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Bolsonaro negociou privilégio inédito para pai de Mauro Cid na Apex em Miami

Pente-fino da Apex em sua representação em Miami encontrou status privilegiado ao escritório quando comandado pelo general Lourena Cid.

O pente-fino que a Apex Brasil está fazendo em sua representação em Miami nos tempos do governo de Jair Bolsonaro, quando o escritório foi comandado pelo general Mauro Cesar Lourena Cid, encontrou o primeiro sinal de enroscos por ali, informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Sob o general, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, cuja delação premiada implica Bolsonaro na negociata de joias do acervo presidencial e na tentativa de golpe de estado, a Apex em Miami conseguiu o status de “anexo consular” — Miscellaneous Foreign Government Office, em inglês.

A façanha, jamais conseguida por qualquer outra representação da Apex no exterior, foi negociada pelo Itamaraty de Bolsonaro com o Departamento de Estado dos Estados Unidos. A condição deu aos integrantes do escritório benefícios diplomáticos, como vistos de maior duração, entre outros.

A propósito, não foi encontrada nas dependências da Apex em Miami nenhum sinal da nota técnica que tenha embasado o status privilegiado, nem cópia do visto de trabalho concedido ao general Mauro Lourena Cid. O militar, investigado no caso das joias, não devolveu o passaporte oficial ao deixar a Apex, em janeiro de 2023.

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Lula tem avaliação melhor que Bolsonaro na comparação entre os governos com 1 ano e meio de mandato, revela pesquisa Datafolha

Aprovação tem números semelhantes, mas reprovação é bem menor

Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (18) mostra que Lula (PT) é aprovado por 36% dos entrevistados. O resultado coloca o governo do petista com aprovação semelhante e reprovação menor do que a que tinha Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período à frente do país.

Com um ano e meio de mandato, a gestão atual de Lula soma 4% a mais de bom ou ótimo em comparação com Bolsonaro, que registrou 32% em abril de 2020.

Em relação aos entrevistados que consideraram o governo ruim ou péssimo, a diferença é muito favorável a Lula que registrou 31% e Bolsonaro, 44%,13 pontos a mais.

Avaliação dos governos
Lula tem 36% de aprovação e 31% de reprovação com um ano e seis meses de mandato; Bolsonaro tinha 32% e 44%, respectivamente.
Comparado a governos anteriores, a gestão atual de Lula perde em aprovação para o 1º mandato de Dilma Rousseff (em que a presidente registrou 62% de bom ou ótimo em 2012) e para o seu próprio mandato de número 2, com a maior aprovação no comparativo: de 69% em maio de 2009.

Os menores índices de bom ou ótimo foram registrados por Michel Temer, com 5% em novembro de 2017, e pela 2ª gestão de Dilma Rousseff, com 10% em junho de 2015.

A reprovação de Lula hoje é de 31%, a menor entre os últimos quatro presidentes: Bolsonaro registrou 44% em 2020, Michel Temer teve 71% em 2017, e Dilma Rousseff somou 65% em 2015.

No comparativo, Lula também tem o menor índice de rejeição com os 6% de ruim ou péssimo na pesquisa Datafolha feita em maio de 2009.

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A popularidade de Lula caiu? Veja a verdade

Lula 3 tem mais aprovação, hoje, do que tinha Lula 1, com o mesmo tempo de mandato. Também está mais bem avaliado do que FHC 1 e 2, Collor, Dilma 2, Itamar, Temer e Bolsonaro. Na Nova República, perde apenas para Lula 2 e Dilma 1 (que, àquela altura, era prolongamento de Lula 2).

Imagem

*Do twitter de Dawisson Belém Lopes

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Vídeo – De Lula para o deputado Sóstenes Cavalcante: “quero saber se a filha dele fosse estuprada, como ele ia se comportar”

Presidente frisou que “é crime hediondo o cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho”

O presidente Lula (PT) criticou, nesta terça-feira (18), o autor do Projeto de Lei Antiaborto por Estupro, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), pela fala de que a proposta seria um teste ao presidente e questionou o que o deputado faria se sua filha fosse estuprada.

O projeto de lei altera o Código Penal para aumentar a pena imposta àqueles que fizerem abortos quando há viabilidade fetal, presumida após 22 semanas de gestação. A ideia é equiparar a punição à de homicídio simples. O texto pode levar meninas abaixo dos 18 anos a ficarem internadas em estabelecimento educacional por até três anos.

