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Butantan certifica que Coronavac tem 100% de eficácia contra casos moderados e graves

A principal notícia sobre a Coronavac chegou em boa hora. O Butantan garante em 100% que, quem tomar a vacina, não desenvolve as formas moderada e grave da Covid-19 e, portanto, não morre da doença.

O Butantan fará o anúncio oficial às 17 horas, porém a notícia foi antecipada pela GloboNews.

Isso enterra por completo as especulações criminosas de Bolsonaro e seus asseclas na mídia de aluguel, como o Pingo nos Is, da Jovem Pan e congêneres.

Dados da eficácia da CoronaVac foram divulgados nesta quinta — Foto: Divulgação/Governo de SP

*Da redação

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Saúde

Cheiro podre, fadiga, danos neurológicos: pacientes com sequelas de Covid-19 não conseguem tratamento no SUS

Pacientes enfrentam demora no atendimento e ouvem que sequelas são “psicológicas”; muitos têm que arcar com remédios do próprio bolso.

Para esses pacientes, a doença só deu duas alternativas: “Ou você morre ou tem dinheiro pra arcar com as consequências”

“Um dia eu tô bem e no outro não tenho vontade de sair da cama”, conta motorista.

Ministério da Saúde ainda não fez protocolo sobre sequelas, prejudicando atendimento.

“Esse vírus me arrancou o meu funcionamento básico, minha memória, a minha comunicação, me arrancou o direito de sentir o cheiro dos meus filhos, poder sentir o gosto da minha comida preferida”, desabafou Natália Spinelli, fonoaudióloga e diretora de clínica de reabilitação infantil, em um grupo do Facebook que reúne pacientes com possíveis sequelas da Covid.

Natália, de Recife, Pernambuco, começou a sentir os sintomas da infecção por coronavírus em 18 de maio e, quando se curou da doença, pensou que o pior já havia passado. Mas outros efeitos começaram a aparecer: cansaço, suor frio, dor no corpo, uma fadiga “indescritível”.

“Eu comecei a esquecer coisas muito simples do trabalho, das aulas on-line, dos meus filhos. Chegou o momento que eu tinha que fazer o cadastro de alguma coisa online e o CPF e RG, que é algo totalmente memorizado, e eu não lembrava mais.” Para ela, “o pós foi infinitamente pior do que os dias que eu tava [com a doença]”.

Além de Natália, Francisca Benedita também não se viu totalmente curada depois que a fase aguda da doença – a infecção em atividade – passou. Francisca, que tem 45 anos e mora em Fortaleza, no Ceará, ficou internada por 60 dias na UTI; 22 destes passou intubada, com auxílio da ventilação mecânica invasiva.

Hoje, quatro meses depois da alta, lida com “muita dor de cabeça, tontura, falta de paladar”.

“Tem dias que eu sinto a casa podre, mas é o meu nariz que tá podre, porque eu chamo as pessoas pra vir e ninguém tá sentindo nada”, descreve. Depois da Covid, ela passou a apresentar fraqueza, pressão alta, problema da tireoide, além de sequelas pulmonares. Hoje, faz acompanhamento particular: “Ou você morre ou tem dinheiro pra arcar com as consequências”, finaliza.

Natália e Francisca Benedita são duas entre os mais de 5 milhões de brasileiros curados de coronavírus até 5 de novembro de 2020 – depois de mais de sete meses de pandemia e 161 mil óbitos registrados no Brasil. Esse número, 5,06 milhões de recuperados, aparece com destaque no site do Ministério da Saúde (MS) e nas redes sociais do governo federal. Entretanto, relatos de pessoas que tiveram a Covid e estudos indicam que as consequências da infecção não acabam quando o vírus é derrotado pelo corpo.

Um dos estudos pioneiros sobre o assunto, do Hospital Policlínico Universitário Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, indicou em julho que apenas 12,6% dos participantes não apresentaram sintomas persistentes depois da cura. Do restante, 32% tiveram um ou dois sintomas e 55%, mais de três. As sequelas mais persistentes foram fadiga (53,1%), dificuldade de respirar ou dispneia (43,4%), dor nas articulações (27,3%) e dor no peito (21,7%).

Pacientes são orientados a “procurar um psicólogo”

“Tenho que aprender a conviver com a dor de cabeça que não passa”, afirma Raphaela Fagundes, que tem 35 anos e é motorista de aplicativo em Bauru, interior de São Paulo. Ela e o sobrinho começaram a sentir os sintomas da Covid – cansaço, exaustão, febre e dor de cabeça – no dia 18 de setembro. Foram medicados com cloroquina, azitromicina, prednisona, dipirona e ivermectina, e 14 dias depois, seguindo o ciclo da doença, seus exames deram negativo, indicando que estavam “curados”. Mas as dores persistiram. “Os remédios que estavam me dando morfina, cortisona não estavam tirando a dor”, contou a motorista.

