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Petrobras anunciará fim da paridade de importação para preços do diesel e da gasolina que vão baixar

Comunicado deve ser divulgado nesta terça-feira (16)

A Petrobras vai anunciar o fim da política de paridade de importação (PPI) para os preços do diesel e da gasolina, apurou a CNN com duas fontes envolvidas diretamente no assunto. O comunicado deve ser divulgado nesta terça-feira (16), segundo a CNN.

A paridade de importação de preços – que alinha os preços locais aos preços internacionais – foi adotada durante o governo Michel Temer (MDB). Desde a campanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete uma mudança nessa referência.

Segundo apurou a reportagem, a PPI será substituída por uma política que leva em consideração os preços internacionais como referência, mas também os custos locais de produção e as margens de refino em cada região do país.

“Não existe um dogma, um preço de referência para o Brasil todo. O próprio PPI é uma abstração. O mercado brasileiro é diferente, com vários múltiplos importadores”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em um evento recente.

Agentes de mercado tem muitas dúvidas sobre o funcionamento dessa nova política, já que o petróleo é uma commodity cujo preço varia conforme o mercado internacional. O Brasil compra do exterior 30% do diesel que consome, e um desalinhamento pode desestimular a importação do produto.

Em comunicado ao mercado divulgado no último domingo (14), a Petrobras informou que “está discutindo alterações em sua política de preço para o diesel e a gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva da companhia no início da semana e poderá resultar numa nova estratégia comercial”.

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Governo Lula já revogou mais de 230 decretos de Bolsonaro e Temer

Foram em média duas revogações por dia em quase todas as áreas desde o início do governo. Entre elas, o decreto que ampliou o acesso a armas e munições, e privatizações

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já revogou ao menos 230 decretos desde que tomou posse, em 1º de janeiro. Algumas delas são medidas do governo de Michel Temer. Mas na ampla maioria, assinadas nos quatro anos de Jair Bolsonaro. Entre as principais, aquelas cujo combate já era compromisso de campanha, como o decreto de facilitação do acesso a armas e munições e das privatizações.

De acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, além do próprio presidente, esses decretos todos foram anulados em atos assinados especialmente pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão).

gundo a Casa Civil, até 4 de maio o governo Lula revogou integralmente 155 desses decretos. Outros 76, de forma parcial. A justificativa de parte dessas medidas é um caráter administrativo, já que modifica composições internas de órgãos e conselhos estatais. E também o escopo de programas. Mas há também outras relacionadas a políticas específicas, como no caso de setores da indústria, agricultura, acesso e a armas.

O Marco Legal do Saneamento, assinado por Jair Bolsonaro é outra medida que Lula pretende alterar. Para isso, o governo do petista editou dois decretos cujo objetivo é destravar e atrair R$ 120 bilhões em investimentos públicos e privados e assim universalizar o acesso da população aos serviços até 2033. Reflexo das regras da atual legislação, até abril, segundo o governo, 2.098 municípios ainda não estavam com seus serviços regionalizados. E por isso poderiam ficar impedidos de acessar recursos federais para ações de saneamento. A população impactada seria de 65,8 milhões de pessoas.

A Câmara, no entanto, suspendeu no início do mês trechos dos dois decretos ao aprovar um projeto de decreto legislativo. Desde sua publicação, em abril, passaram a ser questionados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e por parlamentares da oposição – todos contrários a mudanças em pontos que favorecem o setor privado. O Senado vai decidir.

*Com RBA

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MST comercializa 560 toneladas de alimentos e reúne 320 mil pessoas em SP

A 4ª edição da Feira Nacional da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizada no Parque da Água Branca, região central de São Paulo, reuniu cerca de 320 mil pessoas e comercializou 560 toneladas de alimentos saudáveis. A Feira teve início na última quinta-feira (11) e se encerrou neste domingo (14) com a presença de 1700 feirantes, que trouxeram produtos de 1200 municípios de todo o Brasil.