“Cidadão diz que fez projeto para testar Lula. Não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Quero saber se uma filha dele fosse estuprada como ele ia se comportar”, disse o presidente, em entrevista à rádio CBN (veja vídeo abaixo).

https://twitter.com/i/status/1803048963550933268

 

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Nova joia do caso Bolsonaro seria um bracelete, dizem fontes

A Polícia Federal diz ter descoberto uma nova joia que teria sido negociada de forma ilegal por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.

Até então desconhecida pela corporação, a nova joia teria sido revelada por um depoente ouvido pela PF durante uma diligência nos Estados Unidos em maio.

Oficialmente, a Polícia Federal não deu detalhes da nova joia. A coluna apurou com fontes da corporação, porém, que se trata de um bracelete feminino.

PF ouvirá Mauro Cid sobre nova joia
A descoberta da nova joia levou a PF a intimar o tentente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a prestar novo depoimento nesta terça-feira (18/6).

O pai do militar, o general da reserva Mauro Lourena Cid, também foi chamado a depor nesta terça. Pai e filho, porém, serão ouvidos em cidades diferentes.

Como noticiou a coluna de Igor Gadelha, Metrópoles, o tenente-coronel tem dito a aliados desconhecer a nova joia. Mauro Cid, porém, levantou a hipótese de o objeto pertencer a um familiar de Bolsonaro.

Cid e seu pai foram intimados a prestar novo depoimento após admitirem à PF ter vendido a maior parte das joias que Bolsonaro recebeu de presente quando chefiava o Palácio do Planalto.

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Eduardo Paes lidera com folga disputa pela prefeitura do Rio: 51% contra 11% de Ramagem

Em outro pelotão da disputa vêm Rodrigo Amorim (União Brasil), com 4%, e Marcelo Queiroz (PP), com 2%.

A pouco menos de quatro meses do primeiro turno das eleições municipais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), lidera com folga a disputa pela capital fluminense. É o que mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (18).

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 13 e 16 de junho, se o pleito fosse hoje, Paes venceria a disputa já no primeiro turno, com 51% das intenções de voto, considerando o único cenário estimulado testado (ou seja, quando nomes de candidatos são apresentados aos entrevistados).

Na segunda posição, aparece o deputado federal Delegado Alexandre Ramagem (PL), com 11%. O parlamentar, que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está tecnicamente empatado com o também deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), que aparece com 8% das intenções de voto. A margem de erro máxima da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo − o que significa que Ramagem poderia ter no mínimo 8% e Motta, no máximo 11%.

Em outro pelotão da disputa vêm Rodrigo Amorim (União Brasil), com 4%, e Marcelo Queiroz (PP), com 2%. Eleitores indecisos somam 4% da amostra, ao passo que 20% disseram que votariam em branco, anulariam seus votos ou não iriam às urnas (apesar de o voto ser obrigatório no País).

No cenário espontâneo (quando o leitor indica seu candidato sem que o entrevistador apresente opções de nomes), a vantagem de Eduardo Paes sobre seus possíveis adversários diminui. Neste caso, o atual prefeito aparece com 12% das intenções de voto, ao passo que Ramagem tem 3% e outros candidatos somam 2%. Esta simulação costuma ser utilizada por especialistas para verificar o nível de cristalização de apoio a um candidato − principalmente depois do início do período de campanha.

A pesquisa Genial/Quaest mostra, no entanto, que a nacionalização do debate eleitoral no Rio de Janeiro pode ser prejudicial ao atual prefeito, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, as intenções de voto do candidato à reeleição caem de 51% para 47% quando seu nome é associado ao do petista. Já Ramagem apresenta uma melhora significativa de desempenho com um endosso de Bolsonaro, saltando de 11% para 29% − o que, mesmo assim, não evitaria uma vitória em primeiro turno de Paes.

Metodologia

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 1.145 eleitores da cidade do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais. Os dados foram coletados por meio da realização de entrevistas face a face por meio da aplicação de questionários estruturados.

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Campos Neto tem lado político e trabalha para prejudicar o país, diz Lula

Para presidente, comportamento do Banco Central é “coisa desajustada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou nesta terça-feira (18) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de trabalhar para prejudicar o país, argumentando que o comportamento da autarquia é a única “coisa desajustada” no Brasil no momento.

“É o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político, e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, disse o presidente.

A declaração de Lula ocorre na véspera que o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) anunciará sua próxima decisão sobre a taxa Selic, com ampla expectativa do mercado de manutenção dos juros no patamar de 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.