Além das dores, que já duram mais de um mês, Raphaela apresenta fraqueza e “confusão de palavras” e não tem paladar e olfato. “O cheiro que eu sinto é de podre, de madeira podre. Só isso. O resto eu não sinto mais nada”, contou. “Um dia eu tô bem e no outro não tenho vontade de sair da cama.”

A motorista não está conseguindo trabalhar por causa da fadiga “muito forte”. Antes sua rotina chegava a 15 horas diárias, hoje já não consegue fazer três corridas sem parar para descansar.

Mas Raphaela, que é mãe solteira e vive com a filha, conta que desistiu de buscar atendimento. Na última vez que foi ao hospital, no meio de outubro, teve suas dores caracterizadas como “psicológicas”. “[O médico] falou que era pra eu e meu sobrinho procurarmos um psicólogo, porque o nosso caso era crise de ansiedade, porque não tinha como a gente estar com a dor que estávamos descrevendo.”

Segundo Carolina Marinho, professora de clínica geral da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e responsável por pesquisa sobre as possíveis consequências a longo prazo do coronavírus, as sequelas podem ser tanto pela ação do vírus quanto por causa da intubação ou ventilação mecânica. “O paciente precisa ficar paralisado, imobilizado, a própria ventilação mecânica sopra dentro do pulmão com pressão positiva, então ela produz lesão no tecido pulmonar, lesão inflamatória.”

Por outro lado, “algumas vezes são exacerbações de doenças que as pessoas já tinham”. Em outros casos, se tem observado “pacientes com sintomas que não tinham antes”. É o que aconteceu com Natália Spinelli, que durante a infecção por Covid apresentou sintomas “moderados”, como cansaço, suor frio, dor no corpo e fadiga. Depois da cura, começou a sentir sequelas neurológicas, como perda de memória e confusão mental, que só melhoraram depois de tratamento. A fonoaudióloga conta que, para ela, lidar com a doença foi mais fácil do que com as sequelas: “Eu sofri, mas o que eu sofro hoje em dia, o depois, foi imensuravelmente muito mais”.

Outra sequela é a síndrome da fadiga crônica, que se caracteriza por sintomas como fadiga e cansaço extremos, dores e aumento do volume das articulações e até aparecimento de gânglios e linfonodos na região do pescoço ou da virilha, segundo o médico José Roberto Provenza, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

A médica da família Raquel Soeiro, professora da Universidade de Campinas (Unicamp), que atua na atenção primária da saúde pública em Campinas, observou que os pacientes que tiveram sintomas leves da Covid têm feito queixas de cansaço. “[A fadiga] é o que eles mais relatam. Eles falam que parece que a energia acaba antes do final do dia”, relatou.

“Parecia que os ossos estavam desmanchando”

Kellyane Vaz, de Palmas, no estado de Tocantins, também ouviu de profissionais da saúde que suas queixas eram somente fruto da ansiedade e que deveria “procurar um psicólogo para tratar e fazer acompanhamento psiquiátrico”. Ela foi diagnosticada com Covid no dia 22 de maio, com sintomas como febre, dor de garganta e falta de ar. Ainda estava isolada em casa quando, na noite de 7 de junho, sequelas neurológicas começaram a aparecer.

“Estava deitada lá, isolada, levantei para ir ao banheiro e comecei a sentir as pernas tremerem. Eu não conseguia firmar a perna no chão, tremendo e tremendo. Como já era noite eu pensei: ‘Ah, amanhã de manhã quando acordar eu vou ao médico’. Quando voltei do banheiro, eu já não conseguia segurar o celular, eu não tinha força na mão pra segurar o celular”, conta.

No dia seguinte, foi internada no Hospital Geral de Palmas, onde ficaria na ala neurológica por dez dias. Fez uma série de exames e continuou o acompanhamento em casa com o neurologista, “experimentando vários remédios”. “O tremor não passava, eu continuava com as pernas tremendo, não tinha domínio sobre a perna nem força nos braços. Sentia muita dor no corpo todo. Parecia que os ossos estavam desmanchando.” Nesse meio-tempo, esperou dois meses por uma consulta com outro neurologista pelo SUS, mas acabou buscando um médico particular.

