um adversário norte-americano?” perguntou Sanders.

“Os países deveriam ser livres para fazer suas próprias escolhas de política externa, mas fazer essas escolhas sabiamente requer uma séria consideração dos custos e benefícios”, acrescentou Sanders. “O fato é que os EUA e a Ucrânia entrando em uma relação de segurança mais profunda provavelmente terá alguns custos muito sérios para ambos os países”.

*Com Ópera Mundi

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Ali Khamenei: Ucrânia é ‘vítima de crises criadas pelos EUA’

O líder supremo do Irã afirma que o cenário na Ucrânia acontece por interferências feitas pelos EUA no país que acabaram levando Kiev a decisões erradas, e que é preciso identificar a raiz da questão.

Nesta terça-feira (1º), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se posicionou em relação à operação militar especial russa na Ucrânia. Segundo o líder, Kiev é refém “das crises criadas pelos Estados Unidos”.

“O Irã apoia o fim da guerra na Ucrânia. Queremos que a guerra termine, mas a solução para qualquer crise só é possível se raiz da causa for identificada. A raiz da crise na Ucrânia são as políticas dos EUA que criam crises, e a Ucrânia é vítima dessas políticas”, afirmou Khamenei de acordo com a agência Tasnim.

Na visão do aiatolá, Washington “empurrou a Ucrânia para situação de agora”, ao “interferir nos assuntos internos do país, criando revoluções coloridas e derrubando um governo”.

“A situação da Ucrânia tem duas lições importantes. Os governos que dependem dos EUA e da Europa devem saber que seu apoio é uma miragem e não real. A Ucrânia de hoje é o Afeganistão de ontem. Os presidentes de ambos os países disseram que confiavam nos governos dos EUA e do Ocidente, mas foram deixados sozinhos”, alertou o líder.

Ontem (28), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou um pedido para entrada da Ucrânia na União Europeia. Hoje (1º), o presidente afirmou que “conosco, a União Europeia certamente será mais forte, e sem vocês a Ucrânia será solitária”.

Entretanto, para Khamenei, se o povo ucraniano estivesse mais envolvido, o governo não tomaria as decisões que vem determinando.

“Os EUA são uma manifestação da ignorância moderna, da discriminação, da opressão e da criação de crises no mundo de hoje. Basicamente, o regime dos EUA cria crises, vive de crises e se alimenta de várias crises no mundo. A Ucrânia é outra vítima desta política”, acrescentou.

*Com Sputnik

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Vídeo: míssil destrói sede do governo de Kharkiv

Kharkiv – Carcóvia – é a segunda maior cidade da Ucrânia.

A sede da administração regional de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, foi alvo de um míssil na madrugada desta terça-feira (1º/3).

Nas imagens, é possível ver que o prédio não chega a ser atingido diretamente pelo armamento, que cai logo em frente. No entanto, ainda não há informações sobre possíveis vítimas ou feridos.

Em um vídeo feito por uma testemunha logo após o bombardeio, a rua aparece coberta por destroços e carros que estavam estacionados na rua em frente ao prédio, queimados.

Confira as imagens:

Invasão russa entrou no 5º dia

A segunda-feira (28/2), quinto dia de confronto, ficou marcada pelas reações ao conflito. A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.

Belarus entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedido a fronteira para a invasão russa. Resultado: acabou sofrendo sanções econômicas.

Rússia e Ucrânia se reuniram em Belarus na tentativa de negociar um cessar-fogo. Não vingou. Nesta terça-feira (1º/3), um novo encontro ocorrerá.

Apesar da investida, o governo de Belarus diz que não haverá ação militar durante a reunião.

As sanções econômicas começam a fazer efeito e preocupar os russos. Na manhã desta segunda, Putin reuniu os principais dirigentes do seu governo para buscar soluções à ofensiva de países ocidentais. Horas depois, o governo anunciou que cidadãos russos estão impedidos de enviar dinheiro ao exterior.