O Parque recebeu nos quatro dias de Feira cerca de 1730 tipos de produtos e 191 cooperativas, como resultados da organização produtiva e da luta pela terra. Além disso, o Movimento doou 38 toneladas de alimentos, beneficiando 24 entidades que atuam nas periferias de São Paulo. As organizações também receberam livros da editora Expressão Popular, mudas de árvores nativas e sementes.

Sementes criolas na Feira do MST | Foto: Poliana Petralha

O momento contou com a presença do padre Júlio Lancellotti, que desenvolve ações de solidariedade em parceria com organizações de pessoas em situação de rua na cidade.

Giselda Coelho, da direção nacional do MST pelo setor de produção, afirma que neste momento a feira representa uma grande diversidade da agricultura e um importante instrumento de defesa da Reforma Agrária. “Ela demonstra a importância da produção de alimentos saudáveis no Brasil no combate à fome”.

“Nós somos mais de 23 estados e o Distrito Federal que participam desta IV Feira Nacional, colocando uma diversidade de produtos que estão representados nos espaços de comercialização, mas também no ato de fazer cultura, no espaço de divulgação da arte, da música, e também na culinária da terra”, destaca.

O “Culinária da Terra”, espaço repleto de cheiros e sabores regionais, reuniu 30 cozinhas, que prepararam uma diversidade de 95 pratos, comercializando mais de 80 mil refeições. A arte e a cultura também foram destaque na Feira Nacional. Mais de 400 artistas de todos os cantos do país se apresentaram no Palco Arena e no Palco Terra. As apresentações trabalharam diferentes linguagens artísticas, musicais e sotaques. Do samba ao maracatu, do jongo ao hip-hop, do teatro à moda de viola.

Foto: Daniel Violal

Ocorreram ainda intervenções artísticas em diversos espaços da Feira, demarcando essa dimensão como indispensável para a construção da Reforma Agrária Popular.

A Feira neste ano, também realizou ato de denúncia aos crimes ambientais provocados pelo agronegócio e contou com um espaço de divulgação das ações de conservação ambiental construídas pelo MST nos biomas brasileiros, através do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”. O Movimento trouxe para São Paulo cerca de 880 kg de sementes e 20 mil mudas de árvores frutíferas, nativas, medicinais e ornamentais, onde visitantes puderam levar para casa mudas de árvores, conhecer mais sobre os biomas brasileiros e a importância de preservá-los.

Atividades de formação, ato político e conferência também fizeram parte da programação desta edição da Feira. Ao todo aconteceram 15 atividades de formação, como seminários e oficinas, e mais de 2 mil pessoas participaram desses espaços.

Reforma Agrária Já!

Ao comemorar os resultados da Feira Nacional, Diego Moreira, também da direção nacional do MST, explica que a Feira foi um espaço de projeção e reivindicação para o fortalecimento da política de Reforma Agrária. “Nós precisamos construir uma sinergia dos movimentos sociais, da sociedade civil brasileira, e do governo democrático do presidente Lula, para avançarmos com um verdadeiro programa nacional de reforma agrária”.

Ele afirma que esse programa nacional precisa “desenvolver os assentamentos existentes, as mais de 500 mil famílias assentadas pelo país, já organizadas na base do MST, e assentar as mais de 80 mil famílias acampadas”.

* Vermelho

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Cid é preocupação central do entorno de Bolsonaro Após contratação de advogado especialista em delação

A contratação do advogado Bernardo Fenelon, especialista em delação premiada, pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), aumentou o temor de aliados de que o militar acabe por implicar o ex-mandatário nos diversos inquéritos em que ele é investigado. Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, além do reforço no cerco ao próprio militar, ‘aliados e assessores de Bolsonaro também têm mandado recados para tentar acalmar o pai de Mauro Cid, Mauro Cesar Lourena Cid’.

Cid foi preso pela Polícia Federal no dia 3 de maio em uma operação deflagrada para apurar suspeitas de fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro e seus familiares, além de aliados próximos, diz o 247.