Kellyane é pedagoga e está afastada do trabalho desde que teve os primeiros sintomas. Atualmente é auxiliada nas tarefas de casa pela tia e pela prima, que ajudam a criar a filha de 4 anos. “Eu não consigo ainda pegar a minha filha no colo. Dirigir, eu não faço ainda por conta dos braços. Eu não tenho segurança ainda. Atividades físicas, eu ainda não consigo”.

*Com informações da Agência Pública

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Saúde

Anvisa autoriza Fiocruz a importar 2 milhões de doses da vacina Oxford

Agência autorizou a importação de 2 milhões de doses do imunizante.

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de 2 milhões de doses de vacinas pela Fiocruz, para o enfrentamento do coronavírus. A instituição é a responsável pela produção da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford no Brasil. A expectativa é que as primeiras doses comecem a chegar ao país este mês.

A importação, que teve sinal verde no último dia 31, é considerada excepcional, porque o imunizante ainda não teve seu uso emergencial aprovado, assim como o registro sanitário. Ao justificar o pedido à agência, a Fiocruz alegou que pretende antecipar a disponibilização de vacinas a partir do momento em que o produto for autorizado pela Anvisa.

Como se trata de uma importação de vacina que ainda não foi aprovada no Brasil, a entrada no país deve seguir algumas condições estabelecidas pela Anvisa. A principal exigência é que as vacinas importadas fiquem sob a guarda específica da Fiocruz até que a Anvisa autorize o uso do produto no país.

“Para isso, a Fiocruz deve garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade do produto”, destacou a Anvisa em seu comunicado.

As doses importadas foram fabricadas pelo Serum Institute of India PVT. LTD, que é uma das empresas participantes do Covaxx Facility, o programa de aceleração e alocação global de recursos contra o novo coronavírus coliderada pela OMS. Atualmente, existem quatro vacinas com pesquisa autorizadas no Brasil.

*Com informações de O Globo

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Vacina da Pfizer é a 1ª a ter uso emergencial aprovado pela OMS

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aprovou hoje o uso emergencial da vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer, em parceria com a BionTech. O imunizante é o primeiro com chancela da agência especializada em saúde e subordinada à ONU (Organização das Nações Unidas).

A farmacêutica já afirmou, de acordo com dados da terceira fase de testes, que a vacina é segura e tem 95% de eficácia. Nas últimas semanas, tanto a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) quanto a FDA (Food and Drug Administration), a agência norte-americana, aprovaram o uso emergencial do imunizante. A Pfizer afirmou ontem que, no Brasil, cogita solicitar o uso emergencial após reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Lista de Uso Emergencial da OMS (EUL) abre portas para que países acelerarem seus próprios processos de aprovação regulatória para importar e administrar a vacina, disse a agência. Segundo a OMS, a aprovação também permite que a UNICEF e a Organização Pan-Americana da Saúde adquiram a vacina para distribuição aos países necessitados.

Especialistas em regulamentação sanitária de todo o mundo e equipes da própria OMS revisaram os dados sobre a segurança, eficácia e qualidade da vacina Pfizer, como parte de uma análise de risco x benefício, informou a organização em comunicado divulgado no site.

A revisão concluiu que a vacina atendeu aos critérios obrigatórios de segurança e eficácia estabelecidos pela OMS, e que os “benefícios do uso da vacina para tratar o covid-19 compensam os riscos potenciais”.

“Este é um passo muito positivo para garantir o acesso global às vacinas contra a covid-19. Mas quero enfatizar a necessidade de um esforço global ainda maior para conseguir o fornecimento de vacina suficiente para atender às necessidades das populações prioritárias em todos os lugares “, disse a Dra. Mariângela Simão, Subdiretora Geral da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, em nota.

“A OMS e nossos parceiros estão trabalhando noite e dia para avaliar outras vacinas que alcançaram os padrões de segurança e eficácia. Nós encorajamos ainda mais desenvolvedores a participarem da nossa revisão e avaliação. É de vital importância garantir o suprimento crítico necessário para atender todos os países do mundo e conter a pandemia.”

O Grupo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS divulgará, em 5 de janeiro de 2021, políticas e recomendações específicas de vacinas para o uso da Pfizer em populações de diversos países, com base nas recomendações de priorização populacional do SAGE para vacinas contra a covid-19 em geral, divulgadas em setembro de 2020.

Ainda no comunicado, a agência explicou que a EUL avalia a “adequação de novos produtos de saúde durante emergências de saúde pública” — o objetivo principal é disponibilizar medicamentos, vacinas e diagnósticos o mais rápido possível para atender à emergência, “respeitando critérios rigorosos de segurança, eficácia e qualidade”.