O Banco Central russo aumentou a taxa de juros de 9,5% para 20%. A medida visa frear aumento previsto da inflação e evitar desvalorização ainda maior de sua moeda, o rublo, que teve queda de 40%. Diante do turbilhão, a bolsa de valores em Moscou não abriu na segunda-feira nem deverá funcionar nesta terça (1º/3).

*Com Metrópoles

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Vídeos: Agrava a situação em Kiev; supermercados vazios; não há gasolina

De acordo com notas emitidas pelo Twitter de correspondentes internacionais brasileiros, a situação em Kiev, capital da Ucrânia, se deteriorou rapidamente nas últimas horas.

O correspondente da Band e do Globo Yan Bechat informa:

“Estamos sem conseguir dinheiro, pouca gasolina e poucos recursos. Decidimos recuar em direção a Lviv enquanto ainda é possível. Kiev estava linda hj depois da neve que caiu na madrugada.”

Supermercados vazios

Já o fotógrafo e repórter cinematográfico Gabriel Chaim, veterano e premiado correspondente de guerra, exibe um filme que mostra supermercados da capital ucraniana quase vazios.

“A corrida de pessoas tentando agarrar o que sobrou tornou-se uma busca desesperada pela sobrevivência, pois ninguém sabe o que vem a seguir”, avisa.

https://twitter.com/gabriel_chaim/status/1498614297752219656?s=20&t=3_ZO-0IVZKoQs7nDBrBO-A

Diplomata brasileiro pede ajuda

Enquanto isso, o diplomata Luís Fernando Machado, chefe da Divisão de Promoção Tecnológica do Itamaraty, postou em sua conta no LinkedIn um pedido para seus “queridos amigos ao redor do mundo”:

“Ajudem o Exército ucraniano”.

Em seguida, informou várias contas bancárias abertas especialmente para este fim.

Machado, que já serviu nas embaixadas em Moscou e Kiev, fez algo raro na diplomacia: tomou uma posição, independentemente da posição oficial do Brasil, segundo coluna de Lauro Jardim

*Com Forum

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Expulsão de bancos russos do Swift faz disparar ações do sistema financeiro chinês

Orient Group e HyUnion Holding negociaram ações de Xangai com alta de10% cada. Aumentos foram de 20% para Infosec Technologies e Forms Syntron Information

Agência RT – Na sequência da decisão tomada pelos EUA, União Europeia, Reino Unido, Canadá e Coreia do Sul de retirar alguns bancos russos do sistema interbancário SWIFT, várias empresas chinesas ligadas ao sistema alternativo de pagamentos interbancários do gigante asiático começaram a registar ganhos significativos.

As ações do Orient Group e da HyUnion Holding fecharam as negociações no mercado de ações de Xangai na segunda-feira com alta de cerca de 10% cada. Enquanto Infosec Technologies e Forms Syntron Information fecharam o dia com aumentos de até 20%.

A China possui seu próprio sistema de Sistema Internacional de Pagamentos (CIPS), que, em combinação com o yuan digital, pode se tornar uma alternativa real para as operações dos bancos russos, informa a Bloomberg.

Ameaça ao dólar?

Pequim provavelmente rejeitará qualquer ameaça de sanções do Ocidente por aceitar bancos russos sancionados em seu sistema de pagamentos. A adesão das entidades financeiras da Rússia fortalecerá o CIPS e unirá ainda mais as duas potências, colocando em risco o futuro do dólar americano como moeda de reserva mundial, observa o meio de comunicação.

Por outro lado, a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiúllina, afirmou na segunda-feira que o Sistema Russo de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em russo) pode servir como equivalente ao sistema interbancário SWIFT.

Nabiúllina observou que a infraestrutura financeira do país continuará funcionando sem interrupção mesmo após a implementação das sanções.

“Estamos desenvolvendo, entre outros, a infraestrutura financeira interna, para que funcione sem interrupção. Como temos o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS), que pode substituir o SWIFT no território do país, outros participantes também poderão conectar do exterior”, explicou o presidente da entidade, que também indicou que o sistema nacional de cartões de pagamento processa normalmente as operações dentro do país.