Ainda tecendo críticas ao presidente do BC, Lula ironizou a presença de Campos Neto em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Palácio dos Bandeirantes, ocorrido na última segunda-feira (10).

“Eu já lidei por muito tempo com o BC. Eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles. O que é importante é saber a quem esse rapaz é submetido? Como é que ele vai numa festa em São Paulo quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo de SP? Cadê a autonomia dele?”, indagou o presidente.

As falas de Lula ocorreram durante uma entrevista à Rádio CBN. O presidente ainda defendeu que o país não pode ter uma taxa de juros proibitiva para investimentos produtivos.

O chefe do executivo criticou o atual patamar de 10,50% da Selic e disse que os juros devem recuar para se igualarem à inflação que, em sua avaliação, está “controlada”.

“Como é que você vai convencer o empresário de fazer investimentos se ele tem que pagar uma taxa de juros absurda? Então, é preciso baixar a taxa de juros, compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada. Agora, fica-se inventando discurso de inflação do futuro, que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real”, afirmou.

Benefícios fiscais
Ainda durante a entrevista, Lula disse estar “perplexo” com os benefícios fiscais para os mais ricos.

“O problema é do Brasil é que a parte mais rica tomou conta do orçamento. É muita isenção. É muita desoneração. É muito benefício fiscal sem que haja benefício para o mundo do trabalho”.

Sobre a questão fiscal, o presidente indicou que nada está descartado pelo governo em relação ao ajuste das contas públicas, mas argumentou que a equipe econômica precisa apresentar a necessidade de cortes de despesas.

“Nada é descartável. Sou um político muito pragmático. Na hora que as pessoas me mostrarem as provas contundentes de que as coisas estarem equivocada, a gente vai mudar. Nesse país, toda vez que você tenta discutir algum assunto de orçamento, você joga as custas nas costas do povo. E eu não sou assim”.

 

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Vídeo: Lula sanciona lei que combate violência contra mulheres

Deverá ser oferecido suporte e acolhimento às mulheres e seus dependentes que sofrerem agressões no ambiente doméstico.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (17) o projeto de lei n° 501/2019, que estabelece diretrizes claras para o enfrentamento da violência contra a mulher, com um foco especial na violência doméstica.

O projeto exige a criação de planos estratégicos tanto para prevenir a violência de gênero quanto para oferecer suporte e acolhimento às mulheres e seus dependentes que sofreram agressões no ambiente doméstico.

No Brasil, em 2023, pelo menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas, segundo a Rede de Observatórios de Segurança. E pesquisa do DataSenado revelou que no ano passado 30% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência familiar ou doméstica provocada por um homem: 76% da violência foram casos de agressões físicas. Esses casos poder ser denunciados no número 180.

Durante a cerimônia de sanção, o presidente destacou a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas efetivas. “A maldade não tem limite. Homens que recorrem à violência contra mulheres demonstram uma falta de caráter profunda e uma falha grave na formação moral”, afirmou Lula.

Ele também apontou para uma lacuna na legislação atual, enfatizando que, apesar dos avanços legais, ainda há um longo caminho pela frente. “Criamos leis para proteger as mulheres, mas ainda vemos homens agressores em liberdade”, lamentou o presidente.

A responsabilidade pela implementação das novas medidas será das Redes Estaduais e Municipais de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e das Redes de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, abrangendo municípios, estados, o Distrito Federal e regiões específicas.

https://twitter.com/i/status/1802754983164621126

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Lula é aplaudido de pé em Genebra mas a imprensa brasileira ignora

Em cerca de 30 minutos de discurso, Lula foi ovacionado 10 vezes; entre elas, quando defendeu taxação de super-ricos; confira a lista.

Embora não tenha recebido destaque nos meios de comunicação da chamada grande mídia brasileira, o presidente Lula foi aplaudido de pé e ovacionado pelo menos 10 vezes durante seu discurso no fórum de encerramento da 112ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Lula foi aplaudido:

1 – Quando falou da desigualdade salarial entre homens e mulheres;

2 – Quando alertou para os avanços da extrema-direita e defendeu a democracia, lembrando que, sem ela, jamais um torneiro mecânico teria chegado à presidência do Brasil;

3 – Quando falou que o Brasil está impulsionando a discussão sobre taxação dos super ricos;

4 – Quando falou que a concentração de renda é tão absurda que tem bilionário com seu próprio programa espacial. Lula disse que não precisamos investir em Marte, que nossa atenção deveria estar voltada à salvar a humanidade na Terra;