A avaliação pesa a ameaça representada pela emergência, bem como o benefício que adviria do uso do produto contra quaisquer riscos potenciais.

No Brasil

Ontem, a Pfizer afirmou, após nova reunião com a Anvisa, que voltou a cogitar a solicitação para o uso emergencial da sua vacina contra a covid-19 no Brasil. A empresa tinha afirmado na última segunda-feira (28) que iria submeter o imunizante apenas para a chamada submissão contínua.

O argumento da Pfizer, no início da semana, era que tinha “esbarrado em dificuldades” do Guia de Submissão para Uso Emergencial, elaborado pela própria agência brasileira.

Porém, hoje, com novos esclarecimentos da Anvisa, o laboratório declarou que há a possibilidade da agência “modular” pontos específicos do guia de submissão, possibilitando maior agilidade na submissão deste tipo de processo.

“Uma nova reunião técnica será realizada e, com base nessa discussão adicional e no andamento das negociações com o Governo Brasileiro, a Pfizer irá avaliar a possibilidade de solicitar o uso emergencial”, disse a empresa, em comunicado.

“Em paralelo, a companhia continuará dando andamento ao processo de submissão contínua junto à Agência, em busca de uma rápida aprovação do registro de sua vacina”, acrescentou.

 

*Jamil Chade/Uol

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Covid-19: ‘Tenho a impressão de morrer lentamente’: as pessoas que sofrem há meses com sintomas persistentes

Nove meses após ter contraído covid-19, a francesa Pauline Oustric, de 27 anos, ainda sofre de inúmeros sintomas ligados à doença, que a impedem de levar a vida que tinha antes. A jovem, que costumava correr e participar de competições de dança, hoje tem dificuldades para fazer pequenos esforços físicos. Uma caminhada de mais de 15 minutos provoca um grande cansaço que a obriga a se repousar durante horas ou até mesmo um dia inteiro.

Seus problemas respiratórios, digestivos e de raciocínio melhoraram, mas 40 semanas depois de ser infectada, ela ainda sofre de dores torácicas, na altura do coração, que a impedem de se movimentar normalmente, além de acufenos (zumbido nos ouvidos).

O caso de Pauline, que não precisou ser hospitalizada quando contraiu o novo coronavírus, está longe de ser isolado. Milhares de pessoas sofrem da chamada “covid-19 longa”, com sintomas que afetam vários órgãos do corpo e perduram meses depois do início da infecção.

“Eu ainda não recuperei minha saúde, que era perfeita, nem minha energia de antes”, diz Pauline, que afirma viver desde março em “uma montanha russa”, alternando dias bons e ruins por causa dos sintomas cíclicos.

Essa forma prolongada da doença, observada por alguns médicos, já vem chamando a atenção das autoridades médicas há algum tempo.

Em agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a existência de sequelas a longo prazo da covid-19 após uma videoconferência de seu diretor-geral, Tedros Adhanon Ghebreyesus, com pacientes de várias nacionalidades afetados por sintomas persistentes da doença.

“Nós sabemos relativamente pouco ainda sobre os efeitos a longo prazo da covid-19. Nos engajamos a colaborar com os países para que essas pessoas possam beneficiar dos serviços que precisam e para fazer avançar as pesquisas em seu favor”, afirmou o diretor-geral da OMS após o encontro.

Pauline, que participou dessa conferência, é uma das fundadoras e presidente da associação francesa “AprèsJ20” (“Depois do 20° dia”), nome que faz referência ao fato de que sintomas múltiplos da covid-19 se prolongam além do prazo normalmente indicado para quem não desenvolveu formas graves da doença.

“AprèsJ20” começou com uma hashtag lançada em abril no Twitter, seguida pela criação de grupos em outras redes sociais, com milhares de relatos de pessoas que diziam sofrer de sintomas prolongados da covid-19.

Em muitos casos, os problemas persistentes eram ligados a fatores psicológicos, como a ansiedade.

Na França, arte dos pacientes de covid-19 longa reunidos na hashtag “AprèsJ20” formou o grupo da associação que leva o mesmo nome.

Ela tem quatro objetivos: o reconhecimento da covid-19 longa baseada nos sintomas (e não unicamente em testes) para efeitos de indenização pelo Seguro Social francês, tratamentos médicos pluridisciplinares devido ao fato da doença afetar diferentes órgãos, melhor acesso a informações para médicos e público, além da realização de pesquisas científicas na área.

No início da pandemia, não havia na França testes disponíveis em ampla escala para a população como atualmente. Por isso, muitas pessoas que ainda apresentam os sintomas da doença meses depois não tiveram, na época, o diagnóstico confirmado por meio de testes.