Na quinta-feira passada, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou “uma operação militar especial para defender o Donbass”. Em uma mensagem especial aos cidadãos russos, o presidente explicou que o objetivo da operação é “proteger as pessoas que foram submetidas a abusos e genocídios pelo regime de Kiev por oito anos”.

O Ministério da Defesa russo assegurou que as Forças Armadas russas visam a infraestrutura militar ucraniana e não atacam as tropas rendidas ou a população civil.

*Com 247

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VÍDEO: Crianças palestinas são brutalmente agredidas por forças israelenses

Há informações até mesmo de bebê de 6 meses ferido diante a investida de polícia israelense contra palestinos em Jerusalém; assista.

Enquanto o mundo volta os olhos para a guerra entre Rússia e Ucrânia, a população palestina segue sendo massacrada por forças israelenses. Nesta segunda-feira (28), a polícia de Israel promoveu um ataque violento contra palestinos, incluindo crianças, no Portão de Damasco, em Jerusalém.

A investida brutal aconteceu durante a comemoração do feriado muçulmano de al-Isra Wal Miraj. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver crianças sendo detidas e brutalmente agredidas por policiais em meio ao tumulto. Inúmeros palestinos adultos foram alvo de agressão por parte das forças israelenses e circula, inclusive, informação sobre um bebê palestino ferido.

Segundo relatório divulgado em agosto do ano passado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 9 crianças palestinas foram mortas por forças de Israel entre maio de julho de 2021, enquanto outras 556 foram feridas e 170 presas.

Assista às cenas do novo ataque realizado contra palestinos

*Com Forum

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Proibição do SWIFT na Rússia pode ser ‘tiro pela culatra’ no Ocidente

Todos os bancos russos já sujeitos a sanções serão desconectados do SWIFT, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sábado (26).

A União Europeia, o Reino Unido, o Canadá e os EUA concordaram em excluir a Rússia da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) após a implementação da operação especial militar da Rússia para “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

“A remoção dos bancos russos do SWIFT significa que, embora as transações possam continuar a ocorrer, os meios de comunicação se tornaram mais lentos”, diz a professora assistente do Instituto Nacional de Finanças e Políticas Públicas de Nova Deli Suranjali Tandon à Sputnik. “Para prever o impacto, é importante avaliar o número de bancos que atualmente usam o SWIFT e o tamanho das transações realizadas por meio deles”.

O SWIFT é uma organização independente com sede na Bélgica que serve como um sistema interno de mensagens entre mais de 11.000 bancos e instituições financeiras em mais de 200 países. Vários grandes bancos russos, incluindo Sberbank e VTB, podem ser desconectados do sistema nos próximos dias.
Os líderes ocidentais também se comprometeram “a impor medidas restritivas que vão impedir o Banco Central da Rússia de implantar suas reservas internacionais de maneira a prejudicar o impacto de nossas sanções”.

A logo da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT) com as cores da bandeira russa ao fundo - Sputnik Brasil, 1920, 26.02.2022

O Vnesheconombank (VEB) da Rússia afirmou que, tendo sido desconectado do SWIFT, o país vai mudar para o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em inglês) do Banco Central da Rússia e outros canais alternativos.

“Em 2014, a Rússia já havia iniciado uma mudança para seu sistema de pagamento alternativo chamado SPFS”, diz Tandon. “Na medida em que esses bancos são usados para pagamentos transfronteiriços, o impacto das sanções atuais não terá o efeito pretendido.” De acordo com o site do Banco Central da Rússia, pelo menos 331 bancos, nacionais e estrangeiros, estão listados como usuários do sistema SPFS.

“A retirada da Rússia do SWIFT não representa uma ameaça para nossas liquidações internas, estimula a disseminação do rublo como moeda internacional e, ao mesmo tempo, reduz a possibilidade de controle destrutivo pelo Ocidente de nossas operações de liquidação”, afirmou no domingo (28) o chefe da Comissão do Conselho da Federação para a Proteção da Soberania do Estado, Andrei Klimov.