5 – Quando falou que seu compromisso é ter no Brasil “desmatamento zero” até 2030;

6 – Quando defendeu que o avanço da tecnologia no mundo do trabalho deve gerar riquezas para todos, e não ficar concentrada nos países desenvolvidos;

7 – Quando disse que seu terceiro mandato renova compromissos com os trabalhadores, citando vários projetos em andamento, entre eles, o plano nacional de cuidados que considera desigualdades de gênero, raça, classe, com olhar especial sobre as trabalhadoras domésticas;

8 – Quando defendeu eliminar os assentos permanentes de países mais industrializados no conselho da OIT;

9 – Quando disse que as decisões tomadas no âmbito das organizações internacionais para resolver problemas globais só terão legitimidade quando tomadas democraticamente, ou seja, com cada país tendo direito a um voto, independentemente de suas riquezas;

10 – Quando defendeu o fim da guerra em Gaza e na Ucrânia.

Já na imprensa comercial, os aplausos para o discurso de Lula não ganharam manchetes. Para falar do evento, o site UOL reproduziu, por exemplo, a mesma reportagem de uma correspondente da agência RFI brasileira destacando que o discurso foi centrado na taxação dos super ricos e combate às desigualdades, com algumas menções aos aplausos.

No Grupo Globo, por outro lado, o colunista Merval Pereira dedicou um artigo inteiro a minimizar o discurso de Lula.

Para Merval, qualquer sucesso feito pelo presidente petista no exterior não tem peso algum internamente. “(…) não tem consequências para as crises de seu governo, onde se vê a cada dia mais impotentes diante do avanço da oposição”.

Ainda segundo o jornalista global, Lula só encanta seus “correligionários de esquerda” mundo afora e sua melhor “plateia é a internacional” porque os brasileiros lembram dos escândalos de corrupção. Para encerrar, Merval finalizou com mais um ataque sobre a falta de poder de Lula diante do Congresso.

“O que se aplaude nesses encontros internacionais são as teorias de Lula, não sua ação na atualidade. No exterior, essa postura de líder do mundo em desenvolvimento tem sua validade, ainda mais quando Lula defende pontos importantes, como acabar com a desigualdade. Mas, se o governo Lula não consegue levar adiante uma negociação no seu próprio país, como vai liderar uma ação global nesse sentido?”

*GGN

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Deputada evangélica pede para tirar assinatura como autora de PL Antiaborto por Estupro

Renilce Nicodemos (MDB-PA) diz que é contra o texto e defende aborto previsto em lei.

A deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA) apresentou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara para que a sua assinatura fosse retirada do projeto de lei Antiaborto por Estupro. De autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da bancada evangélica, a proposição foi assinada por 32 parlamentares, dos quais 12 são mulheres.

Renilce é evangélica e integra a bancada evangélica da Câmara. Ela diz à Folha de S.Paulo que é contra o aborto, exceto nos casos previstos em lei. A deputada afirma que após analisar o projeto em questão, percebeu que ele não está “de acordo com o meu pensar e a forma com a qual eu defendo crianças e mulheres”.

“Antes eu tinha entendido que era um projeto que daria benefícios e proteção às mulheres. Mas fui me aprofundar e vi que no texto tem uns parágrafos que diz que a mulher terá pena maior do que o próprio estuprador. Preferi fazer a retirada da assinatura porque tenho certeza absoluta que esse projeto não irá favorecer nem as mulheres nem as nossas crianças, somente esses agressores e estupradores. Sou contra o projeto”, diz ela.

A deputada foi sondada para ser relatora do texto, mas não aceitou. O documento, disponibilizado no sistema da Câmara nesta segunda-feira (17), foi protocolado pela deputada na semana passada.

Deputadas pedem arquivamento
Nesta segunda, as deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP) apresentaram à Mesa Diretora da Casa um pedido de arquivamento da proposta. Na justificativa, elas dizem que o projeto é inconstitucional “especialmente por proibir, sem justificativa clínica, ética ou legal, e pela via ilegítima, o aborto legal em gestações acima de 22 semanas decorrentes de estupro no Brasil”.

À reportagem, a deputada Sâmia diz que a proposta é amplamente repudiada pela sociedade e que a tentativa de procurar uma relatora “que agrade os dois lados” sinaliza um recuo e também uma maneira de “legitimidade sobre um texto amplamente repudiado pela sociedade”.

“Não há conserto ou remendo num projeto que tem como premissa retroceder na proteção das vítimas de estupros. Por isso pedimos o arquivamento”, diz Sâmia.