Ainda segundo a reportagem, “a defesa não é contra usar delação no caso de Cid, mas avalia que não é o instrumento neste momento, pois acabou de assumir o caso e a investigação ainda está em fase inicial. Ao blog, o escritório de Fenelon informou que o advogado somente se manifesta nos autos por respeito ao STF”.

A mudança de advogado foi feita há cerca de uma semana. Até então, Cid era defendido por Rodrigo Roca, próximo ao clã Bolsonaro. “Familiares de Cid, entretanto, avaliaram que Roca estava atuando mais para defender a família Bolsonaro do que o ex-ajudante de ordens”, destaca a reportagem.

A proteção ao militar vem sendo cobrada pelos familiares de Cid e por militares de alta patente. A pressão exercida por estes dois grupos é vista como crucial para que ele decida se irá ou não colaborar com as investigações ou até mesmo fechar um acordo de delação premiada.

Os investigadores avaliam que Cid pode vir a fechar um acordo de delação para proteger a família. A esposa do militar, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, prestará depoimento à PF na sexta-feira (19), um dia após a oitiviva do marido.

Bolsonaro, que vem tratando o caso das fraudes nos cartões de vacinação como sendo uma iniciativa do próprio Mauro Cid, deverá depor na terça-feira (16).

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‘Santa do pau oco’, diz Gleisi sobre suspeita de rachadinha de Michelle

A informação de que contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram pagas com recursos oriundos de uma empresa que tinha contrato com o governo de Jair Bolsonaro motivou críticas da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). A revelação foi feita pelos jornalistas Aguirre Talento, Amanda Rossi e Pedro Canário, em matéria do UOL, baseada na investigação feita pela Polícia Federal.

“Empresas financiavam Michelle Bolsonaro, a santa do pau oco. O nome disso é corrupção”, disse Gleisi à coluna. “Ainda vamos ver mais dinheiros ilegais para os Bolsonaro”.

Segundo a reportagem, a empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção, com sede em Goiânia, contratada pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), é a origem de uma série de transferências feitas a um militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Ele fez saques em dinheiro vivo e pagou despesas de um cartão de crédito usado por Michelle. Isso aconteceu em ao menos três ocasiões, segundo a PF. O militar também fez ao menos 12 depósitos em dinheiro em conta de uma tia da então primeira-dama.

“Era tão errado o que faziam que o tenente-coronel Mauro Cid temia que se parecesse com rachadinha”, diz Gleisi, referindo-se a um áudio em que o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro alerta uma assessora de Michelle para esse risco.

“A PF puxou o fio da meada e está desnudando a família. Cid é um arquivo enorme e o dinheiro envolvido é maior do que rachadinha”, afirma a presidente do PT. “Ainda vamos ver muito caroço embaixo desse angu, como diz o ditado”.

A deputada acredita que além da PF, o Parlamento também tem que apurar o caso. “Pode ser na CPMI do golpe ou propor uma comissão específica para esse caso. Aí não sei se o Congresso aprova”, avalia.

Perguntada qual a ligação possível entre essa investigação e o movimento golpista, Gleisi explica: “Mauro Cid podia estar passando dinheiro para algumas atividades golpistas, mas é uma suposição. Teria de investigar”.

A defesa de Jair Bolsonaro e Michelle negou que recursos da Codevasf tenham bancado as despesas da ex-primeira-dama e refutou que haja irregularidades nas transações. “A dona Michelle não conhece esse ajudante de ordens e desconhece que ele tenha feito pagamentos para ela”, disse Fábio Wajngarten, advogado que chefiou a Secretaria de Comunicação na gestão Bolsonaro.

*Chico Alves/Uol

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Um esquema de rachadinha para Michelle Bolsonaro chamar de seu

Ex-primeira-dama é suspeita de apropriar-se do salário alheio para pagar despesas pessoais.