Ao mesmo tempo, a retirada da Rússia do SWIFT deve desacelerar as exportações, importações e fluxos de capital entre o país e seus parceiros. De acordo com Tandon, a medida será um tiro pela culatra para os Estados, incluindo os da UE, que mantêm o comércio ou dependem do fornecimento de energia da Rússia.

“Interrupções no fornecimento causadas por falhas de pagamento podem ter consequências significativas para os parceiros comerciais”, explica ela. “Além disso, as empresas estrangeiras que operam na Rússia também serão afetadas negativamente.”

Segundo observadores internacionais, a situação é agravada pelo fato de a economia mundial ainda ser frágil devido aos efeitos negativos da pandemia de COVID-19 e das medidas restritivas que a acompanham. Enquanto isso, as economias dos EUA e da Europa estão sofrendo com a inflação crescente, com o aumento dos preços da energia ameaçando acelerá-la ainda mais.

O próximo aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA pode desencadear uma onda de crises de dívida entre as economias do terceiro mundo, de acordo com os prognósticos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além disso, grandes blocos também podem ser usados como plataformas para sistemas alternativos de transação. Um deles é o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que tem uma população combinada de mais de 40% da população mundial.

A China já desenvolveu seu Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS, na sigla em inglês), sua própria alternativa ao SWIFT. Lançado em outubro de 2015, o CIPS cresceu 80% em termos de valor em 2018. Apenas em 2019, o CIPS teria processado 135,7 bilhões de yuans (cerca de R$ 100,2 bilhões) por dia. Para efeitos comparativos, o SWIFT processa cerca de US$ 5 trilhões a US$ 6 trilhões (entre R$ 25,8 trilhões e R$ 31 trilhões) diariamente.

*Com Sputnik

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The Guardian: Reveladas as conexões offshore do presidente ucraniano, o antioligarca

Volodymyr Zelenskiy criticou políticos que escondem riqueza no exterior, mas não divulgou links para a empresa BVI.

Foi um enredo que em tempos anteriores teria parecido impossível. Durante quatro anos, o ator e comediante Volodymyr Zelenskiy entreteve o público da TV na Ucrânia com seu papel principal na sitcom Servant of the People. Zelenskiy interpretou um professor que, indignado com a corrupção crônica de seu país, concorre com sucesso à presidência. Em 2019, Zelenskiy tornou a ficção real quando contestou a eleição presidencial real da Ucrânia e venceu.

Na campanha, Zelenskiy prometeu limpar o sistema dominante dominado por oligarcas da Ucrânia. E ele criticou políticos como o rico titular Petro Poroshenko, que escondeu seus ativos no exterior. A mensagem funcionou. Zelenskiy obteve 73% dos votos e agora ocupa um escritório cavernoso na capital, Kiev, decorado com tetos de estuque dourado. No mês passado, ele conversou com Joe Biden no Salão Oval.

Os documentos de Pandora, vazados para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) e compartilhados com o Guardian como parte de uma investigação global, no entanto, sugerem que Zelenskiy é bastante semelhante a seus antecessores.

Os documentos vazados sugerem que ele tinha – ou tem – uma participação anteriormente não revelada em uma empresa offshore, que ele parece ter transferido secretamente para um amigo semanas antes de ganhar a votação presidencial.

O que são os papéis de Pandora?

Os papéis de Pandora são o maior tesouro de dados vazados que expõem o sigilo dos paraísos fiscais da história. Eles fornecem uma rara janela para o mundo oculto das finanças offshore, lançando luz sobre os segredos financeiros de algumas das pessoas mais ricas do mundo. Os arquivos vazaram para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que compartilhou o acesso com o Guardian, a BBC e outros meios de comunicação em todo o mundo. No total, o acervo consiste em 11,9 milhões de arquivos vazados de um total de 14 prestadores de serviços offshore, totalizando 2,94 terabytes de informações. Isso o torna maior em volume do que os papéis do Panamá (2016) e os papéis do paraíso (2017), dois vazamentos offshore anteriores.