A associação também atua em colaboração com médicos e pesquisadores para aprofundar informações sobre a covid-19 persistente.

Comunidades online de pacientes do mesmo tipo também surgiram em outros países, como o Reino Unido.

No dia em que concedeu a entrevista à BBC News Brasil, a presidente da AprèsJ20 havia passado antes quatro horas deitada devido a um grande cansaço.

“Hoje, não me sinto mais capaz de trabalhar tanto como antes. Mas mesmo trabalhando menos, me sinto mais cansada”, diz a jovem, que colocou uma cama ao lado da mesa do computador para facilitar sua necessidade de repouso constante.

Pauline morava na Inglaterra, onde contraiu o Sars-CoV-2, e precisou voltar para a casa dos pais na França porque, segundo ela, não pode mais fazer tudo sozinha e precisa de um acompanhamento diário.

Pauline afirma que médicos identificaram nela uma disfunção de seu sistema neurovegetativo, que regula o corpo, o que poderia explicar seus problemas respiratórios, cardíacos, digestivos, musculares e de confusão mental.

Amélie Perrier, 43 anos, também sofre de covid-19 longa. Antes de março, quando contraiu a doença, costumava correr de 60 a 80 quilômetros semanalmente, além de participar de maratonas e fazer musculação.

“Hoje, um bom dia é quando consigo caminhar dois quilômetros”, diz ela, que lamenta muito não poder mais praticar esportes.

“Não é uma gripezinha”, diz Amélie. “Me sinto presa no meu corpo. Há dias em que tenho a impressão de morrer lentamente.”

Apesar da dificuldade para respirar normalmente e das dores no peito quando contraiu a covid-19, ela não foi hospitalizada.

Nove meses depois de ter sido infectada, Amélie ainda sofre de problemas respiratórios, “um cansaço imenso”, irritações na pele e problemas de perda de voz no decorrer do dia, que tornam difícil para ela se comunicar à noite.

Como no caso de Pauline, a covid-19 longa também mudou radicalmente sua vida. Ela era assessora de imprensa, trabalho que “adorava”, e atualmente está sem atividade profissional. A energia que lhe resta, afirma, reserva para se dedicar à filha de seis anos.

Ela acordava diariamente às 5 horas da manhã para correr e hoje tem dificuldades para se levantar da cama antes das 9 horas.

Amélie, que também é uma das fundadoras da associação AprèsJ20, teve melhoras nos meses de maio e agosto. Por isso, ela nem imaginava que ainda teria sintomas da covid-19 no mês de dezembro e chegou até a prever que participaria de uma corrida no final do ano.

Mas após algumas recaídas ela constatou que é melhor não fazer mais planos e viver um dia de cada vez. “Eu aceitei a doença. É preciso saber se adaptar e ter esperança”, ressalta.

Ela diz sentir “raiva” das pessoas que protestam pela reabertura de comércios ou que não respeitam os protocolos sanitários. “Falta solidariedade. As pessoas em boa saúde precisam perceber que pode acontecer com qualquer um, em qualquer idade.”

Os sintomas da covid-19 longa variam de um paciente para outro. A fadiga é um elemento comum.

A associação AprèsJ20 fez uma longa lista dos principais problemas sofridos, que vão de vertigens à perda de memória, dificuldades de concentração, taquicardia, dores no peito, nas articulações e nos dentes, falta de lubrificação nos olhos, entre inúmeros outros.

 

*Com informações do Uol

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Margareth Dalcolmo: ‘Ser vacinado não nos isenta de andar de máscara pelos próximos dois anos’

Para a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, país perdeu o ‘timing’ na organização da vacinação contra a Covid-19.

Uma das profissionais de saúde mais atuantes durante a pandemia, Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, é categórica ao afirmar que o país está atrasado na organização da vacinação, o que vai estender o prazo para imunização da população brasileira.

Em entrevista à Folha, ela critica o obscurantismo do discurso oficial a respeito da gravidade da pandemia, destaca o trabalho dos pesquisadores e diz que é obrigação de toda a comunidade acadêmica vir a público para esclarecer as dúvidas da população, inclusive em relação às vacinas.

A pesquisadora ainda alerta que os cuidados como uso de máscara de proteção, distanciamento social e evitar locais fechados deverão permanecer pelos próximos dois anos, mesmo após a chegada da vacina.

“São medidas civilizatórias.”

Muitos pesquisadores afirmam que o Brasil está atrasado no plano de vacinação. Qual impacto que a demora nessa organização da imunização terá sobre o controle da pandemia?