Diálogos exemplares travados pelo tenente coronel Mauro Cid, então ajudante de ordem de Bolsonaro, com Cintia Borba Nogueira e Giselle dos Santos Carneiro de Silva, assessoras de Michelle. Assunto: o pagamento de despesas da primeira-dama.

Michelle usava um cartão de crédito vinculado à conta de Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado e sua amiga. Cid pagava a fatura do cartão com dinheiro vivo em uma agência do Banco do Brasil dentro do Palácio do Planalto.

De Cintia para Giselle em 30/10/2020“Então hoje essa situação do cartão realmente é um pouco preocupante. O que eu sugiro para você. No momento que for despachar com ela, você pode falar com ela assim sutilmente, né? Mas eu acho que você poderia falar assim: dona Michelle, que é que a senhora acha de a gente fazer um cartão para a senhora? Um cartão independente da Caixa. Para evitar que a gente fique na dependência da Rosy. E aí a gente pode controlar melhor as contas. Pode alertá-la do seguinte: que isso pode dar problema futuramente, se algum dia, Deus o livre, a imprensa descobre que ela é dependente da Rose, pode gerar algum problema”.

Giselle informa a Mauro Cid que conversou com uma pessoa próxima a Michelle, de nome Adriana, e que a primeira-dama ficou “pensativa”, mas que continuaria a usar o cartão de Rosimary. Mauro Cid então responde:

O Cordeiro conversou com ela (Michelle), tá, também. E ela ficou com a pulga atrás da orelha mesmo: tá, é? É. É a mesma coisa do Flávio [Bolsonaro, senador]. O problema não é quando! É como deputado, rachadinha, essas coisas”.

“Se ela perguntar para você ou falar alguma coisa ou comentar, é importante ressaltar com ela que é o comprovante que ela tem. É um comprovante de depósito, é comprovante de pagamento. Não é um comprovante dela pagando nem do presidente pagando. Entendeu? É um comprovante que alguém tá pagando. Tanto que a gente saca o dinheiro e dá pra ela pagar ou sei lá quem paga ali. Então não tem como comprovar que esse dinheiro efetivamente sai da conta do presidente.”

“O Ministério Público, quando pegar isso aí, vai fazer a mesma coisa que fez com o Flávio, vai dizer que tem uma assessora de um senador aliado do presidente que está dando rachadinha, tá dando a parte do dinheiro para Michelle”.

Em novo áudio para Giselle, em novembro do ano passado, Mauro Cid comenta ainda a propósito do cartão:

“E isso sem contar a imprensa que quando a imprensa caiu de pau em cima, vai vender essa narrativa. Pode ser que nunca aconteça? Pode. Mas pode ser que amanhã, um mês, um ano ou quando ele terminar o mandato dele, isso venha à tona”.

A troca de áudios indica que o esquema evitava transferências bancárias e fazia pagamentos sempre em dinheiro vivo. Em conversa de 8 de novembro de 2021 com Osmar Crivelatti, militar subordinado a Mauro Cid, Cíntia diz:

“E sobre as flores da Patrícia Abravanel [filha do apresentador de tv Silvio Santos], ela falou que é para o Cid fazer o pagamento. Mas ele tinha me falado na semana passada que quando for esses pagamentos de terceiros, é para a gente pegar o dinheiro com ele e fazer o pagamento por aqui, tá? Então eu vou pedir a ele para sacar esse dinheiro e peço ao Vanderlei para pegar lá para a gente fazer o… Vai ter que ser feito um depósito, né? No número daquela conta que você me passou, tá?”

De Giselle para uma pessoa identificada como Vanderlei – “Boa noite, Vand e Cintía. PD (Primeira-dama) falou, eu perguntei para ela se ela queria transferir Pix, né? Tanto para Bia. Daí, ela falou: não, vamos fazer agora tudo depósito, que, aí pede pro Vanderlei fazer o depósito, a gente consegue o dinheiro e faz o depósito. Só que ela não falou como conseguiu o dinheiro, se o dinheiro está com ela, se a gente pega na AJO. Não falou, tá? Ela falou que assim não fica registrado nada, vamos fazer depósito. Então a gente tem que começar a ter esse hábito do depósito”.