De onde vieram os documentos de Pandora?

O ICIJ, uma organização sem fins lucrativos de jornalismo com sede em Washington DC, não está identificando a fonte dos documentos vazados. Para facilitar uma investigação global, o ICIJ deu acesso remoto aos documentos a jornalistas em 117 países, incluindo repórteres do Washington Post, Le Monde, El País, Süddeutsche Zeitung, PBS Frontline e Australian Broadcasting Corporation. No Reino Unido, a investigação foi liderada pelo Guardian e pela BBC Panorama.

O que é um provedor de serviços offshore?

Os 14 prestadores de serviços offshore no vazamento fornecem serviços corporativos para indivíduos ou empresas que buscam fazer negócios no exterior. Seus clientes geralmente procuram estabelecer discretamente empresas ou fundos em paraísos fiscais levemente regulamentados, como as Ilhas Virgens Britânicas (BVI), Panamá, Ilhas Cook e o estado americano de Dakota do Sul. As empresas registradas no exterior podem ser usadas para manter ativos como propriedades, aeronaves, iates e investimentos em ações e ações. Ao manter esses ativos em uma empresa offshore, é possível esconder do resto do mundo a identidade da pessoa a quem eles realmente pertencem, ou o “proprietário efetivo”.

Por que as pessoas transferem dinheiro para o exterior?

Geralmente por motivos fiscais, sigilosos ou regulatórios. As jurisdições offshore tendem a não ter impostos sobre a renda ou as empresas, o que as torna potencialmente atraentes para indivíduos e empresas ricos que não querem pagar impostos em seus países de origem. Embora moralmente questionável, esse tipo de evasão fiscal pode ser legal. As jurisdições offshore também tendem a ser altamente sigilosas e publicam pouca ou nenhuma informação sobre as empresas ou trusts ali constituídos. Isso pode torná-los úteis para criminosos, como sonegadores de impostos ou lavadores de dinheiro, que precisam esconder dinheiro de autoridades fiscais ou policiais. Também é verdade que pessoas em países corruptos ou instáveis ​​podem usar provedores offshore para colocar seus ativos fora do alcance de governos repressivos ou adversários criminosos que podem tentar apreendê-los ou tentar contornar as restrições de moeda forte. Outros podem ir para o exterior por motivos de herança ou planejamento imobiliário.

Uma transferência secreta

Antes de se tornar presidente, Zelenskiy declarou alguns de seus bens privados. Eles incluíam carros, propriedades e três das empresas offshore co-propriedade. Um deles, Film Heritage, que ele manteve em conjunto com sua esposa, Olena, ex-escritora de Kvartal 95, está registrado em Belize.

Mas os papéis da Pandora mostram mais ativos offshore que Zelenskiy parece não ter revelado. A Film Heritage tinha uma participação de 25% na Davegra, uma holding de Chipre. A Davegra, por sua vez, é proprietária da Maltex Multicapital Corp, uma entidade até então desconhecida registrada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas (BVI). Zelenskiy, os irmãos Shefir e Yakovlev detinham cada um 25% da Maltex.

Em 13 de março de 2019, duas semanas antes do primeiro turno de votação nas eleições da Ucrânia, Zelenskiy deu sua participação na Maltex para Serhiy Shefir, mostram os documentos. Não está claro se Shefir pagou Zelenskiy. Bakanov testemunhou essa transferência secreta e assinou os papéis offshore.

Cerca de seis semanas depois, após a vitória esmagadora de Zelenskiy, um advogado do grupo Kvartal 95 assinou outro documento. Ele estipulou que a Maltex continuaria a pagar dividendos ao Film Heritage de Zelenskiy, mesmo que não possuísse mais nenhuma participação na empresa. Sua principal receita vem da atividade na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, de acordo com um perfil de cliente da Maltex.

