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Desemprego cai para 7,1% em maio no Brasil, menor patamar em dez anos

Segundo o IBGE, o total de pessoas ocupadas quebrou novo recorde no país, com 101,3 milhões de empregados, maior número desde 2012.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,1% no trimestre encerrado em maio. Trata-se do melhor resultado para esse período desde 2014, quando o indicador também apontou 7,1%. A informação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em fevereiro, houve queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que era de 7,8%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,3%.

A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas comparações. Ela caiu 8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e 13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Assim, esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Novo recorde
A PNAD Contínua também mostra que a população ocupada – o total de trabalhadores do país – atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Ela chegou a 101,3 milhões, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano, diz o Metrópoles.

Além disso, os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,0 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,8 milhões.

 

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Mundo

Imagem de criança esquelética que morreu em Gaza viraliza nas redes e denuncia situação de fome na região bombardeada por Israel

Yazan Kafarneh, menino desnutrido de 10 anos, se tornou o rosto que simboliza a falta de alimentos no território palestino.

É muito fácil traçar o crânio sob o rosto do menino de Gaza, a pele pálida estendendo-se sobre cada curva do osso e flácida em cada cavidade. Seu queixo se projeta com uma nitidez perturbadora. Sua vida reduzida a pouco mais que uma máscara fina sobre uma morte iminente. Numa de uma série de fotografias jornalísticas do rapaz, Yazan Kafarneh, tiradas com a permissão da sua família enquanto ele lutava pela sua vida, os seus olhos com pestanas compridas olhavam para fora, desfocados. Ele tinha 10 anos, mas nas fotografias dos seus últimos dias, numa clínica no sul de Gaza, parece pequeno para a sua idade e, ao mesmo tempo, velho. Na segunda-feira, Yazan estava morto. As fotos fizeram dele o rosto da fome em Gaza.

Grupos de ajuda alertaram que as mortes por causas relacionadas à desnutrição apenas começaram para os mais de 2 milhões de habitantes de Gaza. Cinco meses após o início da campanha de Israel contra o Hamas e do cerco a Gaza, centenas de milhares de palestinos estão à beira da fome, dizem responsáveis ​​da ONU.

Quase nenhuma ajuda chegou ao norte de Gaza durante semanas, depois de as principais agências da ONU terem suspendido as suas operações, citando a pilhagem em massa das suas cargas por habitantes desesperados de Gaza, as restrições israelenses aos comboios e as más condições das estradas danificadas durante a guerra.

Grupo mais vulnerável à desnutrição extrema
Pelo menos 20 crianças palestinas morreram de desnutrição e desidratação, segundo autoridades de saúde de Gaza. Assim como Yazan, que necessitava de medicamentos que eram extremamente escassos em Gaza, muitos dos que morreram também sofriam de problemas de saúde que colocavam as suas vidas em maior risco, disseram as autoridades de saúde, diz O Globo.

“Muitas vezes uma criança fica extremamente desnutrida e depois fica doente e esse vírus é, em última análise, o que causa essa morte”, disse Heather Stobaugh, especialista em desnutrição da Action Against Hunger, um grupo de ajuda humanitária. “Mas eles não teriam morrido se não estivessem desnutridos.”

Autoridades de saúde de Gaza disseram que duas das crianças que morreram de desnutrição tinham menos de dois dias de vida. Embora advertindo que era difícil dizer o que tinha acontecido sem mais informações, Stobaugh disse que a desnutrição em mães grávidas e a falta da fórmula nutricional que alimenta crianças em Gaza poderia facilmente ter levado à morte de crianças, que são as mais vulneráveis ​​à desnutrição extrema.

A saga de Yazan e sua família
Os pais de Yazan lutaram durante meses para cuidar do filho, cuja condição, dizem os especialistas, mostrava que ele tinha dificuldades para engolir e precisava de uma dieta leve e rica em nutrientes. Após o bombardeamento israelense em Gaza, na sequência do ataque liderado pelo Hamas a Israel, em outubro do último ano, os seus pais fugiram de casa, levando Yazan e os seus outros três filhos para um local que esperavam que fosse mais seguro.