*Blog do Noblat

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Governo Bolsonaro comprou 19 toneladas de bistecas para indígenas e não entregou

O governo Bolsonaro comprou 19 toneladas de bisteca para compor cestas básicas que deveriam ser enviadas ao Vale do Javari, no Alto Solimões (AM), mas a carne congelada nunca chegou às comunidades indígenas. Mesmo se o produto tivesse sido entregue, não haveria local de armazenamento e conservação para acomodar o alimento.

Os contratos foram assinados entre 2020 e 2022 e seguem em vigor na atual gestão. As informações são do Estadão

A bisteca seria consumida pelos indígenas e pelos funcionários da Funai. O sumiço das bistecas foi confirmado pelos indígenas que deveriam receber o produto e por um comerciante que deveria enviá-lo. Até a funcionária da Funai que assinou o contrato de compra fala em desperdício de dinheiro público, mas alega que seguia ordens de seus superiores.

“Nem tudo que constitui a cesta básica contempla uma alimentação específica desses indígenas. Era um desperdício, realmente, do dinheiro público”, admitiu Mislene Metchacuna Martins Mendes, atual diretora de administração e gestão da Funai. “Parte dos alimentos chegava sem condições para consumo, mas a ordem era entregar”, disse ela.

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Limites da articulação política no sistema de extorsão Deputadocrático de Arthur Lira

Jerferson Miola*

Com os reveses sofridos na Câmara dos Deputados, a articulação política do Planalto entrou no foco do radar político como causa central das derrotas do governo Lula em votações.

É evidente que existem não só dificuldades e limites; como, também, falhas relevantes na articulação política do governo.

No entanto, enquanto eventuais falhas derivam de erros ou até mesmo de insuficiências dos operadores políticos do governo, as dificuldades e limites são sintomas de um problema muito maior e mais complexo, que é o sistema Deputadocrático de extorsão chefiado pelo deputadocrata Arthur Lira.

A participação do presidente Lula na linha de frente das negociações congressuais poderá tanto modificar o cenário, como também se revelar insuficiente diante de um “Congresso com atribuições mais amplas”, como Lira faz questão de mencionar a todo momento.

A lógica de funcionamento do Congresso de 2023 é bem diferente daquela dos governos petistas anteriores e, inclusive, dos dois períodos FHC.

O processo que resultou na realidade atual começou na presidência de Eduardo Cunha na Câmara [2015/2016], quando o comparsa de Aécio, Temer e bando golpista operou uma mudança no paradigma de relação entre os poderes Executivo e Legislativo.

A introdução do orçamento impositivo – antessala do orçamento secreto – para compactar a base necessária para o golpe de 2016 sepultou o chamado presidencialismo de coalizão.

Na articulação do impeachment fraudulento para derrubar a presidente Dilma foi maturado o sistema de chantagem e extorsão que sequestrou prerrogativas e atribuições privativas do Poder Executivo.

Este sistema foi fortemente robustecido no governo fascista-militar por meio do orçamento secreto e da ampliação do domínio da deputadocracia sobre parcelas ainda mais expressivas do orçamento da União.

A deputadocracia controla nada menos que R$ 46,2 bilhões de reais do orçamento de 2023 através de vários tipos de emendas parlamentares – individuais, de bancada estadual, de comissão e de relator. Desse total, R$ 21,2 bilhões são relativos a emendas individuais.

Isso significa, portanto, que cada deputadocrata dispõe de R$ 41 milhões à disposição para fazer clientelismo nas suas paróquias eleitorais. Um escândalo!

O poder de fogo das emendas parlamentares aposentou a governabilidade baseada no compartilhamento de ministérios com partidos políticos como contrapartida para a sustentação congressual.