Os papéis da Pandora não indicam se algum dividendo foi pago ou seu tamanho. Nem revelam quantos pagamentos podem ter sido feitos. A esposa de Zelenskiy, Olena, agora é a proprietária declarada do Film Heritage, o que significa que qualquer pagamento desde 2019 teria fluído para ela.

O documento-chave – datado de 24 de abril de 2019 – diz que a Maltex detém ações em empresas que produzem e distribuem filmes para TV. Uma das razões para a criação da Maltex foi a “acumulação fiscal eficiente dos lucros das empresas”; outro, afirma, era a “proteção legal”. Borys Sheifir disse que Bakanov montou principalmente esses “esquemas financeiros” offshore para proteger a empresa de “autoridades e bandidos”.

“Falando honestamente, não estou pronto para responder a você. Pode ser que eu seja um proprietário [da Maltex]”, disse Shefir ao Projeto de Denúncias de Crime Organizado e Corrupção (OCCRP), um dos parceiros de mídia dos Pandora Papers. Ele disse que estava tentando se desfazer de seus interesses offshore, mas disse que este era um processo lento e difícil. Serhiy Shefir, Bakanov e Yakovlev se recusaram a comentar, assim como seu advogado.

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Vídeo: Aviação russa obtém supremacia aérea sobre toda a Ucrânia, diz MD da Rússia

De acordo com o Ministério da Defesa, a aviação russa conquistou a supremacia aérea sobre o território ucraniano.

As forças russas assumiram o controle de 1.114 instalações de infraestrutura militar da Ucrânia, segundo o major-general Igor Konashenkov, representante oficial do ministério.

“Ao todo, 1.114 instalações da infraestrutura militar ucraniana foram atingidas pelo Exército russo desde o início da operação. Destes, 31 postos de comando e um de comunicação do Exército ucraniano”, afirmou o major-general.

O major-general também afirmou que “foram eliminados 314 tanques e outros veículos blindados, 57 lançadores de foguetes múltiplos, 121 peças de artilharia e 274 outros veículos militares”.

“Todos os residentes da cidade podem deixar a capital ucraniana sem obstáculos através da rodovia Kiev-Vasilkov. Esta via está aberta e é segura”, afirmou.

“Mais uma vez gostaria de ressaltar que o Exército russo está visando apenas instalações militares. Não há qualquer ameaça à população civil”

*Com Sputnik

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Rússia fecha espaço aéreo para 36 países como retaliação à Europa

Desde que tropas russas invadiram a Ucrânia, diversos nações europeias fecharam os respectivos espaços aéreos a aeronaves russas.

A Rússia anunciou, nesta segunda-feira (28/2), o fechamento do seu espaço aéreo para 36 países, como Alemanha, França, Espanha, Itália. A medida do governo russo é uma resposta aos diversos países da Europa que também fecharam seus respectivos espaços aéreos a aeronaves russas depois da invasão da Ucrânia, informa o Metrópoles.

“Em resposta à proibição, por parte dos Estados europeus, de voos de aeronaves civis para companhias aéreas russas e/ou registradas na Rússia, introduziu-se uma restrição de voos de companhias aéreas de 36 Estados”, informou a agência russa de transporte aéreo, Rosaviatsia, em um comunicado.

A Ucrânia fechou seu espaço aéreo para voos civis na quinta-feira (24/2), assim que tropas russas invadiram o país.

Países tentam negociação

As delegações da Rússia e da Ucrânia se reúnem, neste segunda, na tentativa de negociar um possível cessar-fogo do conflito entre os países. É a primeira vez que representantes das duas nações se reúnem desde que a Rússia deu início ao conflito. O diálogo ocorre na fronteira da Ucrânia com Belarus.

Para o governo ucraniano, além de uma interrupção do conflito, o objetivo da reunião é negociar uma saída das tropas russas que invadiram seu país.

Já o governo russo de Vladimir Putin disse esperar que as conversas comecem imediatamente, mas não quis abrir quais são os objetivos do encontro.

Mapa de ataques russos à Ucrânia terceiro dia

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