Depois fugiram de novo, e de novo, e de novo, disse seu pai, procurando um lugar melhor para Yazan, cuja condição significava que ele não podia tolerar os abrigos caóticos e insalubres. Cada movimento era complicado pelo fato de Yazan não conseguir andar. Seus pais pouco podiam fazer a não ser observar a deterioração constante de sua saúde. “Dia após dia, via o meu filho ficar mais fraco”, disse o seu pai, Shareef Kafarneh, um motorista de táxi de 31 anos de Beit Hanoun, no norte de Gaza.

Eventualmente, eles acabaram em Al-Awda, na cidade de Rafah, no sul, onde Yazan morreu na manhã da última segunda-feira. Ele sofria de desnutrição e infecção respiratória, segundo Jabr al-Shaer, pediatra que o tratou. O médico culpou a falta de comida pelo enfraquecimento do já frágil sistema imunológico do menino.

Fome em Gaza se agrava com a guerra
Conseguir o suficiente para comer já era uma luta para muitos Faixa de Gaza, que antes da ofensiva contra o ataque recente do Hamas já sofria um bloqueio israelense. Estima-se que 1,2 milhões de habitantes de Gaza precisaram de assistência alimentar, de acordo com a ONU, e cerca de 0,8% das crianças com menos de 5 anos em Gaza sofreram de desnutrição aguda, disse a OMS.

Cinco meses após o início do ataque israelense, esse número parece ter aumentado: cerca de 15% das crianças do norte de Gaza com menos de 2 anos de idade estão gravemente subnutridas, bem como cerca de 5% do sul, afirmou a OMS em fevereiro. Com metade de todas as crianças de Gaza alimentadas com fórmula, disse Stobaugh, a falta de água potável para produzir esta fórmula nutricional está agravando a crise.

Adele Khodr, diretora da UNICEF, a agência da ONU para a infância, no Oriente Médio, disse esta semana: “Estas mortes trágicas e horríveis são provocadas pelo homem, são previsíveis e totalmente evitáveis”.

Ali Qannan, de 34 anos, não sabe o que se passa com o seu filho de 13 meses, Ahmed, que está sendo tratado no Hospital Europeu no sul de Gaza. Segundo ele, nem os médicos dos cinco hospitais para os quais ele levou o filho sabem. O bebê desenvolveu barriga inchada, diarréia e vômito, um mês após o início da guerra. Ahmed piorou, está com dificuldade para respirar e tem resultados de exames de sangue preocupantes, mas, devido à guerra, os médicos dizem que não podem realizar os testes de diagnóstico adequados, disse Qannan.

Cada pediatra tem uma sugestão diferente sobre com o que alimentar Ahmed, disse o pai do bebê – batatas cozidas, pão, fórmula especial fortificada usada para tratar crianças gravemente desnutridas –, mas cada uma era impossível de encontrar ou parecia não ajudar. Ele diz ter certeza de que a desnutrição tem algo a ver com os problemas do filho.

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Economia

IBC-BR: prévia do PIB sobe 0,56% em abril e tem melhor desempenho em 10 anos

O indicador de abril ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 2,75%, segundo a Exame.

Após o forte crescimento no primeiro trimestre, a economia brasileira inaugurou o segundo quarto do ano também em terreno positivo, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,56% em abril, na série livre de efeitos sazonais. Em março, a queda havia sido de 0,14% (dado atualizado nos dados divulgados nesta sexta-feira, 16).

De março para abril, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 147,50 pontos para 148,33 pontos na série dessazonalizada. O resultado é o mais favorável desde dezembro de 2013, quando pontuou 148,75, segundo a série histórica iniciada em 2003.

Já na comparação entre os meses de abril de 2023 e de 2022, houve crescimento de 3,31% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 147,53 pontos no quarto mês do ano, o melhor desempenho para o mês desde 2014 (147,69 pontos).

Indicador
O indicador de abril ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 2,75% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de 1,20% a 5,00%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. O dado pode ser atualizado no documento deste mês. Já a equipe econômica projeta oficialmente expansão de 1 91%, mas o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, avalia que o PIB pode crescer mais próximo de 2,5% este ano, considerando os dados mais recentes.

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