Nós temos um atraso no “timing” das providências. Há oito meses, assim que a epidemia eclodiu, as vacinas começaram a ser produzidas. Isso é uma coisa inédita. Nunca se produziu tanto em tão pouco tempo. Foram usadas plataformas de vacinas completamente novas.

O Brasil fez uma coisa muito boa, que foi investir em um processo de transferência de tecnologia e de nacionalização da vacina junto à AstraZeneca através da Fiocruz, que é, sem dúvida, louvável.

Por outro lado, deixamos de prestar atenção nas outras vacinas que estavam em produção no mundo. E, hoje, há vacinas que já estão sendo aprovadas e nós não temos cronograma nem acordos de cooperação para sua compra.

Então, hoje, quando nós vemos o nosso ministro adiantar que vai ter uma compra de 70 milhões de doses junto à Pfizer, é estranho. Porque, até onde sabemos, o que temos assegurado são 8,5 milhões de doses.

Por outro lado, há a vacina da Sinovac, junto ao Instituto Butantan. As vacinas não podem ser para um estado só. Elas têm de ser incorporadas ao PNI [Programa Nacional de Imunização].

Estamos vivendo um momento de grande paradoxo. Se por um lado o Brasil tem grande tradição, reconhecida internacionalmente, de saber vacinar, pois o PNI é muito estruturado e organizado, por outro temos a preocupação com a logística e a aquisição de insumos.

Haverá várias vacinas, e a logística é diferente para cada uma delas.

Já a questão dos insumos é preocupante. Não porque não consigamos comprar 300 mil seringas e agulhas —se a produção brasileira não der conta, há condições de adquirir no mercado externo, mas o mundo inteiro está atrás da mesma coisa, o que deve aumentar os custos.

Isso poderia ter sido tratado antes.

E há uma desigualdade evidente em relação às vacinas. O Canadá, por exemplo, já está com cinco doses de vacina para cada habitante, por exemplo. Eles vão doar as doses excedentes para o consórcio Covax Facility, que deve destina-las aos países mais pobres — o que, certamente, não é o caso do Brasil.

​A sra. previu o janeiro mais triste da história. O que ainda é possível fazer para evitar um desastre?

Estamos num momento epidemiológico muito grave, esse recrudescimento que houve do mês de outubro para cá vai resultar realmente em uma segunda onda no Brasil. Vamos ter um fim e um começo de ano muito tristes no país, com uma segunda onda estabelecida.

A doença se rejuvenesceu. Temos visto muito mais jovens ficarem doentes.

Os jovens se acham invulneráveis, se aglomeram, estão trazendo a doença para dentro de casa. Entendo que esteja todo mundo muito cansado. Mas é uma epidemia longa, grave, desigual, que desnudou a desigualdade social obscena do Brasil.

Quando você vê a fila de pessoas esperando um leito para serem operadas, escândalos havidos em hospitais de campanha, corrupção em compras emergenciais, a gente se constrange muito.

E temo que se não resolvermos essa questão de insumos de uma maneira harmônica, mesmo sendo de responsabilidade dos municípios, isso vai dar margem a outro tipo de irregularidade, para não dar outro nome.

Se somarmos o que tem previsto de compra de insumo federal, estadual e municipal, ultrapassa os 300 milhões ao que o ministro está se referindo. Para quê? Nós somos 200 milhões de habitantes. Não vamos conseguir vacinar todo mundo. Não há vacina para todo mundo.

Aliás, não haverá vacina para todo mundo em todo lugar do mundo, porque se nós somarmos tudo o que vai ser produzido, vamos ter aproximadamente 2,7 bilhões de doses em 2021. Nós somos quase 8 bilhões de habitantes no planeta. A disputa por doses também é muito desigual.

Sabemos que os países ricos vêm na frente e compram.

Se o país tivesse se antecipado nesses processos, seria possível ampliar a quantidade de vacinados em 2021?

Acho que sim, pelo menos em questão de prazos.

O que está previsto no cronograma do Ministério da Saúde é um período contínuo de 16 meses. Isso é muito tempo, porque precisaríamos ter uma taxa de população vacinada no ano de 2021 perto de 60%, para alcançarmos a célebre imunidade de rebanho, de que todo mundo fala, mas que é um termo que só se aplica à vacinação.

Se nós tivéssemos nos adiantado na aquisição de doses e insumos, e tivéssemos investido pesadamente na logística da vacinação, poderíamos alcançar isso. Entendo que o Brasil é complexo, mas temos tradição e expertise em vacinação. O Brasil sabe vacinar.

Pesquisa Datafolha de dezembro mostra que 22% dos brasileiros não pretendem se vacinar contra a Covid-19, e esse índice chega a 50% se a vacina for chinesa. A que a sra. atribui esse descrédito da vacina?