Em entrevista ao jornal O Globo [11/5], o deputadocrata bolsonarista Elmar Nascimento, do União Brasil/BA, explica com didatismo a “alma do negócio”. Ele diz que “o plenário [da Câmara] não tem relação com ministérios. Com as emendas, sim”.

Elmar desdenha dos três ministérios abocanhados pelo seu partido no governo. O aliado de Lira explica que

“a estratégia do governo Lula, de participação via indicação de ministros, não traz base consolidada. O chão da fábrica [leia-se: a escória da escória; o chamado baixo clero], que é o plenário da Câmara dos Deputados, está muito mais ligado à execução de obras nas bases do que à ocupação desse tipo de espaço, que não chega para eles”.

Assim como Lira, Elmar reclama que o governo Lula é contra “a manutenção do controle dos deputados sobre todo o orçamento originário da RP9 [o orçamento secreto]” e “não trabalhou para tentar manter a existência da RP9” quando o STF interveio e cancelou tais emendas.

A governabilidade do governo Lula estará seriamente comprometida enquanto essa excrescência do orçamento secreto subsistir. Não há magia de articulação política que resolva esse problema crucial.

Como o governo não tem força no Congresso para suplantar esse sistema deputadocrático de chantagem, extorsão e ameaça, se obriga a construir uma governabilidade popular para contra-arrestar a inexistente capacidade de sobrevivência no contexto da governabilidade congressual.

O orçamento participativo para submeter à deliberação do povo brasileiro pelo menos os grandes valores agregados do orçamento da União e os investimentos regionais, poderá ser um eficaz antídoto ao sistema corrupto do orçamento secreto.

Mais além do problema da articulação política no Congresso, o desafio central do governo Lula é construir um poderoso dispositivo popular de sustentação política baseado no orçamento participativo e em mecanismos de democracia plebiscitária.

Sem o apoio popular vigoroso e permanente, será impossível se modificar a correlação social de forças para sustentar a materialização do programa sufragado nas urnas em 30 de outubro.

*Do Blog de Jeferson Miola

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Lula mira política de integração e deve viajar a três países africanos em julho

Após Argentina, Uruguai, Estados Unidos, China, Portugal, Espanha e Reino Unido, a próxima parada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o encontro do G7 no Japão, no próximo dia 20. Depois, dando continuidade à agenda internacional, o chefe do Executivo deve visitar a África, em ao menos duas ocasiões. O objetivo é estreitar as relações Sul-Sul. Em julho, ele participará da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé e Príncipe, e em agosto, de reunião do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Lula deve desembarcar em outros países africanos, como Angola e Moçambique, mas o roteiro ainda não está fechado, segundo interlocutores palacianos, diz o Correio Braziliense.

A intenção do petista era visitar a região no começo de maio, o que acabou sendo adiado por conta da agenda apertada. Em fevereiro, em visita a Washington, Lula citou que a visita ao continente é uma “reparação histórica e obrigação humanitária”. O Brasil possui cooperação com a África em áreas como educação, agropecuária e saúde. “O Brasil deve muito da sua cultura ao continente africano. É uma dívida que não pode ser paga em dinheiro, ela tem que ser paga em troca de ciência e tecnologia.”

Na última semana, em fala semelhante, disse que “o Brasil deve muito à África, não em dinheiro. O Brasil deve 300 anos de escravidão. A gente não pode pagar em dinheiro, a gente paga em gratidão, com transferência de tecnologia”.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o saldo de comércio entre Brasil e do continente africano foi de US$ 15,911 bilhões, cerca de R$ 80 bilhões em 2021. De janeiro a outubro de 2022, o saldo havia sido de US$ 17,254 bilhões, com uma alta de 36,9% comparativamente com o mesmo período do ano anterior. Açúcares e melaços lideraram a pauta exportadora para o continente africano, além de milho, óleos combustíveis, soja, carnes de aves, veículos rodoviários e máquinas agrícolas.

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