A duas coisas. Primeiro, a um discurso muito equivocado por parte de algumas autoridades. Um discurso que é um desserviço ao Brasil e à opinião pública, que desacredita as vacinas.

Segundo, à ignorância. Ignorância no sentido de não saber. E é aí que entra o nosso papel de médicos, cientistas e pesquisadores de alertar e informar a população. As pessoas têm de entender que tudo vem da China. Não é que a vacina da Coronavac é chinesa. A vacina da AstraZeneca, cuja fábrica foi visitada recentemente pela Anvisa, fica na China. O insumo farmacêutico ativo, chamado de IFA, que nós vamos receber agora para produzir a vacina, vem da China.

A China é o maior produtor do mundo de matéria-prima da indústria farmacêutica e da indústria de biotecnologia. Por isso é uma questão de alertar a população. Vejo pessoas que ingenuamente dizem que só querem tomar a vacina inglesa. A vacina inglesa também vem da China.

Esse preconceito não é arraigado. É um preconceito ingênuo alimentado por um discurso oficial obscurantista.

 

*Com informações da Folha

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Covid-19 deve ‘explodir’ em janeiro, alerta diretora do Hospital das Clínicas

Eloisa Bonfá alerta riscos das festas de fim de ano. “De tirar o sono”. Ela pede responsabilidade da população até a vacina contra a covid-19 chegar. “Os profissionais de saúde estão exaustos”.

São Paulo – Após a queda no número de internações pelo coronavírus em setembro e o início do remanejamento de leitos para outras enfermidades, o Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) já se prepara para uma possível explosão de casos de covid-19 em janeiro. O prognóstico é de Eloisa Bonfá, diretora clínica do HC. O hospital, ligado à Faculdade de Medicina da USP, é o maior complexo hospitalar da América Latina e só recebe quadros graves da infecção.

A médica, em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo, alerta que o intervalo entre esta sexta (25) e a chegada de 2021 prenuncia o recrudescimento da epidemia de covid-19 no estado e no Brasil. E isso em meio à sensação de exaustão generalizada dos profissionais de saúde.

“É como se o soldado tivesse saído da guerra e nós já tivéssemos que recrutar de novo”, diz Eloisa sobre sua categoria. “As pessoas estão exaustas. O grande apoio que a sociedade pode nos dar agora é se cuidar. Estamos falando de cuidado, afastamento, usar máscara. Isso vai fazer toda diferença até a vacina chegar.”

A diretora clínica do HC diz que os brasileiros precisam entender sua responsabilidade social nesta, que é a maior crise sanitária já vivida pelo país.

“As pessoas estão bebendo e comendo como se nada estivesse acontecendo e depois ainda encontram o pai, o avô. É preciso acreditar que não é hora de ‘estou com saudade da minha mãe, vou visitar minha avó’. Não tem justificativa. Se você gosta mesmo do seu familiar, tem que entender que, se ele adoecer, ele precisa ter leito”, afirma. “Caminhamos para um número que está subindo como se fosse a primeira onda. Isso, para mim, é de tirar o sono”, completa.

Covid não tem precedentes

A diretora clínica é categórica ao dizer que nenhuma epidemia, nem mesmo a de H1N1, se compara ao desafio imposto pela covid-19. “Elas não chegam nem perto do que vivenciamos agora”, diz. “Na da (epidemia de) H1N1, lembro que a gente achou que fez um ato heroico por montar dez leitos de UTI em 24 horas.”

Para efeitos de comparação, em um período de um ano, entre 2009 e 2010, o vírus H1N1 deixou cerca de 2 mil mortes tendo contagiado 60 mil brasileiros.

O HC é composto por oito institutos. Com a chegada do vírus, o Instituto Central foi adaptado exclusivamente para casos de covid-19. Dos 2.400 leitos, cerca de 500 estão reservados para pacientes que receberam o diagnóstico e apresentam sintomas graves da infecção. Desde o dia 30 de março, seis mil pessoas já foram atendidas no local.

A médica diz ainda que o HC não usa Cloroquina e aposta na vacina para combater a pandemia. “É preciso convencer a população a aderir à imunização. As vacinas estão passando por protocolos internacionais extremamente rígidos. Qualquer vacina deve ser muito bem-vinda”, explica.

Eloisa Bonfá diz ainda que “se tem uma coisa que une a saúde, a vida e a economia é a vacina. Se nós tivermos vacina, vidas serão salvas, o desemprego vai diminuir e as lojas e os restaurantes vão abrir.”

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Saúde

Enquanto diversos países seguem vacinando seu povo, Brasil não deverá vacinar antes de fevereiro

É o que afirma a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo.

E Bolsonaro tem a coragem de dizer, “não estou nem aí pra isso”.

Embora vários países no mundo já estejam vacinando contra a Covid-19, o Brasil não deve fazer parte dessa lista tão cedo. A avaliação é da Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25).

Para Margareth, o Brasil não fez negociações no timing adequado, quando outros países já estavam tendo conversas com os fabricantes das vacinas.

“A Anvisa só pode registrar um produto que tenha registro em seu país de origem e nenhuma das duas avançadas no Brasil, que são a da Sinovac e da AstraZeneca, têm”, afirma. “Então, elas não poderiam ser utilizadas para vacinar a população brasileira, explica.

Segundo ela, há seis meses, que foi a época em que os estudos de fase 3 começaram, era necessário uma coordenação mais harmônica e centralizada do governo federal, mas com a anuência e parceria da comunidade acadêmica.

“Isso não aconteceu realisticamente, a impressão que nós temos é que antes de fevereiro ninguém deve ser vacinado no Brasil”, prevê.

Com isso, o contágio no Brasil pode levar mais tempo para ser freado, analisa a pesquisadora

 

*Com informações da CNN

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Saúde

Além dos EUA e México, Argentina, Chile, países da Europa já começam a vacinação; e o Brasil?

Fármacos foram transportados às nações do bloco em caminhões que partiram de fábrica na Bélgica; profissionais de saúde e idosos são os primeiros da fila.

As primeiras doses da vacina da Pfizer contra o coronavírus chegaram neste sábado, 26, a hospitais de diversos países da União Europeia, como França, Espanha e Itália. A campanha de imunização no bloco terá início do domingo.

As doses do fármaco foram transportadas em caminhões frigoríficos que partiram da fábrica da Pfizer em Puurs, no nordeste da Bélgica, e são escoltadas por forças de segurança.

A vacinação com o imunizante da Pfizer já começou em países como Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Costa Rica, México e Chile. A Rússia vacina sua população com a Sputnik V, imunizante produzido no país.

As primeiras doses serão aplicadas principalmente em profissionais da saúde e idosos. Cada país europeu estabelecerá suas prioridades.

Na Itália, a primeira vacinada será uma enfermeira de 29 anos de um hospital de Roma. Na região norte também será imunizada Annalisa Malara, a médica que identificou o paciente zero do país.

Na França, as primeiras doses serão aplicadas em duas casas de repouso.

“Esta vacina é a chave que permitirá que retomemos as nossas vidas. Esta notícia deve nos animar”, disse o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, neste sábado.

 

*Com informações da Veja

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Saúde

OMS alerta: Nova cepa do coronavírus pode ser perigosa para crianças e adolescentes

Entidade confirmou a existência de estudos certificando que a variante do coronavírus descoberta no Reino Unido tem maior capacidade de manifestar sintomas entre pessoas menores de 30 anos.

A pandemia do coronavírus pode se tornar muito mais preocupante para jovens e crianças a partir da descoberta da nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 encontrada no Reino Unido.

Em uma entrevista para o canal Sky News, o epidemiologista David Nabarro afirmou a nova cepa do coronavírus, batizada como VUI-202012/01, pode afetar muito mais pessoas com idades inferiores a 30 anos, incluindo adolescentes e crianças.

Nabarro é um dos seis especialistas enviados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) ao Reino Unido para estudar a nova cepa do coronavírus e suas características. Ele estaria realizando análises junto com a equipe da Universidade de Leeds, comandada pelo professor Mark Harris.

“Há a preocupação muito grandes pelo fato de que esta segunda onda da pandemia no Reino Unido registrou muitos novos casos de covid-19 em escolas e universidades”, comentou Nabarro.

O epidemiologista britânico também afirmou que “esta nova mutação do vírus se realmente está se replicando e se desenvolvendo melhor em crianças e adolescentes, que eram assintomáticos na maioria dos casos da cepa original do SARS-CoV-2”.

O especialista também disse que ainda não há dados capazes de dizer que ela seria mais mortal, apenas que provoca mais casos de covid-19 (ou seja, casos com sintomas) entre pacientes mais jovens.

A nova cepa do coronavírus também é considerada 70% mais contagiosa do que a original, ou seja, se transmite muito mais rapidamente. Razão pela qual esta segunda onda da doença no país tem gerado um número muito mais de novos contágios e de óbitos no Reino Unido, em comparação ao registrado no primeiro semestre de 2020.

 

*Com informações da Forum

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